quarta-feira, 11 de abril de 2018

Alckmin perde foro privilegiado e Lava Jato em São Paulo pede para investigá-lo no estado

Alckmin perde foro privilegiado e Lava Jato em São Paulo pede para investigá-lo no estado

Depoimentos de colaboradores da Operação Lava Jato indicaram o repasse de recursos para Alckmin a título de contribuição eleitoral.

Por G1 SP
10/04/2018 17h46  Atualizado há 12 horas
Geraldo Alckmin quando deixou o cargo de governador  (Foto: Reproduçaõ/TV Globo)
Geraldo Alckmin quando deixou o cargo de governador (Foto: Reproduçaõ/TV Globo)
A Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo pediu nesta segunda-feira (9) ao Vice-Procurador-Geral da República, Luciano Mariz Maia, que “remeta o mais rápido possível” o inquérito sobre o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao estado.
Alckmin perdeu o foro privilegiado quando renunciou ao cargo de governador, no último dia 6 de abril, para disputar a indicação de seu partido para concorrer à Presidência da República.
A investigação contra o ex-governador de São Paulo foi aberta a partir da petição encaminhada pelo Ministro Edson Fachin à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.
Depoimentos de colaboradores da Operação Lava Jato Benedicto Barbosa da Silva Junior, Carlos Armando Guedes Paschoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva indicaram o repasse de recursos para Alckmin a título de contribuição eleitoral. As doações ilegais teriam contado com a participação do cunhado do pré-candidato a presidente, Adhemar César Ribeiro.
A Força Tarefa requereu que as investigações a respeito (judiciais e extrajudiciais relativas à Lava Jato) sejam encaminhadas para São Paulo "com urgência, tendo em vista o andamento avançado de outras apurações correlatas sob nossa responsabilidade".
G1 procurou contato com a assessoria Alckmin e aguarda posicionamento.

Tesoureiro

Em vídeo gravado pelos investigadores da Lava Jato, Arnaldo Cumplido, ex-executivo da Odebrecht, relata pagamentos superiores a R$ 6 milhões em caixa 2 para a campanha de Alckmin ao governo de São Paulo em 2014.
À época, Cumplido era o responsável pelo contrato de construção da Linha 6 - Laranja do Metrô e encarregado de liberar as transferências ilegais. As obras da Linha, que ligaria o Centro à Zona Norte de São Paulo, estão paradas desde o final de 2016.
No depoimento, ele afirma que os pagamentos eram orientados por Luiz Antonio Bueno, seu chefe direto, via e-mail. De acordo com o ex-executivo, o dinheiro era destinado a “Salsicha” e “MM”, ambos codinomes de Marcos Monteiro, tesoureiro da campanha de Alckmin naquele ano.
“Entre abril e outubro de 2014, Luiz Bueno solicitou que programasse pagamentos para o codinome "mm" e também "salsicha", e que "MM" seria Marcos Monteiro, coordenador financeiro da campanha de Geraldo Alckmin.”
Em nota enviada ao G1 no dia 13 de abril de 2017, o secretário Marcos Monteiro disse que a gestão financeira da campanha de 2014 foi feita dentro da lei e todas as contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.
O delator explica que as transferências não tinham contrapartida, ou seja, nenhuma relação com a obra do Metrô - foram usadas para efeito de alocação de custo, somente. “Era um apoio para a campanha do governo do estado de São Paulo. Teoricamente, esses valores saíam dos custos das obras do estado São Paulo.”
Cumplido alega que não tinha contato com Monteiro tampouco com Geraldo Alckmin, apenas executava o que seu superior ordenava por e-mail. “Por que o Luiz Bueno, já que era ele um dos que tinham contato com essas pessoas, ele mesmo não entrava em contato com essas pessoas?”, questiona a investigadora.
“Não sei. Passavam para mim, eu fazia. Por que que me pedia eu não sei”, responde

terça-feira, 10 de abril de 2018

Em 24 h, tentativa de fuga de presos e assassinatos deixam ao menos 32 mortos no Pará

Em 24 h, tentativa de fuga de presos e assassinatos deixam ao menos 32 mortos no Pará

Ana Carla Bermúdez
Do UOL, em São Paulo 

Pelo menos 31 pessoas foram mortas em Belém nas últimas 24 horas. Nesta terça-feira (10), ao menos 21 pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas após uma tentativa de fuga em massa de presos do CRP III (Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III), no Complexo Prisional de Santa Izabel, localizado na região metropolitana da capital paraense.
Horas antes, na tarde de segunda (9), 11 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de Belém, segundo a nota divulgada pela Segup (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social). Os assassinatos de ontem foram registrados após a morte de dois policiais militares --um na noite de domingo (8) e outro na manhã de segunda.

A Segup, no entanto, não confirma nenhuma relação entre os eventos.
No centro penitenciário, segundo a Secretaria, houve uma tentativa de resgate de detentos por um grupo externo "fortemente armado", que utilizou explosivos contra um dos muros da penitenciária. A ação ocorreu por volta das 13h. Houve troca de tiros entre o grupo que efetuava a tentativa de resgate, parte dos detentos e a equipe do batalhão penitenciário.
Ainda de acordo com a Secretaria, um dos mortos é agente penitenciário. Ele foi identificado como Guardiano Santana, de 57 anos. São também agentes os cinco feridos --um deles está em estado grave e deve ser submetido a cirurgia no Hospital Metropolitano, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Outros dois feridos estão no mesmo hospital e um outro agente está em um hospital particular. O estado de saúde deles é considerado estável. O último agente foi atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Castanhal e já foi liberado.
Os outros 20 são presos e integrantes do grupo de resgate. A identificação e contagem --que está sendo realizada neste momento, por volta das 21h-- poderá identificar quantos eram custodiados do sistema penal e quantos pertenciam ao grupo criminoso que tentou realizar o resgate.
"Se a guarda externa não estivesse muito atenta, nós poderíamos ter tido uma fuga em massa de presos, não fosse a resposta da Polícia Militar", afirmou o o secretário adjunto de gestão operacional, coronel André Cunha.
Um vídeo obtido pelo UOL mostra diversos corpos no pátio externo da penitenciária. Ao fundo, é possível ouvir barulhos que se assemelham a tiros.
A Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado) ainda não confirma se houve fuga de presos na ação.
Foram apreendidos dois fuzis, três pistolas e dois revólveres com o grupo que tentou invadir a prisão. Segundo a Segup, os presos também tinham armas dentro da penitenciária.
Na unidade prisional onde houve a tentativa de resgate, a capacidade é de 432 presos, mas há hoje 605 detentos, segundo a Susipe. O complexo possui, ao todo, 9 unidades prisionais e mais de 6 mil presos.
A companhia de operações especiais da PM (Polícia Militar) do Pará já deslocou efetivo tático para reforçar a segurança do complexo.
Dados do Sistema Integrado de Segurança Pública do Pará (Sisp) revelam que, nos três primeiros meses de 2018, foram registradas mais de mil mortes violentas, o que dá uma média de quase 13 mortes violentas por dia no Pará. A Segup reconheceu os assassinatos e informou que nove das vítimas tinham passagem pela polícia.
O governo do Estado do Pará informou nesta manhã que iniciou ainda ontem a implantação de uma operação de reforço policial nas ruas da capital paraense e dos demais municípios da região metropolitana de Belém.
Uma sala de situação, comandada pela Segup, foi implantada para traçar e definir metas para as operações. Segundo o governo do Estado, mais de 200 homens --entre policiais militares, policiais civis, agentes do Detran (Departamento de Trânsito do Estado do Pará) e da Guarda Municipal de Belém-- fazem parte da operação integrada, que visa "coibir a criminalidade". Equipes da Divisão de Homicídios da Polícia Civil também estão nas ruas atuando na apuração dos assassinatos desta segunda. (Com informações da Agência Estado

Plenário discute criação de Sistema Único de Segurança Pública; oposição faz obstrução política

Plenário discute criação de Sistema Único de Segurança Pública; oposição faz obstrução política

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Devido à realização de nova sessão, o Plenário começou a discussão do Projeto de Lei 3734/12, que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social para facilitar a atuação conjunta e coordenada das ações em nível nacional.
Embora haja requerimento de retirada de pauta da matéria, ele somente pode ser apreciado quando atingido o quórum de deliberação (257 presentes).
A oposição faz obstrução política contra a prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Mais informações em instantes
Acompanhe a sessão também pelo canal oficialda Câmara dos Deputados no YouTube

AGENTES SOCIOEDUCATIVOS SÃO INCLUÍDOS NO PROJETO DE LEI 5492/16 QUE CONCEDE PERICULOSIDADE A AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA













AGENTES SOCIOEDUCATIVOS SÃO INCLUÍDOS NO PROJETO DE LEI 5492/16 QUE CONCEDE PERICULOSIDADE A AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA!

Conforme acertado em reunião no último dia 17/03 o Deputado Federal, Cabo Sabino (AVANTE/CE), incluiu em seu relatório os Agentes Socioeducativos no PL5492/2016 que estabelece a periculosidade e insalubridade para os profissionais de segurança pública.

Desde que tomamos conhecimento deste projeto o CONASSE vem trabalhando para que os Agentes de Segurança Socioeducativos fossem incluídos, pois não há como dissociar o SSE a atividade da atividade de segurança pública. Segundo o Vice-presidente Cristiano Torres o Deputado Cabo Sabino foi muito feliz em reconhecer esse direito. “Não há como negar que nossa atividade é perigosa e insalubre, além de ser atividade de segurança pública, agradecemos ao Deputado Cabo Sabino por ter cumprido o prometido e temos certeza que a aprovação trará mais um alento para nossa categoria!”

O CONASSE está acompanhando de perto a tramitação deste e de todos os projetos que diz respeito a melhoria das condições de trabalho dos profissionais do SSE. “Temos a certeza que o fruto do trabalho intenso desenvolvido trará resultados positivos para toda a nossa categoria” - finaliza Cristiano Torres.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Mais de 15 internos fogem da Unidade de Internação para adolescentes

Mais de 15 internos fogem da Unidade de Internação para adolescentes


Mais de 15 adolescentes fugiram da Unidade de Internação Provisória I (Unip I), no complexo da Unis, em Cariacica Sede. A fuga aconteceu no início da tarde desta segunda-feira (9).
Segundo o Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo do Espírito Santo (Sinases), os internos estavam no alojamento e correram em direção à saída. Os adolescentes conseguiram sair da unidade pulando o muro dos fundos