terça-feira, 8 de junho de 2021

Vale a pena entrar com a revisão do FGTS sem data de julgamento?

 


 
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Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

A ação de correção dos valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que pede a revisão dos valores do saldo alterando a atual Taxa Referencial (TR) que tem índices próximos a zero desde 1999 quando foi aplicada por outra taxa de correção monetária que ao menos acompanhe a inflação, estava prevista para ser julgada no dia 13 de maio, contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF) retirou da pauta a ação.

De acordo com o ministro Luiz Fux, no atual momento de crise e pandemia, o cenário não favorece o julgamento que pode decidir em favor de 70 milhões de trabalhadores e que pode ter um impacto de mais de R$ 300 bilhões.

Fonte: Google
Fonte: Google

Vale a pena entrar com ação agora?

Com a retirada da pauta no dia 13 de maio, o julgamento fica aguardando por uma nova data de julgamento, até lá, pouco se sabe sobre o que de fato vai acontecer. Contudo o STF já se mostrou favorável em outros julgamentos de que a Taxa Referencial não deve ser aplicada, o que é um grande ponto positivo aos trabalhadores.

Além disso, muito se especula se vale ou não apena entrar com ação agora, sendo que será necessário aguardar a data de julgamento e decisão do STF para de fato validar o que pode acontecer.

Entretanto, assim como pouco se sabe sobre o que pode acontecer, é importante lembrar que o Supremo Tribunal Federal, pode julgar a ação em prol de todos os trabalhadores, ou ainda aplicar um efeito modular beneficiando somente quem já havia ajuizado a demanda.

Sendo assim, apesar de não ser obrigatório que o trabalhador entre com ação agora, antes do julgamento, é extremamente interessante ajuizar ação antes da data para que assim o trabalhador de fato tenha o seu direito assegurado. A seguir vamos falar com entrar com ação, mesmo para os trabalhadores de baixa renda que não podem arcar com os custos processuais de um advogado.

Entendendo a correção do FGTS

O Fundo de Garantia consiste em um depósito mensal equivalente a 8% do salário do trabalhador, esse saldo fica depositado em uma conta vinculada diretamente ao contrato de trabalho, e nessa conta os valores precisam ser corrigidos com o passar do tempo para que quando o trabalhador resgate o saldo, não receba um valor mais baixo que foi “comido” pela inflação.

No entanto, a Taxa utilizada para correção monetária do FGTS desde 1999 é a Taxa Referencial (TR) que ao longo dos anos vem acumulando índices de quase zero, ou seja, o saldo dos trabalhadores vem sendo corrigidos com índices abaixo da inflação, ocasionando grandes perdas aos trabalhadores ao longo dos anos.

Sendo assim, a ação de correção do FGTS pede que o saldo do fundo seja recalculado utilizando índices de correção monetárias mais favoráveis, que acompanhem o avanço da inflação não significando perdas aos trabalhadores, como o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Logo, caso a ação seja julgada em favor dos trabalhadores, todos os valores perdidos ao longo dos anos desde 1999 precisaram ser corrigidos e restituídos aos trabalhadores, mesmo para aqueles que já tenham sacado parcial, ou integralmente os valores do FGTS.

Quem pode pedir a Revisão do FGTS?

Todos os trabalhadores que atuaram de carteira assinada por pelo menos algum período ao longo dos anos de 1999 e 2013 podem entrar com o pedido de correção dos valores do FGTS.

A correção vale tanto para os trabalhadores que ainda estão com o saldo nas contas do fundo, bem como para os trabalhadores que tenham resgatado parte ou todo o saldo integrado a conta por qualquer motivo que seja, mesmo para a compra de um imóvel, por motivo de saúde, ou por demissão.

Conforme estimativas os valores a receber podem chegar a 88% do saldo, no entanto é necessário buscar a análise dos seus dados para saber quanto cada trabalhador pode receber. Conforme algumas estimativas:

  • Um trabalhador com 10 anos de registro em carteira e com salário médio de R$ 2.000 pode receber valores superiores a R$ 5.000.
  • Um trabalhador com 10 anos de registro em carteira e com salário médio de R$ 8.000 pode ter direito de receber valores de R$ 20.000.

Como entrar com ação?

Existem três maneiras em que o trabalhador pode entrar com o pedido de ação, inclusive os trabalhadores de baixa renda que não possuem condições de arcar com os custos de um advogado também podem entrar com ação. Vejamos à seguir as três possibilidades para entrar com ação.

Ação por meio de advogado

A primeira possibilidade é através de um advogado para representá-lo judicialmente e garantir o seu pedido de ação, nessa situação será necessário realizar os cálculos exatos para verificar se entrar com a ação pode ser interessante, tendo em vista que aqui teremos os custos processuais.

Lembre-se que, entrar com ação através de um advogado é o caminho mais fácil para conseguir informações e garantir o direito.

Defensoria Pública da União

Também existe a possibilidade do trabalhador que não tenha condições de arcar com um advogado de recorrer a DPU (Defensoria Pública da União) para entrar com a ação, nessa condição não haverá custos processuais.

Ação coletiva

A última situação que permite entrar com o pedido é através de ação coletiva do sindicato. Para essa situação o trabalhador deverá recorrer ao sindicato do setor em que atua para entrar em ação coletiva garantindo assim o direito aos valores revisados do FGTS.

Nesse tipo de ação será necessário juntar a seguinte documentação:

  • RG
  • CPF
  • Carteira de Trabalho
  • Comprovante de residência atualizado
  • Extrato do FGTS.

O extrato do FGTS pode ser acessado pelo site da Caixa

PARTICIPEM DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS SERVIDORES DA FUNDAÇÃO CASA, DIA 15 DE JUNHO


 


Assembleia geral 15.06

20h (1ª CHAMADA) 

20H30 (2ª CHAMADA)


Inscreva-se (até 13.06 às 23h59)

LINK INSCRIÇÃO: 

https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZYpf-2tpzsrGNJq_ZtJyEckXe7hTyEs9wSW

 


SOCIOEDUCADORES EM LUTA DE OLHO NA CAMPANHA SALARIAL NÃO ACEITAM RETIRADA DE DIREITOS, DECIDEM POR ESTADO DE GREVE E DEFINARÃO OS RUMOS DA LUTA EM ASSEMBLEIA DIA 15 DE JUNHO


A categoria socioeducativa do estado de São Paulo aceitou a proposta do TRT e suspendeu o início da greve momentaneamente. Os servidores e servidoras se reuniram em assembleia na noite do dia 03 de junho e 74% dos presentes aceitaram a proposta do TRT que inclui: a) a suspensão do Comunicado DRH 35/2021, correspondente ao não fornecimento de vale refeição; b) o comprometimento da Fundação CASA em consultar a viabilização de recomposição salarial do período que envolve a data-base (1º de março de 2020 a 28 de fevereiro de 2021) para aplicação a partir de 1º de janeiro de 2022; c) comprometimento da Fundação CASA em prorrogar todas as cláusulas sociais até a data-base de 1º de março de 2022.


A decisão da categoria viabilizou uma nova audiência com o TRT para o dia 15/06/2021, terça-feira, às 10h. Diante disso, o SITSESP e Fundação CASA permanecem em negociação coletiva, agora com a intermediação do Tribunal.


A categoria demostrou disposição de luta e organização, em questão de poucas horas se movimentou para participar em peso da assembleia que teve a participação de mais de 800 socioeducadores. A categoria socioeducativa não tem nenhuma confiança na executiva da Fundação CASA, mas, de forma inteligente, deu um passo para demostrar ao Tribunal Regional do Trabalho que a categoria quer negociar sim, mas a negociação deve necessariamente valorizar os profissionais do sistema socioeducativo. Qualquer movimentação por parte da Fundação CASA que retire direitos os servidores e servidoras, mais do que nunca, estão dispostos a realizar uma GREVE que coloque para fora a atual gestão da Fundação CASA e conquiste na luta direitos, saúde e segurança para todos e todas do sistema socioeducativo.


Precisamos ressaltar que a luta não acabou, temos que permanecer mobilizados e preparados para retomarmos a greve no dia 16/06 as 07h, caso a instituição não nos traga uma proposta real na audiência do dia 15 de junho.


NENHUM DIREITO A MENOS!

Valorização, saúde e segurança!