quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Saiba tudo o que muda nas novas regras CLT: salário, jornada de trabalho, benefícios e mais

 

Desde agosto de 2024, as novas regras CLT introduzem mudanças significativas na Consolidação das Leis do Trabalho. Essas atualizações são essenciais para os processos de compliance das empresas no Brasil, exigindo uma atenção especial.

Saiba tudo o que muda nas novas regras CLT: salário, jornada de trabalho, benefícios e mais. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Com o objetivo de modernizar e otimizar a gestão trabalhista, as novas regras CLT oferecem maior segurança jurídica tanto para empregadores quanto para empregados. Essas modificações visam garantir uma aplicação mais eficiente das normas trabalhistas no cenário atual.

Veja quais são as novas regras CLT em agosto

Trabalho aos domingos e feriados

As novas regras CLT, introduzidas pela Portaria 3.665/2023, estabelecem limites mais rigorosos para o trabalho aos domingos e feriados. A legislação atualiza as diretrizes para garantir um descanso apropriado aos trabalhadores.

Segundo as alterações, as empresas são obrigadas a garantir que seus funcionários utilizem pelo menos um domingo de folga a cada três semanas, elevando a frequência dos períodos de descanso.

O trabalho durante feriados é permitido, especialmente em setores comerciais, desde que haja uma autorização expressa em convenção coletiva e o cumprimento das normas municipais.

Nesses casos, as compensações devem incluir folgas adicionais ou pagamento extra pelas horas trabalhadas. Essas mudanças visam conciliar a operação contínua de determinados setores com os direitos dos trabalhadores, promovendo um ambiente laboral mais justo e equilibrado.

Atualização do eSocial

As novas regras CLT trazem uma atualização crucial para o sistema eSocial com a Nota Técnica S-1.2 Nº 04/2024. Este avanço é essencial para modernizar o envio de dados trabalhistas, previdenciários e fiscais.

A introdução desta Nota Técnica tem como objetivo simplificar o processo, eliminando burocracias e integrando novas funções e correções necessárias. Entre as novidades, a redução de eventos e a eliminação de informações redundantes são destaques, o que facilita a administração para as empresas e melhora a precisão das informações enviadas.

Além disso, a atualização busca alinhar o eSocial com as recentes mudanças na legislação trabalhista, garantindo que todos os dados estejam conforme as novas exigências legais.

Registro obrigatório no DET

Com a introdução das novas regras CLT, o Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET) se torna obrigatório para todas as empresas a partir de agosto de 2024. Esta plataforma digital visa aprimorar a comunicação entre os empregadores e o Ministério do Trabalho e Emprego.

O DET centraliza o recebimento de notificações, intimações e documentos oficiais, substituindo as comunicações físicas e acelerando os procedimentos administrativos. Para microempreendedores individuais (MEIs) e empregadores domésticos, o prazo de adesão ao sistema expirou em 1º de agosto. 

O objetivo do DET é garantir que as empresas estejam sempre em conformidade com as obrigações trabalhistas e evitar penalidades. Além disso, o DET promove uma gestão mais eficiente das informações trabalhistas, aumentando a transparência e facilitando auditorias e fiscalizações.

Novas regras da CLT em 2024

Reajuste do salário mínimo

Com as novas regras CLT, o salário mínimo foi ajustado para R$ 1.412 em 2024, refletindo um aumento de 7,7% sobre o ano anterior. Este ajuste é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e no crescimento econômico.

Esse incremento também impacta outras políticas salariais, como o salário-família, que foi atualizado para R$ 62,04 para segurados com renda de até R$ 1.819,26.

Flexibilização do abono de férias

As novas regras CLT trazem uma mudança importante: o abono de férias agora é um direito garantido aos trabalhadores. Isso significa que é possível converter até um terço do período de férias em um pagamento adicional, conhecido como abono pecuniário.

Vale destacar que a conversão para abono pecuniário não ocorre automaticamente. As empresas têm a opção de recusar essa conversão, mas devem fornecer uma justificativa clara ao empregado caso optem por não permitir a conversão.

Ampliação da licença-maternidade e paternidade

As novas regras CLT trazem uma ampliação significativa na licença-maternidade, que passou de 120 para 180 dias. Essa mudança proporciona um período mais extenso para que as mães possam cuidar de seus bebês, com opções flexíveis para dividir a licença.

O aumento também se aplica à licença-paternidade, que agora é de 20 dias. Este período pode ser dividido em dez dias com salário integral e outros dez com salário reduzido, permitindo maior adaptação às necessidades familiares.

Alteração da carga horária semanal

A carga horária semanal foi ajustada para um máximo de 40 horas, com a remuneração de horas extras iniciando a partir da 41ª hora trabalhada. Além disso, a legislação atualizada introduz maior flexibilidade na jornada de trabalho, incluindo modalidades como trabalho intermitente e teletrabalho. 

O novo sistema de banco de horas permite jornadas de até 12 horas diárias, com a possibilidade de compensação dentro de um período de até um ano.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
Ir para o topo • Versão normalFabio Lobo

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Um ano após sair da Fundação CASA, 90% viviam em situação de pobreza, dois terços tinham abandonado a escola e metade morreu em menos de um ano, entre adolescentes vítimas de violência letal e identificados nas bases de dados das secretarias estaduais de SP

 

Cruzamento de dados inédito do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência identifica fatores intersetoriais que contribuíram para mortes violentas de crianças e adolescentes entre 2015 e 2020 no Estado de São Paulo

03 setembro 2024

São Paulo, 03 de setembro de 2024 – A violência letal, com frequência, é o último estágio de uma série de violações de direitos a que crianças e adolescentes estão submetidos. Compreender os contextos de vulnerabilidade e fatores de exposição ao risco são aspectos primordiais para garantir que nenhuma vida seja perdida para este tipo de violência. Isso é o que indica o estudo “O impacto das múltiplas violações de direitos contra crianças e adolescentes - Uma análise intersetorial sobre as mortes violentas de crianças e adolescentes no estado de São Paulo de 2015 a 2022” lançado nesta terça-feira (3 de setembro) pelo Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CPPHA) – uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania.

O relatório traz uma análise inédita a partir dos dados das mortes violentas letais intencionais ocorridas em São Paulo entre 2015 e 2020, informadas nos Registros de Boletins de Ocorrência. A partir das informações disponíveis de identificação da pessoa que morreu, foram feitas buscas por esta pessoa em outras bases de dados. O objetivo desse esforço de pareamento foi identificar o mesmo indivíduo em múltiplos sistemas de registro administrativo e entender as trajetórias dos meninos e meninas paulistas que morreram de forma violenta nos últimos anos.

“Após um esforço em conjunto, pela primeira vez, conseguimos mapear a trajetória desses meninos e meninas vítimas de violência letal no estado de São Paulo e evidenciamos algo que já falamos há bastante tempo: para enfrentar a violência letal é preciso ir além da segurança pública. É fundamental investirmos na garantia aos direitos básicos de cada criança e adolescente, como ir à escola, acessar o sistema de saúde e programas de assistência social”, enfatiza Adriana Alvarenga, chefe do escritório do UNICEF em São Paulo.

"O relatório apresenta cruzamentos inéditos de dados valiosos para a  construção de políticas públicas mais assertivas para a proteção de crianças e adolescentes no estado. Trata-se de um conjunto de informações importantes para a atuação do poder público, principalmente sob uma ótica de prevenção, fundamental para garantir que nenhuma vida seja perdida para a violência. O legislativo tem um papel importante nessa construção, seja para propor ações, incidir no orçamento ou fiscalizar a execução de políticas públicas que garantam os direitos de meninos e meninas”, reforça a deputada e presidente do CPPHA, Marina Helou.

"Os dados indicam que devemos continuar as políticas públicas de redução da pobreza e da violência entre os jovens. Transformar vidas com educação e programas de apoio para garantir que esses adolescentes tenham um futuro melhor, com interação social sadia e produtiva. A Fundação Casa tem compromisso com estes objetivos. Busca a recuperação desses jovens, com cursos de educação profissional, de qualidade, esportes e atividades culturais, para que a chance de construir um futuro melhor seja real", ressaltou Fábio Prieto, secretário da Justiça e Cidadania.

Entre adolescentes vítimas de violência letal e identificados nas bases de dados da Secretaria Estadual de Educação, maioria expressiva estava fora da escola quando foi morta

O acesso e a permanência na escola são fatores fundamentais para proteger a vida de crianças e adolescentes. Entre 2018 e 2020, do total de adolescentes mortos de forma violenta 53% foram identificados na base da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Entre os identificados, 66% tinham evadido da escola. Ou seja, 2 em cada 3 adolescentes que morreram de forma violenta no estado de São Paulo estavam fora da escola (sem ter concluído o ensino médio) quando morreram.

Foi possível ainda identificar que entre os 699 adolescentes encontrados na base de dados da secretaria, mais da metade (51%) abandonou a escola entre o 9º ano do Ensino Fundamental e o 2º ano do Ensino Médio. O ano crítico de abandono parece ser o 1º do Ensino Médio, quando quase 1 em cada 3 desses adolescentes abandonou a escola. Esses adolescentes tinham entre 15 e 16 anos quando evadiram e já haviam sido reprovados pelo menos 1 vez durante sua trajetória escolar (e na maioria dos casos, 2 vezes ou mais).

Também é alarmante que em 70% dos casos, a morte ocorreu entre 1 e 2 anos depois da evasão escolar.

Vítimas de violência letal na adolescência enfrentam níveis de pobreza monetária mais severos

Para essa análise, foram procuradas as famílias dos adolescentes mortos entre 2015 e 2020 no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social. Do total de adolescentes mortos  identificados na base do CadÚnico, 88% morreram no período entre 2018 e 2020. Para o ano 2020, identificamos 42% dos adolescentes mortos de forma violenta no cadastro. Na base completa do CadÚnico, em junho de 2021, a renda familiar per capita mensal média era de R$320,60 (em valores correntes). Entre os adolescentes que morreram de forma violenta, a renda média era 42% menor, de R$186,50 – e metade dos adolescentes vivia em domicílios com renda per capita de até R$100,00 mensais. Neste grupo, 88% estavam em situação de pobreza; entre todas as pessoas cadastradas em São Paulo, 68% estavam em situação de pobreza. Apesar dessa diferença, em relação ao alcance do Bolsa Família não se percebeu um aumento na mesma proporção: 47,5% dos adolescentes mortos eram de famílias que recebiam este benefício de transferência de renda. Entre todos os cadastrados, eram 41,9%.

Algumas outras informações reforçam que os adolescentes identificados parecem vir de domicílios mais pobres que a média do estado. São famílias que gastavam, em média, 50% da renda com alimentação, 25% mais do que a média de todas as famílias cadastradas no estado, por exemplo. O número médio de moradores por domicílio era 15% maior entre essas famílias do que a média estadual.

O cruzamento aponta ainda que, em 2020, algo como metade dos adolescentes que tiveram morte violenta eram de famílias que tinham sido, de alguma forma, atendidas pelos serviços de assistência social. Portanto, de algum modo, estavam inseridos “dentro do sistema”.

Metade dos adolescentes paulistas vítimas de violência letal e egressos da Fundação Casa morre em menos de um ano após cumprimento de medida socioeducativa em meio fechado

Do total de mortes de crianças e adolescentes de até 19 anos por homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal ou em decorrência de intervenção policial entre 2015 e 2020, 29% dos adolescentes identificados tinham cumprido medida de internação na Fundação CASA.

Entre as meninas mortas de forma violenta na base compartilhada com a Fundação (354), 4,8% tinham cumprido medida socioeducativa de internação em São Paulo. Em relação aos meninos que morreram de forma violenta (3.268), eram 32%. As meninas são, historicamente, cerca de 5% dos adolescentes e jovens na Fundação Casa. No que diz respeito ao critério racial, considerando adolescentes que morreram de forma violenta: 26% dos brancos tinham passado pela Fundação Casa; entre os pardos eram 31%, e entre os pretos chegavam a 34%.

Há também diferenças de padrão na forma de morte violenta dos adolescentes que em algum momento cumpriram medida de internação na Fundação Casa. Entre os que morreram por causas classificadas no grupo homicídio (homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte), 23% cumpriram medida de internação. Entre as mortes decorrentes de intervenção policial, 38% dos adolescentes mortos tinham cumprido medida de internação.

A análise dos dados da Fundação Casa apontou também que, em média, os adolescentes que morreram cumpriram 180 dias de medida de internação, e que, em média, eles entraram na Fundação CASA aos 16 anos e saíram com 17 anos. Quando comparamos a data de saída da Fundação CASA com a data de morte dos adolescentes, identificamos que a mediana é 297 dias. Ou seja, para metade dos adolescentes que identificamos menos de 300 dias transcorreram entre a saída da Fundação CASA e uma morte violenta.

Tendência de queda da violência letal de crianças e adolescentes paulistas é interrompida

Além do cruzamento de dados inédito, o estudo “O impacto das múltiplas violações de direitos contra crianças e adolescentes - Uma análise intersetorial sobre as mortes violentas de crianças e adolescentes no estado de São Paulo de 2015 a 2022”  traz uma análise geral dos indicadores no período.  Entre os anos de 2015 e 2022, 2.539 meninos e meninas perderam suas vidas em razão de homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte no Estado de São Paulo e 1.408 foram mortos em  contextos de intervenção policial (MDIP).

Ao se analisar os dados por ano, chama a atenção o fato de as mortes violentas de meninos e meninas no estado de São Paulo, a partir de 2022, não terem seguido a tendência de queda dos últimos anos.

O estado de São Paulo perdeu, em 2022, 213 meninas e meninos por homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, o que representa ainda um número bastante alto. E foram 69 mortes de pessoas de até 19 anos em contextos de MDIP. No ano de 2023, foram 206 vítimas de 0 aos 19 anos por homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte e 84 mortes em decorrência de intervenção policial. Em comparação a 2022, isso representa um aumento geral de seis mortes e de 22% para MDIP. 

Sobre o Comitê

Criado em 2018, o Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CPPHA) é a principal iniciativa no estado de São Paulo para prevenir a violência letal contra crianças e adolescentes de até 19 anos. No momento, está em tramitação projeto de lei que institui a Política Paulista de Prevenção das Mortes Violentas de Crianças e Adolescentes, no estado de São Paulo, que prevê que a coordenação, articulação, monitoramento e avaliação da política seja executada por meio do Comitê. Acesse o site oficial do Comitê em: https://www.pelavidadeadolescentes.com.br/.

Contatos para a imprensa

Mayara Barbosa
Oficial de Comunicação
UNICEF Brasil
Telefone: (11) 98375 5610

Lucro do setor de saúde cresce 180% e chega a R$ 5,6 bi no 1º semestre, divulga ANS

 

O setor de saúde teve um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre de 2024, uma alta de 180% ante os R$ 2 bilhões registrados no mesmo período de 2023. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 3, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com base nas informações financeiras divulgadas pelas operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios nos dois primeiros trimestres de 2024.

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A receita total do setor ultrapassou R$ 170 bilhões no primeiro semestre, com o lucro líquido representando cerca de 3,27% do total, indicando que o setor obteve aproximadamente R$ 3,27 de lucro para cada R$ 100,00 de receita.

Segundo a ANS, o desempenho financeiro do primeiro semestre de 2024 é o mais alto desde 2019, com todos os segmentos apresentando resultados positivos.

Operadoras odontológicas com lucro de R$ 338 milhões; médico-hospitalares com R$ 5,1 bilhões; e administradoras de benefícios com R$ 106,8 milhões.

Operadoras

Os dados divulgados também demonstram uma melhoria no desempenho tanto de grandes quanto de pequenas operadoras médico-hospitalares. As de grande porte, como já esperado, lideraram o setor, com um aumento de R$ 5,0 bilhões no lucro líquido no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Para as operadoras de pequeno porte, o lucro aumentou R$ 66,7 milhões na mesma comparação.

Operadoras de médio porte, por outro lado, tiveram uma redução de R$ 1,4 bilhão no lucro líquido no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023.

Segundo a ANS, esse resultado negativo foi influenciado por uma operadora específica. Caso esta companhia fosse excluída da análise, haveria um aumento de R$ 397,5 milhões no lucro líquido para as operadoras de médio porte na comparação dos períodos

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

AGORA: ''Tá Na Hora'' exibe reportagem na Fundação CASA e entrevista adolescentes que cometeram crimes

 


Foto: Divulgação/SBT

O ''Tá Na Hora'' de hoje exibe uma reportagem de Emerson Tchalian sobre a rotina das adolescentes que cumprem medidas socio-educativas na Fundação CASA. O programa teve acesso, com exclusividade, a uma unidade onde dezenas de meninas vivem um período sem liberdade, por decisão da justiça, e registra como é a rotina daquelas que cometeram atos infracionais

Prefeitura utilizará antigos imóveis da Fundação Casa para acolher pessoas em situação de rua



Itaim Paulista será contemplado com nova unidade do Centro de Acolhida para Famílias, cedida pela Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania

Com o objetivo de ampliar as opções de moradia para a população em situação de rua a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), utilizará seis antigos imóveis, onde funcionavam unidades da Fundação Casa, que estão desocupados. As unidades foram cedidas pela Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania. Cinco delas estão localizadas na Zona Leste: duas no Itaim Paulista, duas em Guaianases e uma no Parque do Carmo. A sexta situa-se em Taipas, na Zona Norte.

Os encaminhamentos para este serviço serão realizados pela Proteção Especial e pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Serão destinados a famílias, preferencialmente com crianças e que, prioritariamente, tenham vinculação com as regiões Leste e Norte da cidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), inicialmente as cessões dos prédios seriam somente para o uso durante a Operação Baixas Temperaturas (OBT), que teve início em 30 de abril e irá até 30 de setembro. No entanto, após este período, as unidades estarão em funcionamento até setembro de 2023, podendo haver renovação do termo de cessão dos imóveis.

Cronograma

O primeiro imóvel entregue será o Centro de Acolhida Especial (CAE) para Famílias no Itaim Paulista (Encosta Norte) com capacidade para acolher até 100 pessoas. A previsão de entrega, com as readequações já realizadas, será em 23 de agosto.

O segundo Centro de Acolhida, que tem previsão de entrega para a segunda quinzena de setembro, será na região do Itaim Paulista, mais especificamente na região da Vila Conceição. Este serviço será um CAE para Mulheres, com ou sem filhos.

Os outros quatro Centros de Acolhida que serão instalados em antigos prédios da Fundação Casa estão em fase de planejamento do cronograma de reformas, considerando as adequações estruturais. Estes serviços têm previsão de entrega ainda em 2022.

Reformas

Como as unidades tinham outro caráter de uso, há necessidade de adequações para a retirada de portas com grades, alambrados e adequações elétricas e hidráulicas para banheiros de uso privativo, além de toda revitalização com jardinagem e pintura, assim como a instalação de uma biblioteca.