sábado, 28 de janeiro de 2023

Intervalo sem controle ou fiscalização isenta empregador de hora extra

 


Juiz entendeu que o trabalhador tinha autonomia para usufruir de sua pausa como melhor entendesse.

27/1/2023

A 12ª turma do TRT da 2ª região afastou a condenação ao pagamento de horas extras a empregado que exercia funções fora das dependências da empresa e usufruía de tempo menor de intervalo intrajornada do que o regulamentar. Para o juízo de 2º grau, o período não sujeito a fiscalização nem controle pela companhia a desobriga de arcar com o ônus de eventual descumprimento por parte do empregado.

Intervalo sem controle ou fiscalização isenta empregador de hora extra.(IMAGEM: FREEPIK.)

No processo, um técnico de manutenção e instalação da uma prestadora de serviços telefônicos alegou que utilizava apenas 30 minutos para alimentação e descanso diariamente e que esse tempo era fiscalizado pelo supervisor e por outra funcionária. A testemunha do empregado informou que não fazia refeição com ele, mas que o tempo geralmente é de 30 minutos para quem trabalha na rua

Entretanto, representante e testemunha da empresa afirmaram que o empregador não fiscalizava os horários de intervalo, apenas orientava que fosse feita uma hora.

Ao analisar os autos, o relator do caso desembargador Benedito Valentini, destacou que o conjunto probatório demonstra inexistência de qualquer fiscalização sobre o período relativo a almoço, até porque o empregado trabalhava externamente. Ademais, o fato de a testemunha do profissional afirmar que não fazia esse intervalo com ele fragilizou o valor da prova.

Já o depoimento da testemunha patronal de que a empresa não fiscaliza o horário do almoço, apenas orienta que seja feita uma hora, indicou ao juízo que o homem tinha autonomia para usufruir desse tempo como melhor entendesse.

“Se assim não procedia, é porque desprezava tal benefício, não sendo razoável imputar às reclamadas eventual responsabilidade pelo descumprimento do intervalo.”

Confira aqui o acordão.

Informações: TRT-2.

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Fundação CASA é a segunda mais acionada no maior tribunal trabalhista do país


 


BRASIL
Primeiro o grupo pão de açúcar 

A Fundação Casa aparece em seguida, com 4.624 ações que totalizam R$ 146 milhões. O banco Santander está em terceiro lugar, com 4.524 processos e valor de R$ 757 milhões, superior ao do segundo colocado.

Os dados são do TRT-2 e se referem a processos que tramitam na primeira instância. Já o valor apontado abrange os pedidos de indenização apresentados nas ações, e não as condenações.

Procurado pela coluna, o Grupo Pão de Açúcar diz que não irá se pronunciar. O banco Santander não respondeu até a publicação deste texto.

A Fundação Casa, por sua vez, afirma que o aumento no número de reclamações trabalhistas está relacionado a solicitações de adicional de insalubridade, e que a assessoria jurídica da instituição já entrou com recursos. “O próprio TST fixou tese, em 2022, de que os agentes de apoio socioeducativo da Fundação Casa não têm direito ao adicional em razão do local da prestação do serviço”, afirma.

O número de processos envolvendo o Pão de Açúcar aumentou 70% de 2021 para 2022, subindo de 5.007 para 8.526. Naquele ano, a empresa também foi a líder de ações trabalhistas no TRT-2.

No caso do Santander também foi verificado um aumento, mas menor, de 36% —foram 3.336 ações em 2021, ante 4.524 no ano passado.

Já sobre a Fundação Casa não é possível fazer essa comparação, porque a entidade não aparece na lista das cinco empresas mais reclamadas do TRT-2 de 2021. Naquele ano, o município de São Paulo teve 4.864 ações, o que o colocou na segunda posição entre as empresas com mais processos no tribunal. Em 2022, o número de ações do município paulista foi um pouco menor, 4.019.


O Grupo Pão de Açúcar, a Fundação Casa e o banco Santander foram as empresas mais acionadas em 2022 no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). A corte é considerada o maior tribunal trabalhista do país e engloba a capital paulista, a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista.

O Pão de Açúcar concentrou o maior número de processos. Foram 8.526 ao longo de todo o ano passado, em causas que somam um valor total de R$ 1,15 bilhão. 

As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

Juízes e procuradores pedem que o CNJ amplie prazo do teletrabalho, diz colunista

 


Juízes e procuradores pedem que o CNJ amplie prazo do teletrabalho, diz colunista

O jornalista Guilherme Amado, colunista do site Metrópoles, informa que juízes e integrantes do Ministério Público pediram ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que seja adiado o prazo para diminuir o uso de teletrabalho nos tribunais.

Uma resolução do CNJ de 22 de novembro de 2022, deu 60 dias para que os tribunais diminuíssem para 30% o percentual de servidores sob regime de teletrabalho. Antes, o limite era de 50% da força de trabalho.

A coluna explica que a limitação impacta no trabalho dos juízes, procuradores e promotores porque, hoje, boa parte das audiências é feita de forma virtual.

Segundo a coluna, o pedido ao CNJ é assinado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e outras entidades que compõem a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas).

No documento, a Frentas pede que o prazo seja dilatado para que os tribunais estudem como implementar modelos híbridos, com videoconferências e audiências presenciais quando necessário.

Alguns tribunais já se adequaram à restrição imposta pelo CNJ. O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), por exemplo, publicou uma resolução em 20 de janeiro impondo que 70% dos servidores deem expediente de forma presencial.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

STF julga inadmissível uso de provas consideradas ilícitas pelo Judiciário em processos administrativos

 

No caso concreto, o TRF-1 anulou condenação imposta pelo Cade a empresa por formação de cartel dos gases hospitalares e industriais. 

27/01/2023 16h20 - Atualizado há

O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua jurisprudência e julgou que são inadmissíveis, em processos administrativos de qualquer espécie, provas consideradas ilícitas pelo Poder Judiciário. A decisão foi tomada no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1316369, que teve repercussão geral reconhecida (Tema 1238) e julgamento de mérito no Plenário Virtual. 

No caso dos autos, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) anulou a condenação imposta pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a empresa por formação de cartel dos gases hospitalares e industriais. A condenação baseava-se em provas emprestadas de processo criminal, resultantes de interceptações telefônicas consideradas ilícitas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo fato de terem sido originadas de denúncia anônima, sem a realização de nenhum outro ato investigativo.  

No recurso ao Supremo, o Cade alegou que a nulidade reconhecida pelo STJ não poderia invalidar completamente todas as outras provas produzidas de forma independente no processo administrativo. Sustentou, ainda, a validade da denúncia anônima e a possibilidade de sua utilização para lastrear a interceptação telefônica de envolvidos na prática de crimes, em especial os complexos e de difícil comprovação, como a formação de cartel. 

 Precedentes 

Prevaleceu no julgamento a manifestação do ministro Gilmar Mendes, que, além de reconhecer a repercussão geral da matéria, pronunciou-se pela reafirmação da jurisprudência da Corte. O ministro lembrou que a Constituição Federal (artigo 5º, inciso LVI) prevê a inadmissibilidade, no processo, de provas obtidas por meios ilícitos. Ele reforçou, ainda, que o entendimento consolidado do STF é no sentido da impossibilidade de valoração e aproveitamento, em desfavor do cidadão, de provas declaradas nulas em processos judiciais. 

“Não é dado a nenhuma autoridade pública valer-se de provas ilícitas em prejuízo do cidadão, seja no âmbito judicial, seja na esfera administrativa, independentemente da natureza das pretensões deduzidas pelas partes”, ressaltou. Seguiram o mesmo posicionamento, negando provimento ao recurso do Cade, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça e a ministra Cármen Lúcia.  

Corrente minoritária

O relator do recurso, ministro Edson Fachin, se manifestou apenas pelo reconhecimento da repercussão geral, sem qualquer antecipação de juízo de mérito, para que o Plenário decidisse a respeito da controvérsia dos autos. Acompanharam essa posição a presidente do STF, ministra Rosa Weber, e os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. 

Tese

Foi fixada a seguinte tese de repercussão geral: “São inadmissíveis, em processos administrativos de qualquer espécie, provas consideradas ilícitas pelo Poder Judiciário”.

RP/CR//AD

Presidente da Fundação CASA está visitando os centros Socioeducativos


 


Os quatro centros socioeducativos da Fundação CASA mantidos na cidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo, receberam nesta quinta-feira (26) a visita técnica do novo presidente da Instituição, o ex-juiz de Direito João Veríssimo Fernandes.


Fernandes conferiu de perto o funcionamento do CAIP Jacarandá, para atendimento inicial e internação provisória, dos CASAs Novo Tempo e Tapajós, de internação, localizados no Complexo Franco da Rocha, além do CASA Manacá da Serra, de internação, situado nas imediações. O presidente destacou a coerência e coesão das equipes.


“O trabalho nos centros socioeducativos está bem organizado para o atendimento aos adolescentes e é perceptível a integração das equipes dos servidores das diferentes áreas e os gestores”, avaliou Fernandes.


Atualmente os quatro centros socioeducativos oferecem 258 vagas para adolescentes do sexo masculino, com idades entre 12 e 21 anos incompletos. Até a última terça-feira (23), na cidade eram atendidos 175 jovens, o que corresponde a 67,8% da capacidade local.


A maior parte dos adolescentes em atendimento (82,8%) possuem idades entre 16 e 18 anos. Os municípios de Francisco Morato e Franco da Rocha estão entre os que têm maior número de jovens em atendimento na cidade, somando-se 28 jovens.


Biografia


O novo presidente da Fundação CASA assumiu a gestão no dia 13 de janeiro, após mais de 5 anos e meio sem gestor com dedicação exclusiva – no período, os secretários de Estado da Justiça e Cidadania responderam pelo expediente.


João Veríssimo Fernandes é advogado e construiu carreira no Poder Judiciário atuando como juiz no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), onde presidiu várias comarcas, dentre elas, a de Belo Horizonte. Também foi juiz eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).


Depois de deixar a magistratura em 2015, continuou na atuação social e política, tendo sido secretário de Governo em Mauá, assessor especial na prefeitura de Santo André e secretário-geral e curador da Fundação ABC, mantenedora da Faculdade de Medicina do ABC.


#francodarocha

Araçatuba recebe etapa regional de campeonato da Fundação Casa

  

Cerca de mil adolescentes em internação disputam as fases regional e estadual

Da Redação - Hojemais Araçatuba
 26/01/23 às 15h14
Os jogos em Araçatuba aconteceram na terça-feira, no campo do Centro de Treinamento da Nestlé (Foto: Divulgação)

Araçatuba e Guaiçara sediam partidas da etapa regional da DRO na 18ª Copa Casa de Futebol, com participação de internos de unidades da Fundação Casa e Araçatuba (Araçá e Araçatuba), Presidente Bernardes (Irapuru 1 e 2), de Marília, Vitória Régia, Rio Dourado, São José do Rio Preto e Mirassol. 

Esta etapa do campeonato acontece entre os dias 24 e 27, mas as disputas acontecem até o mês de março, com a expectativa de mobilizar aproximadamente mil adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação em 65 centros de todo o Estado.  

Araçatuba

Os jogos em Araçatuba aconteceram na terça-feira, no campo do Centro de Treinamento da Nestlé, com disputas entre os times dos Casas Araçá, Araçatuba, Irapuru 1, Irapuru 2 e Presidente Bernardes.  

Na quarta os jogos aconteceram em Guaiçara, no campo do Estádio Municipal, com participação de equipes dos Casas Marília, Vitória Régia, Rio Dourado, Rio Preto e Mirassol. 

A grande final da etapa regional, acontece no sexta-feira, quando as quatro equipes mais bem colocadas jogarão para definir o representante da região Oeste do Estado.  



Sobre a Copa Casa

A Copa CASA de Futebol, realizada pela Fundação CASA, é o maior campeonato de futebol masculino no Brasil destinado a adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação.  

A Instituição promove anualmente o evento desde 2005 – apenas em 2021, durante o período mais agudo da pandemia de Covid-19, não houve edição. As partidas acontecem preferencialmente em gramados profissionais, para possibilitar essa experiência aos adolescentes, pois muitos deles sonham seguir a carreira entre as quatro linhas. 

Regional

No regional, os times locais, separados conforme a divisão regional da Fundação Casa, jogam entre si e o vencedor dessa etapa segue para a fase estadual. São selecionados oito representantes no Estado.

A fase estadual, organizada pela Gefesp (Gerência de Educação Física e Esporte) da Fundação Casa, se subdivide em classificatória e final. Na classificatória, as oito equipes selecionadas nos regionais disputam as quatro vagas para a final. Já na etapa final, acontecem os jogos semifinais e finais. 

“Proporcionar o acesso ao esporte durante o cumprimento da medida socioeducativa e, ao mesmo tempo, promover a convivência com a comunidade são direitos que esses adolescentes possuem e constam em lei”, explica o superintendente Pedagógico da Fundação Casa, Carlos Alberto Robles, ao citar a previsão do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Fundação CASA de São José está no estadual da Copa CASA

 


Adolescentes em internação ganharam a etapa regional do campeonato de futebol do Vale do Paraíba

(Foto: Divulgação/Fundação CASA)

Os adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação no CASA Tamoios, em São José dos Campos, estão em festa depois de conquistar a etapa regional da XVIII Copa CASA de Futebol e seguir para a fase estadual do campeonato de futebol da Fundação CASA.

O título veio ontem, quarta-feira (25), na vitória sobre o time do CASA Jacareí, por 3 a 0, durante a final da etapa da Divisão Regional Vale do Paraíba (DRVP), uma das oito administrações localizadas da Fundação CASA.

A partida aconteceu no Estádio Municipal Ildeu Silvestre do Carmo, em Itaquaquecetuba, na Região Metropolitana de São Paulo.

Antes de chegar à final, a equipe de São José dos Campos tinha superado o time do CASA Atibaia. Já o CASA Jacareí levou a vitória sobre o time do CASA Arujá.


Na fase estadual do campeonato, os jovens do CASA Tamoios disputarão com outras sete equipes classificadas em suas etapas regionais os jogos para a semifinal e final. Até agora também se classificou a equipe do CASA Santo André II, em Santo André, que venceu a etapa da Divisão Regional Litoral (DRL)

A preparação da equipe do CASA Tamoios começou há cerca de duas semanas, com treinos específicos de futebol que ocorrem quatro vezes por semana e com duração de duas horas de duração cada. O treinamento está a cargo do profissional de Educação Física Luís Felipe dos Santos e Silva.





“Talvez mais importante do que a vitória, foi o fato de os adolescentes realizarem uma atividade externa de forma exemplar, com comprometimento deles e apoio dos servidores”, analisa o diretor do CASA Tamoios, Ricardo Galdino de Sousa. “Os rapazes também tiveram fairplay durante os jogos.”

Sobre a Copa CASA

A Copa CASA de Futebol, realizada pela Fundação CASA, é o maior campeonato de futebol masculino no Brasil destinado a adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação.

Trata-se do mais tradicional campeonato da Instituição, promovido desde 2005 – apenas em 2021, durante o período mais agudo da pandemia de Covid-19, não houve edição.

As partidas acontecem preferencialmente em gramados profissionais, para possibilitar essa experiência aos adolescentes, pois muitos deles sonham seguir a carreira entre as quatro linhas.

“Proporcionar o acesso ao esporte durante o cumprimento da medida socioeducativa e, ao mesmo tempo, promover a convivência com a comunidade são direitos que esses adolescentes possuem e constam em lei”, explica o superintendente Pedagógico da Fundação CASA, Carlos Alberto Robles, ao citar a previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Neste ano, a 18ª edição reúne cerca de mil adolescentes de 65 centros socioeducativos no Estado de São Paulo. O campeonato se divide nas fases regional e estadual.

No regional, os times locais, separados conforme a divisão regional da Fundação CASA, jogam entre si e o vencedor dessa etapa segue para a fase estadual. São selecionados oito representantes no Estado.

A fase estadual, organizada pela Gerência de Educação Física e Esporte (Gefesp) da Fundação CASA, se subdivide em classificatória e final.

Na classificatória, as oito equipes selecionadas nos regionais disputam as quatro vagas para a final. Já na etapa final, acontecem os jogos semifinais e finais.