segunda-feira, 15 de março de 2021

Novo corte de jornada e salário já está pronto, confira



 
0

A Medida Provisória (MP) que vai trazer o BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda), já está pronta. É o que informou o ministro da Economia, Paulo Guedes. A MP seguiu para avaliação jurídica do Palácio do Planalto e já aguarda a assinatura do presidente da república, Jair Bolsonaro.

A confirmação da volta do Benefício Emergencial, veio por parte do ministro, que informou ainda que é muito mais viável a volta do benefício para preservação de empregos e empresas, do que correr o risco de em pouco tempo ter um aumento extremamente alto no número de desempregados e empresas fechadas no país.

O BEm permite um acordo entre o empregador e o trabalhador, ao qual o mesmo pode ter a jornada de trabalho e salário reduzidos ou ainda o contrato de trabalho temporariamente suspenso. Na condição original existem três possibilidades, sendo elas:

Redução de jornada e salário em 25% – A empresa paga 75% do salário e o governo os outros 25%

Redução da jornada e salário em 50% – A empresa paga 50% do salário e o governo os outros 50%

Redução de jornada e salário em 70% – A empresa paga 30% do salário e o governo os outros 70%

Suspensão temporária do contrato de trabalho – O pagamento dos salários varia conforme o faturamento da empresa. Se é uma pequena empresa, com faturamento de até R$ 4 milhões e 800 mil em 2020 o trabalhador recebe 100% do seguro desemprego. Agora se é uma empresa grande que faturou mais que R$ 4 milhões e 800 mil em 2020, o trabalhador vai receber 70% do seguro desemprego e a empresa é obrigada a complementar com 30% do salário nominal do trabalhador.

Dentre as possibilidades para custear a volta do Benefício Emergencial o governo estudou a utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) que é o responsável pelo pagamento de programas como o seguro-desemprego e o abono salarial.

Guedes ainda disse que “Por que não dar R$ 500 para ter um seguro-emprego? Ao invés de esperar alguém ser demitido, e dar R$ 1.000, vamos evitar a demissão pagando os R$ 500”.


 

Câmara aprova PEC Emergencial, que pode congelar salários de servidores públicos até 2036

 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta sexta-feira (12), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. O texto abre caminho para o retorno do auxílio emergencial, mas também pode congelar os salários de servidores públicos federais até 2036.

A PEC permite ao governo federal pagar, neste ano, R$ 44 bilhões em auxílio emergencial que não contará contra o teto de gastos. Como contrapartida, porém, o congelamento há medidas mais duras para manter o controle fiscal.

Conforme a redação da PEC Emergencial, todas as vezes em que as despesas obrigatórias dos entes da federação ultrapassarem 95% das despesas totais, os órgãos públicos ficarão obrigados a suspender: aumentos dos salários do funcionalismo, realização de concursos públicos, criação de cargos de despesas obrigatórias, concessão de benefícios e incentivos tributários; lançamento de linhas de refinanciamento e renegociação de dívidas.

Em caso de endividamento entre 85% e 95% das receitas, estados e municípios ficam autorizados a tomar as mesmas medidas citadas acima, mas para tanto precisarão da autorização das respectivas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores.

A Câmara, todavia, retirou do texto o trecho que proibia as promoções e progressões de carreira no serviço público.

Outro ponto derrubado da proposta foi o que autorizava a União utilizar recursos de fundos constitucionais para abater a dívida pública. Se mantido na PEC, seria permitido, por exemplo, retirar dinheiro de fundos da educação para pagar a dívida.

Protesto marcado

Em reação à PEC Emergencial, a União dos Policias do Brasil organiza uma manifestação contra o governo Bolsonaro.

A UPB convocou dois atos: uma carreata pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na quarta-feira (17); e uma mobilização dos servidores da segurança pública civil na segunda feira (22), em frente a cada uma das unidades de trabalho