sábado, 2 de maio de 2020

Senado aprova projeto de R$ 120 bi de socorro a estados com congelamento de salários


Proposta prevê repasse de R$ 60 bi para governos locais e segue agora para a Câmara
Sessão virtual do Senado Federal. Foto: Waldemir Barreto / Agência O Globo
Sessão virtual do Senado Federal. Foto: Waldemir Barreto / Agência O Globo
RASÍLIA - O Senado Federal aprovou neste sábado, por 79 votos a favor a 1 contra, um projeto de R$ 120 bilhões para socorrer estados e municípios e auxiliar no enfrentamento da da pandemia de coronavírus . Deste total, a proposta prevê repasse de R$ 60 bilhões aos governos locais. O restante é referente a iniciativas já anunciadas e suspensão do pagamento de dívidas de bancos públicos. O texto também prevê o congelamento de salários de servidores por 18 meses. A proposta segue agora para a Câmara.
O pacote de ajuda aos estados foi elaborado em conjunto com o governo. A equipe econômica não estava satisfeita com o pacote aprovado pela Câmara há três semanas, que previa a compensação pelas perdas na arrecadação de ICMS e ISS, o que a equipe econômica classificou como um cheque em branco.
O único voto contrário ao projeto foi do senador Randolfe Rodrigues (AP), líder da Rede.
Já o texto apreciado pelos senadores neste sábado contém um repasse menor para estados e municípios, além da contrapartida de congelamento dos salários de servidores públicos até dezembro de 2021.
O relator do projeto, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) apresentou nova versão do projeto antes da votação.  Após a pressão de parlamentares, ele mudou o critério de divisão de recursos de R$ 10 bilhões que precisam ser destinados exclusivamente para ações de saúde, ou seja, são recursos carimbados, não podem ser movimentados livremente por governadores e prefeitos.
Dos R$ 10 bilhões, R$ 7 bilhões serão repassados a estados e R$ 3 bilhões para os municípios. A maior parte da verba será dividida (60%) com base no tamanho da população, e os 40% restantes, de acordo com a taxa de incidência de coronavírus em cada estado. O critério original previa percentuais contrários, ou seja, separava 60% do montante segundo o percentual de disseminação da doença.

60% dos recursos livres vão para os estados

Apesar dessa mudança, o relatório não alterou as linhas básicas da proposta, que prevê R$ 60 bilhões em repasses, dos quais R$ 50 bilhões são recursos livres. O texto do relator previa que eles fossem divididos meio a meio entre estados e municípios. Parte dos parlamentares, porém, defendeu uma proporção maior para os governos estaduais.
Esses senadores defendiam uma partilha de 60% para os estados e 40% para os municípios. Para evitar que a proposta fosse votada por destaque, alongando ainda mais a votação na noite deste sábado, Alcolumbre atendeu ao pedido dos parlamentares, e por acordo, incluiu o critério de divisão à proposta.
Durante a sessão, Alcolumbre também fez novas modificações no relatório em acordo com os senadores. Além do novo critério de rateio, o senador também acatou o pedido para que os débitos previdenciários dos municípios sejam suspensos e para que pequenas e micro empresas tenham preferências nas compras públicas.
Um pedido levantado pelos parlamentares do Distrito Federal era de que, pela natureza jurídica híbrida de estado e município, o DF pudesse receber recursos para estados e para municípios. Em um meio-termo, Alcolumbre decidiu que por sua natureza excepcional, o DF poderá receber um recurso adicional equivalente ao repassado pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 2019.

Servidor de saúde fora do congelamento

Nas redes sociais, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendeu o projeto, disse que o texto apresentado foi a “construção possível” e que deveria ser votado neste sábado.
A proposta aprovada neste sábado prevê que o dinheiro será compartilhado de acordo com uma série de critérios, inclusive arrecadação de ICMS, população e cota nos Fundos de Participação de Estados e Municípios.
Alcolumbre também retirou os profissionais de saúde e de assistência social do congelamento de salários. Já durante a sessão, o presidente do Senado cedeu aos pedidos dos senadores para, além de não incluir os profissionais de saúde no congelamento, para que o impedimento de reajuste salarial não se aplique aos servidores civis e militares das áreas da Saúde e Segurança Pública que estejam diretamente envolvidos no combate da Covid-19.

Em Goiandira, menor infrator e aprendido com vários objetos furtados



Foto: Divulgação/PM
Na manhã desta sexta-feira (01), durante operação na cidade de Goiandira, a equipe do GPT do 18° BPM realiza a apreensão de um menor de idade, que já possui diversos antecedentes criminais, conduzindo uma motocicleta com restrição de Furto/Roubo.Segundo à Polícia Militar, durante a entrevista técnica este confessou que teria por duas vezes cometido o ato infracional análogo ao crime de Furto em um colégio municipal.
Por este motivo, foram realizadas diversas diligências pela cidade onde foram recuperados 4 botijões de gás e 1 TV de 55 polegadas.
Diante dos fatos a equipe conduziu o menor e objetos ilícitos até a presença da Autoridade Policial e acionado o Conselho Tutelar para serem tomadas as providências cabíveis

Governo começa a pagar benefício a trabalhador com salário reduzido


Pagamento vale para quem teve suspensão do contrato ou redução de jornada e salário, e é liberado 30 dias após acordo entre patrão e empregado

Márcio Pinho, do R7
Expectativa é atingir 5 milhões de trabalhadores
ABR/Agência Brasil

Expectativa é atingir 5 milhões de trabalhadores

O governo federal começa a depositar neste mês os pagamentos para trabalhadores formais que aderiram a acordos para suspensão de contratos ou redução de jornadas e salários. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, ligada ao Ministério da Economia, os primeiros benefícios seriam depositados nesta sexta-feira (1º).
Os acordos começaram a ser firmados no dia 1º de abril, data da publicação da Medida Provisória nº 936 pelo presidente Jair Bolsonaro, que autorizou essas regras trabalhistas de forma expecional para o enfrentamento da crise econômica trazida pela pandemia de covid-19.
A expectativa do governo federal era de que até 5 milhões de trabalhadores estivessem dentro desses acordos até a noite desta quinta-feira (30). O custo total estimado do programa é de R$ 51 bilhões.
A MP prevê que o pagamento ocorre 30 dias após o acordo, caso ele tenha sido comunicado ao Ministério da Economia no prazo de até 10 dias após ele ser fechado entre patrão e empregado. Caso contrário, o benefício somente será pago ao trabalhador 30 dias após a data da informação.
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Para o trabalhador receber o benefício, a conta corrente ou poupança precisa estar em seu nome, não no de terceiros. O Ministério da Economia previu abrir contas digitais para trabalhadores que não tenham uma conta.
Segundo a MP, as reduções de salários e jornadas valem por até 90 dias e podem ser de 25%, 50% e 70%. O governo paga o mesmo percentual do corte (25%, 50% ou 70%) calculado sobre o valor do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. Não se trata de uma antecipação, ou seja, se algum dia o trabalhador for demitido da empresa sem justa causa, terá direito ao seguro-desemprego normalmente.
Na suspensão de contrato, de até 60 dias, o governo paga 70% do seguro, em caso de empregados de grandes companhias, ou 100%, em caso de trabalhadores de pequenas e médias empresas.

Consulta

O Ministério da Economia liberou um site no qual o trabalhador poderá acompanhar o pagamento do benefício: servicos.mte.gov.br.

STF

A medida provisória foi prontamente questionada na Justiça pelo partido Rede Sustentabilidade, que apontou no STF (Supremo Tribunal Federal) a suposta inconstitucionalidade da possibilidade de reduzir salários sem que haja um acordo coletivo com a participação de um sindicato.
O partido obteve uma liminar favorável do ministro Ricardo Lewandowski. No julgamento do tema, porém, os ministros mantiveram por 7x3 a possibilidade de que os acordos entre patrões e empregados sejam firmados sem a necessidade da intermediação de um sindicato.
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Detento faz máscara de sabonete com rosto de agente penitenciário


Polícia desconfia de estratégia de fuga, mas detento diz que é homenagem. Seap vai investigar o caso, mas quer estimular preso a continuar na arte.

Por Valéria Sinésio
Do G1 PB
Máscara feita com restos de sabonete foi encontrada dentro da Penitenciária Padrão de Santa Rita. (Foto: Walber Virgolino/Seap)Máscara feita com restos de sabonete encontrada
dentro da Penitenciária Padrão de Santa Rita
(Foto: Walber Virgolino/Seap)
Uma máscara feita com restos de sabonete foi encontrada na terça-feira (8), dentro de uma cela na Penitenciária Padrão de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa. A máscara tem a fisionomia de um agente penitenciário que trabalha no local. O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Wallber Virgolino, disse que a máscara foi encontrada após investigação do serviço de inteligência. “Ficamos sabendo que os presos estavam fazendo máscaras para fugir, mas o apenado nos informou que é artista plástico e que o material fabricado foi apenas uma forma de homenagear o agente”, explicou.
Ele disse também que será aberta uma sindicância, mas que o apenado vai fazer trabalhos artesanais, devido a sua habilidade. “A máscara é bem semelhante às feições do servidor. Vou comprar mais sabonete para que ele possa continuar fazendo o trabalho artesanal, o que faz parte da ressocialização”, reforçou. O preso está cumprindo pena por roubo há cerca de dois anos, segundo o secretário. A máscara foi levada para o Instituto de Polícia Científica (IPC), para análise dos peritos