quarta-feira, 17 de maio de 2023

Tarcísio cita “falha” e propõe subsídio a policiais para aprovar aumento

 

Subsídio é parte de acordo firmado entre Tarcísio e a bancada da bala na Alesp, para aprovação do reajuste às polícias sem modificações

 atualizado 17/05/2023 17:14

Tarcísio
Governo do Estado de São Paulo

São Paulo – Depois de uma série de desencontros com deputados aliados e representantes de categorias policiais, que compõem sua base política, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende aplacar críticas ao projeto de lei que propõe reajuste médio de 20% aos policiais, com o envio à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) de um novo projeto, agora para conceder subsídios a policiais civis e penais.

Tarcísio reconheceu nesta quarta-feira (17/5), durante uma entrevista coletiva na Vila Sônia, zona oeste da capital, que “talvez” tenha falhado na condução do tema.

“Não esperava (os atritos com a base), mas é normal. Talvez porque a gente tenha falhado na comunicação, talvez falhado na explicação do conceito. São questões que a gente já acertou, já arrumou. E o que a gente está deixando claro: que é o primeiro passo”, disse o governador, ao afirmar que haveria uma série de passos seguintes para recuperar o “poder de compra” dos policiais.


Esse primeiro passo, com o PL em discussão na Alesp, foi para “reter pessoas que estão na ativa”. “A base está sendo bem contemplada. O soldado de segunda classe está tendo mais de 30% de aumento”, afirmou o governador. “Quem está recebendo menos está recebendo 13%, ante uma inflação de 4,9%. Isso não é ruim, gente”, argumentou.

Conforme reportado pelo Metrópoles, deputados da bancada da bala se sentiram abandonados pelo governador e pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), po eles terem entregado o projeto de lei sem apresentá-lo antes aos parlamentares.

Os deputados, alguns deles ex-policiais, foram alvo de protestos na Alesp na semana passada, quando agentes de diferentes categorias se manifestaram contra os percentuais propostos pelo PL.

No mesmo dia, foi divulgada uma mensagem atribuída a um assessor de Derrite, acusando os parlamentares da base governista de “traição” e ameaçando retirar o projeto e não conceder nenhum reajuste caso o texto sofresse quaisquer alterações.

A mensagem irritou deputados da bancada da bala, que haviam apresentado algumas emendas ao projeto. No entanto, em reunião com os parlamentares da base na segunda-feira (15/5), Tarcísio fez mea culpa, admitindo uma falha na comunicação com o Legislativo, e prometeu o novo PL em troca da aprovação rápida e sem alterações do reajuste proposto.

“Levamos ao conhecimento do governador o desgaste político que essa diferença de porcentagem está criando”, declarou o deputado Major Mecca (PL), na manhã desta quarta, durante o congresso de comissões que debate o projeto antes que ele seja enviado ao plenário da Alesp.

Mecca foi o autor de uma das emendas rejeitadas pelo congresso de comissões, em sessão realizada nessa terça-feira (16/5). A emenda dele tem sido utilizada pela oposição na Assembleia para adiar a votação do projeto.

“Nós tivemos que ouvir esse apelo do governador em relação à emenda que apresentamos, por conta de não haver espaço no orçamento. E nós não podemos correr o risco de alterar o projeto com novas emendas e ter o projeto amanhã (18/5) vetado sem aumento para nenhum policial por conta de orçamento”, disse Mecca.

Subsídios

Nesta quarta, Tarcísio disse que o segundo passo “é estudar a migração para os subsídios” aos agentes, que são pagamentos extras que podem engordar os contracheques. “Várias polícias no Brasil e a Polícia Federal já trabalham com subsídios. É um passo que vamos dar e vai ser um ganho para a carreira. É um próximo passo que vamos dar”, disse o governador.

Tarcísio afirmou ainda que, no caso dos policiais penais, vai “encaminhar uma proposta para a Assembleia Legislativa já contemplando o subsídio fechado, com regulamentação da carreira e a mudança da estrutura remuneratória”.

O subsídios, nos outros estados, são pagamentos extras que os agentes têm de acordo com seu estágio na carreira.

Tarcísio falou ainda em encaminhar uma proposta para aumentar a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (Dejem), o chamado “bico oficial” da PM, no qual os policiais recebam para trabalhar além carga horária convencional.

O governador voltou a prometer, também, que irá encaminhar “daqui a pouco” para a análise dos deputados o reajuste salarial de todas as carreiras.

REUNIÃO COM O SECRETÁRIO GILBERTO KASSAB HOJE

 

O SITSESP informa que, através do deputado Teonilio Barba, ficou agendado para a data de hoje, 17 de maio às 18h, no Palácio dos Bandeirantes, uma reunião com o Secretário de Governo e Relações Institucionais, Gilberto Kassab, para uma conversa de assuntos ligados a categoria socioeducativa.
Estarão presentes a direção sindical e um advogado do SITSESP juntamente com um membro da Comissão de Negociação Salarial, eleito em assembleia.
O resultado da reunião será oficialmente informado pela Imprensa Sindical.
O movimento paredista continua com força total.

Alesp inicia discussão sobre reajuste salarial das Polícias Civil e Militar de SP

 


Expectativa é de que a votação do projeto seja finalizada nesta quarta, 17
16/05/2023 22:44 | Debate | Tom Oliveira - Fotos: Rodrigo Costa

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Congresso de Comissões desta terça 16 Clique para ver a imagem
Congresso de Comissões desta terça 16 Clique para ver a imagem

As deputadas e os deputados paulistas iniciaram, nesta terça-feira (16), a discussão sobre a proposta apresentada pelo governador Tarcísio de Freitas que prevê o reajuste a policiais civis, delegados e policiais militares.

Projeto de Lei Complementar 75/2023 foi discutido ao longo de toda a tarde durante o Congresso das Comissões Permanentes de Constituição, Justiça e Redação; de Finanças, Orçamento e Planejamento; e de Administração Pública e Relações do Trabalho. O tema volta à pauta da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nesta quarta, 17, em uma nova reunião desses colegiados agendada para as 11h.

Após um amplo debate, as deputadas e os deputados membros destas comissões permanentes deram aval ao relatório apresentado pelo deputado Carlos Cezar (PL). O documento manteve o texto original do PLC, enviado pelo Executivo, e incluiu uma alteração que retira o desconto obrigatório de 10,5% na remuneração dos militares ativos e inativos e pensionistas para custear o pagamento das pensões e dos militares da reserva.

A proposta chegou a ser pautada em sessão extraordinária, mas recebeu uma emenda de Plenário. Por esta razão, o PLC retorna às comissões para análise das novas sugestões de alterações. A expectativa é a de que a votação seja concluída ainda nesta quarta.

O projeto de lei

O PLC em discussão apresenta reajuste salarial dos policiais de forma não-linear. De acordo com o texto da matéria, cada patente militar (praças e oficiais) e cada cargo da Polícia Civil, incluindo o de delegado, terão um percentual distinto de aumento. Em média, o reajuste será de 20,2%.

O maior acréscimo está previsto para o soldado da PM de 2ª Classe, primeiro degrau na carreira, com reajuste de 31,62%. Mas todas as categorias das duas Polícias terão aumento. Em relação à Polícia Civil, por exemplo, a remuneração bruta inicial dos delegados em São Paulo deve alcançar os R$ 15.823,66. Já para o escrivão de 3ª Classe, a remuneração deve chegar a R$ 6.665,35.

A medida, de acordo com o Governo, decorre de estudos realizados pelas Secretarias de Segurança Pública e de Gestão e Governo Digital. O custo mensal estimado é de R$ 414 milhões e deverá abranger 228 mil agentes entre ativos, inativos e pensionistas, com vigência a partir de 1º julho de 2023

Com baixa procura, inscrições para conselheiro tutelar são prorrogadas na Capital

 


Salário pode variar entre R$ 5,946,00 e R$ 9.902,00, dependendo do cumprimento de plantões

15 MAI 2023 • POR Valesca Consolaro • 10h55
Divulgação

Nesta segunda-feira (15), foi prorrogada, pela segunda vez, as inscrições para o cargo de conselheiro tutelar em Campo Grande. Agora, o prazo corre até 31 de maio. 

Segundo o vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Márcio Benites, a procura foi baixa, sendo necessário prorrogar as inscrições mais uma vez. 

O diretor da CMDCA destaca, sobretudo, a importância do cargo de conselheiro tutelar na proteção de garantias dos direitos das crianças e adolescentes. 

Desde o primeiro dia de abertura das inscrições, 6 de abril, foram realizadas apenas 232 inscrições. 

O número é considerado baixo devido ao grande número de vagas, bem como pela importância de existir mais opções na hora do voto da população. 

São 40 vagas disponíveis para conselheiros tutelares de Campo Grande e mais 80 vagas para suplentes. Os selecionados vão atuar na gestão de 2024/2027. 

Atualmente, o salário base é fixado em R$ 5,946,00, equivalente ao Nível 15 inicial do Plano de Cargos e Carreira do município. 

Contudo, esse valor pode aumentar, considerando as escalas de plantões dos conselheiros. Segundo a Secretaria de Assistência Social (SAS), os servidores recebem R$ 354,00 por plantão, sendo possível realizar até 14 por mês. 

Desse modo, caso seja possível realizar a totalidade de 14 plantões no mês, somando-se o salário base, o valor final pode chegar até a R$ 9.902,00. 

Inscrição 

Os documentos de inscrição estão sendo recebidos em envelope lacrado, constando remetente e destinatário à Comissão do Processo de Escolha, que deve ser encaminhado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente/CMDCA no endereço; Rua Rui Barbosa, 691 - Vila Santa Dorotheia Campo Grande/MS, CEP: 79050-200. 

Requisitos para poder se inscrever: 

Idade superior a vinte e um anos. Residir no município há pelo menos 2 (dois) anos. Possuir Diploma de nível superior. Comprovar experiência na área da Infância e Adolescência mediante carta de apresentação de 03 (três) entidades registradas no CMDC. Apresentação de documentação pessoal conforme especificado no edital.  Apresentar certidão negativa de antecedentes criminais da Justiça Federal. Além disso, os candidatos deverão realizar o processo de formação inicial, oferecido pelo CMDCA.  Os Conselheiros desempenham suas funções em 8 horas diárias. Os plantões noturnos, de finais de semana e feriados serão cumpridos por escala entre todos os conselheiros, sendo um membro de cada Conselho Tutelar, e todos atenderão à demanda do município todo. 

Também é vedada a acumulação da função de Conselheiro Tutelar com qualquer outra atividade remunerada. 

Mais detalhes sobre documentação exigida podem ser conferidos na publicação do Diário Oficial do dia 5 de abril de 2023. 

Eleição

Os inscritos precisam cumprir todas as exigências e passar no curso de preparação da CMDCA, para então concorrer à eleição para o cargo. 

Desse modo, o processo de escolha será efetivado por voto facultativo e secreto entre os cidadãos do Município que estejam quites com a Justiça Eleitoral. 

Para votar, o eleitor deverá apresentar o Título de Eleitor e um documento oficial com foto que comprove sua identidade

Em greve há 14 dias, servidores da Fundação Casa protestam no MASP

 

Em greve há 14 dias, servidores da Fundação Casa protestam no MASP


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Os servidores socioeducativos da Fundação Casa realizaram um grande ato em defesa de melhores salários e condições de trabalho na terça-feira (16). A mobilização ocorreu em frente ao MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Participaram cerca de mil trabalhadores, que demonstraram a insatisfação da categoria frente ao autoritarismo do governador Tarcísio de Freitas, que se recusa a avançar na proposta da Campanha Salarial.

O político bolsonarista apresentou 5,75% de recomposição, o valor está abaixo da inflação do período (6,70%).

Mesmo com a Justiça obrigando a manutenção de 80% do efetivo trabalhando, as mobilizações têm sido fortes e revelado a união da categoria na luta pela valorização profissional.

A greve na Fundação Casa completou duas semanas na terça. Organizados pelo Sitsesp (Sindicato da Socioeducação de São Paulo), os trabalhadores também denunciam o fechamento de unidades, que ocorre desde 2011.

Tarcísio cara de pau

Enquanto faz jogo duro contra os servidores da Fundação Casa, Tarcísio deu para si mesmo um reajuste astronômico. Logo no começo do mandato o político reajustou seu salário em 50%, passando de R$ 23.048,59 para 34.572,89.

Além da pauta econômica, melhores condições de trabalho também são demandas da categoria. A perseguição aos trabalhadores com o uso de câmeras nos setores, a redução de efetivo, a ausência de contratações e regulamentação das escalas estão entras principais reivindicações.

Os servidores também citam a insegurança no dia a dia. O Sitsesp afirma que os funcionários estão expostos. Somente em 2022, dois servidores foram mortos por adolescentes internados. Os casos ocorreram em abril e dezembro de 2022.

Todo apoio

A CSP-Conlutas apoia a greve dos trabalhadores da Fundação Casa que expressa a insatisfação da categoria contra o plano de desmonte de estado adotado por Tarcísio.

Além do reajuste insuficiente, o poder público tem atuado para desmontar o atendimento à população e precarizar ainda mais a vida dos trabalhadores.

Fonte: conlutas