sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Imposto sindical: o tributo retornará em 2023?



Imposto sindical é uma contribuição paga aos sindicatos de diversas categorias. O tributo passou a ser opcional em 2017, mas o governo federal estuda sua volta em 2023, como forma de financiar os sindicatos, que perderam receita com a extinção do imposto obrigatório.

31 AGOSTO 20239 MINUTOSPOR: SARA PEREIRA

Desde a sua criação, o imposto sindical desempenhou um papel crucial no financiamento das atividades sindicais no Brasil, permitindo a defesa dos direitos dos trabalhadores e promovendo a representatividade de diversas categorias. 

No entanto, em 2017, com a implementação da Reforma Trabalhista, esse tributo obrigatório foi extinto, gerando debates acalorados sobre o seu papel na relação entre empregados e sindicatos. 

Agora, em 2023, o cenário parece evoluir mais uma vez, com discussões sobre o suposto retorno do tributo

Nesse contexto, é fundamental compreender a importância histórica e os pontos de vista conflitantes que cercam essa questão, explorando se, de fato, o tributo retornará e que implicações isso pode acarretar para o mundo do trabalho.

Confira o conteúdo até o final e entenda os pormenores que circundam a discussão sobre o imposto sindical. Vamos lá? 

O que é imposto sindical?

imposto sindical

Imposto sindical é uma contribuição paga por trabalhadores celetistas, autônomos e profissionais liberais para o sindicato da sua categoria. No Brasil, ele era obrigatório até 2017, quando foi extinto pela Reforma Trabalhista.

A extinção do imposto sindical gerou um debate sobre os impactos dessa medida na representatividade dos sindicatos e na defesa dos direitos trabalhistas.

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Em 2023, o debate sobre o imposto sindical voltou a ganhar força. O governo federal estuda a possibilidade de criar uma nova contribuição sindical, que seria opcional.

A nova contribuição sindical seria uma forma de financiar os sindicatos, que perderam receita com a extinção do tributo obrigatório.

No entanto, ainda há dúvidas sobre como essa nova contribuição seria calculada e cobrada. Vale mencionar também que o retorno do imposto sindical é uma medida polêmica — com defensores e opositores.

Os defensores argumentam que a nova contribuição sindical é necessária para garantir a sobrevivência dos sindicatos e a defesa dos direitos dos trabalhadores.

Os opositores argumentam que a nova contribuição sindical seria uma forma de aumentar a carga tributária sobre os trabalhadores e que não é necessária para garantir a representatividade dos sindicatos.

O debate sobre o imposto sindical deve continuar nos próximos meses, até que o governo federal decida se vai criar uma nova contribuição ou não.

Aproveite a visita e confira também:

Afinal, o imposto sindical voltará?

Com base nas notícias mais recentes sobre imposto sindical, não é possível dizer com certeza se ele voltará ou não.

O Governo Federal está estudando a possibilidade de criar uma nova contribuição sindical, que seria opcional. No entanto, ainda não há informações sobre como essa nova contribuição seria calculada ou cobrada.

Embora seja possível fazer algumas especulações sobre as chances de o imposto sindical voltar, qualquer afirmação é um mero palpite.

O governo federal está sob pressão do setor sindical, que defende a volta do imposto sindical. Além disso, é interessante para a instituição aumentar a arrecadação de impostos, o que poderia ser feito com a criação de uma nova contribuição sindical.

Por outro lado, o governo federal também está sob pressão de setores da sociedade, que se opõem ao tributo. Disso, surge uma preocupação com os impactos políticos da volta do imposto sindical, que poderia ser visto como uma medida antipopular.

O que está sendo discutido?

O debate sobre o retorno do imposto sindical está se concentrando em três pontos principais: o valor, a forma de cobrança e o controle sobre essa cobrança.

Os defensores do imposto sindical argumentam que ele deve ser de pelo menos 1% da remuneração anual dos trabalhadores, para garantir a sobrevivência dos sindicatos. Os opositores do imposto sindical argumentam que ele deve ser menor, para não prejudicar a renda dos trabalhadores.

Em segundo plano, os defensores afirmam que ele deve ser descontado diretamente da folha de pagamento, para garantir a participação de todos os trabalhadores. Por outro lado, os opositores acreditam que ele deve ser voluntário, para respeitar a autonomia dos trabalhadores.

Por fim, os defensores dizem que ele deve ser controlado pelos sindicatos, para garantir que ele seja utilizado para fins legítimos. Em contrapartida, os opositores argumentam que ele deve ser controlado pelo governo, para evitar fraudes e abusos.

Além desses pontos principais, também está sendo discutido se o imposto sindical deve ser cobrado de todos os trabalhadores, independentemente de serem filiados ou não a um sindicato. 

Quem é favorável ao seu retorno afirma que deve ser uma cobrança obrigatória, para garantir a igualdade de tratamento. Em oposição, há quem acredite que o tributo deve ser cobrado apenas dos trabalhadores filiados a um sindicato, para respeitar a autonomia dos profissionais.

Quais são as possibilidades dessa volta do imposto sindical?

imposto sindical

Existem três fatores que podem influenciar as chances de retorno do imposto sindical, que são o posicionamento do governo, o apoio do setor sindical e a oposição da sociedade civil.

O governo federal é o principal responsável pela decisão de criar ou não uma nova contribuição sindical. Se ele estiver disposto a pressionar o Congresso Nacional a aprovar uma lei que crie a contribuição, as chances de ela ser aprovada aumentam.

Dito isso, é importante mencionar que o setor sindical é o principal interessado na volta da contribuição. Se o setor for capaz de mobilizar o apoio popular e político para a volta do imposto, as chances de ele ser aprovado aumentam.

Além desses dois grandes grupos, há também a sociedade civil, mesmo que sua força seja menos expressiva. Se a população entender como benéfica a volta do imposto, mais fácil será para ele ser aprovado.

Em última análise, a decisão de criar ou não uma nova contribuição sindical é uma decisão política. O governo federal terá que avaliar os prós e contras da volta do imposto antes de tomar uma decisão.

Quando o imposto sindical foi extinto?

A contribuição sindical obrigatória foi extinta em 2017, mais precisamente em novembro daquele ano. Essa extinção ocorreu como parte da Reforma Trabalhista promovida durante o governo do ex-presidente Michel Temer. 

Antes dessa mudança legislativa, o imposto sindical era um desconto automático equivalente a um dia de trabalho, sendo descontado anualmente de seus salários no mês de março.

A Reforma Trabalhista de 2017 trouxe modificações significativas nas relações de trabalho no Brasil, e uma das alterações mais notáveis foi a transformação da contribuição sindical em algo opcional

Com a Reforma, os trabalhadores passaram a ter o direito de escolher se desejavam ou não contribuir para os sindicatos que representavam suas categorias profissionais. Dessa forma, a contribuição deixou de ser compulsória e passou a depender da vontade individual de cada trabalhador.

Essa mudança gerou debates intensos sobre o impacto nas finanças dos sindicatos e na sua capacidade de representar os interesses dos trabalhadores de maneira efetiva. 

Enquanto alguns argumentavam que a Reforma permitiria maior liberdade de escolha aos trabalhadores, outros preocupavam-se com a possível fragilização das organizações sindicais devido à diminuição de recursos provenientes dessa contribuição.

Mas, para que serve o imposto sindical?

O imposto sindical, também conhecido como contribuição sindical, tem raízes profundas na história laboral brasileira, fornecendo recursos essenciais para que os sindicatos pudessem desempenhar seus papéis de representação e negociação

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No entanto, sua extinção em 2017, sob a égide da Reforma Trabalhista, gerou polarização: enquanto alguns argumentam que essa medida permitiu uma maior liberdade de escolha para os trabalhadores, outros alegam que ela enfraqueceu as organizações sindicais, prejudicando a capacidade de lutar por condições de trabalho justas

Agora, diante da possibilidade de seu retorno em 2023, emerge um cenário complexo, no qual questões como representatividade, financiamento e a voz dos trabalhadores estão novamente no centro das atenções. 

As receitas provenientes do imposto sindical eram utilizadas para diversas finalidades, tais como:

  • negociação coletiva;
  • assessoria jurídica;
  • atividades sindicais;
  • representação em questões trabalhistas e políticas;
  • manutenção da estrutura sindical.

Negociação coletiva

Os sindicatos negociam acordos e convenções coletivas de trabalho em nome dos empregados, buscando melhores salários, condições de trabalho e benefícios para a categoria. 

Os recursos advindos do imposto sindical auxiliaram na condução dessas negociações em prol dos interesses dos trabalhadores.

Assessoria jurídica

Os sindicatos oferecem assistência jurídica aos trabalhadores em questões relacionadas ao emprego, direitos trabalhistas e questões sindicais. 

A manutenção de uma equipe jurídica demanda recursos financeiros, que eram em parte supridos pelo imposto sindical.

Atividades sindicais

Os sindicatos realizam diversas atividades para promover a conscientização e a organização dos trabalhadores, como assembleias, eventos, seminários e campanhas educativas. O imposto sindical era utilizado para financiar essas ações.

Representação em questões trabalhistas e políticas

Os sindicatos atuam como representantes dos trabalhadores em questões que envolvem a legislação trabalhista, a política laboral e outras políticas públicas que afetam o mundo do trabalho.

Manutenção da estrutura sindical

Os sindicatos precisam manter uma infraestrutura para seu funcionamento, incluindo a administração do sindicato, a realização de assembleias, a comunicação com os trabalhadores, entre outros aspectos.

Quais são os principais tipos de impostos sindicais?

Para ler mais tarde:

Como vimos, o imposto sindical era uma fonte crucial de financiamento para os sindicatos exercerem suas funções de defesa dos interesses dos trabalhadores e de promoção de melhores condições de trabalho. 

No entanto, sua extinção gerou debates sobre a necessidade de encontrar alternativas de financiamento que permitam que essas organizações continuem a representar efetivamente os trabalhadores.

Os principais tipos de impostos sindicais são:

  • contribuição sindical (imposto sindical)
  • contribuição confederativa
  • contribuição assistencial
  • contribuição negocial
  • contribuição social

Contribuição sindical (imposto sindical)

Era um desconto compulsório equivalente a um dia de trabalho dos empregados, descontado anualmente em março. Seu objetivo era financiar os sindicatos e suas atividades. 

No entanto, com a Reforma Trabalhista de 2017, essa contribuição passou a ser opcional, e os trabalhadores podem escolher se desejam ou não contribuir.

Contribuição confederativa

É uma contribuição que pode ser estabelecida em assembleia pelos sindicatos, federações, confederações e outras entidades que representam categorias profissionais. 

Ela é destinada ao custeio das atividades dessas entidades e costuma ser cobrada anualmente. Sua cobrança também é facultativa, ou seja, o trabalhador pode decidir se deseja ou não contribuir.

Contribuição assistencial

Também conhecida como taxa assistencial, é uma contribuição estabelecida por meio de acordo ou convenção coletiva entre os sindicatos e as empresas. 

Seu objetivo é custear atividades específicas, como cursos de capacitação, assistência jurídica ou médica aos trabalhadores. Assim como as outras contribuições, a sua cobrança é decidida em assembleia e não é compulsória.

Agora, um convite: quer saber mais sobre as convenções coletivas de trabalho? É só assistir ao vídeo abaixo e, claro, inscrever-se no canal da Sólides Tangerino para ter acesso a mais conteúdos incríveis como este:

Contribuição negocial

É uma contribuição estabelecida por meio de negociação entre sindicatos e empregadores, com o objetivo de financiar atividades de negociação coletiva e representação dos trabalhadores. 

Essa modalidade de contribuição também é facultativa e depende da aprovação dos trabalhadores em assembleia.

Contribuição social

Algumas categorias profissionais possuem contribuições sociais específicas, que são destinadas a fundos e benefícios relacionados à sua área de atuação. Essas contribuições podem ser obrigatórias ou facultativas, dependendo da legislação e dos acordos firmados.

O funcionário é obrigado a pagar imposto sindical? 

Não, o funcionário não é obrigado a pagar imposto sindical. A contribuição sindical é facultativa desde 2017, quando foi extinta a obrigatoriedade do pagamento por meio da Reforma Trabalhista.

Antes da Reforma, o imposto era obrigatório e era descontado da folha de pagamento dos empregados uma vez por ano, no mês de março. O valor do imposto era equivalente a um dia de trabalho.

Atualmente, o funcionário pode optar por pagar o imposto sindical ou não. Para isso, ele deve manifestar sua vontade por escrito ao sindicato da sua categoria. Se o funcionário não manifestar sua vontade, ele não será obrigado a pagar o imposto.

Para complementar seu aprendizado, baixe os materiais gratuitos a seguir: 

Como é feita a distribuição do imposto sindical?

A distribuição do imposto sindical é feita de acordo com a Lei n.º 13.019/2014, que regulamenta o exercício do direito de greve, a representação sindical e a negociação coletiva de trabalho.

A divisão do tributo é feita da seguinte forma:

  • 60% para o sindicato da categoria: valor é usado para financiar as atividades do sindicato, como a defesa dos direitos dos trabalhadores, a organização de eventos e a prestação de serviços aos trabalhadores.
  • 20% para a Conta Especial Emprego e Salário (CEES) do Ministério do Trabalho e Emprego: valor é usado para financiar programas de qualificação profissional e de geração de emprego.
  • 15% para a federação da categoria: valor é usado para financiar as atividades da federação, como a representação dos trabalhadores em negociações coletivas com os empregadores e a articulação entre os sindicatos da categoria.
  • 5% para a confederação da categoria: valor é usado para financiar as atividades da confederação, como a representação dos trabalhadores em fóruns internacionais e a defesa dos interesses dos trabalhadores perante o governo.

É interessante notar que, antes da Reforma, a divisão era a seguinte: 60% para o sindicato, 15% para a federação, 5% para a confederação, 10% para o Ministério do Trabalho e 10% para as centrais sindicais.

Com a mudança para a contribuição sindical opcional, as negociações sobre a distribuição de recursos e as formas de financiamento das entidades sindicais foram ajustadas conforme acordos específicos entre os sindicatos, federações, confederações e trabalhadores.

Aprendeu tudo sobre imposto sindical?

A discussão em torno da contribuição sindical e seu possível retorno em 2023 reflete um cenário complexo e dinâmico no mundo das relações trabalhistas. 

A extinção do imposto sindical obrigatório em 2017 trouxe mudanças significativas na forma como os sindicatos são financiados e nas relações entre trabalhadores, empregadores e entidades sindicais. 

Agora, a proposta de uma contribuição negocial não obrigatória levanta questões sobre o fortalecimento dos sindicatos, a representatividade e a justiça na contribuição para financiar atividades que beneficiam toda a categoria.

Nesse contexto, é fundamental que os trabalhadores e demais interessados estejam informados sobre as transformações nas legislações e nas discussões que envolvem o universo sindical e trabalhista. 

Se você deseja aprofundar seu entendimento sobre seus direitos e deveres no mundo do trabalho, confira nosso artigo completo sobre direitos trabalhistas!

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Sara Pereira

Sara Pereira é People Operations Coordinator na empresa Digibee desde 2022. Atua há 12 anos com Departamento Pessoal, Legislação Trabalhista, Relações do Trabalho, Justiça do Trabalho e Auditoria do Trabalho e Previdenciário em médias, grandes, startups e multinacionais. Possui atuação desde 2016 em projetos relacionados com a folha de pagamento, eSocial, controle da jornada de trabalho, auditorias trabalhistas e previdenciárias, reduções de custos trabalhistas, migração de folha de pagamento para novos softwares, migrações de PJ para CLT e criação do zero da área nas empresas. Também realiza análise de custo de funcionário, estudo de redução de custos, gerenciamento da folha de pagamento e encargos, administração de processo, análise de resultados e indicadores, implantação e administração de benefícios, banco de horas e controle de ponto, condução de novos programas/projetos, planejamento e organização, eSocial. Sara formou-se em Gestão de Recursos Humanos em 2011 na Unopar. Se especializou em Consultoria Organizacional na UNA em 2013.

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