terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Rosa Weber manda Bolsonaro explicar decretos que flexibilizaram compra de armas

 

Por Fernanda Vivas e Márcio Falcão, TV Globo — Brasília

 


Rosa Weber, ministra do STF — Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Rosa Weber, ministra do STF — Foto: Carlos Moura/SCO/STF

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (23) que o presidente Jair Bolsonaro explique, em até cinco dias, os quatro decretos que flexibilizaram o uso e a compra de armas de fogo no país.

Os decretos foram editados neste mês pelo presidente e são alvos de ações apresentadas pelos partidos PSB, Rede, PT e PSOL.

VÍDEO: Entenda o que muda com os novos decretos sobre armas de fogo
--:--/--:--

VÍDEO: Entenda o que muda com os novos decretos sobre armas de fogo

As normas preveem, por exemplo:

  • aumento no número de armas de fogo que o cidadão comum pode adquirir;
  • colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) podem comprovar aptidão psicológica por meio de laudo fornecido por psicólogo com registro no conselho da profissão (sem a necessidade de cadastro do profissional na Polícia Federal).

A flexibilização no uso e na compra de armas foi uma das principais promessas de campanha do presidente e uma das principais causas defendidas por ele nos dois anos de mandato.

Decretos de Bolsonaro para facilitar acesso a armas encontram resistência no Congresso
--:--/--:--

Decretos de Bolsonaro para facilitar acesso a armas encontram resistência no Congresso

O caso no STF

Quatro ações no STF questionam os decretos de Bolsonaro, e Rosa Weber é a relatora dos casos.

Na decisão desta terça-feira, a vice-presidente do STF determinou que as ações sejam levadas para julgamento diretamente no plenário.

De acordo com a ação, os decretos violam direitos fundamentais, entre os quais o direito à vida, à segurança pública, à saúde e à dignidade da pessoa humana.

Além disso, argumentam os partidos, os decretos liberam o acesso a armas em uma abrangência que não tem base na Constituição nem no Estatuto do Desarmamento. As siglas também argumentaram que as medidas trazem retrocesso social.

O que diz Rosa Weber

Na decisão, Rosa Weber relatou que o governo Bolsonaro tem feito uma série de mudanças nas normas sobre o assunto, com a edição de diversos decretos presidenciais com o propósito de regulamentar o Estatuto do Desarmamento.

Citou também que todas as modificações foram questionadas na Corte, sendo que a primeira ação foi apresentada ainda em janeiro de 2019. Segundo Rosa Weber, o STF sempre conferiu celeridade a esses processos, mas as alterações nas normas pelo governo federal acabaram adiando uma definição sobre a validade das regras pelo Supremo.

"Entendo que se impõe a apreciação imediata do pedido de medida cautelar, de modo a conferir segurança jurídica às relações disciplinadas pelo Estatuto do Desarmamento e reguladas pelos Decretos presidenciais ora questionados, consideradas a relevância da matéria e as repercussões sociais decorrentes da implementação executiva de todo o complexo normativo", afirmou.

Batataense suspeito de ter estuprado criança, já está preso




Um Batataense de 36 anos suspeito de ter estuprado uma menida de 2 anos, no bairro Colorado, no último dia 14 de fevereiro, já está preso. Segundo informações da Polícia Civil, o homem foi preso em uma clínica para dependentes químicos, na cidade de Miguelópolis, na última sexta-feira(19). O suspeito é namorado da avó da criança e ele foi flagrado por um familiar da vítima, quando abusava da menina. A polícia foi acionada, porém o homem conseguiu fugir. A ocorrência foi registrada de estupro de vulnerável e a Delegacia de Defesa da Mulher passou a investigar o caso. Os agentes Leonardo e Paulo Guidetti durante a investigação descobriram que o homem estava internado em uma clínica para dependentes químicos, em Miguelópolis, com um mandado de prisão preventiva o suspeito de 36 anos foi preso na sexta-feira(19). O homem foi encaminhado para a cadeia de Franca.


 

Sindicato dos servidores da Fundação CASA faz reunião com o deputado estadual Emídio de Souza

 

Hoje, 23 de fevereiro o SITSESP, alguns membros da Afcesp e trabalhadores estiveram em reunião com o Deputado Estadual Emídio de Souza, autor do projeto que prevê gratuidade nos transportes públicos para os servidores da Fundação CASA.

A direção do SITSESP aproveitou a reunião para discutir a construção dentro da assembleia legislativa de um plano de cargos e salários, uma vez que a Fundação CASA e o governo do estado de São Paulo não implementam o plano, provocando fortes desigualdades entre os servidores que exercem a mesma função dentro da instituição. O SITSESP argumentou ser possível essa construção, tendo em vista que a lei de diretrizes orçamentárias é votada em julho, e uma vez votada a cúpula da Fundação terá que cumprir.

O SITSESP também aproveitou para falar de outras demandas da categoria que estão na ALESP, como a mudança de nomenclatura. Esse dialogo se faz necessário para ampliarmos o leque de apoio que essa direção do SITSESP vem buscando construir.

0 

Projeto acaba com saída temporária de presos em regime semiaberto

 


O texto tramita na Câmara dos Deputados.

  •     
O Projeto de Lei 360/21 acaba com a possiblidade de concessão de saída temporária para os condenados que cumprem pena em regime semiaberto. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

O benefício da saída temporária é previsto na Lei de Execução Penal. Ele é concedido aos presos que preenchem alguns requisitos, como bom comportamento, e apenas em algumas situações, como visita à família ou para estudar.

Autor do projeto, o deputado Neucimar Fraga (PSD-ES) critica a saída temporária. Para ele, o benefício já se mostrou ineficiente para reintegrar o preso à sociedade.

"Isso porque, com sua concessão pelo juiz de execução penal, os apenados têm a possibilidade de sair dos presídios sem qualquer vigilância do poder público e com isso voltam a delinquir", argumentou.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei