quarta-feira, 3 de maio de 2023

Sem acordo por reajuste salarial, funcionários da Fundação Casa iniciam greve nesta quarta-feira

Governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) ofereceu aumento de 6% aos trabalhadores do sistema socioeducativo no mesmo dia que deu aumento médio de 20% a policiais. Grevistas impedem outros trabalhadores de entrar em unidade na Vila Leopoldina, na Zona Oeste.

Internos enfileirados em unidade da Fundação Casa de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Funcionários da Fundação Casa iniciaram greve na manhã desta quarta-feira (3) por não chegarem a um acordo de reajuste salarial com o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governo de São Paulo ofereceu reajuste de 6% nos salários, mas os trabalhadores discordaram do valor e mantiveram o plano de greve, que já havia sido votado e aprovado no sábado (29).

Segundo o governo de São Paulo (confira o posicionamento ao fim da reportagem), a proposta feita na terça-feira (2) impacta além do salário e incide em benefícios dos servidores (vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral). Caso aprovada, passa a valer a partir de junho.

A paralisação foi aprovada por 84% dos trabalhadores em assembleia. Assim, os funcionários estão oficialmente em greve desde as 0h desta quarta.

Grevistas iniciaram ato na unidade da Fundação Casa da Vila Leopoldina, na Avenida Doutora Ruth Cardoso, Zona Oeste da capital paulista. Eles impediram outros funcionários de entrarem na unidade.

A Polícia Militar foi acionada para acompanhar a manifestação por volta de 7h50. Segundo a corporação, "a manifestação está pacífica" e não interdita a avenida. "Os manifestantes estão impedindo os funcionários de entrarem na Fundação".

Os trabalhadores têm uma audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta manhã.

Reajuste para policiais

No mesmo dia em que propôs 6% de reajuste aos trabalhadores da Fundação Casa, o governo paulista apresentou na Assembleia Legislativa de São Paulo proposta de reajuste salarial para policiais civis e militares. Conforme apurado pelo g1, os reajustes variam de 13% a 34%, com maiores valores para carreiras iniciais.

A Secretaria da Justiça e Cidadania, gerida pelo secretário Fábio Prieto no governo de Tarcísio, é responsável pela Fundação Casa. Em nota, a pasta afirmou que fez três reuniões neste ano com representantes dos funcionários antes de apresentar a proposta de reajuste.

Segundo o posicionamento, a Fundação concedeu 18,91% de reajuste para os servidores entre 2018 e 2022. O governo afirma que o reajuste incluiu os benefícios do vale-refeição, auxílio-creche e auxílio-funeral. "O vale-alimentação, por sua vez, teve elevação 45,42% no mesmo período", afirma o governo.

A última das reuniões com os funcionários ocorreu na noite de terça-feira (2) com a presença do secretário da Casa Civil, Arthur Lima; do secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto; de secretarias do Governo do Estado de São Paulo, e da presidente do Sitsesp (Sindicato da Socioeducação de São Paulo), Cláudia Maria e diretores

Funcionários da Fundação casa entram em greve e visitas podem ser afetadas

F uncionários das duas unidades da Fundação Casa em Araçatuba também aderiram a greve geral da categoria na manhã desta quarta-feira, e com a redução no quadro de funcionários, as visitas no final de semana poderão ser suspensas por motivo de segurança.

As unidades em Araçatuba têm 160 funcionários. Há familiares que vêm, para as visitas, de toda a região num raio de aproximadamente 200 quilômetros. Eles correm o risco de chegarem e não poderem entrar pra visitar os adolescentes internados por defasagem no quadro de servidores devido à greve.

A informação dos líderes do movimento é de que todos os setores pretendem aderir, incluindo psicólogos, assistentes sociais, profissionais de enfermagem, educadores, operacionais, administrativos e segurança.

Os funcionários da Fundação Casa iniciaram greve na manhã desta quarta- feira em todo o Estado por não chegarem a um acordo de reajuste salarial com o governo Tarcísio de Freitas

(Republicanos). O governo de São Paulo ofereceu reajuste de 6% nos salários, mas os trabalhadores discordaram do valor e mantiveram o plano de greve, que já havia sido votado e aprovado no sábado (29).

O governo de São Paulo justifica quea proposta feita na terça-feira (2) impacta além do salário e incide em benefícios dos servidores (vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral). Caso aprovada, passa a valer a partir de junho.

A paralisação foi aprovada por 84% dos trabalhadores em assembleia. Assim, os funcionários estão oficialmente em greve desde as Oh desta quarta.

terça-feira, 2 de maio de 2023

Servidores da Fundação CASA, recusa proposta da instituição e mantém a greve

Destaque Noticias

GREVE MANTIDA!

2 de maio de 2023

Servidores da Fundação CASA participem ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA HOJE, ÀS 22H

No dia de ontem, feriado, a CASA CIVIL entrou em contato com o SITSESP e agendou uma reunião de negociação para o dia de hoje, às 15h30. Esta reunião durou cerca de três horas. Na reunião, o SITSESP se reuniu com o secretário de Justiça e Cidadania Fábio Prieto, a assessora da presidência da Fundação CASA Ana Paula Ribeiro, o secretário-chefe da Casa Civil Arthur Luis Pinho e a Procuradoria Geral do Estado.

A intenção do governo do estado de São Paulo foi no sentido de retomar as negociações, ocasião na qual informou a concessão do índice de 6% incidente sobre salários e benefícios econômicos e valor do vale refeição e alimentação, desde que a categoria não saísse em greve.

Depois de muita discussão, o governo do estado entendeu o descontentamento dos trabalhadores e assumiu o compromisso de execução do PCCS dos anos de 2017, 2018 e 2019 e a continuidade das negociações das demais cláusulas onde ainda não houve consenso entre as partes.

Lembramos que esta não é uma promessa da Fundação CASA e sim um compromisso do governo do estado de São Paulo.

Diante da proposta apresentada, se faz necessário que a categoria se reúna em assembleia extraordinária com extrema urgência.

A entidade sindical chama a todos os servidores para uma assembleia extraordinária de urgência, que acontecerá hoje, às 22h, para que possamos deliberar sobre os próximos passos de nossa Campanha Salarial.

*Se inscreva neste link e receba o acesso à assembleia*. Link: https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZwtd-qtpzwuEtMaWyLZo4W_H4rvp7bLsXzQ#/registration

O SITSESP É DE TODOS, PARA TODOS, TRABALHANDO COM TODOS - SEJA UM FILIADO SITSESP E PARTICIPE DA LUTA

Resumo da reunião governo x SITSESP

Governo do Estado de São Paulo Gabinete da Casa Civil

Casa Civil

OFICIO N° 4 de 02 de maio de 2023

São Paulo, 02 de maio de 2023.

À Senhora

Presidente do SITSESP-Sindicato da Socioeducação de São Paulo

Claudia Maria de Jesus

Assunto: Negociação Fundação Casa

Ao responder este Oficio, indicar o Processo SEI 001.00002402/2023-1

Conforme reunião ocorrida aos 02 de maio de 2023, no Palácio dos Bandeirantes, com a presença de procuradores da Douta Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, do Secretário de Justiça e Cidadania, do Secretário da Casa Civil, de servidores da Fundação Casa e representantes do Sindicato da Socioeducação de São Paulo, restou deliberado que:

1. Não obstante a ausência de previsão orçamentária para reajuste salarial dos servidores da Fundação Casa,

em um esforço de valorização da categoria, o Governo apresenta proposta de reajuste no percentual de 6% (seis por cento) sobre salários, vale-refeição, vale-alimentação, auxilio-creche e auxilio-funeral, aplicável a partir da folha do mês vigente, a qual será paga no mês de junho/2023;

2. Será considerada a revalorização dos beneficios vale-refeição e vale-alimentação, adicionalmente ao

percentual estabelecido no item 1, conforme estudos em andamento para equalização do beneficio ao funcionalismo estadual;

3. Realizar as avaliações de desempenho previstas no Plano de Cargos e Salários, relativas a 2017, 2018, 2019,

não efetivadas nos periodos referidos por ausência de suporte orçamentário, completando os très ciclos

em questão, ao longo dos próximos três semestres. A vista das propostas governamentais, ante a possibilidade de continuação das tratativas, inclusive relativas às cláusulas sociais, espera-se dos representantes sindicals o encaminhamento da proposta à assembleia, no intuito

de encerrar o movimento grevista programado.

Por fim, sem mais para o momento, reiteramos os votos de estima e consideração devidos e nos colocamos à

disposição para eventuals esclarecimentos que se façam necessários.

ARTHUR LUIS PINHO DE LIMA Secretário-Chefe da Casa Civil

FABIO PRIETO

Secretário-Chefe de Justiça e Cidadania

De acordo.