sábado, 15 de abril de 2023

Audiências concentradas no sistema socioeducativo chegam a 16 estados

 

Audiências concentradas no sistema socioeducativo chegam a 16 estados
Audiência Concentrada em Manaus. Foto: Raphael Alves/TJAM
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As audiências concentradas para reavaliação de medidas socioeducativas de semiliberdade e internação já estão em curso em dezesseis estados e outros oito estão em processo de implantação. Fomentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a partir da Recomendação CNJ nº 98/2021, a metodologia promove a participação de adolescentes, familiares, equipe técnica e outros atores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente nessas audiências, efetivando princípios e normas nacionais e internacionais que estabelecem ações centradas nos direitos e interesses de adolescentes e jovens em atendimento.

A ação integra o portfólio do programa Fazendo Justiça, executado pelo CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para acelerar transformações no campo da privação de liberdade. A partir de um levantamento de boas práticas, a equipe técnica do programa identificou que as audiências concentradas – inicialmente idealizadas como um mecanismo do sistema protetivo para adolescentes e jovens em situações de risco – estavam sendo realizadas com êxito por magistrados como dispositivo para a reavaliação das medidas socioeducativas. Desde então, um plano para institucionalização e fortalecimento da política foi desenvolvido para auxiliar magistradas e magistrados na implementação, e é atualmente uma das diretrizes estratégicas da Corregedoria Nacional de Justiça.

“As audiências concentradas, especialmente em razão da participação de todos os envolvidos, são importantes para que as situações de vulnerabilidade possam ser identificadas e adolescentes e suas famílias sejam encaminhadas para as redes de proteção”, explica o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ (DMF/CNJ), Luís Lanfredi.

“É fundamental que o Poder Judiciário adote medidas de aproximação das unidades socioeducativas, sobretudo diante do cenário de desafios nas instituições de privação e restrição de liberdade, e a implementação das audiências concentradas é uma ótima ferramenta nesse sentido”, aponta o juiz auxiliar da Presidência do CNJ Edinaldo César Santos Júnior.

Fortalecendo a rede de proteção

A reavaliação das medidas socioeducativas está estabelecida na lei que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). A lei determina que a reavaliação seja realizada no máximo a cada seis meses, a partir de análise do relatório produzido pela equipe técnica sobre o desenvolvimento do adolescente no cumprimento do Plano Individual de Atendimento (PIA). A implementação de audiências concentradas, preferencialmente a cada três meses, traz para esse momento de reavaliação a participação dos adolescentes, das famílias, da equipe técnica e da rede local de defesa, proteção e promoção de direitos de adolescentes e jovens. “Avaliar um relatório, produzido por uma equipe sobre alguém que eu não conheço é diferente de sentar numa audiência e poder dialogar sobre a medida”, argumenta a juíza da Vara de Adolescentes de Londrina (PR), Claudia Catafesta.

Em um momento anterior à audiência, é realizado um levantamento das instituições que compõem a rede local de atendimento, que são chamadas a conversar. Durante essa reunião preparatória é possível alinhar objetivos, identificar responsabilidades, traçar planos e assumir coletivamente compromissos formais em favor do adolescente. Dessa maneira, são rompidos modelos que fragmentam o atendimento de pessoas em cumprimento de medida e dificultam o acesso a informações e direitos básicos. “Nós falamos em sistema de justiça, sistema socioeducativo, família, sistema de meio aberto. Essas são geralmente peças soltas. O fato de estar todo mundo junto numa audiência conversando faz com que se percebam outras coisas. Há uma costura dessa rede, a teia vai ficando cada vez mais próxima”, pontua Catafesta.

Em seguida, a audiência é realizada com a participação de todos os envolvidos. “É uma audiência judicial diferente”, explica Laura Costeira, juíza titular de execução de medidas socioeducativas em Macapá (AP). Há mais de dez anos na carreira, Costeira conta que a primeira vez que foram organizar as audiências, em 2021, eram 18 adolescentes na pauta do dia. “Achei que ia ser rapidinho, como de costume. Começamos às 8h da manhã e só saímos às 21h. Você precisa conversar com o adolescente, a família, as equipes técnicas, isso demanda muito tempo. Agora, a cada três meses, temos uma semana inteira dedicada às audiências. A gente garante um tratamento diferenciado para cada adolescente”, finaliza a magistrada.

Para a pedagoga Gloria Cardozo, que atua na execução de medidas socioeducativas de internação no CENSE Londrina II, o principal ganho das audiências concentradas é o protagonismo e a possibilidade de fala dos adolescentes. “Anteriormente, tínhamos apenas uma análise documental, de uma avaliação feita por pessoas adultas e só. A possibilidade dos afetados, adolescente e família, se colocarem, sem prescindir da avaliação técnica, é fundamental”, complementa Cardozo.

Acolhimento

A realização das audiências nas dependências das unidades socioeducativas é uma das indicações da recomendação do CNJ que os atores apontam como fundamental para o êxito da metodologia. “Nós vamos até a unidade, em um primeiro momento, para preparar a audiência e sensibilizar toda a comunidade socioeducativa: direção, equipe técnica, socioeducadores e adolescentes”, conta o juiz da Vara Infracional de Belo Horizonte, Afrânio Nardy. “O ambiente da instituição, que muitas vezes é marcado por um tensionamento entre segurança e ações pedagógicas, se torna um espaço mais acolhedor”, explica.

O magistrado indica que essa sensibilização, conscientização e preparação das unidades para as audiências altera a dinâmica dos espaços. “A unidade começa a entender que o papel dela é excepcional, que precisa ser breve. E que, na verdade, as construções mais potentes do ponto de vista pedagógico estão no sentido de fazer esse adolescente voltar para a convivência familiar e, a partir do desenvolvimento de combinados e estratégias concretas com todos os envolvidos, retomar a sua história”, complementa.

Além disso, a ida até as unidades aproxima o sistema de justiça da realidade da execução da medida socioeducativa, além de facilitar o acesso de familiares, que já visitam o espaço semanalmente, e a criação de um espaço horizontal de escuta. Nardy conta que depois da primeira audiência concentrada que realizou em Belo Horizonte, um adolescente que teve a medida mantida deixou a sala com a família. “A audiência fluiu de uma forma tão leve, que ele levou essa leveza para o ambiente da unidade. E aí, de repente, as coisas foram se transformando, a dimensão do acolhimento de alguma forma se expandiu”, finaliza o juiz.

 Audiência concentrada em Belo Horizonte (MG). Isabella Lanave/Fazendo Justiça PNUD

Participação e cumprimento da lei

“A socioeducação é incompatível com a superlotação”, diz o juiz titular da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas da Comarca de Manaus, Luis Chaves, ao explicar como se deu o início da prática das audiências concentradas. O quadro era de 150% de ocupação nas unidades do estado quando o juiz chegou à Vara, em 2018. O uso das audiências concentradas, realizadas nas unidades foi, em um primeiro momento, para resolver esse cenário, explica o magistrado. “Foi aí que recebemos a equipe do CNJ, que identificou nossa prática e veio conhecer. A partir daí, eles desenvolveram a metodologia”, comemora.

Para Chaves, a realização das audiências nada mais é que um instrumento para cumprir o que determinam o Estatuto da Criança e do Adolescente e a lei do Sinase. “Qualifica o cumprimento da medida. Nós conversamos, explicamos o que está acontecendo. Muda a relação do adolescente com a medida. Eles saem e não estão voltando”, diz. A taxa de reentrada na unidade Dagmar Feitosa, a maior do estado do Amazonas, que passou a ser acompanhada nos últimos anos, caiu de 6% para 4%. Isso porque, ao conversar com os adolescentes, percebeu-se que parte da reentrada se dava por falta de acesso à alimentação. “Não tinham comida em casa. Então, eu passei a indicar em minhas decisões que o Estado forneça duas cestas básicas por mês para as famílias de adolescentes que deixam o sistema”.

São inúmeras histórias que mostram como a abertura de um espaço humanizado de escuta para os adolescentes e familiares no processo alterou completamente a maneira como a socioeducação é realizada. Há seis anos atuando na área, a atual titular da Defensoria de Medidas Socioeducativas do Amazonas, Juliana Lopes, diz que “as audiências concentradas mudaram do vinagre pra água a história do socioeducativo no Estado”.

Lopes conta que a partir das audiências a compreensão de adolescentes e familiares sobre o que é o processo mudou completamente. “Os adolescentes nem sabiam quem era o juiz, quem era o promotor, quais as funções. E, por vezes, especialmente quando a decisão era pela progressão, o judiciário tomava a decisão sem sequer ver os adolescentes. A partir das audiências, eles passaram não só a entender, como a participar efetiva e ativamente”, explica a defensora. Foi possível identificar e abrir espaço para as demandas dos adolescentes. Por exemplo, nas unidades femininas, os cursos profissionalizantes geralmente estavam relacionados a estética e beleza. Em audiências, as meninas pediram: “Queremos fazer curso de mecânica”.

Implementação

A metodologia das audiências concentradas facilita e qualifica o funcionamento do Sinase como um sistema integrado, além de articular os atores do sistema de garantia de direitos”, resume a coordenadora do eixo Socioeducativo do Programa Fazendo Justiça, Fernanda Givisiez. “Em linhas gerais, as audiências trazem a rede toda para o debate e mostram que esses adolescentes também são público dos serviços e precisam ter seus direitos garantidos com prioridade absoluta, como determina a nossa Constituição Federal”, indica a coordenadora.

A partir de reuniões técnicas com a equipe do programa Fazendo Justiça, são partilhados documentos para auxiliar magistradas e magistrados na implementação da metodologia, como o Manual sobre Audiências Concentradas para Reavaliação das Medidas Socioeducativas de Semiliberdade e Internação. Também são realizados intercâmbios entre equipes técnicas que atuam com as audiências para troca de experiências e dúvidas.

Texto: Renata Assumpção
Edição: Nataly Costa e Débora Zampier
Agência CNJ de Notícias

Resumo da assembléia dos servidores da Fundação CASA

 

ASSEMBLEIA DE 15 DE ABRIL, OS TRABALHADORES MANTÉM O ESTADO DE GREVE


Por ampla maioria, os trabalhadores da Fundação CASA resolveram, na manhã deste sábado (15), manter o estado de greve e deflagrar greve a partir do dia 03 de maio.  Uma nova assembleia ocorrerá no dia 29 de abril, onde os trabalhadores ratificarão a decisão quanto a deflagração da greve, caso não haja alteração no posicionamento da instituição patronal.


Os trabalhadores socioeducativos e o SITSESP estarão, durante este período, se movimentando no sentido de mobilizar seus colegas de trabalho, pois será necessário uma poderosa greve para mostrar ao patrão que não somos moleques, mas sim, TRABALHADORES QUE MANTÉM A SOCIOEDUCAÇÃO NO MAIS RICO ESTADO DA FEDERAÇÃO.


Daremos um basta definitivo no dia 29, não ficaremos mais sendo vítimas dessa CPS - Comissão de Política Salarial, do governo do estado e, muito menos, de uma gestão patronal que só fala em melhorar a situação do trabalhador, mas na verdade, só estão preocupados com os adolescentes em conflito com a justiça e internados e com seus altos e vultuosos salários.


A assembleia também aprovou uma ampla discussão entre as lideranças trabalhistas e a procura de apoio político.




Nesse sábado dia 15 de Abril de 2023, foi realizada a assembléia dos servidores da Fundação CASA.

Onde tiveram as propostas de fazer a greve de imediato ou de dá um tempo pro governo e instituição vim com uma proposta que benefícia os servidores, uma proposta concreta, já que até agora só houve um esboço de 6.7% , mas nada de concreto, os trabalhadores querem uma proposta documentada por parte da instituição e governo, pra que o sindicato possa apresentar para os servidores dia 29 de Abril de 2023, onde terão uma assembléia pra tratar do nosso dissídio.

85 servidores decidiram em dá um tempo pro governo e pra mobilizar os trabalhadores pra uma futura greve que poderá ser deflagrada dia 29 de Abril, pra ser iniciada dia 03 de maio de 2023.

Até lá teremos reuniões com as lideranças e convocaremos a categoria pra participarem da assembléia e de uma possível greve.






















São João da Boa Vista adere ao Pós-medida com Fundação CASA em 2023

 


São João da Boa Vista|política|12/04 10:09|228 visualizações 
Instituição CASA expande programa destinado a acompanhamento e empregabilidade de jovens egressos


Onze municípios da Região Metropolitana de São Paulo, litoral e interior assinaram com a Fundação CASA, nos primeiros cem dias da gestão do Governador Tarcísio de Freitas, termo de cooperação para implementar o programa de Pós-medida.


A iniciativa é uma política pública destinada a adolescentes e jovens egressos da internação, semiliberdade e internação provisória na Instituição. As prefeituras que fecharam acordo são as de Itapecerica da Serra, Peruíbe, Pindamonhangaba, São Luiz do Paraitinga, Guaíra, Penápolis, Presidente Prudente, Cabrália, Riolândia, Descalvado e São João da Boa Vista. 


Com esses municípios, a Fundação CASA contabiliza 72 municípios que aderiram à política pública desde dezembro de 2021, quando foi assinado o primeiro termo com a prefeitura de São José dos Campos, ainda na gestão do atual vice-governador, Felício Ramuth.


Entre os objetivos do Pós-medida estão o acompanhamento do egresso pelo prazo de seis meses após a desinternação, além de ser uma ponte para a inserção no mercado de trabalho, a fim de evitar a reincidência em atos infracionais.


'A responsabilidade por inserir social e economicamente os adolescentes atendidos na Fundação CASA é conjunta entre a família, sociedade e Estado, pois é direito constitucional deles a convivência comunitária e o acesso ao trabalho', analisa o presidente da Fundação CASA, João Veríssimo Fernandes.


Iniciativa inédita em âmbito nacional, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instituiu o programa Pós-Medida em 2021. A política pública utiliza ações de suporte aos adolescentes e jovens nas áreas de assistência social, educação, saúde, capacitação e empregabilidade.
 
Os adolescentes e jovens, depois de cumprirem a medida socioeducativa ou passar pelo programa de atendimento de internação provisória da Fundação CASA, serão acompanhados pela equipe local no município de origem, sendo que as tentativas de inserção no mercado de trabalho ocorrerão durante os primeiros seis meses desse acompanhamento.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Comunicado da Fundação CASA aos servidores


 

002/2023

Orienta sobre o cumprimento dos prazos 

estabelecidos na Portaria Normativa nº 253/2013 

artigos 08, 13 e 14.

Considerando os termos da Portaria Normativa n.º 253/2013, que 

estabelecem os deveres dos servidores e regulamentam os procedimentos 

administrativos para apuração de infrações disciplinares pela Corregedoria Geral da 

Fundação CASA-SP;

Considerando os artigos 8, 13 e 14, que estabelecem o dever, prazos e 

procedimentos a serem adotados pelo superior hierárquico nos casos de infração 

disciplinar ou de ocorrência que necessite apuração de autoria e materialidade pelo 

órgão correcional;

Com objetivo de tonar mais ágil o fluxo de informações prestadas, bem 

como que sejam cumpridos os prazos estabelecidos pela supracitada normativa para 

encaminhamento do expediente, SALIENTA-SE:

PORTARIA NORMATIVA Nº 253/2013

Artigo 8 – As requisições, dados e documentos requisitados pela Corregedoria-Geral 

são considerados de natureza urgente, devendo tramitar em caráter preferencial.

Artigo 13 - No caso de infração disciplinar ou de ocorrência que necessite apuração de 

autoria, é dever do superior hierárquico, que tiver conhecimento do fato:

a) Elaborar relatório único da ocorrência, com a descrição pormenorizada dos fatos e 

indicação de servidores e adolescentes envolvidos, eventuais testemunhas e, se for o 

caso, apresentação de documentos existentes;


b) relacionar, nominalmente, todos os servidores que se encontravam em serviço, na 

data e horário da ocorrência, indicando os respectivos postos de trabalho;

c) promover a elaboração de boletim de ocorrência policial, providenciando a presença 

de testemunhas, vítimas e autores;

d) deverá, quando o caso exigir, anexar ao expediente, cópia do laudo de exame de 

corpo de delito, atendimento ambulatorial aos adolescentes e/ou servidores envolvidos; 

cópia dos relatórios produzidos pela equipe multiprofissional; cópia das providências 

adotadas perante as autoridades judiciárias e demais documentos relacionados com a 

ocorrência.

Artigo 14 - O expediente, devidamente instruído com os documentos, deverá ser 

encaminhado à Corregedoria Geral, em até 02 (dois) dias contados da ocorrência, 

podendo ser complementado em até cinco dias, se a complexidade do caso exigir.

São Paulo, 14 de abril de 2023.

Matheus de Oliveira Batista Ferreira

Corregedor

Corregedoria Geral

ASSINADO DIGITALMENTE https://sistemas.fundacaocasa.sp.gov.br/e-casa/validar/7FEB8EF5-202304-0100364


MATHEUS DE OLIVEIRA BATISTA FERREIRA 14/04/2023


São internados na Fundação CASA, adolescentes que incitaram massacre em escola

 

Internação de adolescentes que incitaram massacre em escola de Cordeirópolis é determinada pela justiça

Pexels

A justiça determinou a apreensão de dois adolescentes que incitaram massacre em escola de Cordeirópolis (SP), no centro da cidade.

A determinação da juíza Juliana Freitas Silva veio após a representação da promotora Aline Moraes pelos atos infracionais cometidos pelos jovens na instituição de ensino com pichações e incitações a prática de crimes, o qual ocasionou pânico aos demais estudantes e pais.

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Na representação da promotora, “há indícios de autoria e prova da materialidade em desfavor dos adolescentes, e os atos infracionais são gravíssimos, foram praticados mediante ameaça contra pessoas (crianças) e funcionários, e causaram demasiada comoção social. Necessária, portanto, aplicação de medida mais rígida na tentativa de regularizar a conduta”.

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No relatório da juíza, afirma que ambos estimularam a prática de crimes graves provocando pânico e informações relatadas em documentos, ” revelam que ambos os adolescentes possuem histórico de conduta que não admite ter como banais os comportamentos ora apurados” e ainda:  “há de se concluir que pretendia ou poderia utilizar o instrumento contra qualquer das pessoas presentes à escola. Há notícia de que o adolescente escrevia símbolo associado ao nazismo em seu material escolar”.

Um deles pichou na parede do banheiro: “Massacre hoje 12:00”, sendo que o outro, em seguida, registrou a pichação  descrevendo “faca” , registrou uma foto e publicou em seu status no aplicativo de mensagens, espalhando o registro para diversas pessoas.

O segundo foi abordado pela polícia dentro das dependências da escola portando um canivete.

Na representação da promotora descreve que ambos os adolescentes já possuem históricos: “ ambos os adolescentes confirmaram problemas pretéritos no âmbito escolar e (..) disse que já chegou a atirar com uma espingarda na própria irmã porque ela esfaqueou o pai, bem como que desenhava suásticas para provocar a professora de quem não gostava. Já (…) afirmou que foi tudo por ‘zoeira”.

A decisão da juíza determina a internação provisória dos adolescentes pelo prazo máximo de 45 dias, além da apuração se há vínculo com outros adolescentes ou maiores “que estejam alimentando ideias que estimulam à violência ou incentivando a prática de tumulto em escolas públicas”.
Fonte: Portal JE10

Resumo reunião Fundação CASA, servidores e sindicato

 




SITSESP INFORMA | RESULTADO DA REUNIÃO COM A EXECUTIVA DA FUNDAÇÃO CASA

Na manhã de hoje (14) ocorreu uma nova rodada de negociação entre a Fundação CASA e a entidade sindical SITSESP.
A Fundação CASA anunciou que está aguardando tramitação na Comissão de Políticas Salariais sobre o despacho relativo à solicitação de 6,7% de reajuste salarial incidente nos benefícios vale refeição, vale alimentação, auxílio creche e auxílio funeral.
A entidade sindical deixou claro que a CPS - Comissão de Políticas Salariais autoriza aquilo que a instituição requer para os seus trabalhadores, se não há uma movimentação da Fundação CASA, a CPS não irá autorizar nada.

A entidade sindical questionou a Fundação CASA sobre as demais cláusulas sociais e econômicas colocadas pela Campanha Salarial 2023 cujas as respostas não ficaram claras, como o pagamento do PCCS - Plano de Cargos Carreira e Salários, jornada de trabalho e folgas, entre outros. Também foi discutido sobre as cláusulas preexistentes que são de comum acordo entre a empregadora e seus trabalhadores, mas que sobre algumas a Fundação CASA tem regredido em seu posicionamento.

O SITSESP também colocou para a Fundação CASA que o convênio médico não está contemplando os servidores, principalmente aqueles do interior de São Paulo. A Fundação CASA se comprometeu em fazer uma reunião com a entidade sindical e os trabalhadores só para tratar deste tema. A entidade sindical também ressaltou que deve ser restabelecido o percentual da cota parte de 2016.

O Convênio médico dos servidores foi conquistado após anos de luta para que os trabalhadores pudessem fazer uso de algo que os contemplasse e cuidasse de sua saúde e está previsto no acordo coletivo. Contudo, ao longo dos anos a Fundação CASA tem reduzido sua cota parte e repassado o prejuízo para os trabalhadores, tanto que a entidade sindical tem entrado com processos para alterar isso. 

Não podemos abrir mão do convênio médico que foi conquistado com muita luta, precisamos reduzir os custos para o trabalhador e restabelecer a cota parte para os valores de 2016.
Seguimos em luta e aguardamos todos os trabalhadores na Assembleia Geral amanhã, dia 15 de abril de 2023 às 9h00 no sindicato dos Eletricitários - Rua Tomaz Gonzaga, n° 50, Centro, São Paulo-SP.



O presidente da Fundação CASA, João Veríssimo Fernandes, e toda sua equipe realizaram nesta sexta-feira uma reunião com representantes dos servidores e do Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp) para conversar sobre a pauta de negociação salarial de 2023. Desde o início da campanha salarial, em março deste ano, a Instituição vem dialogando com os representantes da entidade sindical. 
Além do presidente João Veríssimo e da Ana Paula Ribeiro, também participaram Sérgio Aparecido, Assessor Jurídico, Matheus de Oliveira Batista Ferreira, Corregedor Geral, Aurélio Olímpio de Souza, Diretor Administrativo, Eduardo Francisco Candido da Costa, o diretor adjunto de RH, Denilson Araujo, Assessor de Comunicação, e Cosme Ivanildo de Almeida, assistente da Chefia de Gabinete. 
Representando os servidores e o Sitsesp, estiveram presentes Claudia Maria de Jesus, Sérgio Augusto Pinto de Oliveira, Otavio Orsi Tuena, Mario Martins Pereira, César Augusto Horta, Neemias da Silva e Eniwaldo Lima. 
Sobre o reajuste salarial, a Fundação CASA encaminhou proposta à Comissão de Política Salarial (CPS) do Governo do Estado de São Paulo e aguarda um retorno o mais breve possível. Assim que a Instituição receber uma devolutiva da CPS, os servidores serão os primeiros a serem informados. Sobre as cláusulas sociais, a Fundação informa que também estão em análise na Comissão. 
Durante a reunião, o presidente da Fundação CASA destacou que está em permanente diálogo com o Governo de São Paulo e aberto para conversar com os servidores. “Nesta nova gestão, nos preocupamos com o bem-estar dos servidores da Fundação CASA. Queremos manter um diálogo franco e transparente com todos e ouvir as demandas desses profissionais. Porém, também temos de respeitar e seguir a legislação do Estado para conceder qualquer tipo de benefício. Estou conversando com o Governo de São Paulo para trazermos a melhor solução para os servidores da Fundação CASA”, destacou o presidente João Veríssimo. 

Vale a pena destacar que, entre 2018 e 2022, a Fundação CASA concedeu 18,91% de reajuste para os servidores, incluindo os benefícios do vale-refeição, auxílio-creche e auxílio-funeral. O vale-alimentação, por sua vez, teve elevação 45,42% no mesmo período.