sábado, 5 de agosto de 2023

JUNDIAÍJovens da Fundação Casa participam de oficina de caiaque no Parque da Cidade

 


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Jovens da Fundação Casa participam de oficina de caiaque no Parque da Cidade. Foto: Prefeitura de Jundiaí

A manhã desta sexta-feira (4) foi de muito aprendizado para um grupo de jovens, com idades entre 14 e 18 anos, que cumprem medida socioeducativa no CASA de Semiliberdade Jundiaí. Eles participaram de uma oficina de caiaque, no Parque da Cidade. A ação é fruto da parceria entre a Fundação Casa, a Assessoria de Políticas para Diversidade Sexual da Prefeitura de Jundiaí, a DAE e a ONG Velas do Japi.

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“Nós avaliamos que a única chance de ressocialização dos jovens é através de outras vivências. É dessa forma que eles criam responsabilidades e novos conhecimentos que vão ajudar na ressocialização”, afirmou a assessora de Políticas para Diversidade Sexual, Kelly Galbieri.

Treze jovens participaram do encontro. A ação começou com uma aula de mobilidade para aquecimento e logo depois os jovens receberam as orientações sobre como remar e foram para a água. Nos últimos meses, a Assessoria de Políticas para Diversidade Sexual já articulou várias ações com os jovens, entre elas visita ao Estádio Jayme Cintra e oficina de audiovisual na TVTEC.

“O objetivo dessas ações é proporcionar momentos diferentes para esses jovens que estão cumprindo medidas. E essas experiências diferenciadas trazem desenvolvimento, aprendizado e maturidade”, disse a diretora de Semiliberdade da Fundação Casa, Denise de Fátima Leonel Cacko.

A ONG Velas do Japi é uma organização sem fins lucrativos que atua no Parque da Cidade, em Jundiaí, que visa incentivar o esporte náutico na cidade. Entre as atividades estão os passeios de caiaque, que são remadas monitoradas. “Alguém que nunca remou consegue praticar o esporte e conhecer o parque. Para nós, o grande ponto é acolher e dar oportunidade de ressocialização para os jovens. E estar conectado à natureza e ao esporte é uma grande oportunidade de ressocialização”, diz Carol Frutos, presidente da Velas do Japi.

“Entendemos que esses jovens precisam de apoio e incentivo. Por isso, estamos honrados pela confiança depositada em nosso trabalho e por esse objetivo de ressignificar a vida dos jovens”, reforça a assessora, Kelly Galbieri.

JUNDIAÍ

Prefeitura de Jundiaí lança pesquisa sobre o Centro da cidade

A ação visa saber a percepção dos moradores e usuários do Centro, o que irá balizar as ações atuais e futuras dentro do Plano de Requalificação

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Foto: Prefeitura de Jundiaí

Como parte do Plano Estratégico de Requalificação do Centro, a Prefeitura de Jundiaí, por meio das Unidades de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e Mobilidade e Transporte (UGMT), disponibiliza uma pesquisa on-line, no site da Prefeitura, sobre a percepção dos moradores e usuários do Centro, o que balizará as ações em andamento e as futuras. O lançamento…

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JUNDIAÍ

Avenida José Mezzalira, na região do Ivoturucaia, recebe novas lombadas padronizadas

A medida tem o objetivo de garantir a segurança de pedestres e motoristas, que utilizam a via para o deslocamento diário ou escoamento de produção

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Foto: Prefeitura de Jundiaí

Interligação viária entre Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, a avenida José Mezzalira, na região do Ivoturucaia, com aproximadamente 7,5 km, recebeu obras de regularização de cinco lombadas. A medida tem o objetivo de garantir a segurança de pedestres e motoristas, que utilizam a via para o deslocamento diário ou escoamento de produção. De acordo com dados da Unidade…

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JUNDIAÍ

Jundiaí: aparelhos de ginástica no Bolão ganham QR Codes de orientação

Com vídeos gravados por educadores físicos, os praticantes aprendem, utilizando seu próprio celular, a maneira correta de fazer as atividades.

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Ferramenta pode ser acessada nos próprios celulares dos frequentadores da academia (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

A Unidade de Gestão de Esporte e Lazer (UGEL) entregou nesta sexta-feira (4), no Complexo Esportivo do Bolão, um QR Code que orienta exercícios físicos em todas as academias ao ar livre do município e que tem como objetivo facilitar a prática esportiva e o cuidado com a saúde do cidadão. Com vídeos gravados pelos educadores físicos da UGEL, os…

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JUNDIAÍ

DAE Jundiaí publica terceira edição do Relatório de Sustentabilidade

O documento reúne os resultados operacionais, socioambientais e financeiros da empresa no período de 1/1 a 31/12 de 2022

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Foto: DAE Jundiaí

A terceira edição do Relatório Anual de Sustentabilidade DAE (RAS), referente a 2022, acaba de ser publicada no site da empresa. O documento reúne os resultados operacionais, socioambientais e financeiros da empresa durante o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022. Preparado com base nas normas da Global Reporting Initiative (GRI), o material apresenta informações sobre as ações realizadas pela empresa no ano passado…

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JUNDIAÍ

Bazar do Voluntário em prol do Hospital São Vicente acontece na próxima semana

O valor arrecadado com as vendas contribui para melhorias estruturais na unidade de saúde. Saiba mais.

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Bazar do Voluntariado do Hospital São Vicente
O bazar acontece nos dias 8 e 9 de agosto, com preços que variam de R$ 3 a R$ 50 (Foto: Divulgação/Hospital São Vicente)

O Bazar do Voluntariado, em prol do Hospital São Vicente de Paulo (HSV), retorna em agosto. Com produtos de qualidade e preços baixos, o bazar tem roupas, eletrodomésticos, brinquedos, entre outros itens. Assim, os consumidores contribuem com investimentos em melhorias estruturais da unidade de saúde. De acordo com o grupo, 100% da verba arrecadada no Bazar do Voluntariado vai para…

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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

ASSEMBLEIA GERAL DEFLAGRA GREVE A PARTIR DE 8/8 E MARCA ATO DE LANÇAMENTO. NÚMERO DE UNIDADES QUE JÁ APROVARAM GARANTE INÍCIO FORTE


Assembleia geral deflagra greve a partir de 8/8 e marca ato de lançamento. Número de unidades que já aprovaram garante início forte

A assembleia geral realizada pelo Sinteps nesta quarta-feira, 2/8, convalidou os resultados das assembleias setoriais já realizadas e formalizou a deflagração da greve geral por tempo indeterminado a partir de 8 de agosto. Até o momento da assembleia geral, 54 unidades já haviam informado o Sindicato da aprovação do SIM à greve. Até o fechamento desta matéria, na manhã de 3/8, mais 17 unidades informaram, totalizando 71 (veja a lista mais abaixo), o que indica um crescimento do movimento.

Esse número ainda deve crescer antes do dia 8, pois muitas unidades realizaram a setorial mas ainda não passaram o resultado, enquanto outras têm data agendada para os próximos dias. Ainda é possível realizar a assembleia setorial e aderir a qualquer momento. Em qualquer uma destas hipóteses, é importante: 

  1. Informar ao Sindicato a adesão pelo e-mail sinteps@uol.com.br;
  2. Ao aprovar a greve, já eleger os membros do Comando Local de Greve. O CLG pode ter quantos integrantes os grevistas julgarem necessários. No entanto, é preciso definir uma dupla de representantes (um titular e um suplente) e informar nomes/WhatsApp/e-mail deles para sinteps@uol.com.br. Um deles participará regularmente das reuniões do Comando Central de Greve (CCG), onde repassará as informações da sua unidade e receberá as orientações gerais. O CCG será composto pelos diretores do Sinteps e um representante de cada unidade em greve.
  3. Caso o trabalhador queira (não é obrigatório), o e-mail enviado ao Sinteps pode ir em cópia para a direção da unidade. O fundamental é enviar o posicionamento de greve para o Sindicato, eleger entre os pares o Comando Local de Greve e participar das atividades propostas. 

No site do Sinteps, há uma cartilha com direitos e deveres dos grevistas.

 

Ato e passeata em SP no dia 8/8

A assembleia geral em 2/8 também discutiu e aprovou os detalhes do lançamento da greve, no dia 8/8. Será realizado um ato público às 14h no campus da FATEC/SP (Praça Coronel Fernando Prestes, nº 74), prédio onde também está instalado o Sindicato. Dali, sairá uma passeata pela Av. Tiradentes, rumo à administração central do Centro Paula Souza (Rua dos Andradas, 140, bairro Santa Ifigênia, SP).

A realização do ato no campus da FATEC/SP tem, também, o objetivo de demonstrar indignação com a decisão do governo Tarcísio de “ceder” as instalações do prédio a uma universidade privada. Além de reforçar os 4 eixos da greve (reajuste, bônus, carreira e defesa das escolas do Centro), o ato também dará visibilidade à luta contra a entrega do prédio histórico, que conta com o apoio das entidades estudantis. 

Importante: É natural que o ato em SP agrupe mais os grevistas da capital, Grande SP e regiões próximas, embora todos e todas sejam bem-vindos/as. Caso sua unidade ache interessante e viável, é possível também fazer atos locais (em frente à unidade, na praça central da cidade etc.), sempre convidando a imprensa e representantes de outros sindicatos para a atividade. Se isso ocorrer, informe o Sinteps pelo e-mail sinteps@uol.com.br e pelas redes sociais da entidade.

           

Unidades que informaram adesão até 3/8

(Obs.: Caso sua unidade não apareça na lista e você tenha decidido aderir, informe o Sinteps)

 

UNIDADE                                                                     MUNICÍPIO

CD Amadeu Amaral (Etec J. Rocha Mendes)                São Paulo

Etec Agrícola Antônio Eufrásio                                   Presidente Prudente

Etec Albert Einstein                                                  São Paulo

Etec Alberto Santos Dummont                                   Guarujá

Etec Amparo                                                            Amparo

Etec Aprígio Gonzaga – SP                                        São Paulo

Etec Ari Pedroso                                                       Piracicaba

Etec Arruda Melo                                                      Presidente Prudente

Etec Bento Quirino                                                   Campinas

Etec Celso Charuri                                                    Capão Bonito

Etec Comendador João Rays                                      Barra Bonita

Etec Coronel Febeliano Brandão                                 Piracicaba

Etec Coronel Fernando Brandão                                 Barretos

Etec de Caraguatatuba                                              Caraguatatuba

Etec de Ferraz de Vasconcelos                                    Ferraz de Vasconcelos

Etec de Francisco Morato                                           Francisco Morato

Etec de Itaquaquecetuba                                           Itaquaquecetuba

Etec de Suzano                                                         Suzano

Etec Dr. Geraldo José R. Alckmin                                Taubaté

Etec Dr. Luiz C. Couto                                               Quatá

Etec Elias Nechar                                                      Catanduva

ETEC Euro Albino de Souza                                        Mogi Guaçu

Etec Gildo Marçal                                                      São Paulo

Etec Gustavo Teixeira                                                São Pedro

Etec Heliópolis                                                          São Paulo

Etec Idio Zuchi                                                         Bebedouro

Etec Irmã Agostinha                                                 São Paulo

Etec Itaquera II                                                       São Paulo

Etec João Maria Stevanatto                                       Itapira

Etec Jorge Street                                                     Santo André

Etec José Dagnone                                                   Santa Barbara D'Oeste

Etec Lorena                                                             Lorena

Etec Machado de Assis                                             Caçapava

Etec Mandaqui                                                         São Paulo

Etec Martin Luther King                                            São Paulo

Etec Parque da Juventude                                         São Paulo

Etec Paulino Botelho                                                 São Carlos

Etec Paulistano                                                        São Paulo

Etec Paulo Ornellas Carvalho de Barros                      Garça

Etec Pedro Ferreira Alves                                          Mogi Mirim

Etec Philadelfo Gouveia Neto                                     São José do Rio Preto

Etec Presidente Vargas                                             Mogi das Cruzes

Etec Prof. Horácio A. da Silveira                                São Paulo

Etec Prof. José Carlos Seno Júnior                             Olímpia

Etec Prof. José Sant'Ana de Castro                            Cruzeiro

Etec Prof. Marcos Uchôa                                           Cachoeira Paulista

Etec Profa. Dra. Doroti Q. K. Toyoharai                      São Paulo

Etec Profa. Helcy M. M. Aguiar                                  Cafelândia

Etec Rodrigues de Abreu                                          Bauru

Etec Rosa Perrone Scavone                                      Itatiba

Etec Santa Isabel                                                    Santa Isabel

Etec São José do Rio Pardo                                      São José do Rio Pardo

Etec Tereza Ap. Cardoso Nunes                                São Paulo

Etec Trajano Camargo                                             Limeira

Etec Zona Leste                                                      São Paulo

Etec Aprígio Gonzaga                                              São Paulo

Etec Jaraguá                                                          São Paulo

Fatec Adib Moises Dib                                             São Bernardo

Fatec Barueri                                                         Barueri

Fatec Campinas                                                     Campinas

Fatec D. Amaury Castanho                                      Itu

Fatec Piracicaba "Dep. Roque Trevisan"                     Piracicaba

Fatec Itapetininga                                                   Itapetininga

Fatec Itaquera                                                        São Paulo

Fatec Jaú                                                               Jaú

Fatec Júlio Julinho Marcondes de Moura                    Garça

Fatec Presidente Prudente                                       Presidente Prudente

Fatec Prof. Jessen Vidal                                           São José dos Campos

Fatec Sertãozinho                                                   Sertãozinho

Fatec Sorocaba                                                       Sorocaba

Fatec Zona Leste              

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

STF cassa decisão da Justiça do Trabalho sobre verbas de funcionário da Fundação Casa-SP

 


Ministro Alexandre de Moraes reconheceu a competência da Justiça Comum para julgar o caso.

01/08/2023 15h35 - Atualizado há

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou decisão da Justiça do Trabalho envolvendo verbas trabalhistas de empregado público da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa) e determinou a remessa do caso à Justiça Comum. A decisão do ministro foi tomada no julgamento da Reclamação (RCL) 61258.

Relação estatutária

Na Reclamação, a Fundação Casa sustentava que a Justiça do Trabalho teria desrespeitado interpretação fixada pelo STF, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3395, de que a competência desse ramo do Judiciário não abrange causas entre o poder público e servidores a ele vinculados por relação jurídico-estatutária. Segundo a fundação, o caso trata da aplicabilidade de norma prevista em portaria administrativa (plano de cargos e salários), cabendo à Justiça Comum o julgamento.

Vínculo jurídico-administrativo

Ao julgar procedente o pedido, o relator, ministro Alexandre de Moraes, explicou que a Justiça do Trabalho havia reconhecido sua competência para julgar a ação porque o funcionário havia sido contratado pelo regime da CLT. Ocorre que a controvérsia tem origem no direito à progressão por merecimento e no pagamento das diferenças salariais decorrentes do Plano de Cargos, Carreira e Salários. "A origem da controvérsia está justamente no vínculo jurídico-administrativo definido entre as partes", afirmou.

Portanto, para o ministro, é irrelevante, no caso, para fins de definição da competência jurisdicional, o fato de a fundação aplicar o regime celetista aos quadros de empregos públicos.


Justiça Comum deve julgar ação de servidor celetista sobre direito de natureza administrativa

A decisão do STF foi tomada em julgamento virtual, seguindo o voto do relator, ministro Luís Roberto Barroso.

10/07/2023 15h20 - Atualizado há

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é da Justiça Comum a competência para julgar ação ajuizada por servidor celetista contra o poder público em que se discuta direito de natureza administrativa. A decisão, por maioria de votos, foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 1288440, com repercussão geral (Tema 1.143), na sessão virtual finalizada em 30/6.

Quinquênios

No recurso, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo questionava decisão de Turma Recursal da Justiça paulista que havia assegurado a cinco servidoras estaduais, regidas pelo regime da CLT, o recálculo de adicional por tempo de serviço (quinquênios). Segundo seu argumento, a competência para julgar o caso seria da Justiça do Trabalho.

Natureza das atividades

Em seu voto, o relator do recurso, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que, apesar de a relação ser regida pela CLT, a demanda não trata de direitos previstos na legislação trabalhista, mas na Lei estadual 10.261/1968, que institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do estado, e em dispositivo da Constituição paulista.

Num dos precedentes citados no voto, ele lembrou que, em caso de greve de servidores públicos celetistas, o julgamento da eventual abusividade é de competência da Justiça Comum. O entendimento do STF, nesse caso, é o de que a análise do prejuízo decorrente da paralisação não é influenciada pelo regime jurídico dos servidores, mas pela natureza das atividades efetivamente desempenhadas por eles. No caso dos autos, deve ser aplicado o mesmo raciocínio, em nome da racionalização da prestação jurisdicional.

Natureza do vínculo

Única a divergir, a ministra Rosa Weber votou pelo provimento do recurso do hospital, por entender que a competência para o julgamento da demanda é determinada pela natureza do vínculo existente entre as partes, e não pela da vantagem pretendida.

Tese

A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “A Justiça Comum é competente para julgar ação ajuizada por servidor celetista contra o Poder Público, em que se pleiteia parcela de natureza administrativa”. Barroso ressaltou que, apesar de o caso concreto tratar de servidores públicos submetidos à CLT contratados por entidade da Administração Pública indireta, dotada de personalidade jurídica de direito público, a tese firmada neste julgamento aplica-se a todas as contratações do Poder Público regidas pela CLT.

Efeitos

Por segurança jurídica, de modo a preservar os atos praticados no período de indefinição acerca do juízo competente para apreciar a controvérsia, deverão ser mantidos na Justiça do Trabalho, até o trânsito em julgado e correspondente execução, os processos em que tiver sido proferida sentença de mérito até a data de publicação da ata de julgamento.

VP/AD//CF

Leia mais:

24/5/2021 - STF vai definir a competência para julgar ação ajuizada por servidor celetista contra o poder público
 

 


Leia a íntegra da decisão

CT/AD//CF

Leia mais:

10/7/2023 - Justiça Comum deve julgar ação de servidor celetista sobre direito de natureza administrativa

Precatórios: pagamento assegurado, direito garantido

 



Avança+|

Quem acompanha meu posicionamento seja pessoalmente, através da imprensa ou das redes sociais sabe do compromisso que tenho com a Educação e com as pessoas. Em recente artigo, aqui publicado, reafirmei que o cargo que hoje ocupo como deputado federal por Alagoas se deve, principalmente, ao meu relacionamento com alunos, professores e servidores da rede pública de ensino, de quem procuro estar sempre próximo em visitas e encontros frequentes.

E foi com muita satisfação que pude compartilhar, na semana passada, a boa notícia dada pelo governador Paulo Dantas sobre a liberação, já no próximo ano, do pagamento dos precatórios do Fundef aos servidores da Educação de Alagoas. É uma batalha que não começou agora e tem contado com todo meu empenho, junto aos ministros Jorge Messias, da Advocacia Geral da União, e Simone Tebet, do Planejamento, que garantiram os recursos.

São R$ 837 milhões referentes a uma dívida da União com o Estado de Alagoas, que reclama um prejuízo financeiro sofrido com a extinção do Fundo, em 2006. Parte desse processo foi agora julgado procedente, estando os recursos inscritos no acordo dos precatórios, já constando no Orçamento Federal de 2024. Vale lembrar, no entanto, que a disputa judicial ainda continua sobre um segundo montante, de aproximadamente 1,2 bilhão. A luta por esse novo acordo, portanto, continua.

Eu conversei diretamente com o governador sobre como vai se dar a distribuição dos recursos e ele enfatizou que 60%, cerca de R$ 500 milhões, serão pagos aos servidores, da forma mais ampla quanto possível. Para isso, o Gabinete Civil está pesquisando a legislação estadual, assim como está consultando outros estados que já receberam os valores e partilharam entre seus servidores.

Os outros 40%, segundo o governador Paulo Dantas, será destinado aos investimentos em infraestrutura, como a construção de novas escolas, creches, transporte escolar e os programas que vem mudando para melhor a vida dos estudantes alagoanos. É um posicionamento claro sinalizando o protagonismo da Educação, para que continue crescendo, nos dando orgulho ao ser copiada como modelo pelo resto do país.

Para esclarecer a um público mais amplo, que acompanha meus artigos mas não faz parte dos quadros da Educação, vale a pena lembrar o que significa o Fundef, cuja extinção deu origem ao pagamento dessa indenização. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério foi instituído pelo Governo Federal em 1996 (implantado a partir de 1998) e ficou em vigor até 2006.

Como o próprio nome indica, tinha como missão o repasse de recursos a Estados e  Municípios para manutenção escolar e investimentos na capacitação de professores. Ele foi substituído, em janeiro de 2007, pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb, que por sua vez deixou de ser provisório e se tornou instrumento permanente de financiamento da Educação Pública em 2020.

Fiz questão de traçar essa linha do tempo para deixar claro que o pagamento do chamado "passivo do Fundef", ou seja, do recurso resultante das decisões judiciais que obrigaram a União a corrigir seus cálculos e complementar sua participação no Fundo, é um direito assegurado aos trabalhadores da Educação. E não se trata de uma vitória isolada, é fruto de muito esforço conjunto, principalmente das categorias que se mobilizaram ao longo dos anos nessa luta. 

É com essas pessoas que renovo meu compromisso. É por elas que trabalho incansavelmente na Câmara Federal, na Comissão de Educação, assim como junto ao Governo do Estado e aos entes da União. Foi por elas que, em maio, apresentei uma emenda que modifica o PL 2.531/2021, garantindo piso salarial para todos os servidores da Educação Básica. Isso evita qualquer interpretação equivocada da Lei, contemplando os profissionais de apoio, seja técnico, administrativo ou operacional. É assim que entendo o avanço: assegurando o direito de todos, lutando por uma Educação cada vez mais forte.

Entidades dos servidores apresentam avaliações mistas sobre PGD do governo federal

 Sindicatos reclamam que não foram consultados e que estabelecimento de metas a funcionários ainda é ponto cego da medida



Entidades dos servidores apresentam avaliações mistas sobre PGD do governo federal
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Extra

Por Gustavo Silva — Rio de Janeiro

Após a medida do


Governo federal que atualizou o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) e instaurou a substituição do controle de frequência dos servidores federais por um controle de produtividade, entidades representativas das classes saíram em elogios e críticas à ação. A flexibilização no rigor do controle de pontos é visto com dubiedade pelos grupos. Junto a isso, sindicatos acusam o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) de falta de diálogo, já que as modificações a serem instauradas não foram desenvolvidas junto às entidades.

Em webinar realizado pelo governo federal, o Secretário de Gestão e Inovação do MGI, Roberto Seara Machado Pojo Rego, esclareceu que vai caber aos gestores de cada órgão se o PGD se torna obrigatório a toda a organização. Atualmente, 125 órgãos do governo federal aderiram ao programa.

– Antes, era facultado ao servidor aderir ou não ao programa. Agora, é o dirigente máximo quem tem esse poder de decisão – disse.

Jose Celso Pereira Cardoso Junior, assessor Especial do MGI, detalhou que, junto à Instrução Normativa, será preciso melhorar a estrutura dos órgãos e o suporte aos trabalhadores.

–Trata-se de uma aposta, de uma inovação no âmbito da gestão para aprofundar o processo de transformação positiva do estado. A administração quer entregar serviços a população. E vamos realizar isso empoderando órgãos e transferindo responsabilidade e autonomia às gestões – concluiu.

O doutor em Direito Glauco Wamburg, ex-presidente do INSS, lembra que o programa vigente é o mesmo do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Contudo, a Instrução Normativa repagina o programa, por torná-lo mais voltado aos parâmetros federais e instaura medidas uniformizadas para o que, antes, eram no "cada um por si".

– O PGD existe desde 2022. A adesão a ele é voluntária. A partir dessa ordem do governo, os gestores levarão os órgãos - e consequentemente os servidores - a atuarem dentro do conjunto de regras estabelecidas pela portaria.

Com a substituição horário prestado pela mensuração das entregas feitas, caberá a cada chefe de aos órgão que aderir ao PGD elaborar os planos de meta dos órgãos e, junto aos servidores públicos, os planos de trabalho.

Sindicalistas avaliam

O presidente Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Vilson Romero, alerta que os funcionários devem estar atentos à coação trabalhista.

– Temos que estar atentos para que os dirigentes dos órgãos não usem essa autonomia para restringir indevidamente o direito dos trabalhadores – afirma.

Alguns grupos afirmam que o estabelecimento das diretrizes que o governo impôs podem facilitar o dia de trabalho dos servidores. Alexandre Lisboa, presidente da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da Previdência e da Seguridade Social (Anasps), destaca que, para o servidor público, a medida pode ser excelente, por facilitar o fluxo de trabalho. Por outro lado, pode impactar em problemas para a população.

– Imagina que você precise de uma informação ou um atendimento. Ao chegar na agência, não tem servidores, porque já cumpriram a meta do dia e, por isso, partiram – exemplifica.

Lisboa complementa a ponderação ao salientar que uma medida mais eficaz a ser instaurada pode ser contemplada pela avaliação de desempenho, realizada pelos gestores diretos e colegas de órgãos, para evitar que os trabalhadores se sobrecarreguem ou desempenham suas funções com morosidade.

Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado elucida a Instrução Normativa do governo avança as anteriores, ao permitir mais autonomia e interseccionalidade no trabalho dos servidores, o que, segundo ele, aumentará a produtividade.

– Com a ampliação de dispensa de pontos, não há mais limite para o número de servidores que pode sob esse regime. Ademais, a criação dos "Times Volantes", que cria um programa de maior colaboração entre órgãos, vai auxiliar nas metas dos funcionários.

Faltou diálogo

A mudança, na avaliação dos representantes sindicais é tecnicamente correta, mas deixou passar questões por não ter ouvido as entidades. João Domingos, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, argumenta que a inovação do novo método avaliativo, baseado na instauração de metas, blinda os servidores das orientações político-partidárias dos gestores.

– Muitos gestores estão em cargos por indicação política, sem conhecimento técnico. E agem de acordo com as orientações políticas, sem estar focado no interesse do usuário do serviço público. Com essa medida, o gestor também está sob avaliação em todos os momentos. E a falta de entrega de uma pessoa na equipe significará, também, a falta de entrega dele próprio, já que suas metas estão relacionadas – finaliza.

Com uma Mesa Nacional de Negociação a todo vapor, os sindicalistas não viram com bons olhos a publicação do governo sem que fossem consultados. Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, repudiou a postura do governo.

– Na mesa, foi solicitado que o governo levasse uma minuta, para que isso fosse discutido junto aos grupos.

Paulo Américo, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sindsprev), acentua que o grande problema da implementação da avaliação de desempenho no serviço público é qualidade da entrega do serviço oferecido à população.

– Dependendo de como os gestores estabelecerem, pode afetar a excelência dos atendimentos aos brasileiros. Muitas vezes, para alcançar as metas, o tratamento mais adequado e detalhado aos casos pode deixar de ser realizado – adverte.

Também diretor do Sindsprev, Rolando Medeiros acredita que a Instrução Normativa pode adoecer os servidores, por não levar em consideração que as demandas nem sempre tem o mesmo grau de complexidade.

– Se um servidor tiver uma demanda muito complexa que trave o andar da sua produção, ele vai ser penalizado. E terá que trabalhar 12, 14 horas por dia para compensar. É uma lógica que, dentro de um funcionalismo envelhecido e sem suporte estrutural, vai adoecer as categorias.

O próprio estabelecimento do projeto não deixa claro em quais parâmetros os gestores se basearão para estabelecer as metas junto aos funcionários. Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, que representa cerca de 80% dos servidores do Executivo federal, critica a publicação da instrução normativa.

– Não nos parece o melhor caminho já que temos uma mesa de negociação permanente aberta que deveria ser o espaço onde o diálogo sobre esses temas fosse tratado. Nós entendemos que é ruim a prática monocrática dessas publicações que geram impacto direto na administração pública. Nós não queremos ser informados pelo Diário Oficial da União, queremos participar do processo.

Estadualização

Um levantamento realizado pelo EXTRA mostra que nenhum estado adere ao modelo proposto pelo governo, que deixa de lado o controle de pontos e o troca pelo estabelecimento de metas.

A deputada estadual do Rio de Janeiro Martha Rocha (PDT), presidente da Comissão de Servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, avalia com positiva a ação ministerial e acredita que a Instrução Normativa pode ser espelhada pelos governos estaduais.

– As medidas intensificam o foco na gestão por resultados e aumentam a transparência sobre as atividades realizadas pelo próprio governo. A ideia de que bater ponto garante produtividade é ultrapassada. As novas regras são modernas e buscam aperfeiçoar a eficiência das instituições públicas por meio da definição de metas claras e avaliação de desempenho dos servidores públicos.

O que pode ter inspirado essa ação do governo?

A efetivação mais elaborada do Programa de Gestão e Desempenho se pautou fortemente na medida provisória 1.181, que determinou a volta do bônus de produtividade do Instituto Nacional de Seguro Social, para reduzir a fila de solicitações ao órgão.

Segundo apurado pela reportagem, desde o início do governo Lula (PT), paira o entendimento no Palácio da Alvorada de que o serviço público precisa ser levado a um grau de mais assertividade na entrega à população.

Dessa forma, o programa do INSS foi implementado com uma única condição: para que passassem a receber os valores pela produtividade, os servidores teriam que "pagar" um pedágio de 30% ao governo. A exigência é inédita nos quatro anos de programa de enfrentamento à fila.

De acordo com um membro do governo que preferiu não se identificar, esse número foi feito a partir de um cálculo do governo que mediu a defasagem de produtividade do servidor público. Sendo assim, a Instrução Normativa desta segunda-feira, de certo modo, espelha o que foi implementado há duas semanas no INSS: direcionar o funcionalismo público a entregar mais serviços ao brasileiro.

Posicionamento do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos

Em nota ao EXTRA, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos comunicou o seguinte:

"A Instrução Normativa nº 24 regulamenta o Decreto nº 11.072, de 2022, e traz para o serviço público a ideia de construção e monitoramento de resultados a partir de entregas programadas. Com a adoção do Programa de Gestão e Desempenho, o controle da carga horária total do servidor – tanto no trabalho presencial quanto no teletrabalho - será mantido, como já vinha acontecendo. Ou seja, as atividades executadas devem corresponder ao número de horas trabalhadas e estarem inseridas dentro de um Plano de Trabalho.

Porém, agora, além do que cada servidor faz, será avaliado o que cada unidade entrega, o que de fato está sendo produzido dentro da organização. Cada unidade dentro do órgão superior deverá definir seu Plano de Entregas.

Isso é um avanço em relação à regra anterior do programa, que era muito voltada ao plano de trabalho individual. O objetivo é permitir que a administração possa avaliar com mais precisão o que está produzindo e como isso está chegando até o cidadão.

Portanto, as metas individuais continuam, mas não estão isoladas. Elas fazem parte de um conjunto maior de entregas da organização. Esse alinhamento das entregas, inclusive, é pensado a partir do planejamento estratégico da instituição.

Todo o plano de entregas será registrado em um sistema exclusivo online e será acompanhado e avaliado mensalmente, permitindo ajustes constantes pela chefia, se necessário."