sexta-feira, 4 de março de 2022

Tumulto em unidade da Fundação Casa termina com feridos em SP

 

 

Confusão começou durante o atendimento a um adolescente na enfermaria. Dois servidores foram agredidos durante a ação 

  • SÃO PAULO Isabelle Gandolphi, da Agência Record

Tumulto em unidade da Fundação Casa termina com feridos na zona norte de SP
Tumulto em unidade da Fundação Casa termina com feridos na zona norte de SP
REPRODUÇÃO

Um tumulto no Centro Casa Nova Vida, no complexo Vila Maria, zona norte de São Paulo, na noite desta segunda-feira (28), gerou um alerta aos diretores do Sitsesp (Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo).

Por volta das 18h30, durante um procedimento na enfermagem teria começado o tumulto.

A diretora, em contato com servidores, constatou que um adolescente, ao ser atendido na enfermaria para fazer um curativo de um abscesso na perna (furúnculo), não gostou e jogou uma gaze na atendente e começou a xingá-la.

Ela então chamou os servidores para dar apoio, já que alguns adolescentes começaram a tumultuar o ambiente socioeducativo, quebrando partes de lixeiras para se armarem e agredirem os servidores no plantão e o grupo de suporte.

Diretores do Sitsesp seguiram para o complexo para avaliar a situação, conversar com os servidores e orientá-los. Segundo as equipes, dois funcionários foram agredidos: um teve uma contusão no tornozelo e virilha e o outro levou um soco no peito.

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Por volta de 23h, foi elaborado um TC (Termo Circunstanciado) ainda no centro para que os envolvidos se dirigissem à delegacia para registro do boletim de ocorrência. No entanto, teve início um novo tumulto nos quartos, que foi controlado em seguida.

Os diretores do sindicato orientaram os servidores a fazer uma CAT (Comunicação de Acidente no Trabalho) e constataram a falta de efetivo funcional.

O Casa Nova Vida tem 47 adolescentes. No módulo I (ambiente socioeducativo), havia 23 internos para quatro servidores no plantão noturno. Para os dois módulos existentes no centro, havia apenas cinco servidores à noite.

O Sitsesp afirmou que está acompanhando o caso para providências e esclarecimentos.

Em nota, a Fundação Casa informou que, por volta das 19h, um grupo de oito adolescentes, dos 23 que cumprem medida socioeducativa no Casa Nova Vida, se envolveu em uma confusão e começou a bater as portas dos dormitórios no centro.

Segundo a instituição, "a situação foi controlada pelo diretor e funcionários do centro. O Poder Judiciário e os familiares dos jovens foram informados do ocorrido".

quinta-feira, 3 de março de 2022

Governo de SP envia à Alesp projetos de reajuste de servidores

 


Textos criam também nova carreira de professores e salário mínimo paulista maior que o piso nacional

Qui, 03/03/2022 - 9h54 | Do Portal do Governo 

O Governador João Doria anunciou nesta quinta-feira (3) o envio de três Projetos de Lei à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) que propõem reajustes de 20% para funcionários das áreas da saúde e da segurança e de 10% para os demais servidores do Governo do Estado, além da criação do plano de modernização de carreira dos professores, com reajustes de até 73% para docentes da rede estadual. Também foi apresentado o PL de aumento de 10,3% do salário mínimo estadual.

“Nessa manhã, a Assembleia Legislativa, na pessoa do seu presidente, Carlão Pignatari, recebe o projeto do Executivo de reajuste salarial para os profissionais da Educação, da Saúde, da Segurança e todos os demais servidores estaduais”, disse Doria. “As medidas passam a valer tão logo tenhamos a aprovação da Assembleia Legislativa, mas a data base é 1º de março, seja qual for a data de votação e aprovação”, completou.

A concessão dos reajustes foi possível graças a uma série de medidas fiscais e de enxugamento da máquina pública e da atração de novos investimentos. A reforma estadual da Previdência, o ajuste fiscal e o fechamento de estatais também permitiu ao Governo de SP ampliar sua capacidade de investimento – com R$ 52,8 bilhões em 2021 e em 2022 – e reforçar programas sociais, como o Bolsa do Povo, que vai receber R$ 1,8 bi de recursos ao longo deste ano.

De acordo com a proposta enviada à Alesp, por meio da Secretaria da Casa Civil, os professores terão até 73% de aumento no salário inicial, um fato histórico e inédito no Governo de São Paulo. O projeto de lei define o salário inicial da categoria em R$ 5 mil para docentes em jornada de 40 horas semanais. Os profissionais que estão no topo da carreira também serão valorizados com aumento salarial e com promoção por mérito.

O Plano de Carreira e Remuneração é direcionado para docentes, diretor escolar e supervisor educacional. A iniciativa receberá investimentos de R$ 3,7 bilhões, segundo estimativa da Secretaria da Educação.

A adesão à nova carreira será voluntária para professores que já integram a rede pública estadual. A regulamentação da lei será feita em 60 dias, prazo máximo para os servidores optarem ou não pelo novo plano. O detalhamento dos critérios de avaliação ainda será elaborado com a participação da categoria.

Na área da segurança, são mais de 276 mil pessoas beneficiadas com o reajuste de 20%, incluindo os funcionários das secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária. Já na área da saúde, são 69 mil médicos e profissionais de outras carreiras. Os demais servidores que receberam 10% de aumento salarial somam 195 mil pessoas.

Salário mínimo estadual

Já o salário mínimo paulista segue maior que o piso nacional. Com os novos valores, os trabalhadores que se enquadram na faixa 1 passam a receber R$ 1.284, e os que fazem parte da faixa 2, R$ 1.306. O índice de reajuste teve como base o IPC/FIPE, que atingiu 10,3%.

Essa medida atende a Lei Complementar Federal nº 103/2000, que autoriza os Estados a instituírem pisos regionais superiores ao salário mínimo federal. A Lei impede que o piso seja aplicado a servidores públicos municipais e estaduais.

Os projetos de lei foram encaminhados para análise dos deputados. Se aprovados, retornam ao Executivo para a sanção do Governador João Doria e passam a ter vigência a partir da publicação da lei.