quinta-feira, 1 de agosto de 2024

PMs de São Paulo começam curso para investigar crimes antes do prazo

 


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A Polícia Militar de São Paulo, sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), iniciou o treinamento de policiais para o registro do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) antes da decisão oficial da comissão que avalia o caso. A informação foi confirmada pela Agência Pública com exclusividade. 

Os TCOs são registros de crimes de menor potencial ofensivo, cujas penas não ultrapassam dois anos. Elaborar esses termos era uma função exclusiva da Polícia Civil, mas uma ordem preparatória publicada em 7 de abril deste ano, pelo subcomandante da PM de São Paulo, coronel José Augusto Coutinho, previu que os militares pudessem investigar esse tipo de ocorrência.

Os treinamentos começaram em 15 de abril deste ano, segundo resposta da Polícia Militar à Agência Pública via Lei de Acesso à Informação (LAI). Os cursos são destinados a todos os praças, oficiais e até capitães e têm duração de um dia, das 7h30 às 17h.

A ordem preparatória previa que todo o efetivo da PM de São Paulo, após ser submetido aos treinamentos, passaria por uma avaliação técnica cujo teste seria composto por 15 questões de múltipla escolha, sendo exigidos 50% de acerto para aprovação.

Em junho, uma imagem que circulou pelas redes sociais mostrou sargentos do 14º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), em Osasco, recebendo o treinamento de registro dos termos. A informação foi confirmada à Pública, por telefone, por um dos agentes da guarnição que afirmou que as aulas virtuais haviam começado havia pouco tempo, mas sem precisar uma data. 


Publicação do 14º batalhão de Osasco mostra policiais recebendo treinamento

Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), sob o comando do deputado Guilherme Derrite (PL-SP), havia respondido à reportagem, durante o processo de apuração, que o TCO estava em estudo. 

Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), André Santos Pereira, os cursos estão acontecendo de forma irregular. “O treinamento antes da conclusão da discussão é indevido, porque está baseado em uma ordem preparatória ilegal, expedida pela Polícia Militar. Essa ordem prevê uma grave usurpação de competências da Polícia Civil pela Polícia Militar”, disse. 

Para o presidente da Adpesp, o risco de os termos circunstanciados serem registrados por policiais militares é a “possibilidade de erros procedimentais ou legais durante o registro, o que pode resultar em decisões inadequadas e até mesmo em problemas judiciais para os envolvidos”. 

“Eles estão recebendo treinamentos de um dia e serão considerados aptos para decidir sobre direitos fundamentais, de natureza criminal, após realizarem um teste com 15 questões; se acertarem a metade disso, já poderão decidir sobre a liberdade de todo e qualquer cidadão nas ruas”, criticou Pereira.

Segundo o presidente da Adpesp, a associação entrou com um mandado de segurança coletivo para ter acesso ao que




foi produzido pelo grupo de trabalho até o momento. 

A SSP, por sua vez, disse que “o relatório final desses encontros está sendo finalizado e será enviado às autoridades competentes” e que “a Polícia Militar mantém um programa permanente de capacitação da tropa para o exercício das atividades policiais”. Leia a nota na íntegra.

Registro de termos circunstanciados por PMs é alvo de críticas

A decisão de que policiais militares poderiam registrar termos circunstanciados gerou uma crise entre as polícias Militar e Civil. Em abril, quando a ordem preparatória para autorizar a realização desses termos foi publicada, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, deputado federal Guilherme Derrite, criou um grupo de trabalho para estudar a viabilidade dessa decisão. O prazo seria de 45 dias para essa avaliação. Na época, essa decisão foi anunciada como um “recuo” do governador Tarcísio de Freitas.

Viaturas da polícia militar do estado de São Paulo (SP)
Decisão de que policiais militares poderiam registrar termos circunstanciados gerou crise entre polícias militar e civil

Assim que o prazo de 45 dias expirou, a pasta paulista de Segurança estabeleceu um novo, que seria até o final do mês de junho. No entanto, novamente a conclusão do estudo foi prorrogada e, desta vez, por mais 60 dias. O prazo atual termina em agosto.

O prazo prorrogado foi alvo de críticas de setores que representam a Polícia Civil de São Paulo: “Essa prorrogação é mais um episódio lamentável, na tentativa de justificar o injustificável. Já existe uma ordem preparatória em execução, com policiais militares sendo treinados, retirados das ruas para participarem desse treinamento com base em uma ordem com diversas situações juridicamente ilegais”, criticou o presidente da Adpesp.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Programa de Integridade na Fundação CASA, próxima reunião, dia 8 de Agosto

 Próxima reunião dia 8 de Agosto de 2024



Origem

O combate à corrupção e outras irregularidades na máquina pública estatal é uma orientação constante do Governo do Estado de São Paulo. Em 2023, para enfrentar estrategicamente essas questões, o Governo do Estado adotou as orientações sobre integridade da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e criou três pilares: o Sistema de Integridade, a Promoção da Cultura de Integridade Pública e a Prestação de Contas. Assista ao vídeo.

Entre as ações, o Governo do Estado instituiu o Plano Estadual de Promoção da Integridade, por meio do Decreto Estadual nº 67.683/2023, de 03 de maio.

O Plano é uma das ações do programa Radar Anticorrupção, tendo como uma de suas orientações a implementação de programas de integridade em todos os órgãos da administração direta e autárquica.

O Programa de Integridade tem o objetivo de regulamentar e implementar medidas concretas no setor. Trata-se de um conjunto estruturado de ações e medidas institucionais para prevenir, detectar e punir práticas de corrupção, fraude, desvios éticos e outros ilícitos, de acordo com o artigo 2º, inciso I do Decreto nº 67.683/2023.

Com isso, o Programa se torna um instrumento de gestão que contempla atividades e procedimentos de gestão de riscos, e implementa controles internos, que vão desde a auditoria interna governamental até o estabelecimento de código de conduta e de canais de denúncia.

Na estrutura administrativa do Estado de São Paulo, a Controladoria Geral do Estado (CGE) se tornou o órgão central do Sistema Estadual de Integridade e com competência, dentre outras, de orientar os órgãos e entidades estatais a elaborar e implementar seu respectivo Programa de Integridade.

Para isso, a Controladoria editou a Resolução CGE nº 04, de 30 de maio de 2023, que dispõe sobre as etapas, os prazos e os procedimentos para estruturação, a elaboração, a implementação e o monitoramento dos programas de integridade. A CGE adotou cinco eixos fundamentais para a adoção do Programa de Integridade:

  1. Comprometimento da Alta Administração;
  2. Instância responsável;
  3. Gestão de riscos à integridade;
  4. Comunicação e treinamento;
  5. Monitoramento

Na Instituição

A Fundação CASA, como entidade ligada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e órgão do Governo do Estado de São Paulo, aderiu à iniciativa e criou a sua a Unidade de Gestão de Integridade (UGI), por meio da Portaria Administrativa nº 447/2023, de 16 de junho de 2023, nomeando nove servidores para compor a equipe. Conheça-os:

 

Nome

Cargo

Lotação

Débora da Silva Oliveira Santos (Responsável)

Agente de Apoio Administrativo II/Corregedor Auxiliar

Corregedoria Geral (CG)

Daniele Fernanda Bruno Baldo (Suplente)

Agente Administrativo II/Ouvidor Auxiliar

Ouvidoria

Michael Kritsch Junior

Especialista Administrativo

Assessoria de Inteligência Organizacional (AIO)

Leandro Rodrigo Gaya

Agente de Apoio Socioeducativo III

Gerência de Governança e Diretrizes da Segurança (GGDS) da Superintendência de Segurança

Marcelo Pereira Félix

Agente Administrativo II/Auditor Auxiliar

Assessoria de Controle Interno (ACI)

Sandra de Melo Fagundes Oishi

Agente Educacional II/Formador

Universidade Corporativa da Fundação CASA (UNICASA)

Mayara Mathias da Silva

Assistente de Direção III

Gabinete da Presidência (GP)

Os membros da equipe recebem apoio técnico da Assessoria de Controle Interno, representada pelo auditor-chefe interino, Marcelo Miguel.

Dentre as responsabilidades e competências da UGI da Fundação CASA estão:

  1. coordenar a elaboração, a execução, a comunicação, a implantação e o monitoramento do Programa de Integridade;
  2. desempenhar o papel de multiplicador, desenvolvendo ações de capacitação e de reciclagem periódica para os agentes públicos de todos os níveis hierárquicos;
  3. realizar ações contínuas de conscientização e comunicação.

Com o Programa de Integridade, a Fundação CASA poderá alcançar os seguintes benefícios:

  • Promover a imagem institucional;
  • Fortalecer os controles internos;
  • Melhorar os resultados e serviços prestados à população;
  • Melhorar a gestão organizacional;
  • Aumentar a transparência;
  • Aprimorar a gestão de riscos;
  • Estimular a cultura ética e íntegra.

A equipe da Unidade de Gestão de Integridade construirá o Programa de Integridade na Fundação CASA com o apoio e participação dos servidores. Aqui, você encontra a agenda programada de reuniões até o final do ano, assim como os passos que a Instituição dará até fevereiro de 2024.

 

Calendário de reuniões (sujeito a alterações)

As reuniões são presenciais e acontecem na Sede da Fundação CASA, na cidade de São Paulo.

08/02/2024 – 10h às 12h.

14/03/2024 –10h às 12h.

11/04/2024 –10h às 12h.

09/05/2024 –10h às 12h.

13/06/2024 –10h às 12h.

11/07/2024 –10h às 12h

08/08/2024 – 10h às 12h

12/09/2024 –10h às 12h

10/10/2024– 10h às 12h

14/11/2024 – 10h às 12h

12/12/2024 – 10h às 12h

Acesse aqui o Plano de Integridade da Fundação CASA

Normas da Unidade de Gestão de Integridade da Fundação CASA

Portaria Administrativa nº 618/2023 – Acrescentou membro à equipe da Unidade de Gestão de Integridade

Portaria Administrativa n° 447/23 –  Institui a Unidade de Gestão de Integridade – UGI

Ministério da Justiça oferece 63 mil vagas de capacitação do Pronasci para agentes de Segurança Pública

 


Iniciativa é destinada exclusivamente a servidores efetivos e ativos das carreiras de policiais militares, civis e penais, bombeiros militares, integrantes dos órgãos oficiais de perícia criminal e guardas municipais

Por  — Rio de Janeiro

 


Os cursos serão autoinstrucionais e terão a duração máxima de um mês, sem a necessidade de tutoria
Os cursos serão autoinstrucionais e terão a duração máxima de um mês, sem a necessidade de tutoria Divulgação/Polícia Federal

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou a oferta de 63.332 vagas em cursos do Projeto Bolsa-Formação, parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) - Ciclo 2024. Os cursos serão realizados na modalidade de ensino à distância (EAD) e ministrados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Os cursos serão autoinstrucionais e terão a duração máxima de um mês, sem a necessidade de tutoria.

A iniciativa é destinada exclusivamente a servidores efetivos e ativos das carreiras de policiais militares, civis e penais, bombeiros militares, integrantes dos órgãos oficiais de perícia criminal e guardas municipais. Eles devem pertencer a instituições de entes federativos que tenham aderido ao Projeto Bolsa-Formação e ao Pronasci 2 para se qualificarem à participação.

Os profissionais cujos requerimentos forem homologados pela gestão federal terão direito a um benefício de R$ 900, pago em parcela única.

A íntegra do edital pode ser acessada pelos interessados no endereço eletrônico do Ministério da Justiça e Segurança Pública: https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/pronasci/bolsa-formacao.