terça-feira, 23 de julho de 2019

ANS autoriza reajuste de 7,35% nos planos de saúde individuais

ANS autoriza reajuste de 7,35% nos planos de saúde individuais

Percentual terá vigência de 1º de maio de 2019 a 30 de abril de 2020
Procedimentos médicos, como tomografia e ressonância magnética, costumam ser cobertos pela maioria dos planos de saúde Foto: Carla Ornelas / Agência O Globo
Procedimentos médicos, como tomografia e ressonância magnética, costumam ser cobertos pela maioria dos planos de saúde Foto: Carla Ornelas / Agência O Globo
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RIO - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou nesta terça-feira o reajuste máximo de 7,35% para os planos de saúde individuais, o menor percentual desde 2010, quando foi de 6,73%. Ficou abaixo dos 10% do ano passado, mas bem acima do IPCA, a inflação medida pelo IBGE, que fechou 2018 em 3,75%.
Ainda que em patamar menor, o reajuste — resultado de uma nova base de cálculo — ocorre quando a economia continua a patinar, e os planos individuais vêm perdendo beneficiários. Com isso, o índice divulgado pela ANS não satisfaz nem os usuários nem as empresas do setor.
Além disso, o aumento vem em meio a discussões para alterar a legislação de planos de saúde no país. Uma proposta de projeto de lei foi elaborada pelo setor, para ser encaminhada ao Congresso, com o objetivo de permitir a retomada da oferta de planos individuais, que representam só 19% do total de beneficiários. Ela propõe que a ANS deixe de limitar os reajustes desses planos e que os aumentos das mensalidades possam variar por região, tipo de plano e padrão de cobertura, entre outras mudanças. Um dos pontos é prever planos de custo menor, mas com acesso mais restrito a serviços.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já havia destacado, no mês passado, que os planos de saúde estão entre as prioridades da agenda regulatória. Ele defende um novo marco legal ou a desregulamentação do setor, a fim de ampliar o número de usuários, dos atuais 47 milhões para 70 milhões.
Para Mário Scheffer, coordenador do Observatório da USP, a redução do percentual de reajuste pode trazer algum alívio para o beneficiário em tempo de crise, mas não toca no ponto central do problema:
— O índice mais baixo mostra que a base de cálculo anterior estava equivocada. E que foi uma resposta da ANS após a judicialização do aumento no ano passado. A questão é que esse reajuste regulado, mesmo menor, incide sobre uma minoria de contratos. A agência permitiu a (quase) extinção da venda de planos individuais, substituída pelos “falsos coletivos”.

Menos planos individuais

O excesso de regulação dos contratos dos planos individuais e familiares é o motivo alegado pelas operadoras para a retirada do produto do portfólio das empresas, que passaram a se concentrar nos contratos coletivos empresariais, que saltaram de 7,5 milhões de beneficiários, em 2000, para 31,6 milhões, em maio deste ano, dado mais recente.
O número total de beneficiários no país bateu 47,18 milhões, alcançando estabilidade. Os contratos individuais, contudo, continuam a cair. Em um ano, foram menos 108 mil clientes, chegando a 9,03 milhões, sendo que apenas 8 milhões deles — ou 17% das pessoas com assistência privada no país — têm o reajuste máximo fixado pela ANS. São os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à lei 9.656/98, atualmente em vigor. O outro milhão de beneficiários tem os planos reajustados por contrato, isentos do teto fixado pela agência, como ocorre com os planos coletivos.
O reajuste anunciado pela ANS, que vigora de 1º de maio deste ano a 30 de abril de 2020, não agradou às operadoras. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) criticou o novo cálculo e considera que o modelo põe em risco o equilíbrio do setor. Reclama que os aumentos têm sido inferiores à variação de custos médico-hospitalares, o que compromete a sustentabilidade dos planos.
 Em 93 operadoras, diz a entidade, as mensalidades pagas por beneficiários de planos individuais não cobrem os custos, podendo levar à insolvência produtos com 1,6 milhão de beneficiários.
Também a FenaSaúde, que reúne operadoras do país, afirma que a nova metodologia de cálculo da ANS não é suficiente para dar “a segurança necessária” para que as empresas voltem a vender planos individuais: “É fundamental que a metodologia do reajuste leve também em consideração a sinistralidade (alta taxa de uso) das carteiras de beneficiários dos planos familiares, as peculiaridades regionais, o porte das operadoras, a abrangência dos serviços e as características da rede credenciada.”
O IPCA encerrou 2018 com alta de 3,78%. Em junho, o índice acumulado em 12 meses ficou em 3,37%. Já a variação dos custos médico-hospitalares, a chamada inflação médica, chegou a 16,9%, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O novo cálculo da ANS utiliza uma metodologia que combina a variação das despesas assistenciais, que compõem 80% do reajuste, com o IPCA, que soma 20%, descontada a variação dos planos de saúde, para não haver sobreposição de indicadores.
Até 2018, o percentual dos planos individuais era determinado pela média dos reajustes dos coletivos. Este ano, segundo o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Rogério Scarabel, o cálculo considera o chamado Fator de Ganhos de Eficiência (FGE). Ele explica que, “além de ser um incentivo para que as operadoras melhorem a gestão de seus negócios, o fator evita que haja um repasse automático dos custos das empresas aos consumidores.”
EVOLUÇÃO (EM %)
Reajuste dos planos
IPCA
13,57
15
13,55
13,55
12
10,67
9,65
9
6,73
6,41
6
7,35
5,91
3
3,37
2,95
0
2010
11
12
13
14
15
16
17
18
2019
Fonte: ANS e IBGE

Regulação dos coletivos

Para a advogada Renata Vilhena Silva, especialista na área de direito à saúde, a demanda das operadoras está em desacordo com a lei que rege os planos e o Código de Defesa do Consumidor (CDC):
— O mercado é regulado porque há muito abuso. Todos estão sem dinheiro, e ninguém aguenta pagar plano com os altos preços cobrados.
Já Ana Carolina Navarrete, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), diz que a mudança no cálculo, que cortou a comparação do reajuste dos planos coletivos com o dos individuais, mostra que é preciso maior fiscalização sobre os contratos por adesão e empresariais:
— O problema central é a regulação dos planos coletivos. São a maioria do mercado, e esse público é quem sofre mais com os reajustes abusivos. 

Vigilantes podem exercer atividades de manutenção de caixas eletrônicos

O TRT da 22ª região julgou improcedente pretensão do MPT em ação civil pública, na qual alegava o descumprimento de normas de segurança em relação à atividade de manutenção e abastecimento de caixas eletrônicos por parte de uma transportadora de valores. Os magistrados concluíram pela ausência de infração da empresa e que não há configuração de desvio funcional.
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ACP
O MPT ajuizou ACP com o objetivo de obrigar a transportadora a proibir o exercício de atividades de manutenção em caixas eletrônicos por parte dos vigilantes e a manter quatro componentes (e não dois) na equipe chamada "carro-leve" nas operações acima de 20.000 UFIR - Unidade de Referência Fiscal, assegurando ainda que os vigilantes exerçam apenas atividades que lhes são próprias.
A sentença, com reforço da conclusão do laudo pericial, reconheceu o desvio funcional, bem como a necessidade de quatro vigilantes para abastecimento dos caixas eletrônicos
Ausência de infração
Relator, o desembargador Arnaldo Boson Paes concluiu que não há desvio de função e nem infração cometida por parte da transportadora. Ele destacou que o Departamento da PF - órgão público de regulação, controle e fiscalização, dotado de expertise sobre a matéria - emitiu parecer esclarecendo que eventual manuseio de numerário encontra-se atrelado aos serviços de transporte de valores.
Ao levar em conta o posicionamento da PF, o relator concluiu que não há configuração de desvio funcional com a realização dos serviços prestados pelos empregados vigilantes, consistentes na abertura dos caixas, destravamento de cédulas, colocação delas no módulo de rejeição e contagem dos valores constantes neste módulo.
 "As condições de trabalho dos vigilantes que atuam em 'carros leves', prestando serviços de manutenção de caixas eletrônicos, inserem-se dentro das normas de saúde e segurança impostas."
Sobre ao quantitativo de vigilantes, o magistrado entendeu que há ausência de infração por parte da empresa. Ele destacou que a empresa mostra conformidade com as diretrizes da lei 7.102/83, sobre segurança para estabelecimentos financeiros.
“Conclui-se pela possibilidade de realização de serviços de manutenção de caixas eletrônicos com apenas dois vigilantes, acompanhados pelo técnico encarregado das demais atribuições. Logo, confere-se provimento ao recurso ordinário da reclamada para, reformando a sentença, julgar improcedente a pretensão objeto da ação civil pública.”
O processo foi conduzido pelos advogados Maurício AlbuquerquePriscilla RamosGustavo Andrade e Mércia Carvalho, do escritório Albuquerque Pinto Advogados.
Veja a decisão.
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segunda-feira, 22 de julho de 2019

Com superlotação, governo precisa construir 62 centros socioeducativos


A ministra Damares Alvez afirmou, contudo, que só há verba para a finalização de três unidades - duas no Rio de Janeiro e uma na Bahia

DivulgaçãoDIVULGAÇÃO
ATUALIZADO 22/07/2019 18:58
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A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH), Damares Alves, afirmou nesta segunda-feira (22/07/2019) que a pasta precisa construir 62 centros socioeducativos no país. Entretanto, ressaltou que só há verba para a finalização de três – dois no Rio de Janeiro e um na Bahia -, que devem ser entregues até o fim deste ano.
Segundo Damares, o orçamento do ministério é de aproximadamente R$ 250 milhões por ano. Por isso, as oito secretarias subordinadas ao órgão têm estudado novos projetos para o aumento de receita. “Trabalhar para aumentar o orçamento no ano que vem. Precisamos um número generoso, porque são 62 centros socioeducativos”, justificou.
Questionada sobre o custeio dessas unidades, Damares informou que em alguns casos há convênio com os estados. Mas não soube explicar os moldes de como seriam feitos. Para os três centros que devem ser entregues ainda este ano, a ministra disse que há uma reserva de R$ 50 milhões destinadas, exclusivamente, para eles.
Para os 59 restantes, ainda não há recursos previstos. Damares fez, inclusive, um apelo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para liberar mais verba. Contudo, nesta segunda, a pasta chefiada pelo economista anunciou um contingenciamento de R$ 1,44 bilhão do orçamento deste ano. É o segundo bloqueio realizado pela equipe do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Superlotação
No mês passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu provisoriamente que a ocupação de unidades socioeducativas não poderia passar de 119% da sua capacidade. Com isso, juízes locais avaliam quais infratores podem ou não ser soltos. No Rio de Janeiro, a Defensoria Pública informou que a medida poderia soltar até 700 adolescentes.
Metrópoles pediu ao ministério o número de vagas que falta nas 27 unidades federativas do país e a população atual do sistema socioeducativo. Entretanto, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
Mais cedo, Damares participou de uma cerimônia de apresentação de ações dos primeiros 200 dias de governo. No encontro, ela mencionou algumas medidas realizadas pela pasta e anunciou novos atos, como a transferência de um gabinete itinerante do ministério para a Ilha de Marajó, no Pará, para auxiliar no enfrentamento de exploração sexual de crianças na região.

Sesp abre processo seletivo para unidade socioeducativa

Mato Grosso

 
Sesp abre processo seletivo para unidade socioeducativa
Sejudh-MT
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A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) abriu processo seletivo simplificado para contratação temporária nos cargos de agente de segurança e assistente do Sistema Socioeducativo na unidade de Lucas do Rio Verde. São 31 vagas, sendo 30 para agentes e uma para assistente, com carga horária de 40 horas e salário de R$ 3.090,45 e R$ 2.626,90, respectivamente.
Os interessados devem fazer a inscrição nos dias 23 e 24 de julho, presencialmente, no endereço da 13ª Companhia Independente de Bombeiros Militar – Anel Viário, bairro Tessele Junior, das 9h às 16h, preenchendo os documentos exigidos no edital. Entre os requisitos para o processo seletivo está a comprovação de nível superior completo.
A secretária adjunta de Justiça da Sesp, Lenice Silva Barbosa, explica que o processo seletivo terá duração de seis meses a contar da publicação do resultado em Diário Oficial, podendo ser prorrogado por igual período, ou até que seja homologado o concurso público do Sistema Socioeducativo, que está em andamento.
Os candidatos devem observar as orientações e documentos solicitados, que estão no edital publicado nesta segunda-feira (22.07) no Diário Oficial do Estado. O processo seletivo será composto de duas fases: Avaliação de Títulos, de caráter classificatório e eliminatório; e Investigação Social, de caráter eliminatório (que poderá ocorrer a qualquer tempo até o ato da contratação).
Candidatos que tenham prestado serviços no Sistema Socioeducativo e tiveram o contrato rescindido por descumprimento do referido contrato serão considerados inaptos na investigação social.
Serão classificados candidatos em até cinco vezes o número de vagas e formação de cadastro de reserva. O provimento das vagas ocorrerá conforme a necessidade de recursos humanos na unidade socioeducativa, no decorrer do prazo de validade do Processo Seletivo, não havendo, portanto, obrigação de aproveitamento pleno e imediato dos candidatos aprovados/classificados.
Informações: (65) 3648-3205.
Cronograma:
Inscrição: 23/07/2019 a 24/07/2019.
Análise de títulos: 25/07/2019 a 29/07/2019.
Investigação Social: 30/07/2019 a 31/07/2019.
Divulgação do resultado preliminar do processo seletivo no Diário Oficial do Estado http://www.iomat.mt.gov.br e http://www.sesp.mt.gov.br : 01/08/2019
Prazo para interposição de recursos: 02/08/2019
Análise de recursos: 05/08/2019
Publicação em Diário Oficial do resultado final do processo seletivo:07/08/2019