sexta-feira, 11 de junho de 2021

Apreensão de drogas enviadas por carta para presídios de SP cresce 684%

 

Fonte; sbt

por: Claudia Teixeira |10/6/2021 às 21:06

Suspensão de visitas pode ter incrementado envio da droga K4 que é aplicada em qualquer tipo de papel

Nos primeiros três meses de 2021 foram registradas 266 ocorrências envolvendo o entorpecente sintético K4, ante 34 apreensões no mesmo período de 2019 | Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária

Nos primeiros três meses de 2021 foram registradas 266 ocorrências envolvendo o entorpecente sintético K4, ante 34 apreensões no mesmo período de 2019 | Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária

As apreensões da maconha sintética, popularmente conhecida como K4, nos presídios paulistas cresceram 684%. A alta se deu em meio à pandemia quando as visitas presenciais aos detentos foram proibidas para evitar a transmissão do coronavírus.

Dados da Secretaria de Administraçao Penitenciária - SAP, obtidos com exclusividade pelo SBT, mostram que nos primeiros três meses de 2021 foram registradas 266 ocorrências envolvendo o entorpecente sintético K4 ante 34 apreensões no mesmo período de 2019, antes da pandemia. Mesmo na comparação de 2021 com os primeiros três meses de 2020, no inicio da crise sanitária, o aumento também foi exponencial: 186% (93 ocorrências).

O diretor técnico da Penitenciaria II de Franco da Rocha, Samuel Pugliere Pasuld, explicou que o crescimento na apreensão se deu em razão da falsa percepção por parte das visitas de que a droga sintética é mais difícil de ser encontrada em comparação com os demais entorpecentes, porque ela é aplicada em qualquer tipo de papel que é inserido em embalagens, em cartas, roupas, entre outras formas. "Voce vê que foi algo construído com a droga dentro porque é impossível de não ter sinal nenhum de violação. São embalagens pequenas e por isso é grande a gama de oportunidades de esconderem essa droga hoje em dia", comenta o diretor. 

A droga K4 foi encontrada nas remessas enviadas por correspondências e os meios utilizados, em regra, são o interior de bolachas e de chocolates. Na forma presencial a forma mais comum de encontrar o ilícito é escondido nas vestes dos visitantes. "As caixas de correspondências, após passarem por período de quarentena na unidade prisional, são revistadas via equipamento Raio-x e de forma manual. Todo material encaminhado via correio aos custodiados passa por vistoria manual e eletrônica," afirma Pasuld.

De acordo com autoridades do Núcleo de Entorpecentes do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo, "a maconha sintética K4 é uma droga extremamente perigosa porque pode causar uma overdose com morte numa única dose". O alerta é do diretor do Núcleo de Entorpecentes, o perito criminal Júlio Ponce. "São drogas produzidas em laboratórios clandestinos, sem nenhuma fiscalização e o usuário não sabe o que está consumindo."  Ele explica que o K4 é um pó branco que é dissolvido em alguma solução e aplicado  sobre plantas que nao são a maconha ou sobre cartões, como cartolina, e entregues como um selo, "na forma de um quadradinho, que tem ali um principio ativo que pode causar esse efeito". O usuário pica o papel e o insere em cigarros que serão fumados para a liberação e inalação do entorpecente.

Envios ilícitos

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) diz não tolerar a entrada de ilícitos em suas unidades prisionais. "Mesmo antes da pandemia, agentes penitenciários já faziam uma revista minuciosa nas correspondências visando coibir a entrada de ilícitos nas unidades prisionais", ressalta o diretor.

Ele afirma que em todos os Centros de Detenção Provisória, Penitenciárias e Centros de Progressão Penitenciária do estado contam com escâner corporal, que agora não estão sendo usados por conta da suspensão de visitas presenciais. Além disso, as unidades também estão equipadas com aparelhos de raio-x de menor e maior porte, além de detectores de metais de alta sensibilidade. "São esses equipamentos que ajudam a coibir a entrada de ilícitos, atrelados a uma vigilância constante dos agentes de segurança." 

O envio de susbtâncias ilícitas a detentos no sistema prisional é punido com suspensão de quem remeteu a correspondência do rol de visitas. Além disso, é feito o registro da ocorrência no Distrito Policial local. "Na unidade prisional é aberto procedimento preliminar para apurar a responsabilidade do custodiado e, quando em regime semiaberto, é solicitado ao juízo de execução competente a sustação do regime semiaberto", informa o diretor da SAP. 

Projeto Inspeqt

Lançado ano passado, o projeto Inspeqt reúne pesquisadores de universidades (Unicamp e USP) e de órgãos policiais (Polícia Civil de SP e Sergipe e Polícia Federal) para o estudo das chamadas Novas Substâncias Psicoativas (NSP), drogas sintéticas produzidas em laboratório com efeitos semelhantes aos de outras drogas, mas ainda sem a identificação de quais são essas substâncias e mecanismos de controle. 

A substância K4 é uma das principais drogas analisadas no projeto Inspeqt que conta com a participação de policiais civis do Núcleo de Entorpecentes do Instituto de Criminalística, cujo o objetivo é identificar e estudar novas substâncias psicoativas comercializadas e consumidas no país.

O perito criminal Júlio Ponce afirma que o que torna essas drogas novas é o fato de muitas não terem suas moléculas ainda descritas quimicamente, o que as exclui da legislação e dificulta seu combate. O desafio para a química forense é a identificação da substância, já que o perito criminal precisa caracterizá-la quimicamente para informar à autoridade policial que existe algo novo que precisa ser inserido na lei.

Veja reportagem do SBT Brasil:


quinta-feira, 10 de junho de 2021

Trabalhar ‘demais’ mata 745 mil pessoas por ano no mundo, revela estudo

 


Crédito: Reprodução/Unsplash

O primeiro estudo global do tipo revela que 745 mil pessoas morreram em 2016 de derrame e doenças cardíacas relacionadas a longas horas de trabalho. (Crédito: Reprodução/Unsplash)

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que jornadas de trabalho excessivas estão matando milhares de pessoas por ano. O primeiro estudo global do tipo revela que 745 mil pessoas morreram em 2016 de derrame e doenças cardíacas relacionadas a longas horas de trabalho.

+ Novos hábitos online vão permanecer após o fim da pandemia de Covid-19

O relatório mostra que as pessoas que vivem no Sudeste Asiático e na região do Pacífico Ocidental são as mais afetadas. E a OMS avalia que a tendência pode piorar devido à pandemia do coronavírus.

O Brasil está na faixa de países que têm até 4% da população exposta a longas jornadas de trabalho (55 horas ou mais por semana). Isso coloca o país entre os menos afetados por jornadas exaustivas do mundo – nos países onde o problema é mais grave, esse percentual chega a atingir mais de 33% da população.

A pesquisa descobriu que trabalhar 55 horas ou mais por semana está associado a um risco 35% maior de AVC (acidente vascular cerebral) e 17% maior de morrer de doença cardíaca, em comparação com uma semana de 35 a 40 horas de trabalho.

O estudo, realizado em parceria com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), também mostrou que quase três quartos dos que morreram em consequência de longas jornadas de trabalho eram homens de meia-idade ou mais velhos. Frequentemente, as mortes ocorreram muito mais tarde na vida, às vezes décadas depois, do que o período em que foram realizadas as longas horas de trabalho.

Servidores da Fundação CASA não parem de lutar por benefícios

 


Bertolt Brecht

Aos que hesitam

Você diz:

Nossa causa vai mal.

A escuridão aumenta.

As forças diminuem.

Agora, depois que trabalhamos tanto tempo,

Estamos em situação pior que no início.


Mas o inimigo está mais forte do que nunca.

Sua força parece ter crescido.

Ficou com aparência de invencível.

Mas nós cometemos erros, não há como negar.

Nosso número se reduz.

Nossas palavras de ordem estão em desordem.

O inimigo distorceu muitas de nossas palavras, até ficarem irreconhecíveis.


Daquilo que dissemos, o que agora é falso: tudo ou alguma coisa?

Com quem contamos ainda?

Somos o que restou,

Lançados fora da corrente viva?

Ficaremos para trás,

por ninguém compreendidos e a ninguém compreendendo?


Precisamos ter sorte?


Isto você pergunta.

Não espere nenhuma resposta senão a sua.


 Há certos momentos em que parece que nossos sonhos ficam distantes e inalcançáveis. A vida nem sempre nos dá facilidades quando buscamos algo que desejamos muito e por vezes acabamos por ter medo e permitir que a confiança vá embora.


Não desanime, mesmo que tenha a sensação que todo seu esforço tem sido em vão. Talvez apenas ainda não tenha chegado a ocasião certa para alcançar suas metas, ou precise de tentar fazer as coisas de um jeito diferente. Provavelmente falta um último esforço ou tentativa, um grito final.

Qualquer que seja o seu caso, acima de tudo não pense em desistir. Nunca ninguém conquistou algo por abaixar os braços ou deixar as coisas por acabar. Além disso, nada na vida se consegue sem sacrifício. E a luta que vamos travando é um trajeto obrigatório entre o nosso objetivo e a tão desejada vitória.

Saque do abono salarial vai até 30 de junho; veja quem tem direito

 


Cerca de 560 mil trabalhadores ainda não sacaram o PIS, no total de R$ 328 milhões, e 200 mil ainda não buscaram o Pasep

Prazo para sacar o abono termina em 30 de junho
Prazo para sacar o abono termina em 30 de junho
REUTERS/AMANDA PEROBELLI - 06/10/2020

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil encerram o pagamento do abono salarial PIS/Pasep, calendário 2020/2021, ano base 2019, no dia 30 de junho. Foram pagos R$ 17 bilhões para 22 milhões de trabalhadores.

No caso do PIS, cerca de 560 mil trabalhadores ainda não sacaram o benefício, no valor total de R$ 328 milhões. Já o Pasep ainda tem saldo de R$ 120 milhões, com cerca de 200 mil trabalhadores que ainda não foram buscar o dinheiro.

Os trabalhadores que atendem aos critérios para recebimento do benefício têm até o dia 30 de junho para sacar os valores nos canais disponibilizados pelos bancos. Caso não saquem o benefício no período, os trabalhadores terão nova oportunidade de saque a partir do próximo calendário do abono, previsto para o ano que vem.

Está assegurado ao trabalhador o direito ao benefício pelo prazo de cinco anos. Desta forma, os benefícios não sacados até 30 de junho de 2021 serão novamente disponibilizados para pagamento, nos calendários dos exercícios seguintes, até que se complete o prazo determinado.

Com relação ao calendário do abono salarial de anos anteriores, cerca de 1,9 milhão de trabalhadores não efetuaram o saque, representando um montante de R$ 1,2 bilhão.

Publicidade

Quem tem direito

Para ter direito ao benefício, o trabalhador precisa:

- Estar cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos;
- Ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base;
- Ter exercido atividade remunerada para pessoa jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração;
- Ter seus dados informados pelo empregador (pessoa jurídica) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)/eSocial.

Para saber se tem direito ao benefício, o trabalhador pode realizar consulta por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pela central de atendimento ao trabalhador: 0800-726-0207, ou pelo site: https://www.caixa.gov.br/abonosalarial.

O que é o abono salarial

O benefício equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo, a ser pago aos trabalhadores que satisfaçam os requisitos previstos na lei. O pagamento é realizado conforme calendário anual estabelecido.

A Caixa é responsável pelo pagamento de trabalhadores cadastrados no PIS, vinculados a entidades e empresas privadas. Já os trabalhadores do setor público têm inscrição Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil.

Próximo calendário

O abono salarial, que tradicionalmente era liberado no período de julho a junho do ano seguinte, passará a ser pago de janeiro a dezembro de cada exercício, com base nas informações prestadas pelos empregadores no ano anterior. Com essa alteração, o calendário 2022, ano-base 2020, terá início previsto para janeiro de 2022

PM e Conselho Tutelar resgatam bebê que foi trocado por dívida com drogas.

 



Um bebê de quase dois meses de idade foi resgatado de uma boca de fumo na tarde desta terça-feira (08.06), em Pontes e Lacerda (483 km de Cuiabá). A criança foi resgatada do lugar por uma equipe da Polícia Militar e do Conselho Tutelar após denúncias de que ela havia sido deixada no local como forma de pagamento por conta de uma dívida com drogas.

Segundo as informações da Polícia Militar, o resgate ocorreu por meio de cumprimento de uma ordem judicial. A medida estabelecia que um bebê de um mês e 27 dias fosse retirado de uma casa onde funcionava uma boca de fumo, no bairro Residencial Vera.
 
No local, os policiais confirmaram já terem realizado duas ocorrências de tráfico de droga, com apreensões e detenções de suspeitos. A decisão judicial apontava ainda que os moradores não tinham vínculo com a criança. 
 
Em um primeiro momento, uma moradora da residência afirmou que não havia nenhuma criança no local. Mas após conversas, ela confirmou que o bebê havia sido deixado por conta de uma dívida com o tráfico de drogas.
A criança segue aos cuidados das conselheiras tutelares. Não há informações sobre prisões ou a localização dos pais do bebê. 

Fonte: PNB ONLINE