domingo, 26 de novembro de 2023

Justiça decide que adolescente que matou Júlia Peixoto deve ficar na Fundação Casa por tempo indeterminado

 

sábado, 25 de novembro de 2023

Chega de violência contra as mulheres

 

25/11 – Dia Internacional para a Eliminação da contra Violência Contra as Mulheres: “Alaranjar o mundo: acabar com a violência contra as mulheres, agora!”


 

A Campanha UNiTE (UNiTE by 2030 to End Violence Against Women Campaign), lançada em 2008, é uma iniciativa da Secretaria Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que visa prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo, convocando uma ação global para aumentar a conscientização, fortalecer a defesa e criar oportunidades para a discussão sobre desafios e soluções do problema.

O slogan “Alaranjar o mundo: acabar com a violência contra as mulheres, agora” refere-se à cor laranja usada para representar um futuro mais brilhante, livre de violência contra mulheres e meninas, como um tema unificador que perpassa todas as atividades globais da Campanha.

De acordo com as últimas estimativas, quase 1 em cada 3 mulheres com 15 anos ou mais, em todo o mundo, foi submetida à violência física ou sexual por parceiro íntimo, não parceiro ou ambos, pelo menos uma vez na vida, indicando que os níveis de violência contra mulheres e meninas permaneceram praticamente inalterados na última década.

Nos casos mais extremos, a violência contra as mulheres é letal: globalmente, cerca de 137 mulheres são mortas por seu parceiro íntimo ou por um membro da família todos os dias.

Estima-se que 1 em 7 mulheres passou por violência física e/ou sexual de um parceiro íntimo ou marido nos últimos 12 meses (13 por cento das mulheres com idade entre 15-49 anos).

Esses números não refletem o impacto da pandemia COVID-19 e seriam ainda maiores se incluíssem os casos de violência que afetam mulheres e meninas, incluindo assédio sexual, violência em contextos digitais, práticas nocivas e exploração sexual.

O isolamento social e a insegurança econômica intensificaram a vulnerabilidade das mulheres à violência doméstica em todo o mundo.

Iniciando-se com as comemorações do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres acontecem os “16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero” – uma campanha internacional anual que começa em 25 de novembro e vai até 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.

Em 2021, a Campanha dos 16 dias tem como foco a violência de gênero no mundo do trabalho, chamando a atenção para a relação entre violência doméstica e o mundo do trabalho, com base nos padrões legais descritos na Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A Organização Mundial de Saúde define a violência contra a mulher como todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado dano físico, sexual, psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública seja na vida privada.

A perspectiva de gênero para compreender a violência contra as mulheres resultou de um longo processo de discussão. Utilizar a categoria de análise gênero, neste caso, significa assumir que a violência decorre de relações desiguais e hierárquicas de poder entre homens e mulheres na sociedade, e que não se deve a doenças, problemas mentais, álcool/drogas ou características inatas às pessoas, mas sim, uma construção social.

Cerca de 125 países possuem leis específicas de proteção à mulher, sendo que a legislação brasileira (Lei Maria da Penha) é considerada uma das três mais avançadas do mundo. Apesar do avanço legislativo, o Brasil é o 7º país, em uma lista de 84, com o maior número de homicídios de mulheres (Mapa da Violência 2012).

 

Consequências da violência na saúde das mulheres

É conhecido dos profissionais o fato de que a violência contra as mulheres tem alta magnitude e relevância na saúde, uma vez que mulheres que vivem e/ou viveram tal situação têm mais queixas, distúrbios e patologias físicas e mentais e utilizam os serviços de saúde com maior frequência do que aquelas que não viveram esta experiência.

Além disso, aumenta o risco de problemas de saúde no futuro. Um estudo aponta que a violência intrafamiliar contra a mulher acarreta graves consequências a seu pleno desenvolvimento pessoal, entre elas, as doenças de ocorrência tardia, como hipertensão, colesterol elevado, artrite e problemas cardíacos.

Ademais, apesar da indicação de marcas de agressões físicas vivenciadas pelas mulheres, a violência a que são submetidas no dia a dia da relação com o companheiro revela um sofrimento moral que traz também implicações de ordem emocional e psicológica.

O acúmulo de sofrimentos e a dificuldade em exteriorizar seus problemas se refletem não só na saúde física, mas também na saúde psicológica e emocional.

Como consequências psicológicas e comportamentais da violência, alguns estudos relatam o uso de álcool e drogas, depressão, ansiedade, tabagismo, comportamentos suicidas e de autoflagelo, distúrbios na alimentação e no sono, baixa autoestima, fobias e síndrome do pânico.

A equipe de saúde deve estar sensibilizada e capacitada para assistir a pessoa em situação de violência. Dessa forma, há que se promover, sistematicamente, oficinas, grupos de discussão, cursos ou outras atividades de capacitação e atualização dos profissionais.

“Os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) são uma porta de entrada no sistema e mantém contato com praticamente a totalidade da população feminina ao longo da vida. Podem reconhecer o problema, acolher a vítima e referir para a rede especializada de justiça, assistência social, segurança pública, trabalho e moradia, a fim de garantir os direitos das mulheres”. (Ana Flavia Lucas d’Oliveira, em entrevista à Associação Brasileira de Saúde Coletiva, ABRASCO)

Em março de 2021  o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgou dados sobre violência contra a mulher nos canais de denúncias de direitos humanos do Governo Federal. Em 2020, mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher foram registradas nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100.

Do total de registros, 72% (75,7 mil denúncias) são referentes a violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com a Lei Maria da Penha, esse tipo de violência é caracterizado pela ação ou omissão que causem morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico à  mulher. Estão na lista, também, danos morais ou patrimoniais.

O restante das denúncias, 29,9 mil (28%), refere-se a violação de direitos civis e políticos, por exemplo, condição análoga à escravidão, tráfico de pessoas e cárcere privado. Também estão relacionadas, a liberdade de religião e crença e o acesso a direitos sociais como saúde, educação, cultura e segurança.


Fontes
:

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH)
Organização das Nações Unidas – ONU Mulher
Telessaúde do Rio Grande do Sul

Ministério do Trabalho e Emprego prorroga Portaria nº 3.665 sobre trabalho aos feriados

 


Em coletiva, ministro anunciou que vai prorrogar portaria, com validade a partir de 1º de março 2024, e criar Mesa Tripartite de negociação com entidades de trabalhadores e empregadores sobre o tema

OMinistro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou em coletiva à imprensa nessa quarta-feira (22), que vai editar uma nova Portaria sobre trabalho do comércio aos feriados, postergando sua validade para 1º de março de 2024.

Marinho se reuniu virtualmente nesta tarde com as entidades patronais e de empregados para discutir o tema, onde ficou acordado que vai criar uma Mesa Tripartite para discutir sobre o trabalho no comércio aos feriados. Na próxima quarta-feira (29), já haverá a primeira reunião, na Confederação Nacional do Comércio no Rio de Janeiro, para definir a composição da mesa.

O ministro anunciou uma nova Portaria sobre o tema, que define a data de 1º de março de 2024 para que possa começar a valer, destacando que ela se refere apenas a abertura do comércio aos feriados, não houve nenhuma mudança na Portaria com relação a abertura do comércio aos domingos, que já é definido pela Lei nª 10.101, de 2000. “Nossa portaria será refeita com validade a partir de 1º de março. Isso trará luz à verdade do objetivo da Portaria e tira qualquer insegurança”, frisou.

Segundo o ministro, a Portaria nº 3.665 apenas corrigiu uma ilegalidade e em nada alterou o que acontece hoje com o trabalho aos domingos, apenas confirmando o que diz a Lei nº 10.101, que nos artigos 6º,  6º-A e 6º-B, com redação dada pela Lei 11.603/2007, regulamentou o trabalho no comércio em geral nos domingos, permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal.

As entidades que participaram da reunião desta tarde com o ministro vão soltar uma nota conjunta, confirmando o acordo com o MTE com a nova data sobre a abertura do comércio aos feriados.

Trabalho, Emprego e Previdência

Autoridades e familiares são vistos usando carros oficiais que deveriam ser para a Segurança

 



Em nota, o Governo informou que os veículos são disponibilizados aos secretários como forma de segurança diante da ameaça de ataques de facções




André Fernandes saindo da academia no veículo (Foto: Reprodução)

Denúncias apontam que o secretário de Segurança Pública de Roraima, André Fernandes, e o secretário de Justiça e Cidadania, Hércules Pereira, estariam usando viaturas oficiais enviadas pelo Ministério da Justiça, para uso pessoal.

No caso de André Fernandes, ele teria descaracterizado um veículo modelo TrailBlazer, que seria destinada à Delegacia da Mulher, por meio do PRONASCI. De acordo com documentos obtidos pela FolhaBV, no dia 2 de maio deste ano, o veículo teve a placa trocada com os dados de um veículo modelo S-10. Além disso, o secretário teria à disposição um veículo modelo Tiggo, que estaria em sua residência. .

Veículo foi enviado pelo Ministério da Justiça para Roraima (Foto: Divulgação)

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Roraima alegou que, em virtude de vários informes do setor de inteligência da pasta e conforme registrado inclusive em notícias veiculadas recentemente na imprensa local sobre ameaças aos integrantes da segurança pública de Roraima, passou a disponibilizar de uma viatura blindada.

Recentemente, informações da Secretaria Nacional de Políticas Penais sobre o levantamento de dados pessoais de servidores revelam que continua ativo o planejamento de ações contra a vida e a integridade física dos policiais penais federais e de seus familiares.

Por estas ameaças constantes e por uma questão de segurança, o secretário de Segurança Pública de Roraima, que é policial penal federal de carreira, passou a utilizar o veículo para proteção em deslocamentos em serviço e fora dele, conforme previsão legal estabelecida na Nota Técnica SEI nº 31798/2022/ME, do Ministério da Justiça e Segurança Pública que trata, entre outros pontos, da ampliação do uso das viaturas blindadas aos gestores considerando os riscos inerentes às funções exercidas.

completou a nota.

Em outro caso, a esposa do secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Hércules da Silva Pereira, foi vista saindo do supermercado no domingo (19), em um veículo oficial blindado. O carro usado pela esposa do secretário teria sido disponibilizado à Sejuc pelo Ministério da Justiça.

Esposa do secretário de Justiça e Cidadania durante compras em viatura oficial (Foto: Reprodução)

Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima informou que os veículos blindados da frota foram adquiridos com recursos do Fundo Penitenciário para utilização específica nos deslocamentos dos servidores e podem transportar, inclusive, familiares, independentemente de ser ou não dia útil, estando ou não no exercício do cargo de gestão.

Ademais, o uso de tais veículos fundamenta-se pela exposição de servidores e seus familiares aos riscos iminentes promovidos por ações de organizações criminosas, com previsão legal estabelecida na Nota Técnica SEI nº 31798/2022/ME, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que trata da ampliação do uso das viaturas blindadas aos gestores considerando os riscos inerentes às funções que exercem.

finalizou, a Sejuc.