Profissionais afirmam que houve falta acusação de furto e que dispensa foi “arranjada”
09/01/2020
Foto: Divulgação
A Fundação Casa de Marília dispensou seus dez vigilantes de uma única vez e sete deles denunciam a direção por calúnia e por ter arquitetado uma causa inverídica para a demissão. A afirmação é que duas vagas já foram ocupadas por esposas de coordenadores da instituição.
Entre os vigilantes demitidos, o contratado mais recente tinha dois anos no cargo e o mais antigo, 16. Eles eram terceirizados.
No ano passado, oito dos dez vigilantes afirmam que trabalharam por três meses sem recebimento de salário, de junho a agosto, por conta de falência da empresa anterior, GPMRV.
Nesse meio tempo o contrato dos profissionais foi alterado, passando a ser via empresa Dunbar, ambas de São Paulo.
“Na ocasião, o diretor (Marcelo Augusto Gil Capeloci) pediu pessoalmente nosso apoio nessa fase de transição porque a instituição não poderia ficar sem vigilância, mas pouco tempo depois nos dispensou”, disseram os vigilantes.
A demissão aconteceu no dia 10 de dezembro. Antes disso, em novembro, o diretor teria decidido esvaziar parte dos armários dos funcionários e quem não concordou ou estava de férias teve seu armário pessoal aberto.
Segundo a acusação dos vigilantes, o diretor teria utilizado um alicate para o corte dos cadeados e esvaziado os armários, colocando o conteúdo em sacos sem identificação dos proprietários pelos pertences.
Os sacos teriam sido deixados em uma sala de fluxo livre de funcionários e até de adolescentes apreendidos.
No dia 29 de novembro uma das funcionárias que teve seu armário arrombado teria procurado seus pertences nesses sacos e encontrou parte deles, faltando um ventilador e um soco inglês.
Conforme relataram os vigilantes, ela denunciou o fato ao diretor, que se dirigiu aos vigilantes.
“No dia 5 de dezembro o diretor nos disse pessoalmente que se os pertences da funcionária não aparecessem até o dia 9 seríamos demitidos por roubo, usou essas palavras”, contaram os vigilantes, que foram dispensados no dia 10 de dezembro.
Um boletim de ocorrência foi registrado no dia 20 do mesmo mês, com representação na última terça-feira (7 de janeiro).
“Não furtamos nenhum objeto e fizemos a denúncia também à Corregedoria da Fundação Casa, que ficou de ir até a instituição para investigação dos fatos, o que não aconteceu”, contaram os vigilantes demitidos.
Dos dez vigilantes demitidos, quatro foram realocados e seis estão desempregados. Os profissionais afirmam que duas das dez vagas já estão ocupadas por esposas de coordenadores da Fundação Casa.
Posicionamento da Fundação Casa
O Jornal da Manhã entrou em contato com Marcelo Augusto Gil Capeloci e com a assessoria de imprensa da Fundação Casa de Marília, que funciona em São Paulo.
O posicionamento da instituição é que a troca de vigilantes patrimoniais em Marília foi realizada em acordo com a empresa terceirizada prestadora do serviço.
“Ocorreu para a readequação da prestação do serviço de vigilância patrimonial após quatro registros internos de desaparecimento de objetos localizados no centro socioeducativo, entre os meses de abril e novembro de 2019.
Nenhum dos profissionais foi demitido por justa causa, nem houve acusação de furto ou roubo de pertences por parte da direção do centro socioeducativo”, informou a presidência da Fundação Casa.
A instituição afirma que houve falhas na execução do serviço e optou-se pela troca dos profissionais para atender às necessidades de segurança patrimonial do centro socioeducativo. “Todos foram informados do aviso prévio, cumprido pela empresa, que quitou seus compromissos trabalhistas”.
Na foto, a sala onde os pertences pessoais dos funcionários foram deixados. Alicate que aparece na imagem teria sido utilizado pelo diretor para corte dos cadeados dos armários
Fonte jornal manhã Marília
QUE Baixaria!!!!
ResponderExcluirUm soco inglês...tiro no pé!
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