segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Terceirizados param reforma na penitenciária, após atraso salarial

Terceirizados param reforma na penitenciária, após atraso salarial

Trabalhadores afirmam que estão desde setembro sem receber. Empresa diz que teve problema de organização financeira e acabou atrasando salários.

Por Emily Costa, G1 RR
 
Lourival Gomes, presidente do Sintracomo, diz que trabalhadores só voltarão ao trabalho quando receberem (Foto: Emily Costa/G1 RR)Lourival Gomes, presidente do Sintracomo, diz que trabalhadores só voltarão ao trabalho quando receberem (Foto: Emily Costa/G1 RR)
Lourival Gomes, presidente do Sintracomo, diz que trabalhadores só voltarão ao trabalho quando receberem (Foto: Emily Costa/G1 RR)
Trabalhadores de uma empresa terceirizada que faz a reforma da Penitenciária Agrícola de Monte Cristoem Boa Vista paralisaram as atividades nesta segunda-feira (30) para cobrar salários atrasados.
Segundo Lourival Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Civil e Imobiliário (Sintracomo-RR) , cerca de 23 trabalhadores estão há quase dois meses sem receber nada. Eles só devem voltar às atividades quando forem pagos.
"O trabalhador não recebe e não tem como vir trabalhar. Quem sustenta a família sabe o peso que é ficar sem salário. Vamos levar esse caso ao Ministério do Trabalho", declarou Lourival Gomes.
Um operário ouvido pelo G1 contou que sem o salário enfrenta dificuldades para pagar as contas e até para ir ao local de trabalho. Ele também reclama da falta de segurança no local da reforma, que é dentro da penitenciária.
"Já peguei dinheiro emprestado para botar gasolina e vir aqui. Não dá mais para continuar desse jeito. Não tem mais como. Chegou no limite", disse o trabalhador que não quis ter o nome divulgado.
Placa mostra prazos e locais onde reforma é feita no presídio (Foto: Emily Costa/G1 RR)Placa mostra prazos e locais onde reforma é feita no presídio (Foto: Emily Costa/G1 RR)
Placa mostra prazos e locais onde reforma é feita no presídio (Foto: Emily Costa/G1 RR)

Empresa admite atraso

Procurado, um representante da empresa terceirizada Eloa Servicos e Comercio de Terraplanagem admitiu o atraso e disse que a situação ocorreu devido a uma "falta de programação financeira".
"Não conseguimos pagar todo mundo, mas agora pela manhã já há um funcionário no banco organizando os pagamentos", disse Hozan Oliveira, gerente da empresa.
Ele afirmou ainda que apenas o salário de setembro é que está atrasado. Ele deve ser pago na terça (31).
"Já o salário de outubro, que não está atrasado, já que o mês não fechou, será pago até o quinto dia útil de novembro", finalizou, acrescentando que esta é a primeira vez que a empresa atrasa os salários dos funcionários.
G1 fez contato com a Secretaria de Comunicação do governo para saber o posicionamento da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) acerca da paralisação e aguarda retorno

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