O governo Tarcísio encaminhou projeto de lei para privatizar a Sabesp, anunciou um corte de 5% no orçamento da Educação, o leilão da linha 7 da CPTM segue marcado para o dia 29/2/24 e ocorreram 8 demissões
Essa postura intransigente do governador não diminuiu a resistência. Depois da poderosa greve do dia 3 de outubro, a luta cresceu: mais categorias se somaram às mobilizações. Nosso Sindicato seguiu apostando na unidade com outras categorias e um novo dia de greve unificada foi marcado: 28/11. Agora, além de trabalhadores do Metrô, CPTM, Sabesp, a luta unificada conta com os professores, trabalhadores da saúde e Fundação Casa.
Além das privatizações, também está na pauta da luta unificada o combate às terceirizações. Tivemos uma importante vitória: o pregão do POT foi frustrado. Isso foi resultado da paralisação no POT no dia 5/7, da greve unificada do dia 3/10 e das ações jurídicas corretas. O pregão de terceirização da função do OTM 1 foi adiado quatro vezes e na última tentativa, venceu uma empresa que fazia os serviços de limpeza da Linha – 1 Azul. Os efeitos do pregão, porém, só serão válidos ao final do julgamento do processo que o Sindicato moveu contra essa terceirização. O julgamento será no dia 12/12. Porém, a pauta contra a terceirização está na proposta de greve unificada do dia 28/11.
Sendo assim, a categoria metroviária está convocada para assembleia dia 22/11 para debater a nossa participação nessa greve. Ela terá um papel importante para frearmos a tentativa do governador Tarcísio de Freitas destruir São Paulo.
Todas e todos na ASSEMBLEIA no dia 22/11, às 18h30, na Área de Lazer do Sindicat0 (Rua Serra do Japi, 16 – Tatuapé)
P a u t a : luta unificada contra a privatização, terceirização e demissões
PARTICIPE!
Para assistir a assembleia on-line, acesse as redes: Facebook ou YouTube do Sindicato
O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, e reivindica essa figura histórica como símbolo de resistência.
O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na Região Nordeste do Brasil.
Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Atualmente existe uma série de estudos que procuram reconstituir a biografia desse importante personagem da resistência à escravidão no Brasil.
A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em São Paulo, no ano de 1978, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicam.
Com isso, o 20 de novembro tornou-se a data para celebrar e relembrar a luta dos negros contra a opressão no Brasil. Por essa razão, o Treze de Maio, data em que a abolição da escravatura aconteceu, foi deixado de escanteio. O argumento utilizado é que o Treze de Maio representa uma “falsa liberdade”, uma vez que, após a Lei Áurea, os negros foram entregues à própria sorte e ficaram sem nenhum tipo de assistência do poder público.
A escolha do 20 de novembro aconteceu no contexto de declínio da Ditadura Militar(final da década de 1970 em diante) e de redemocratização do país. O enfraquecimento da ditadura deu força aos movimentos de oposição e aos movimentos sociais, como o movimento negro.
Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o movimento negro, obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas. A participação desses grupos no cenário político deu certo resultado, sendo aprovadas medidas que tinham como proposta promover certa reparação histórica.
Entre essas medidas, podemos destacar a lei de preconceito de raça ou cor (nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989) e leis como a de cotas raciais, voltada para a educação superior, e, especificamente na área da educação básica, a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira. Essas legislações preveem certa reparação aos danos sofridos pela população negra na história do Brasil. Por trás dessas leis, estão as iniciativas para acabar com o apagamento que os negros e a história e cultura dos africanos sofreram no Brasil.No caso do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a data foi criada por meio da citada Lei nº 12.519, no dia 10 de novembro de 2011, durante o governo de Dilma Rousseff. Essa lei não transformou a data em feriado nacional, assim, os governos de cada estado e cidade do Brasil devem optar por ser feriado ou não. O jornalista Laurentino Gomes fala que, até 2018, o dia 20 de novembro era feriado em 1047 municípios do Brasil (de um total de 5561 municípios)|1|.
A figura de Zumbi dos Palmares é especialmente reivindicada pelo movimento negro como símbolo de todas essas conquistas, tanto que a lei que instituiu o Dia da Consciência Negra foi também fruto dessa reivindicação. O nome de Zumbi, inclusive, é sugerido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana como personalidade a ser abordada nas aulas de ensino básico como exemplo da luta dos negros no Brasil.
Essa sugestão orienta-se por uma das determinações da Lei Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que afirma o seguinte: “O conteúdo programático […] incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.”
Mas afinal, quem, de fato, foi Zumbi dos Palmares? Essa é uma pergunta complexa de se responder, uma vez que as fontes e evidências a respeito da vida desse personagem histórico são raras. O que os historiadores sabem atualmente é que Zumbi dos Palmares foi um dos líderes do maior quilombo da história do Brasil, o Quilombo dos Palmares.
Alguns fatos da vida de Zumbi dos Palmares que eram tidos como certos décadas atrás atualmente são questionados pelos historiadores pela falta de fontes e por informações imprecisas levantadas por alguns dos estudos feitos no passado. Algo atestado de modo quase unânimo por historiadores é que Zumbi nasceu no Quilombo dos Palmares.
Durante décadas, consolidou-se a versão escrita por um jornalista chamado Décio Freitas, que falava que Zumbi nasceu em Palmares, mas foi sequestrado ainda criança e criado por um padre. Na adolescência, Zumbi teria fugido, retornado ao quilombo e se tornado um importante general que defendeu Palmares dos bandeirantes.
Essa versão atualmente não tem o respaldo da historiografia, pois se embasa em documentos a que somente o autor do livro teve acesso. Inúmeros estudos sobre Zumbi foram realizados e todos esbarram na falta de evidências históricas para sustentar algumas das conclusões realizadas. As análises recentes, porém, apontam para a forma como diferentes versões de Zumbi foram construídas e seus usos políticos.
Laurentino Gomes afirma que a atual imagem de Zumbi é uma construção idealizada a partir do final do século XIX pelo movimento abolicionista. Nessa construção, Zumbi transformou-se no “herói das lutas pela liberdade, não só dos escravos e negros, mas também dos camponeses, índios, das minorias”|2|. Foi essa imagem que esteve por trás de todas as conquistas recentes do movimento negro e, ainda hoje, ela está em vigor.
Além das questões que envolvem Zumbi e o Quilombo dos Palmares, o Dia da Consciência Negra é uma data significativa, pois traz à luz questões importantes: o racismo e a desigualdade da sociedade brasileira. É uma data que relembra a luta dos africanos escravizados no passado e que reforça a importância da realização de novas lutas para tornar a nossa sociedade mais justa.
O Dia da Consciência Negra é importante para relembramos que a nossa sociedade foi construída por meio da escravidão. Por mais que melhorias e mudanças tenham acontecido, a falta de oportunidades para a população negra, o racismo presente nos detalhes do cotidiano e as tentativas de apagamento de cultura africana evidenciam que ainda temos um longo caminho a ser trilhado.
Alguns indicativos podem nos ajudar a entender o problema do racismo no Brasil, já que inúmeras pesquisas a respeito disso tem sido realizadas nos últimos anos. Em um levantamento realizado após as eleições de 2018, somente 4% dos políticos eleitos para o Legislativo autodeclaram-se negros. A pesquisa indicou que, entre deputados distritais, estaduais, federais e senadores, somente 65 dos 1626 eleitos declaravam-se negros |3|.
Outros dados apontam que cerca de 56% da população autodeclara-se negra (pretos ou pardos) |4|, mas, entre os mais ricos, os negros representam somente 17,8% |5|. Em contrapartida, os negros representam 75% dos mais pobres, além de corresponderem à maioria dos presos no Brasil: 65% |6|.
Além disso, os negros são mais condenados que os brancos quando são processados por posse de drogas. No entanto, paradoxalmente, eles são apreendidos com doses menores de substâncias ilícitas em relação a condenados brancos |7|. Não só a justiça demonstra ser mais rigorosa contra os negros, mas a polícia também, uma vez que 76% dos mortos pela polícia são negros |8|.
Também é válido mencionar que, no mercado de trabalho, os negros também sofrem com o preconceito, pois, recebem, em média, 1200 reais a menos em comparação com os trabalhadores brancos |9|. Até no desemprego, os negros sofrem mais, uma vez que mais de 60% dos desempregados são negros |10|.
O racismo foi tão impregnado na cultura do brasileiro que até no vocabulário ele se manifesta. Expressões como “da cor do pecado”, “denegrir”, “mulato”, “cabelo ruim” (para se referir ao cabelo crespo), entre outras tantas, denotam claramente o racismo e surgiram do legado dos mais de 300 anos de escravidão no Brasil.
A cultura religiosa oriunda dos negros africanos também sofre bastante com o preconceito no Brasil. Na década de 1930, as chamadas religiões de matriz africana eram proibidas no Brasil. Atualmente, apesar de a Constituição prever a liberdade religiosa, o que se vê em nosso país é que as religiões de matriz africana são intensamente perseguidas. Um fenômeno recente são as ações de vandalismo cometidas contra terreiros nos quais se praticam os encontros de umbanda e do candomblé.
Até na escola, há enorme resistência com a cultura africana, pois há pais de alunos que se recusam a permitir que seus filhos tenham acesso a conhecimentos e saberes relativos às culturas de origem africana. Até mesmo professores, muitas vezes, recusam-se a ministrar os assuntos relacionados com a cultura afro-brasileira para os alunos, apesar de existir uma lei que os obrigue a fazê-lo.
O Dia da Consciência Negra éo momento no qual podemos tomar consciência do racismo que nos cerca e nos posicionar por mudanças e um país mais justo.
Notas:
|1| GOMES, Laurentino. Escravidão: do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares – Volume 1. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2019, p. 422.
|2| Idem, p. 427.
|3| País elegeu apenas 4% de parlamentares negros. Para acessar, clique aqui.
|4| Número de brasileiros que se declaram pretos cresce no país, diz IBGE. Para acessar, clique aqui.
|5| IBGE: negros são 17% dos mais ricos e três quartos da população mais pobre. Para acessar, clique aqui.
|6| Negros representam dois terços da população carcerária brasileira. Para acessar, clique aqui.
|7| Negros são os mais condenados por tráfico e com menos drogas apreendidas. Para acessar, clique aqui.
|8| Racismo institucional leva polícia do Brasil e dos EUA a matar mais negros e pobres. Para acessar, clique aqui.
|9| Negros ganham R$ 1,2 mil a menos que brancos em média no Brasil. Para acessar, clique aqui.
|10| Com crise, desemprego subiu mais entre pretos e pardos, diz IBGE. Para acessar, clique aqui.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
FERNANDES, Cláudio. "20 de novembro – Dia da Consciência Negra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm. Acesso em 20 de novembro de 2023.
ATESTADOS PARA LANÇAMENTO NO e_CASA a partir de 21/11/2023
Bom dia, seguem instruções para envio de atestados no sistema e_CASA:
A partir de 21/11/2023.
A Comissão de enfrentamento ao Absenteísmo, instituída por meio pela Portaria nº 456 de 16 de junho de 2023, representada neste ato pela Diretora de Recursos Humanos da Fundação CASA-SP, no uso de suas atribuições;
Considerando a necessidade de padronizar a forma de entrega dos Atestados Médicos ou Declaração de Comparecimento, bem como regulamentar a Comunicação de Ausências por Motivos de Saúde;
A Fundação CASA-SP adotará o sistema "eCASA/DRH - Atestados" como plataforma para a entrega de Atestado Médico, Declaração de Comparecimento e para a Comunicação de Ausências por Motivos de Saúde aos Gestores;
O servidor acessará o sistema através da senha ( a mesma utilizada no ERP), anexar o atestado confirmar as informações do mesmo e clicar em enviar.
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