Agente socioeducador é feito refém em motim no Centro Educacional São Miguel
De acordo com o juiz da 5ª Vara da Infância e da Juventude, Manuel Clístenes, o profissional teve apenas ferimentos leves.
Por G1 CE
Centro Educacional São Miguel (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Um socioeducador foi feito refém durante um motim no Centro Educacional São Miguel, no Bairro Passaré, na tarde desta quarta-feira (23). De acordo com o juiz da 5ª Vara da Infância e da Juventude, Manuel Clístenes, após a confusão, seis menores foram identificados e conduzidos para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
O juiz informou ainda que, durante o tumulto, os adolescentes jogaram cadeiras nos socioeducadores. O profissional feito refém ficou apenas com ferimentos leves. Segundo a DCA, também houve tentativa de fuga dos adolescentes.
O motim ocorreu no bloco um da unidade, onde estavam cerca de 50 jovens. Outra confusão foi registrada no Centro Educacional Dom Bosco. Dois adolescentes da unidade também foram conduzidos para a DCA.
Contrariando os relatos, a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) informou, por meio de nota, que os conflitos foram "pontuais", sendo contornados pelos próprios socioeducadores. Segundo a Seas, "não houve fugas, nem feridos na situação de conflito".
Processo de liberação de vagas na Fundação CASA é tema de palestra
Por: Assessoria de Imprensa | Publicado em: 23/08/2017 16:02:06
Chefe técnica do NUMOVA apresentou trabalho desenvolvido pela Fundação CASA a representantes de cartórios
A Fundação CASA participou, nesta terça-feira (22 de agosto), de uma palestra sobre o papel da Instituição na apreciação das solicitações de vaga de adolescentes infratores e os procedimentos a serem observadas pelas varas da Infância e Juventude. O encontro foi promovido pela Coordenadoria de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, em parceria com a Escola Judicial dos Servidores.
A chefe técnica do Núcleo de Movimentação de Adolescentes (NUMOVA), Rosemeire Muniz de Almeida, apresentou o trabalho realizado pela Fundação CASA, uma vez que Instituição é responsável pela apreciação e liberação das vagas para os jovens. Segundo ela, havia necessidade de capacitar os funcionários das varas de Infância sobre o pedido de vagas para melhorar o andamento do fluxo de trabalho.
"Alguns cartórios, principalmente no interior, têm dificuldade neste processo de solicitação de vaga. Muitas vezes isso acontece porque o cartório é misto, ou seja, não trabalha apenas com Infância e Juventude. Isso causa alguns problemas em relação a pedidos e documentações", disse.
A diretora do Departamento de Execuções da Infância e Juventude (Deij) do TJSP, Matsue Yokoo, também participou da discussão e mostrou o passo a passo do preenchimento das diversas guias que compõem a requisição.
Os representantes de cartórios ficaram bastante interessados em conhecer um pouco mais sobre o processo. Houve muitos questionamentos, tanto dos presentes quanto dos que assistiam a transmissão por videoconferência. "O intuito desse evento é melhorar o entendimento e dirimir dúvidas", comentou Gabriel Pires de Campos Sormani, juiz da Coordenadoria de Infância e da Juventude e assessor da Corregedoria Geral da Justiça.
"Houve uma troca muito legal com os presentes e até a proposta de ocorrerem mais reuniões como esta a cada seis meses para que os novos funcionários estejam a par do processo. Vejo que é muito importante a integração da Fundação CASA com a Coordenadoria e os cartórios para aumentar a proximidade e parceria", finalizou Rosemeire
O comando da Polícia Militar de São Paulo decidiu revogar a licitação internacional, ainda em andamento, para compra de 5.000 pistolas.40 destinadas aos policiais do batalhão de choque.
A revogação, que deve ser publicada nesta semana no "Diário Oficial", ocorre em meio a suspeitas de direcionamento na disputa, que estão sendo investigadas pela Corregedoria da instituição desde julho passado.
A decisão de cancelamento da licitação –antes mesmo de sua conclusão– foi tomada após questionamentos feitos pela Folhasobre possíveis irregularidades na disputa. Essa é a primeira licitação aberta para a compra de armas após 20 anos de
Brasil registra 28 mil homicídios no 1º semestreSite Época NEGÓCIOSDa redação de Época Negócios21/08/2017
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)
O Brasil já ultrapassou a marca dos 28 mil assassinatos cometidos neste ano. De acordo com dados fornecidos pelas secretarias estaduais de segurança pública, no 1º semestre o País chegou a 28,2 mil homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios (roubos seguidos de morte). São 155 assassinatos por dia, cerca de seis por hora nos estados brasileiros, onde as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de drogas e tendo como vítimas jovens negros pobres da periferia executados com armas de fogo. O número é 6,79% maior do que no mesmo período do ano passado e indica que o País pode retornar à casa dos 60 mil casos anuais.
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O aumento acontece em um ano marcado pelos massacres em presídios, pelo acirramento de uma briga de duas facções do crime organizado (Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho), dificuldades de investimento dos Estados na área e um plano federal de apoio que avança menos que o prometido. Em âmbito local, o aumento é puxado pelas elevações registradas em Estados nordestinos, como Pernambuco. Se o país teve 1,7 mil homicídios a mais neste semestre, boa parte, 913, se deve à derrocada do Pacto Pela Vida, programa pernambucano que vinha conseguindo reduzir os assassinatos na última década, enquanto a região mantinha a tendência de alta.
A onda de violência tomou as cidades pernambucanas, assim como foi intensificada no Ceará e no Rio Grande do Norte. Quatro dos 11 Estados que tiveram aumento no ano estão no Nordeste. Se as disputas relacionadas ao tráfico de drogas explicam parte da alta, é necessário, em outra medida, alertam especialistas, entender como essa dinâmica funciona.
O professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-Minas), e ex-secretário adjunto de Defesa Social do Estado, Luis Flávio Sapori se debruçou sobre inquéritos de homicídios de Belo Horizonte e Maceió para testar essa máxima. Em estudo divulgado neste mês, chegou a conclusões importantes.
"Os dados empíricos apresentados até o momento confirmam que a principal motivação dos homicídios nas capitais estudadas deriva de conflitos no mercado das drogas ilícitas. Entretanto, os patamares do fenômeno são bastante inferiores ao que é geralmente propagado por autoridades políticas e de segurança pública."Ele explica que o tráfico e os traficantes acabam por gerar uma "difusão da violência".
"Nas relações afetivas, nas relações familiares, nas relações de vizinhança e na sociabilidade cotidiana, os comerciantes das drogas ilícitas tendem a utilizar o mesmo padrão violento de resolução de conflitos vivenciado nas relações estritamente econômicas com parceiros, com concorrentes, com fornecedores e com clientes", diz. "E a posse da arma de fogo é elemento decisivo nesse fenômeno", completa.
O professor destaca que as conclusões, com base nessas duas cidades, podem ser usadas na análise da realidade do país. "Isso explica boa parte do que está acontecendo nas cidades brasileiras, onde o tráfico se consolidou como matriz dos homicídios. Mas é necessário fomentar estudos locais para entender as singularidades e levá-las em consideração na elaboração de políticas públicas", diz.
A antropóloga e professora da Universidade do Estado do Rio (Uerj) Alba Zaluar atribui o aumento da violência ao "fim do investimento nos projetos e nas polícias estaduais comprometidas" com a prevenção. Ela lembra os exemplos do Pacto pela Vida, em Pernambuco, o Fica Vivo, em Minas, o Estado Presente, no Espírito Santo, e as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio. "Os efeitos benéficos começaram a ser revertidos, agora ainda mais evidentes pela ausência de investimento público neles. Em diferentes porcentuais, as taxas de homicídio voltaram ao padrão observado em 2009, antes da implementação desses projetos", escreveu ao Estado.
"Se os projetos queriam ganhar os jovens atraídos pelos comandos de crime organizado que atuam hoje em todo o território nacional, seria também crucial fazer com que a atração exercida por este importante ator nas trevas das atividades empresariais diminuísse. Infelizmente não diminuiu", diz. "Nada foi feito para mudar essa atração pelo negócio ilegal altamente lucrativo. Enquanto nada for feito, vamos ficar investindo muito para ver todo o gasto ir embora pelo ralo."
O Ministério da Justiça foi questionado pela reportagem sobre a elevação do semestre no país, mas não comentou. Sobre o Plano Nacional de Segurança, destaca que "os investimentos inicialmente previstos foram revisados e adequados com a realidade financeira da União e perfeitamente absorvidos pelos Estados, que adaptaram as ações propostas de modo a atingir os resultados. Paralelo a isso, ações de capacitação e doação de equipamentos estão sendo realizadas."
TRIBUNAL DO JÚRI CONDENA ASSASSINO DE AGENTE SÓCIO EDUCATIVO A 21 ANOS DE PRISÃO EM REGIME FECHADO.
Agnaldo Freitas Soares, de 36 anos, assassino confesso de agente penitenciário Vando Medeiros, foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri de Tarauacá. O julgamento aconteceu nesta terça feira no Fórum Desembargador Mário Strano
Agente sofreu ferimentos por internos do Case Formosa
Internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, atearam fogo em colchões e fizeram uma servidora de refém na noite dessa segunda-feira (21/8). O ato ocorreu no momento em que as refeições estavam sendo servidas nos alojamentos da unidade. Cerca de 80 menores participaram da rebelião. Hoje, a situação ainda é preocupante. Segundo Roberto Conte, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Goiás (Sindsse/GO), nesta manhã, agentes perderam o controla e já há adolescentes feridos. A Polícia Militar do Goiás deve invadir o local.
Desde a última sexta-feira (18/8), os adolescentes já demonstravam revolta e depredavam o local, de acordo com Maria da Conceição, 31, a mulher que esteve sob poder dos infratores de 19h30 até às 23h30 de ontem. Ao entregar a refeição em uma ala com 14 internos, ela foi surpreendida por um adolescente que conseguiu fugir e a segurou pelo pescoço de forma violenta.
Além de ameaças de morte, a servidora, que trabalha há cinco anos no Case Formosa, sofreu ferimentos na região do pescoço, braços e mãos."Furaram minha mão e usaram um vergalhão de ferro e instrumentos cortantes para me assustar. Foram horas de pânico e estou com medo de voltar ao trabalho", disse. Ela reclama que a direção não toma atitudes para que os servidores trabalhem com segurança.
Roberto Conte, do Sindsse/GO, o motivo da rebelião são as novas regras impostas pela direção da unidade. Desde a semana passada, a direção exigiu a presença de ao menos um servidor - homem ou mulher - dentro da ala dos menores. Isso, segundo os internos, tira a privacidade e causa desconforto. Além disso, há uma nova escala de trabalho a ser cumprida pelos funcionários - 12h por 36h - o que, segundo o presidente, também tem estressado os menores. "Esse caso de Formosa não é pontual, é corriqueiro em Goiás. As unidades estão depredadas , as condições de trabalho são péssimas e há descaso das autoridades", afirmou.
Depois de cerca de cinco horas de negociações entre os internos, Polícia Militar de Goiás (PMGO) e autoridades da Vara da Infância e Juventude do Estado de Goiás, a situação se acalmou, de acordo com Conte. A reportagem tentou contatar o diretor do Case Formosa que preferiu não comentar sobre o caso. O Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes (Gecria - GO), que responde pela Unidade, ainda não se posicionou sobre a rebelião, assim como a PMGO
Máfia dos concursos: candidatos pagavam até R$ 200 mil por vaga
Entre os concursos sob suspeita, estão o dos bombeiros, da Terracap e secretarias de Educação e Saúde. Seleção da CLDF era a próximo alvo
IAN FERRAZ
Candidatos beneficiados pela Máfia dos Concursos chegavam a pagar até R$ 200 mil para conseguir a aprovação. Segundo a Polícia Civil do DF, era dado um sinal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Se o nome constasse entre as primeiras colocações na divulgação do resultado, os aprovados desembolsavam até 20 vezes mais para concretizar o negócio. A suspeita é de que pelo menos 100 pessoas tenham sido beneficiadas com o esquema.
O grupo organizado que fazia a operação não era desconhecido. Agia sob a liderança do ex-servidor do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) Hélio Ortiz, envolvia funcionários de bancas organizadoras e até o dono de uma faculdade que fornecia diplomas de curso superior aos candidatos.
“A organização criminosa não deixou de atuar desde aquela época. Estão aí há pelo menos uma década participando de fraudes em concursos públicos”. Foi com esta declaração que o delegado-adjunto de Repressão ao Crime Organizado (Deco), Adriano Valente, começou a explicar os motivos que levaram a Polícia Civil do DF a deflagrar, nesta segunda-feira (21/8), a Operação Panoptes.
Entre as linhas de investigação, que envolve as bancas organizadoras, está a possibilidade de o grupo ter acesso às provas em branco que seriam preenchidas. “Isso está sendo analisado”, confirmou Brunno Ornelas, delegado da Deco. De acordo com o policial, ainda não existe uma lista com os processos seletivos que foram alvos dos criminosos, mas, segundo ele, “quase todos os concursos do DF podem ter sido fraudados”.
Já se sabe que há indícios de fraudes em concursos da Terracap, do Corpo de Bombeiros do DF e das secretarias de Saúde e Educação, além dos exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). De acordo com os investigadores, o próximo certame na mira da quadrilha era o da Câmara Legislativa, cujo edital foi divulgado nesta segunda.
Hélio Ortiz foi preso em 2006. Julgado e condenado, acabou solto por não ter, à época, a tipificação do crime de fraudes em concursos públicos. “Ele não tinha outra profissão que não fraudar concursos”, disse Ornelas. A Deco acredita que a atuação não acontecia somente no DF. Há suspeita de fraudes em outros estados.
De acordo com a polícia, a organização criminosa atuava nas portas das faculdades e cursinhos preparatórios angariando possíveis interessados em comprar uma vaga. E vendia o pacote completo, incluindo diplomas de graduação e pós-graduação, se fosse necessário. “Nos assustamos com o tamanho das fraudes. Para passar hoje, além de estudar muito, o candidato deve ter sorte. O processo (de prova) não é seguro”, lamentou Ornelas.
A quadrilha, segundo a PCDF, agia de quatro formas: repassando informações por meio de ponto eletrônico, com celular escondido no local de prova, uso de documentos falsos por parte dos candidatos e envolvimento de pessoas que trabalham nas bancas organizadoras.
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra Helio Garcia Ortiz, o filho dele Bruno de Castro Garcia Ortiz, Johann Gutemberg dos Santos e Rafael Rodrigues da Silva Matias. Segundo o delegado, Hélio era o chefe da organização criminosa. Bruno agia de forma operacional; Rafael era seu braço direito; e Johann facilitava o esquema fornecendo graduação e pós a quem precisasse e pagasse bem.
Hélio Ortiz já é conhecido pela polícia, pois foi preso há 11 anos acusado de liderar a Máfia dos Concursos. Ele foi detido na casa em que mora no Guará. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Águas Claras.
Johann Gutemberg é dono do Instituto Nacional de Ensino Especial, faculdade que funciona em Taguatinga. A suspeita é de que a instituição providenciava diplomas de curso superior para os candidatos que não cumpriam a exigência do concurso.
As investigações começaram após denúncias de fraude no concurso do Corpo de Bombeiros. Outros 15 mandados de condução coercitiva para depoimentos e sete de busca e apreensão em endereços de investigados foram expedidos. Entre as pessoas levadas a depor, estariam candidatos que pagaram os fraudadores para conseguir uma vaga.
A operação, batizada de Panoptes (referência ao monstro da mitologia que tinha 100 olhos), identificou pelo menos três modus operandi da quadrilha. O grupo agia com a utilização de pontos eletrônicos, uso de identidades falsas para que outras pessoas fizessem a prova no lugar dos inscritos, além do uso de celulares.
Em 2009, o ex-técnico judiciário do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), Hélio Garcia Ortiz foi indiciado pela Polícia Federal por falsificação de documento público, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Foi acusado de liderar a máfia dos concursos e cometer uma série de crimes em processos seletivos públicos no Distrito Federal.
Em maio de 2006, Hélio Ortiz foi alvo da Operação Galileu, deflagrada pela Polícia Civil do DF, após suspeita de fraude do concurso da própria corporação, realizado em 2004. Na época, ele foi acusado de burlar 12 concursos.
O outro lado O Cespe/Cebraspe informou “que está acompanhando a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), fornecendo todo o apoio necessário à investigação e é o maior interessado em esclarecer os fatos”.
Em nota, o Idecan disse que, “diferentemente do que foi noticiado, não há nenhum registro de quaisquer fraudes ocorridas em quaisquer etapas do concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e tampouco houve busca e apreensão no instituto, nem qualquer notificação ou contato da Polícia Civil do DF.”
“O que há é uma investigação a uma quadrilha sobre suspeita de tentativa de fraude”, acrescentou o instituto. A nota destaca ainda que a entidade não compactua com práticas ilícitas e está à disposição das autoridades responsáveis para auxiliar e contribuir com a investigação.
Bom retorno companheiro, nós amigos e familiares te desejamos um excelente trabalho, e que daqui pra frente vc seja abençoado a cada dia que passa.
Sempre acreditamos que a lei divina não falharia, e mesmo com um pouco de tempo, a sua hora chegou, seja bem vindo novamente, e que a luz do senhor continue brilhando sobre seus caminhos.