quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Internos da Fundação Casa fazem provas para terminar a escola

 


Mais de 1,7 mil jovens privados da liberdade fazem o Encceja para tentar concluir os ensinos fundamental e médio

19 out2022- 05h00
Foto: Fundação Casa

Ao todo, 1.705 internos da Fundação Casa realizam as provas do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja) para Pessoas Privadas de Liberdade. As provas começaram a ser aplicadas na terça-feira (18), e seguem nesta quarta-feira (19). 

Realizam o exame adolescentes que cumprem ou que já cumpriram medida socioeducativa de internação em 88 centros socioeducativos da Fundação. O Encceja é uma prova aplicada anualmente e visa verificar as competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade adequada. 

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De todos os inscritos da Fundação Casa, 1.120 buscam a certificação do Ensino Fundamental, enquanto 585 almejam concluir o Ensino Médio. Na busca por melhorar a escolaridade e avançar nos estudos, o auxiliar administrativo Jonathan, 19, prestou o exame em 2021 e concluiu o Ensino Médio. 

O jovem esteve internado na Casa de Pirituba, zona oeste da capital paulista. Lá prestou vestibular para uma universidade particular, foi aprovado e conseguiu bolsa para cursar Tecnologia e Segurança da Informação.  

O jovem agora tem o objetivo de construir uma carreira na área de tecnologia e viver uma experiência internacional. “Quero morar no Canadá com a minha família”, planeja o jovem, pai de uma bebê de quase 3 anos. Nas horas vagas, o rapaz faz cursos abertos na área de TI em instituições de ensino como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Harvard. 

Para o secretário de Justiça e Cidadania (SEJUC), Fernando José da Costa, a prova é uma oportunidade de recomeço para os internos. “É nítido o quanto a educação é fundamental para que esses adolescentes procurem novas perspectivas”, afirma. “Elevar a escolaridade é o início e o fundamento para se qualificarem, especialmente para se inserirem no mercado de trabalho futuramente.” 

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No primeiro dia está sendo feita a prova voltada aos conhecimentos do ensino fundamental e amanhã será aplicada voltada ao ensino médio. O exame é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por intermédio da Fundação Getúlio Vargas.

Preparação

Todos os adolescentes internados na Fundação Casa frequentam as aulas da educação escolar, ministradas por professores da rede pública estadual, seguindo o mesmo calendário e o conteúdo programático da rede pública de ensino. 

As aulas são diárias, de segunda a sexta-feira. Mesmo os adolescentes que já concluíram o Ensino Básico, frequentam as aulas como ouvintes, inclusive como meio de preparação para exames externos (como o Enem PPL) e concursos públicos.

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Para o Encceja PPL, cada centro socioeducativo tem autonomia para reforçar a preparação, além do que já é abordado em sala de aula. Essa autonomia ocorre porque a agenda diária do adolescente no centro socioeducativo também é preenchida com atividades de educação profissional básica, oficinas de arte e cultura, esporte, lazer, atendimento psicossocial, entre outros.

Internações caem na Fundação Casa

Ao menos 4.813 adolescentes estão em atendimento na Fundação Casa, 96,03% do sexo masculino e 3,97% do sexo feminino. Segundo levantamento do Visão do Corre, com base em dados da Fundação Casa, há uma queda no número de internações desde 2015 e a tendência se manteve praticamente a mesma entre 2019 e 2022.

Em dezembro de 2019, a Instituição atendia a 6.850 jovens. No mesmo período de 2020, já na pandemia, o índice caiu para 4.911. Em 2021, chegou a 4.449. Neste período, uma queda de 30%. 

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De todos os internos, 55 concluíram o Ensino Médio, enquanto 2.052 ainda estão cursando essa etapa do ensino.  Já 2.544 adolescentes cursando o Ensino Fundamental, sendo que 2.401 estão no Ciclo II da etapa – do 6º ao 9º anos – e 143 encontram-se no Ciclo I - do 1º ao 5º anos. Do total de 4.813 jovens atendidos, apenas 162 não tinham o grau de escolaridade informado em sistema.

Todos os adolescentes e jovens que precisam dar continuidade aos estudos da Educação Básica (seja no Ensino Fundamental, seja no Ensino Médio) já saem do centro socioeducativo, após a desinternação, com o encaminhamento para a escola da rede onde terá continuidade dos seus estudos.

Fundação CASA: proteção de dados com Forcepoint

 


18/10/2022 15:23

Projeto implementado pela Brasoftware reduziu o número de alertas falsos de ciberataques.

A instituição já havia implantado soluções Veritas com a Brasoftware (Foto: Divulgação)

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A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente de São Paulo (Fundação CASA/SP), implementou a solução de Data Loss Prevention (DLP) da Forcepoint em um projeto liderado pela Brasoftware, uma das maiores integradoras de TI do país.

A ferramenta, que oferece proteção unificada de dados e IPs, funciona de forma híbrida e multinuvem, realizando o monitoramento on-premise no servidor de arquivos e o que é replicado para a nuvem por meio das políticas de segurança definidas pela equipe de TI da instituição.

Agora, a Fundação CASA terá acesso a análises preditivas contra possíveis ataques de ransomware, antispam e hacker, diante dos quais as máquinas são bloqueadas para o isolamento da ameaça de rede.

A instituição também poderá mapear e classificar seus dados, bem como receber alertas e notificações do monitoramento, que de acordo com Marcelo Saburo, diretor regional da Forcepoint Brasil, confere maior velocidade na análise de artefatos maliciosos.

Assim, é possível isolar o problema sem impactar as operações da instituição, além de otimizar o tempo dos analistas e gerar relatórios para tomada de decisões.

Segundo a Fundação CASA, o resultado registrado tem sido a redução do número de falsos positivos e maior controle da informação.

“Todo o ‘machine learning’ que há por trás da solução é como um canivete suíço para nós, que dispomos de uma equipe enxuta na área, e o papel de autodiagnóstico da ferramenta tem sido muito efetivo em toda a infraestrutura da instituição”, afirma Julio Signorini, CIO da Fundação CASA/SP.

Em 2021, a Brasoftware já havia realizado um projeto com a instituição para a implementação de soluções da Veritas, com foco na gestão de proteção dos dados da instituição.

Desde então, a quantidade de dispositivos que operam na rede da Fundação passou de 4,5 mil para quase 11 mil, além de agora registrar cerca de 1 mil funcionários em home office, com expectativa de que o número chegue a três mil até o final deste ano.

“Hoje temos um panorama muito abrangente de todo dado armazenado e conseguimos ter um mapa de risco, visto que as informações do adolescente estão debaixo de legislação e há impactos sobre a forma como ele é tratado”, completa Signorini.

Até 2006 conhecida como Febem, a Fundação CASA presta anualmente assistência a cerca de 19,5 mil jovens entre 12 a 21 anos incompletos em todo o estado de São Paulo, executando as medidas socioeducativas de restrição.

Atualmente, a instituição conta com mais de 10 mil colaboradores.

Fundada em 1987 e com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Brasília, a Brasoftware trabalha com uma longa lista de fornecedores, incluindo Microsoft, Autodesk, Adobe, Citrix, Broadcom, Arcserve, Corel, ForcePoint, Kaspersky, McAfee, PaloAlto, Snow, Veeam, Veritas, VMware, entre outras.

Em 2020, a companhia obteve o faturamento de R$ 1,9 bilhão, uma alta de 34% frente aos resultados de 2019.

A Forcepoint é resultado da compra da Websense e da Stonesoft, uma empresa da Intel, por parte da divisão de cibersegurança da gigante de defesa americana Raytheon.

No Brasil, a companhia começou o trabalho com uma base consolidada de clientes a partir das empresas atendidas pela Websense, que já tinha presença no país, e o ecossistema de canais Intel, que vendia Stonesoft no Brasil.

O portfólio da Forcepoint reúne sistemas que, além de protegerem a rede de ameaças externas, monitoram o comportamento dos funcionários para avaliar riscos de falhas, como abertura de e-mails com vírus, ou ações mal-intencionadas, como roubo de informações.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Sistema Socioeducativo em luto


 

Com é imenso pesar que informamos o falecimento do servidor Luiz Cláudio Padilha, faleceu dia 17 de outubro, vítima de câncer e pneumonia.

O mesmo trabalhava no complexo Vila Maria, no CASA Paulista, nós do BLOG AGENTES NA NET e servidores, deixamos nossos sentimentos a familiares e amigos.


Saudades eternas deste ser de luz que hoje se foi. Orando para que Deus acalente o meu coração e o da família neste dia tão difícil.





 

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Participem, da inauguração do nosso Clube de Tiro Esportivo e Caça,em Batatais


 

Chegou o dia da nossa *GRANDE INAUGURAÇÃO!*

E nós, da família *Capitania das Armas* temos a honra de convidar V.Sª e família para o dia tão esperado, a inauguração do nosso Clube de Tiro Esportivo e Caça, agregado a uma área de muito verde e com várias opções de lazer para vocês!

Teremos duas atrações musicais

Praça de alimentação

Cerveja gelada

Várias promoções

Demonstração de Tiro ao prato


Não precisa estar filiado ou ter CR para a inauguração ...todos convidados.


Domingo  dia 23/10 a partir das 09h00

Traga sua familia




Com chutes e gritos, homem tenta invadir unidade socioeducativa


O suspeito foi identificado como Maicon Antonio de Jesus e acabou preso em flagrante. Na delegacia, ele foi liberado

Darcianne Diogo
postado em 17/10/2022 14:26 / atualizado em 17/10/2022 21:11
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Um homem acabou preso ao tentar invadir a Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire) na madrugada desta segunda-feira (17/10). Por volta de 1h40, um agente socioeducativo notou um movimento estranho na área externa do Módulo 4, quando escutou uma pancada forte e gritos. O suspeito foi identificado como Maicon Antonio de Jesus.

A unidade é responsável por abrigar, além de adolescentes, adultos de 18 a 21 anos de alta periculosidade e que cumprem medida socioeducativa por atos infracionais graves cometidos quando menores de idade. O Correio apurou que, enquanto tentava arrombar o portão, Maicon gritava para que abrissem, correu e deu um segundo chute na porta.

O agente pediu o reforço das equipes e, quando abriram o portão, viram uma poça de sangue no chão e várias marcas nas paredes. A Polícia Militar do DF foi acionada e, em buscas pelo suspeito, encontraram o homem dentro da unidade escondido em um matagal. Maicon chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em decorrência dos ferimentos. Em seguida, foi levado à 27ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) e liberado.

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Segundo Pablo Aguiar, delegado da 27ª DP, o homem sofre de distúrbios mentais. "Ele pensava estar sendo perseguido e queria se proteger dentro da unidade socioeducativa”, esclareceu. Após ser ouvido, ele foi liberado aos cuidados da família.

Em maio deste ano, o SINDSSE-DF representou ao Ministério Público do Distrito Federal , em relação à segurança dos arredores das Unidades de internação, após uma interna da Unidade de Internação do Gama admitir ter realizado uma "campana" nos arredores da unidade, com o intuito de atentar contra a vida de uma Agente Socioeducativa.

Insegurança

André Henrique Santos, presidente do Servidores da Carreira Socioeducativa do Distrito Federal (Sindsse-DF), ressalta que o posto policial da Unire foi desativado em 2019, momento em que o sindicato chegou a ajuizar ação civil pública contra o DF para a reativação dos postos policiais das unidades de internação.

“Desde a decisão judicial, as ocorrências nos arredores das unidades demonstram claramente a necessidade de readequação do atual modelo adotado. Entendemos que somente a vigilância armada, ostensiva, e ininterrupta, realizada por servidores do Estado, é suficiente para trazer segurança para as Unidades de Internação do Distrito Federal. Infelizmente a falta de segurança nas unidades de internação é uma tragédia anunciada, facilitando a possibilidade de resgate de internos, ou "acerto de contas" contra internos que cumprem medidas socioeducativas que estão com suas vidas sob a responsabilidade do Estado”, ressaltou.

O Sindsse explicou que demandará, mais uma vez, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) em busca de solucionar o problema da insegurança.

A Secretaria de Justiça e Cidadania informou que o homem foi interceptado e contido pelos agentes de plantão da unidade, que efetivaram a prisão. O Batalhão da Polícia Militar foi chamado ao local e prestou todo apoiou a operação, encaminhando o homem à Delegacia para registro de ocorrência.

A varredura por toda unidade foi realizada durante toda madrugada pelos agentes socioeducativos de plantão. Nesta manhã, foi realizada nova varredura com o apoio do Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar (BPCães no local). Nada relacionado ao fato foi encontrado.

O caso é investigado pela Policia Civil

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

AGENTE SOCIOEDUCATIVO DA FUNDAÇÃO CASA, TST FIXA TESE SOBRE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

 

TST FIXA TESE SOBRE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE A AGENTE SOCIOEDUCATIVO DA FUNDAÇÃO CASA 

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Na última sexta-feira (14/10), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou acórdão que excluiu, por unanimidade, o pagamento de adicional de insalubridade em razão do local da prestação do serviço aos agentes de apoio socioeducativo da Fundação Casa. 

De observância obrigatória por todos os magistrados, a tese pacifica recursos repetitivos com esse assunto na Justiça do Trabalho (Tema 8) e é aplicada imediatamente (ou seja, sem modulação de efeitos). 

Confira abaixo o teor do texto, e o acórdão aqui.

"O Agente de Apoio Socioeducativo da Fundação Casa não tem direito ao adicional de insalubridade, em razão do local da prestação de serviços, na medida em que o eventual risco de contato com adolescentes que possuem doenças infectocontagiosas ocorre no estabelecimento cuja atividade é a tutela de adolescentes em conflito com a lei e não se trata de estabelecimento destinado aos cuidados da saúde humana".

Atividades perigosas

Ainda, em 12/11/2021, o TST publicou acórdão que concede o adicional para os agentes que realizam atividades e operações perigosas (Tema 16). Relembre essa tese aqui.

Fundação Casa

Por fim, vale lembrar que a Fundação Casa é a autarquia do governo estadual que visa aplicar medidas socioeducativas a crianças e adolescentes detidos por atos infracionais.

 

Terceirização do sistema Socioeducativo


 


Uma verdadeira barbeiragem do Governo Federal está em andamento contra os servidores do Sistema Socioeducativo.


Trata-se do Projeto encabeçado pela Ministra dos Direitos Humanos Damares Alves, entitulado de "O Novo Socioeducativo", o qual deverá ceder a gestão e a operacionalização de Unidades Socioeducativas para Parcerias Público Privadas - PPP. 


Um governo eleito com o discurso forte de enquadrar a malandragem e colocá-los em seu devido lugar, até agora não conseguiu tirar o SSE do julgo ideológico. O trato com os menores deve sim ser diferenciado das prisões, porém, ainda hoje paira a ideologia do vitimismo dentro das unidades, bem como, a pressão nos servidores para que cuidem de menores altamente periculosos como se estivessem em creches, diuturnamente somos agredidos pelos presos, sem podermos nos defender, não só isso, ainda nos fazem cuidar de dezenas de jovens violentos sem um equipamento de segurança sequer, nos fazem realizar escoltas sem armamento, como pode? A Sra Damares Alves até agora não moveu um dedo mindinho sequer para mudar isso. Sabemos que  esse tipo de tratamento colabora para as altas taxas de reincidência desses pequenos criminosos. O governo eleito também sabe disso, mas parece que anda dando uma fraquejada, pois nada fez até agora para mudar a penúria e a falta de segurança dentro das Unidades, aliás, ao resolver fazer, anuncia a terceirização do sistema e provavelmente a continuidade do tratamento vitimizador dos menores criminosos. 


Fomos alçados a categoria especial na reforma da previdência, com apoio do governo federal, muitos nos tratam como segurança pública, mas parece que ao passar para a prática dos nossos afazeres, ainda somos tratados como monitores de creche infantil, o que falta para tornar o discurso realidade? Seria uma enrolação para nos calar e seguir no processo de privatização do SSE? CADÊ A CARREIRA TÍPICA DE ESTADO?


O Projeto Novo Sistema Socioeducativo nada mais é do que a transferência do SSE para mãos privadas, em um claro ataque aos anseios dos Agentes Socioeducativos, que esperavam a valorização de um governo eleito com o discurso de mudar o sistema de justiça juvenil do país e, certamente isso passaria pela transformação do SSE em carreira típica de estado, onde servidores de carreira fariam a gestão e a operacionalização de todo o sistema, pondo fim ao tratamento ideológico e sendo pragmático, operando um sistema capaz de promover a mudança na vida dos jovens em conflito com a lei.


O que mais me espanta é a parceria com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos - UNOPS, órgão que sabidamente se posiciona contra todo o discurso do governo eleito. Onde está o erro? Se isso se concretizar, será uma tremenda trairagem no próprio discurso do governo. 


Quero confiar que as autoridades estão na intenção de modernizar o sistema, querendo oferecer profissionalização e estudo de qualidade aos menores infratores, mas sem terceirizar os serviços de segurança dos Agentes Socioeducativos das unidades, que deve ser valorizado e transformado em carreira típica de estado, com a capacidade de assegurar as atividades e cobrar disciplina dos presos, a sociedade exige isso, esse foi o discurso eleito.


Fiquemos atentos.