quarta-feira, 11 de setembro de 2024

No trevo Cajuru e Altinópolis, Troca de tiros durante perseguição deixa policial militar e fugitivos mortos no interior de SP

 

Por g1 Ribeirão Preto e Franca

 

Troca de tiros deixa policiais feridos entre Cajuru e Altinópolis, SP — Foto: Reprodução/ Redes sociais

Troca de tiros deixa policiais feridos entre Cajuru e Altinópolis, SP — Foto: Reprodução/ Redes sociais

Uma troca de tiros deixou pelo menos um policial militar e três fugitivos mortos na tarde desta quarta-feira (11) na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP), na região de Ribeirão Preto (SP).

A ação mobiliza várias equipes da Polícia Militar e dois helicópteros um dia após um ataque a carro-forte entre Batatais (SP) e Restinga (SP).

Segundo informações preliminares, policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) patrulhavam a Rodovia Altino Arantes, quando se depararam com um veículo suspeito e decidiram abordar os ocupantes.

Os ocupantes teriam desrespeitado a ordem de parada, dando início à perseguição da PM. Eles seguiram em direção à Rodovia Joaquim Ferreira, onde houve troca de tiros.

Ainda segundo as primeiras informações, três passageiros do veículo foram baleados e morreram. Dentro do automóvel foram encontrados fuzis de calibres ponto 50 e 762.

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Bloqueio com viaturas da Polícia Militar na Rodovia Joaquim Ferreira entre Cajuru e Altinópolis, SP — Foto: Murilo Badessa/EPTV

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De acordo com a corporação, o sargento Márcio Ribeiro foi baleado, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Outro policial militar foi levado a um hospital em Altinópolis.

Ainda segundo informações preliminares, um trabalhador foi feito refém por criminosos durante a ação.

Há um bloqueio feito por policiais rodoviários no trevo de Cajuru , no sentido a Altinópolis, por questões de segurança.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que o trânsito foi interditado ao longo de 26 quilômetros, entre o km 311 e o km 337 da rodovia.

Baleado na troca de tiros entre PMs e fugitivos em rodovia na região de Altinópolis e Cajuru, SP — Foto: Murilo Badessa/EPTV

Baleado na troca de tiros entre PMs e fugitivos em rodovia na região de Altinópolis e Cajuru, SP — Foto: Murilo Badessa/EPTV

*Reportagem em atualização

Brasil discute estratégias para melhorar educação para a adolescência

 Alunos saindo de escola na Estrutural, no Distrito Federal


Nesta fase, estudantes reprovam mais e abandonam escola

Publicado em 10/09/2024 - 20:35 Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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O Brasil tem mirado cada vez mais em uma etapa crítica da educação: os anos finais do ensino fundamental. Essa etapa vai do 6º ao 9º ano e é cursada entre as idades de 11 a 14 anos. Estudos mostram que é uma etapa na qual os estudantes enfrentam grandes mudanças na própria vida, com a entrada na adolescência. Também, geralmente, mudam-se para escolas maiores e lidam com aprendizagens mais complexas. Trata-se de um período determinante para que eles concluam os estudos, até o final do ensino médio.

Discutir como o Brasil e outros países estão lidando com a garantia de uma educação de qualidade e quais as principais estratégias para combater a reprovação e o abandono escolar foi o objetivo do Seminário Internacional Construindo uma Escola para as Adolescências, que ocorreu nesta terça-feira (10) no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foi transmitido online

A coordenadora Executiva Adjunta da ONG Ação Educativa, a socióloga e educadora Edneia Gonçalves destacou que um ponto central nesta discussão é considerar o papel da educação e da escola na redução das desigualdades no país. “Eu acredito que a função social da escola é garantir a todas as pessoas o direito a trajetória escolar que produza e construa aprendizagens significativas para a pessoas seguirem suas vidas. Só que isso não é tão simples quanto parece”, afirmou.

Os dados mostram que nem todos os brasileiros têm as mesmas condições de estudo e de formação. A maioria que acaba reprovando e até mesmo abandonando a escola sem concluir o ensino médio é justamente a população mais vulnerável.

Segundo a oficial de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Júlia Ribeiro, as populações preta, parda, indígena e quilombola e as pessoas com deficiência têm maiores porcentagens de abandono escolar do que a população branca.

“Necessidade de contrariar destinos, que a gente aceita como sendo natural, que quem vive em situação de maior vulnerabilidade vai reprovar, vai entrar em distorção [de idade em relação à série cursada] e vai abandonar a escola. Então, por isso, contrariar destinos porque a gente não pode aceitar que esses sejam os destinos que esses meninos e meninas tenham nas suas escolas”, ressaltou. 

Em julho deste ano, o governo federal lançou o Programa de Fortalecimento para os Anos Finais do Ensino Fundamental – Programa Escola das Adolescências que tem como objetivo construir uma proposta para a etapa que se conecte com as diversas formas de viver a adolescência no Brasil, promova um espaço acolhedor e impulsione a qualidade social da educação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.

O programa reúne esforços da União, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios e prevê apoio técnico-pedagógico e financeiro, produção e divulgação de guias temáticos sobre os anos finais e incentivos financeiros a escolas priorizadas segundo critérios socioeconômicos e étnico-raciais.

Comparação internacional

O estudo Diálogos políticos em foco para o Brasil - Insights internacionais para fortalecer a resiliência e a capacidade de resposta no ensino secundário inferior foi lançado durante o evento. Realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Fundação Itaú Social, a pesquisa traz um panorama do cenário brasileiro, faz comparações com outros países e reúne iniciativas bem-sucedidas tanto brasileiras quanto internacionais voltadas para as adolescências.

De acordo com o estudo, a maioria dos países da OCDE vê a conclusão do ensino secundário superior (etapa equivalente ao ensino médio brasileiro), como requisito mínimo para uma vida plena. Assim, os sistemas de ensino devem garantir que todos os alunos do ensino fundamental avancem para a próxima fase.

Os dados mostram, no entanto, que nenhum país da OCDE e nem o Brasil reúnem ao mesmo tempo três indicadores considerados importantes para um bom desempenho escolar: senso de pertencimento, clima disciplinar e apoio docente. Nenhum país possui esses três indicadores positivos. Os dados são baseados nas respostas dos próprios estudantes de 15 anos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2022.

O Brasil fica em último lugar em relação ao senso de pertencimento e está também entre as piores colocações em termos do clima disciplinar nas escolas.

O estudo aponta algumas práticas desenvolvidas e aplicadas em alguns países como possibilidades para melhorar a etapa de ensino. Entre elas, ouvir estudantes em diferentes estágios de elaboração de políticas publicas de forma regular e ser proativo em tornar a escola um lugar onde os estudantes querem estar.

A pesquisa mostra ainda que os alunos precisam de ajuda para entender onde estão e para onde podem ir com a formação escolar. Isso pode motivá-los a seguir estudando. Para isso são citadas práticas de construir pontes entre diferentes fases da educação e oferecer informações de carreiras para aqueles que mais precisam.

Edital de pesquisa

Para incentivar estudos voltados aos anos finais do ensino fundamental e para as adolescências, segundo o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do Ministério da Educação (MEC), Alexsandro Santos, o ministério irá lançar, junto com a Fundação Itaú, um edital de pesquisa para reconhecer, identificar e fortalecer boas práticas do ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental.

De acordo com o diretor, o edital, que está na fase de elaboração, deverá ser voltado a professores da educação básica, grupos de pesquisa e associações da sociedade civil que tenham iniciativas voltadas para essa temática.

Edição: Carolina Pimentel

Alesp aprova projeto que regulamenta Polícia Penal do Estado; medida beneficia 27 mil servidores

 


Nova legislação eleva a Polícia Penal ao mesmo patamar de importância das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica; projeto segue para sanção do Executivo
10/09/2024 20:39 | Segurança Pública | Tom Oliveira - Fotos: Rodrigo Romeo

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Presidente da Alesp, André do Prado Clique para ver a imagem
Sessão Extraordinária desta terça-feira (10) Clique para ver a imagem
Parlamentares durante a Sessão Extra Clique para ver a imagem

As deputadas e os deputados estaduais aprovaram nesta terça-feira (10), por unanimidade, em Sessão Extraordinária na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a nova Lei Orgânica da Polícia Penal. O projeto unifica as categorias de agente de segurança penitenciária e de agente de escola e vigilância penitenciária, criando uma só carreira: a de policial penal, com as mesmas atribuições e remuneração. A medida será encaminhada para sanção do governador Tarcísio de Freitas.

Projeto de Lei Complementar 37/2024 também institui o estatuto da categoria, que conta com 27 mil servidores atuando na custódia, vigilância e escolta dos 200 mil presos espalhados em 182 unidades na Capital e no interior do estado.

A carreira

A nova legislação estabelece a Polícia Penal como órgão permanente de Segurança Pública, elevando-a ao mesmo patamar de importância das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica. De acordo com o Governo, a nova legislação irá permitir que os policiais possam desempenhar suas atribuições com mais eficiência e evitando desvios de função. Outra mudança importante será na forma de remuneração, que passará a ser feita por meio de subsídio e padronizada em sete níveis.

As deputadas e os deputados da base aliada, em especial os parlamentares que possuem histórico na área da Segurança Pública, parabenizaram o governador pelo envio da proposta e agradeceram a celeridade do Parlamento em aprovar a matéria.

"Parabenizo a Polícia Penal, que está na Constituição do Estado de São Paulo. Os policiais penais são merecedores e em breve estarão trabalhando já com a nova regulamentação", destacou o deputado Delegado Olim (PP), relator da medida nas Comissões Permanentes do Parlamento.

Diretoria da Artesp

Ainda na mesma Sessão Extraordinária, a Alesp aprovou o nome de André Insper Rodrigues Barnabé para o cargo de diretor-geral da Agência de Transportes de São Paulo, a Artesp.

Barnabé é advogado com experiência em projetos de infraestrutura, direito público e regulação, tendo atuado como superintendente de regulação da própria Artesp e em cargos da Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões (CMCP) e da Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado. O nome dele foi aprovado pela Comissão de Transportes e Comunicações (CTC) da Alesp.

Assista à Sessão, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:

Galeria de imagens: https://www.flickr.com/photos/assembleiasp/albums/7217772032022712