domingo, 25 de abril de 2021

Presidente da Indonésia lamenta mortes da tripulação de submarino que desapareceu


Por G1

 


Foto de arquivo do submarino da Marinha da Indonésia que desapareceu em Bali. — Foto: Handout/INDONESIA MILITARY/AFP

Foto de arquivo do submarino da Marinha da Indonésia que desapareceu em Bali. — Foto: Handout/INDONESIA MILITARY/AFP

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, lamentou neste domingo (25) a morte dos 53 tripulantes do submarino que desapareceu na quarta-feira (21).

"Todos nós, indonésios, expressamos nossa profunda tristeza por essa tragédia, especialmente para as famílias da tripulação do submarino", declarou Widodo a jornalistas, segundo a agência de notícias Reuters.

Widodo afirmou que o KRI Nanggala-402 foi localizado no mar de Bali.

Segundo Yudo Margono, porta-voz da Marinha, sonares detectaram um objeto semelhante a um submarino a 850 metros de profundidade, além do que a embarcação seria capaz de suportar.

Indonésia confirma morte de tripulantes do submarino desaparecido
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Indonésia confirma morte de tripulantes do submarino desaparecido

No sábado (24), a Marinha do país anunciou que alterou o status da embarcação de "desaparecido" para "afundado" e informou que não há esperanças de encontrar sobreviventes (assista ao vídeo acima).

Destroços que seriam do submarino indonésio KRI Nanggala-402 são apresentados durante uma coletiva de imprensa em Bali, na Indonésia, neste sábado (24) — Foto: Johannes P. Christo/Reuters

Destroços que seriam do submarino indonésio KRI Nanggala-402 são apresentados durante uma coletiva de imprensa em Bali, na Indonésia, neste sábado (24) — Foto: Johannes P. Christo/Reuters

Família de Kharisma Dwi, um dos tripulantes do KRI Nanggala-402, na base naval de Banyuwangi, na Indonésia, em foto deste domingo (25) — Foto: Ajeng Dinar Ulfiana/Reuters

Família de Kharisma Dwi, um dos tripulantes do KRI Nanggala-402, na base naval de Banyuwangi, na Indonésia, em foto deste domingo (25) — Foto: Ajeng Dinar Ulfiana/Reuters




Submarino desaparecido na Indonésia — Foto: Editoria de Arte/G1

Submarino desaparecido na Indonésia — Foto: Editoria de Arte/G1

Trabalhos de resgate

O KRI Nanggala-402 perdeu contato com a Marinha indonésia na quarta-feira (21), enquanto realizava exercícios militares ao norte da ilha de Bali. O desaparecimento ocorreu após o submarino receber autorização para submergir. Desde então deixou de responder aos sinais.

As equipes de resgate já tinham avisado que as reservas de oxigênio da tripulação poderiam acabar às 15h de sexta (madrugada de sábado no horário local).

Mais de dez helicópteros e navios de busca foram mandados para a área onde o contato foi perdido, com ajuda dos Estados Unidos, Austrália, Cingapura, Malásia e Índia.

A Marinha local trabalha com a hipótese de uma queda de energia, que deixou o submarino fora de controle e impediu o lançamento de medidas emergenciais.

O submarino KRI Nanggala-402 pesa 1.395 toneladas e foi construído na Alemanha em 1977. Ele foi incorporado à frota indonésia em 1981 e passou por uma reforma de dois anos na Coreia do Sul que foi concluída em 2012.

A Indonésia é o maior arquipélago do mundo, formado por mais de 17 mil ilhas. Bali é uma ilha e província do país, entre as ilhas de Java (a oeste) e Lombok (a leste).

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Crédito: Agência Brasil

Com a sanção do Orçamento 2021 nesta quinta (22) à noite, governo tem flexibilidade para o pagamento dos precatórios da União e do 13º dos aposentados (Crédito: Agência Brasil)

O Orçamento 2021 foi finalmente sancionado ontem à noite pelo presidetnte da República, depois de uma novela interminável de várias semanas. Com isso o pagamento dos precatórios da União, composto em sua maioria por dívidas do INSS, e a liberação do 13° para aposentados e pensionistas devem sair em breve.

Nesta segunda-feira (19), o governo havia fechado acordo com o Congresso para viabilizar a sanção do Orçamento válido para este ano. Na quarta (21), o presidente sancionou a lei que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o que abriu espaço para a sanção do Orçamento. Que foi assinado quase no prazo limite, pouco antes da meia-noite desta quinta (22).

Aprovado no dia 25 de março, o texto estava travado na mesa do presidente Jair Bolsonaro e o governo temia que sancioná-lo da forma como foi votado seria inviabilizar sua execução. Mais: poderia comprometer até o executivo, que seria acusado de irresponsabilidade fiscal.

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O governo estava com medo de aprovar o Orçamento e faltar recursos para despesas básicas, levando à adoção de manobras fiscais que abram caminho para eventualmente imputar crimes de responsabilidade ao presidente – as chamadas “pedaladas”.

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O acordo de segunda-feira possibilitou que gastos emergenciais com saúde ligados ao combate à pandemia, o BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda) e o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) sejam retirados da meta fiscal. Da forma como foi sancionado, o Orçamento ganha flexibilidade para que não fure o teto de gastos e, assim, o governo evite cometer as pedaladas até o fim do ano.

Com a sanção do Orçamento, o dinheiro de precatórios, por exemplo, deve ser liberado aos Tribunais Regionais Federais (TRF), responsáveis pelos pagamentos dessas dívidas. O mesmo vale para o 13° dos aposentados e pensionistas do INSS, que foi prometido por Bolsonaro para março, mas ainda não foi liberado.

No ano passado, com o início da pandemia, as liberações dos precatórios aconteceram somente em julho. O governo precisou reorganizar as despesas com o “orçamento de guerra” e abrir espaço para os pagamentos do auxílio emergencial, então de R$ 600.

Agora, os precatórios podem ser liberados ainda no mês que vem, mas tudo depende dos prazos internos para pagamentos e liberação de dinheiro dos órgãos federais. Os setores responsáveis pelos pagamentos de precatórios são a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que repassa a verba para o Conselho de Justiça Federal (CJF) e este encaminha o dinheiro para os TRFs. Com o dinheiro em caixa, os Tribunais distribuem o dinheiro para os beneficiários.