A Fundação Casa é uma instituição que literalmente não quer que os servidores "vistam a camisa da empresa".
O termo Vestir a camisa é um termo administrativo que significa:
Criar uma sinergia onde os funcionários possam pensar e se sentir como parte da empresa, tendo noção de que se a empresa for bem, ele também irá bem e se a empresa for mal, consequentemente ele também irá mal.
Mas criar está sinérgia não é tão fácil quanto se imagina a primeira vista.
Antes é necessário que exista uma relação de troca, é preciso que a empresa vá além do que o funcionário espera dela e assim da mesma forma, é preciso que o funcionário vá além de suas atribuições, é preciso absorver e por em prática os valores e crenças da empresa, conhecer a sua missão e comprometer-se com ela para contribuir de forma efetiva e significativamente.
Entretanto está troca não acontece de forma justa nesta instituição, pelo menos não na prática.
Na verdade acontece de maneira contrária conforme observado na ordem absurda de serviço da superintendência de segurança 01/2020 que proíbe funcionários utilizarem vestimentas com o brasão do estado de São Paulo, mesmo que nas metas institucionais estejam contemplados o planejamento estratégico que se diz democrático e contar com a participação de seus funcionários como esta evidenciado em sua Missão, Visão e Valores.
Missão:
Executar, direta ou indiretamente, as medidas socioeducativas com eficiência, eficácia e efetividade, garantindo os direitos previstos em lei e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social como protagonista de sua história.
Visão:
Tornar-se referência no atendimento ao adolescente autor de ato infracional, pautando-se na humanização, personalização e descentralização na execução das medidas socioeducativas, na uniformidade, controle e avaliação das ações e na VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR.
Valores:
Justiça, Ética e Respeito ao Ser Humano.
Mas o que temos visto na verdade é uma enorme supressão da dignidade da pessoa humana dos servidores desta instituição que desde o início da pandemia foram considerados trabalhadores essências e não interromperam suas atividades sequer um dia ou tiveram a oportunidade de realizar suas atribuições por home office como tantos órgãos do governo o fizeram, com excessão da cúpula de gestores ocupantes de cargos que em grande parte das vezes nem fazem jus ao merecimento.
Que tencionam as relações hierárquicas com cobranças desmedidas e muitas vezes arbitrárias para obter resultados sobre humanos que adoecem os servidores, assim como portarias e ordens de serviços absurdas que muitas vezes aumentam atribuições de cargos de tal maneira que fica impossível realizar as atribuições essenciais de maneira eficiente e eficaz como preconiza a missão desta instituição.
Como caso dos agentes de apoio sócio educativo que tem como função essencial garantir a segurança (tal percepção de função essencial se da pelo fato de que o direito à vida é um direito fundamental) nos centros mas que na verdade são incapazes de garantir muitas vezes a própria segurança dada a descaracterização da profissão que outrora tinha o nome de agente de segurança mas que foi mudada nos últimos anos tendo como escopos principal não pagar direitos trabalhistas como o adicional de periculosidade.
Ora, para que haja efetividade na segurança tanto dos adolescentes quanto dos servidores é necessário que exista treinamento adequado, recursos materiais e humanos e que a segurança seja imponente uma vez que ela representa os valores do Estado.
Mas o que temos visto nos últimos anos nesta instituição é o agente de apoio sócio educativo tornar-se um "Severino faz tudo". Ter como atribuições, auxiliar as atividades pedagógicas, garantir a integridade do patrimônio além de inúmeras outras e ainda assim, garantir a segurança preventiva de todos.
E os últimos golpes estão sendo dados com a dissolução dos grupos de apoio e a redução do efetivo noturno para a contenção de gastos.
Anos de reestruturação para findar as inúmeras rebeliões estão sendo jogados no lixo nesta gestão.
Mas a mais absurda de todas que evidência a desvalorização do funcionário em face malabarismos jurídicos é a ordem de serviço que proíbe os servidores de utilizarem brasões do estado de São Paulo uma vez que partindo do Princípio da imputação volitiva ou também conhecida como Teoria do órgão de Otto Gierke em que Otto comparou o Estado ao corpo humano, onde cada repartição estatal funciona como uma parte do todo, semelhante aos órgãos do corpo humano, daí criando assim o termo "órgão" público. A "personalidade, no corpo, assim como no Estado, é um atributo do todo, não das partes. Por isso os órgãos públicos são partes integrantes da pessoa estatal."
Sendo assim, privar servidores do orgulho da profissão, de fazer parte do estado e ter como profissão algo tão relevante para a sociedade é sem dúvidas uma das medidas mais anti éticas e desmotivantes impostas por está instituição nos últimos anos.
Beira o ridículo.
A fundação casa literalmente não quer que seus funcionários vistam a camisa da empresa.
Autor: GUSTAVO JUSTINO
Os funcionários(os AAS),fazem o que podem e usam o que não tem, pois a instituição não provem ou não fornece principalmente nos finais de semana que não tem atividade para os internos que ficam ociosos,e enchem o saco do funça..ok
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