Secretaria informa que não há confirmação do diagnóstico. Outro caso suspeito de adolescente internado é investigado
Dois jovens que cumpriam medidas socioeducativas em unidades da Fundação Casa de São Paulo podem ter contraído a "doença do pombo". Um deles morreu, e o outro está internado há aproximadamente 30 dias em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. A Fundação Casa e autoridades municipais e estaduais apuram as contaminações.
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Os casos, que envolvem dois jovens que cumpriam medidas socioeducativas na Casa Santo André II, tiveram início no mês de março. A suspeita é que os internos tenham contraído a criptococose, uma doença causada por fungos do gênero Cryptococcus, que podem ser encontrados em fezes de aves, principalmente pombos.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania, instituição responsável pela gestão das unidades, o primeiro jovem foi internado em um hospital do município em 25 de março, após apresentar sintomas. Cerca de 17 dias após a entrada, em 8 de abril, o jovem não resistiu e morreu ainda na unidade hospitalar.
O segundo jovem apresentou sintomas em 25 de março e foi encaminhado ao hospital. Depois de 27 dias hospitalizado, na quinta-feira (21), o adolescente recebeu alta após apresentar melhora. Até a publicação da reportagem, segundo a secretaria, não havia confirmação do diagnóstico. Equipes médicas do município esperam os resultados dos dois exames.
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Segundo a pasta, a criptococose não é uma doença de notificação compulsória e o diagnóstico laboratorial é realizado por meio de pesquisa e coloração específica do fungo em exame. Equipes da Vigilância Epidemiológica e da Gerência de Controle de Zoonoses do município visitaram a unidade, mas afirmaram não terem localizado um foco específico de pombos.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que uma empresa terceirizada de controle de pragas e vetores realizou serviço de desinsetização, desratização e controle de pombos no centro socioeducativo.
Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que o Departamento de Vigilância à Saúde monitora o surgimento de novos suspeitos e verifica as condições de higiene. "O Instituto Adolfo Lutz está realizando exames para a identificação do agente causador da doença e consequente óbito. Informamos que, até o momento, não há outros casos suspeitos na instituição. A secretaria de saúde realizou vistoria no local", escreveu.