sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Oito anos para pagar: por que os prazos do crédito consignado aumentaram (e o que isso significa para o consumidor)

 


Prazo das operações saiu de cerca de 69 meses (pouco menos de seis anos) em julho de 2016 e chegou a 85 meses (pouco mais de sete anos) em julho deste ano

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SÃO PAULO – Quer pagar quando? Ao longo dos últimos cinco anos, os prazos do crédito consignado aumentaram praticamente mês após mês. Na média, considerando as operações feitas tanto para servidores públicos quanto para trabalhadores do setor privado e aposentados do INSS, o prazo médio das novas operações saiu de cerca de 69 meses (pouco menos de seis anos) em julho de 2016 e chegou a 85 meses (pouco mais de sete anos) em julho deste ano.

Em algumas modalidades específicas, o número de parcelas é ainda maior. Nos empréstimos para servidores públicos, por exemplo, o prazo médio atualmente é de mais de 92 meses – em junho, chegou ultrapassar 95 meses (quase oito anos), número mais elevado na série histórica compilada pelo Banco Central.

Os prazos são menores para os trabalhadores do setor privado, mas também nessa categoria eles aumentaram: passaram de 41 meses em julho de 2016 para 54 em julho de 2021. Ao contrário dos servidores públicos (que têm estabilidade no emprego) e dos aposentados do INSS (que fazem jus a benefício vitalício), quem trabalha em empresas privadas corre mais risco de ficar sem emprego e renda – por isso, os limites oferecidos pelos bancos costumam ser menores.

Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, expandir os prazos é uma das formas que as instituições financeiras encontram para competir no segmento, que é bastante disputado, pois o risco de inadimplência – dado que as parcelas são cobradas diretamente no contracheque – é baixo. “Tem havido maior concorrência entre os bancos. O consignado já é a segunda maior carteira de crédito para pessoas físicas, mas continua expandindo, com cada vez mais opções para os consumidores”, explica.

O saldo dos empréstimos com desconto na folha de pagamento (ou no benefício da previdência social) cresceu quase 20% nos últimos 12 meses.

Atualmente, entre as modalidades de crédito ao consumo disponíveis para as pessoas físicas, o consignado tem os juros mais baixos, embora alguns bancos possam oferecer taxas ainda menores nas operações de antecipação de saque-aniversário do FGTS. Na média, a taxa de juros do consignado era de 1,45% ao mês em julho deste ano – e não era tão mais alta do que isso há cinco anos, quando ficava em 2,17%.

Em comparação, os empréstimos pessoais não consignados – que tinham taxa média de 7,27% ao mês em julho de 2017 – tiveram os juros mensais reduzidos para 5% ao mês.

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Com pouca margem para mexer nos juros do crédito consignado, esticar os prazos é a maneira encontrada para oferecer condições mais vantajosas. “Ao elevar os prazos, as instituições financeiras conseguem reduzir o tamanho das prestações, diminuindo o comprometimento da renda de quem pega o empréstimo”, diz Rabi.

Neste ano, o governo federal aumentou de 35% para 40% o comprometimento máximo da renda de aposentados e pensionistas do INSS com crédito consignado. A alteração está prevista para durar até 31 de dezembro, já que os empréstimos com desconto no benefício se revelaram uma importante fonte de recursos diante das pressões estabelecidas pela pandemia.

Isso é bom ou é ruim?

Prazos maiores em tipos de crédito populares, como o consignado, são uma boa ou má notícia? De modo gera, segundo Rabi, a avaliação é positiva. “Quanto maior o prazo, melhor para quem toma o crédito, pois isso gera uma prestação que cabe no orçamento”, afirma. E a consequência disso é direta: “Quando o comprometimento da renda é menor, o risco de inadimplência cai também. A não ser que a pessoa, além do consignado, tome também outros empréstimos”, diz o economista.

Na visão de Rabi, o ideal é não consumir mais do que 20% da renda com o pagamento de prestações, fora as do crédito imobiliário. Daí para cima, eventuais dificuldades para honrar os compromissos costumam ser mais comuns.

Para alguns especialistas em finanças pessoais, prazos muito alongados – ainda que positivos por diluir o tamanho das prestações – são ruins porque estendem demais o pagamento da dívida e podem gerar um efeito “bola de de neve”. “É importante lembrar que nem sempre o salário sobe. As prestações de um consignado longo podem acabar pesando no bolso ao longo de muitos anos”, diz Myrian Lund, planejadora financeira.

Myrian lembra que créditos longos, como é o caso dos financiamentos imobiliários, costumam ser amortizados pelo sistema SAC, em que o valor total das prestações diminui com o passar dos anos. Nos consignados longos, no entanto, não é assim: as prestações são de valor igual.

“Lido com endividados. Tradicionalmente, eles conseguem pagar prestações elevadas por seis meses, talvez um ano. Depois disso, o compromisso demanda um esforço muito elevado, o que tem impactos em outras esferas da vida”, explica Myrian. Não raro, o endividado acaba tomando novos empréstimos, além do consignado, numa tentativa – nem sempre bem-sucedida – de dar conta da dívida original.

Outro detalhe, lembra Myrian, é que o fato de o consignado ser, em geral, a linha com os juros mais baixos oferecida pelos bancos torna mais difícil a negociação na própria instituição. Para obter taxas mais baixas, a saída é a portabilidade. Uma reportagem do InfoMoney mostrou que 98% das operações de portabilidade de crédito – ou seja, de transferência de uma dívida de uma instituição para outra – envolvem consignados.

Myrian alerta que a tomada de crédito voltado para consumo com prazos longos deve ser feita com consciência. “Tomar um empréstimo pode ser positivo, desde que seja uma decisão embasada e pelo menor prazo possível”, afirma. Ela indica que os interessados projetem sua renda e suas despesas pelo menos nos próximos 12 meses para avaliar se as prestações caberão no orçamento. “Basear-se apenas na situação atual é irreal, porque as despesas de uma família costumam variar ao longo de um ano”, diz.

A planejadora também recomenda ter atenção à abordagem comercial das instituições financeiras. “Muitas pessoas tomam crédito consignado na sequência das ofertas que recebem, do nada”, diz. O limite do consignado, lembra a especialista, é calculado a partir da renda bruta dos tomadores de crédito, e não no que sobra após os descontos de impostos, por exemplo. “Sobra pouco para viver

Diretor do SITSESP tenta denegrir a imagem da AFCESP

 

Lamentável a postura do diretor sindical Yuri do sitsesp, o mesmo em vez de mostrar o trabalho realizado pelos diretores sindicais, está preocupado em tentar denegrir a imagem da associação AFCESP, uma excelente associação que está trazendo diversos benefícios aos servidores.

Até uma reunião com o presidente da Fundação CASA a associação conseguiu, feito esse, que é impossível pra atual gestão sindical.

Mais uma vez nós do BLOG AGENTES NA NET, impugnamos esse tipo de atitude, o diretor sindical tem que se preocupar em ir nas UNIDADES, buscar demandas para o jurídico resolver, não tem nada que diretor ficar em redes sociais, tentar difamar servidores ou associações, cada um tem seu papel, e se associação ou SERVIDOR fazer alguma crítica a gestão sindical, a melhor resposta é mostrar o trabalho realizado pelos diretores sindicais, assim dou o exemplo dos tickets, onde o jurídico realizou um ótimo trabalho em prol da categoria.

Quanto mais dão resposta que denigrem a imagem de servidores e associações, mais mostram aos trabalhadores, o quanto estão despreparados pra defender a categoria, uns diretores nem aparecem nas redes, sabem que a categoria vai cobrar serviço e o mesmo sem álibi prefere se esconder dos servidores.

Outros não sabem absorver as críticas, em vez de mostrar trabalho, quer ficar debatendo, humilhando, denegrindo a imagem dos servidores, palavras de baixo calão são arremessadas aos montes, não respeitam os membros dos grupos e comunidades, diretores ficam descontrolados, ficam sem bom senso, em vez de pegarem as críticas e responder em trabalho, preferem colocar os servidores pra baixo, já não basta o nosso salário e benefícios que está diminuindo a cada ano que passa, vem um diretor ou outro, tentar pisar na categoria e associações.

Senhores DIRETORES aprendam com as críticas, mostrem para que vieram, coloquem seus trabalhos na mesa, divulguem nas redes sociais, esqueçam os debates de baixo calão nos grupos de whatsapp, nesses grupos tem centenas de servidores, ninguém é obrigado a ler insultos de alguns de vocês, usem a imagem do sitsesp em prol da categoria, divulguem vocês nas UNIDADES, nos protestos, manifestações, em órgãos públicos, só assim irá ter o reconhecimento de reprentante da nossa categoria.

Filiação, motivação, participação em geral dos servidores, com certeza o SITSESP irá ter, o dia que deixarem de se preocuparem com  as críticas dos servidores e associações, esperamos que vocês façam uma excelente campanha salarial 2022, e que os servidores reconheçam o trabalho de vocês, e independente de filiarem no Sitsesp ou em alguma associação, em dissídio coletivo quem defende a categoria é o SITSESP, esperamos que o máximo de trabalhadores possíveis participem da assembléia e manifestações...


Comunicado aos servidores da Fundação CASA, sobre o quinquênio e sexta parte

 SITSESP JURÍDICO INFORMA: PROCESSO COLETIVO QUINQUÊNIO E SEXTA-PARTE

No dia de ontem, 02 de setembro de 2021, ocorreu uma redesignação do processo coletivo do quinquênio e sexta-parte pela 9ª Turma do TRT. Agora o julgamento do processo será por uma sessão telepresencial e haverá a defesa oral do processo pelos advogados responsáveis.

Assim que for determinada uma data para o julgamento, o sindicato irá informar à categoria.

O SITSESP É DE TODOS, PARA TODOS, TRABALHANDO COM TODOS

Aprovação de reforma do Impodto de Renda é traição com o povo"

 


Marcos Cintra disse que há a sensação de que o contribuinte está sendo deixado de lado num debate que diz respeito a ele

3 set202105h41
| atualizado às 07h30

O ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, avalia que a aprovação do projeto de reforma do Imposto de Renda pela Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira, 1º, foi uma "traição para com o povo brasileiro". Cintra critica também o atropelo da votação. Os parlamentares aprovaram o projeto às pressas sem que o texto substitutivo do relator, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), com as mudanças, tivesse sido conhecido. A votação contou com o apoio dos partidos de oposição, incluindo PT e Psol.

Débitos que não forem quitados até 31 de agosto serão encaminhados pela Receita Federal para inscrição em dívida ativa a partir de setembro. 
Débitos que não forem quitados até 31 de agosto serão encaminhados pela Receita Federal para inscrição em dívida ativa a partir de setembro.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

"Essa foi uma das maiores traições que foram feitas ao contribuinte brasileiro, ao povo brasileiro. Aprovar dessa forma um imposto tão importante como esse", disse Cintra ao Estadão. "Aquele que acreditou na promessa do presidente, numa política liberal, literalmente foi traído não só na essência do que foi proposto, mas, sobretudo, na forma como estão sendo feitas: no afogadilho, no escuro, sem um diálogo amplo. Houve mesmo a sensação de que o contribuinte, pagador de imposto, está sendo traído, deixado de lado num debate que diz respeito a ele, e ele não foi chamado a participar disso", afirmou.

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O projeto do governo foi enviado no final de junho. A votação se transformou numa questão de honra para o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Após o recesso parlamentar de julho, foi aprovado requerimento de urgência (o que faz o texto furar a fila das votações e poder ser pautado a qualquer momento). "Não houve oportunidade de discussão", disse o ex-secretário, que integrou o governo Bolsonaro. "Eu nunca vi uma tamanha falta de lealdade e tamanha desfaçatez", atacou.

Para ele, não se trata de aumentar ou diminuir um determinada alíquota, mas aprovar um projeto que faz uma desconstrução muito grave do Imposto de Renda no sistema tributário do País. "O IR que estava entregando razoavelmente bem, sem grandes litígios, mas no afã de aumentar a arrecadação fazem essa falta de lealdade com o povo", criticou