terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Fim da demissão sem justa causa: saiba como será o julgamento

 


Fim da demissão sem justa causa está na pauta do Judiciário: saiba como será o julgamento no Supremo Tribunal Federal

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É esperado que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue, no primeiro semestre de 2023, uma ação sobre a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Entretanto, muitos perfis em redes sociais têm interpretado que esse julgamento decide pelo fim da demissão sem justa causa.

Contudo, essa interpretação está errada, já que a demissão sem justa causa está descrita na Constituição Federal. Assim, o que está sendo julgado é a inconstitucionalidade ou não da decisão do ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, em deixar a convenção 158 da OIT.

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A convenção 158 da OIT é assinada por 35 países. De acordo com ela, os empregadores devem justificar o motivo porque estão demitindo os seus funcionários. 

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Confusão com o fim da demissão sem justa causa

Advogados dizem que a confusão com o julgamento da convenção 158 da OIT está na obrigatoriedade da justificativa. Assim, uma leitura superficial pode dar a entender que todas as demissões deveriam ser por justa causa.

Entretanto, a norma da OIT não quer estabelecer o fim da demissão sem justa causa. A medida quer que o empregador diga o porquê do corte, não importa o motivo e nem se ele é indicador de demissão por justa causa. Por exemplo, a empresa pode alegar:

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  • Motivos econômicos, quando precisa fazer cortes de gastos;
  • Motivos técnicos, quando determinada ocupação deixará de existir por conta do processo de automação;
  • Produtividade, a empresa pode alegar que a demissão está ligada ao desempenho insatisfatório do funcionário. 

Dessa forma, as empresas continuarão com o direito de desligar seus funcionários unilateralmente. Assim, o resultado do julgamento não vai gerar grandes alterações na Legislação Trabalhista Brasileira. Consequentemente, não será o fim da demissão sem justa.

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Como será o julgamento

A ação referente à convenção 158 da OIT está em julgamento há mais de 25 anos. Entretanto, uma modificação no regimento interno do STF pode fazer com que ela seja julgada na primeira metade desse ano.

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Agora, os ministros têm 90 dias para devolver seus pedidos de vista. Caso não cumpra o prazo, o processo fica automaticamente livre e o julgamento pode ser retomado. 

Assim, os ministros julgaram se o ex-presidente FHC poderia deixar a convenção 158 da OIT ou se ele precisava de autorização do Congresso. Caso seja decidido pela inconstitucionalidade, o próprio STF deve indicar como a nova regra será aplicada no Brasil.

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Imagem: Lee Charlie/shutterstock.com

Judiciário retoma audiências presenciais no próximo dia 27

 

Neste dia, entrará em vigor a resolução 481/22, do CNJ, que limitou o teletrabalho de servidores e magistrados e definiu a volta das audiências ao modelo presencial.

Da Redação


terça-feira, 10 de janeiro de 2023


Atualizado às 08:58


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No próximo dia 27 de janeiro entra em vigor a resolução 481/22, do CNJ, que limitou o teletrabalho de servidores e magistrados e definiu a volta das audiências ao modelo presencial.


A norma revoga as resoluções vigentes à época da pandemia do coronavírus e altera as resoluções CNJ 227/16, 343/20, 345/20, 354/20 e 465/22.


Leia a íntegra da resolução 481/22.


Plenário do CNJ decidiu no dia 8 de novembro.(Imagem: Nelson Jr./CNJ)

No dia 8 de dezembro, a retomada do trabalho presencial foi aprovada na 359ª sessão ordinária do CNJ, no julgamento de procedimento de controle administrativo relatado pelo conselheiro Vieira de Mello Filho. Na ocasião, foi fixado prazo de 60 dias para a entrada em vigor das mudanças.


Naquela sessão, o plenário do CNJ decidiu que, em regra, as audiências devem ocorrer de forma presencial. As audiências virtuais, por serem excepcionais, só poderão ser realizadas por requerimento da parte, desde que deferido pelo juiz; ou, de ofício, por hipóteses apontadas na resolução 354/20, como urgência, conciliação ou indisponibilidade temporária do foro, calamidade ou força maior. 


A decisão também aprovou a limitação do número máximo de servidores em teletrabalho a 30% do quadro permanente da vara, gabinete ou unidade administrativa.


Além disso, determinou a obrigatoriedade da presença do juiz na comarca, com o comparecimento na unidade jurisdicional em, pelo menos, três dias úteis na semana; publicação prévia da escala de comparecimento presencial autorizada pela presidência e/ou Corregedoria do Tribunal; garantia de atendimento virtual a advogados, defensores e promotores, quando solicitado; produtividade igual ou superior à do trabalho presencial; e garantia de prazos razoáveis para realização de audiências.


Para implantar as alterações, os tribunais estão sendo supervisionados pela Corregedoria Nacional de Justiça, que nomeou grupo de trabalho "com representação de todos os ramos da Justiça, para auxílio, acompanhamento e fiscalização do cumprimento da presente decisão


Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/379643/judiciario-retoma-audiencias-presenciais-no-proximo-dia-27

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Salário mínimo 2023: anúncio previsto para hoje (9) deve ser adiado pela 2ª vez

 

Previsto para ser anunciado nesta segunda-feira (9), o anúncio do salário mínimo de 2023 pode ser adiado após as manifestações.

Salário mínimo 2023: anúncio previsto para hoje (9) deve ser adiado pela 2ª vez

postado 09/01/2023 09:20:15

O anúncio do valor do salário mínimo de 2023 previsto para essa segunda-feira (9) pode ser adiado após a invasão de manifestantes do Congresso Nacional, Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8).

A publicação da medida que deve elevar o salário mínimo para R$ 1.320 depende de uma  avaliação do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), sobre a suficiência de recursos.

Geralmente, a norma que oficializa o novo valor é publicada logo nos primeiros dias do ano, porém o valor prometido pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva pode comprometer R$ 7,7 bilhões do orçamento - mais do que o dobro previsto inicialmente.

Dessa forma, a equipe econômica avalia alternativas para minimizar esse impacto. Uma possibilidade seria implementar o aumento do salário mínimo ao longo do ano. Contudo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o benefício “será pago normalmente”.

No entanto, o ministro não informou quando o governo pretende editar a medida provisória que fixará o novo valor.

Novo Salário mínimo

O pronunciamento do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o novo salário mínimo originalmente estava previsto para sexta-feira (6), mas foi adiado para segunda-feira (9) após a primeira reunião ministerial do novo governo, no Palácio do Planalto. No entanto, com as manifestações, a agenda dos ministros está indefinida.

Apesar de a emenda constitucional da Transição ter assegurado R$ 6,8 bilhões para bancar o salário mínimo de R$ 1.320, a forte liberação de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) nos últimos meses do ano passado pode resultar em um impacto fiscal maior que o previsto. Nesse caso, o governo terá de remanejar dinheiro de todos os ministérios para bancar esse valor.

Para passar a valer, o governo federal precisa publicar uma nova Medida Provisória (MP) no Diário Oficial da União