quarta-feira, 24 de maio de 2023

Serviço público municipal entra em Estado de Greve

 


Serviço público municipal entra em Estado de Greve

Após assembleia, servidores decidem parar no dia 31 de maio

A assembleia geral realizada pelo Sindiserv na noite desta terça-feira, dia 23, reuniu mais de 350 servidores no auditório e 3º andar da sede social que, por unanimidade, aprovou dia de greve dos serviços em 31 de maio. Significa que não haverá aula nas escolas municipais, sendo mantidos apenas os serviços essenciais. Ainda na quarta-feira (31), será realizada nova assembleia que votará sobre a continuidade da greve ou, caso o Executivo apresente uma proposta que valorize a categoria, a retomada da prestação dos serviços.

Durante duas horas e meia de assembleia, conduzida pela presidente, Silvana Piroli, o debate entre os servidores foi intenso, evidenciando o descontentamento da categoria em relação ao atual governo municipal. A resposta do governo municipal enviada por meio de ofício na sexta-feira, dia 19 de maio, foi desprezada por unanimidade.

Conforme a presidente, Silvana Piroli, a decisão pelo Estado de Greve aconteceu de forma bastante madura. “Os servidores estão exaustos e cansados também de buscar um diálogo e ter como resposta a perda de direitos, congelamento de salários, fim da trimestralidade, condições de trabalho insuficientes, aumento das alíquotas e tempo para aposentadoria. Todas medidas que combinavam com o governo Bolsonaro que foram tomadas de forma bastante perversa. Valorização para a categoria é reposição salarial, recuperação dos vencimentos que foram corroídos pela reforma da previdência. Esperamos que até o dia 31, o governo municipal atenda as nossas reivindicações e valorize quem cuida da nossa sociedade”, descreve.

Nesta quarta-feira (24), a direção do sindicato deverá formalizar ao Executivo o Estado de Greve.

Gostaria de receber nossas notificações?

 

Repúdio a racismo, PLC do reajuste de policiais e situação da Fundação Casa pautam Plenário da Alesp

 


Pequeno e Grande Expedientes das sessões ordinárias permitem que parlamentares debatam temas livres; política fiscal e monotrilho também foram destaque
23/05/2023 18:35 | Sessão Ordinária | Juliano Galisi, sob supervisão de Cléber Gonçalves | Foto: Rodrigo Costa

Compartilhar:

Capitão Telhada durante Expediente da Alesp Clique para ver a imagem
Carlos Giannazi durante Expediente da Alesp Clique para ver a imagem
Jorge do Carmo (PT) durante Expediente da Alesp Clique para ver a imagem

O repúdio ao racismo sofrido por Vinícius Jr. no campeonato espanhol, a greve de servidores da Fundação Casa e o projeto de lei complementar (PLC) do reajuste dos policiais foram destaques dos discursos no Plenário da Alesp nesta terça-feira (23).

Além dessas, pautas como a política fiscal do Estado e a rescisão do contrato de obras da Linha 17-Ouro também foram relembradas pelos parlamentares da Casa.

De segunda a sexta-feira, a partir das 14h, durante o Pequeno e o Grande Expedientes da sessão ordinária, os parlamentares podem fazer uso da tribuna para debater temas livres.

Repúdio ao racismo

Thainara Faria, do PT, fez uso da tribuna para manifestar apoio ao jogador de futebol Vinícius Jr., alvo de ofensas racistas durante partidas válidas pelo campeonato espanhol. A parlamentar destacou ainda a inoperância da La Liga, entidade organizadora da competição, diante dos recorrentes casos de racismo contra o jogador brasileiro.

"Repudio todo e qualquer ato racista que aconteça dentro e fora do campo. Acompanhei a reação da ministra Anielle Franco, que acionou o Ministério Público da Espanha, e continuarei na luta contra situações de discriminação racial", disse Thainara.

Thainara também cobrou explicações do Governo do Estado a respeito do caso de Ticiane, filha da cantora Thamires Rosa, vítima de uma agressão racista na Escola Estadual Adelina Issa Ashcare, no Cambuci.

Adiante, Ediane Maria (PSOL) também declarou solidariedade a Vini Jr. "Ele sofreu uma agressão racista que não podemos tolerar. Não queremos só Justiça, queremos reparação", disse a deputada.

Greve e adicional da Fundação Casa

Ediane também afirmou apoio e compromisso com a greve dos servidores da Fundação Casa. A deputada destacou que seu mandato acolherá a causa e fornecerá os meios para que as negociações entre as partes avancem. "Seremos esse canal de abertura entre a classe trabalhadora com o governo. Essa luta é nossa", disse a parlamentar.

Luiz Claudio Marcolino, do PT, foi à tribuna para advogar em favor de um projeto que cria o adicional de periculosidade aos servidores da Fundação. "São diversos relatos trazidos pela entidade que nos dão conta dessa dimensão [periculosa]", disse o deputado. "O adicional é uma forma de levar aos trabalhadores um benefício que foi trazido a outras categorias expostas aos mesmos riscos", completou Marcolino.

PLC do reajuste

PLC 75/2023 continua a pautar os debates do Expediente da Casa. Reis (PT) comentou o andamento da proposta, afirmando que ainda há distorções entre os reajustes concedidos a determinadas categorias da corporação policial. "Esse aumento diferenciado não trouxe benefícios para a polícia como um todo. Trouxe benefícios, sim, mas para a cúpula. Para a base, ficou bem aquém do esperado", disse o parlamentar.

Já Capitão Telhada, do PP, afirmou-se "otimista" quanto à tramitação da matéria e assinalou que as negociações têm avançado na medida do possível. Para Telhada, o Governo "tem se mostrado aberto ao diálogo, nos atendendo e nos ouvindo".

Renúncia fiscal

Carlos Giannazi (PSol) discursou contra o Decreto nº 67.526/23. A norma do governador, segundo o deputado, é "um crime de lesa-pátria contra o erário público". O decreto estabelece isenção fiscal para o setor de fabricantes de embalagens metálicas.

O parlamentar alega que, com a renúncia, o orçamento estadual perderia mais de "R$ 300 milhões por ano". Giannazi, por fim, anunciou o protocolo de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) contra a matéria.

Outros temas

Jorge do Carmo, do PT, comentou a rescisão do contrato entre Governo do Estado e o consórcio escolhido para a construção do monotrilho da Linha 17-Ouro. Em razão da insuficiência financeira da empresa que vinha tocando as obras, o governo optou por rescindir o contrato.

"Até aí, está correto", disse o deputado, ressaltando que "se [o consórcio] não executa, tem que ser punido". O problema, segundo Carmo, é a opção pela ViaMobilidade para o andamento das obras. "Ela está operando de forma precária as Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, e está agora sendo indicada pelo governador para construir a Linha 17-Ouro. Que interesse é esse com a ViaMobilidade? Que paixão é essa?", declarou Jorge do Carmo.

O Agente Federal Danilo Balas (PL) parabenizou o governador Tarcísio de Freitas pela entrega de mais de 10 mil títulos de posse para beneficiários da Capital Paulista. Mais de 60 mil pessoas foram diretamente beneficiadas com a medida de regularização dos domicílios. "Esses títulos definitivos trazem segurança a famílias inteiras. Segurança de ter uma casa, um teto", destacou o parlamentar.

terça-feira, 23 de maio de 2023

Com reajuste menor, servidores da Fundação Casa protestam na Alesp

 

Funcionários da Fundação Casa protestaram nesta terça-feira (23/5) contra projeto que aumenta salário das polícias e não inclui a categoria

 atualizado 23/05/2023 19:49

Rodrigo Costa/Alesp

São Paulo – Servidores da Fundação Casa protestaram nesta terça-feira (23/5) contra o projeto de lei de reajuste salarial das polícias, em votação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O grupo, assim como a polícia penal, ficou de fora da proposta de reajuste às polícias apresentada pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os servidores lotaram a área destinada a visitantes no plenário da Alesp carregando faixas com os dizeres “Tarcísio, a culpa é sua” e “greve por dignidade na Fundação Casa”. Diante do protesto, que interrompeu a sessão, eles foram retirados da galeria por policiais militares.

PUBLICIDADE

Funcionários da Fundação Casa estão em greve desde o início do mês por falta de acordo salarial com o governo estadual.

No início do mês, o governo Tarcísio propôs um reajuste de 6% aos salários dos funcionários da fundação com incidência sobre outros benefícios como vale-refeição e vale-alimentação.

A proposta foi feita no mesmo dia em que o governador apresentou o projeto de aumento às polícias na Alesp e depois que a categoria já havia decidido entrar em greve. Eles recusaram a proposta e mantiveram a paralisação.

Sessão foi suspensa

Após a base governista votar contra a inclusão de novas emendas no projeto de lei – sendo uma delas pelo acréscimo da categoria nos reajustes – o grupo gritou contra os deputados. O presidente André do Prado (PL) suspendeu a sessão por cinco minutos para “restabelecer a ordem” e deu um recado aos servidores.

|Se os joelhos doem ao agachar e levantar, faça isto imediatamente

“Vocês são bem vindos nessa Casa, mas vocês conhecem o regimento. Se as coisas transcorrerem dessa forma, teremos que tomar outras atitudes para que isso não ocorra”, ameaçou o parlamentar.

Na sequência, diante da continuidade dos gritos contra os deputados da base governista, incluindo parlamentares da chamada “bancada da bala”, os servidores foram retirados do plenário.