terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Aposentadorias e pensões passarão por novo reajuste

 


 
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FGTS

Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem benefícios com valor de um salário mínimo podem ter nova correção este ano, o reajuste valerá para quem recebe aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada.

Os benefícios haviam sido corrigidos em R$ 1.100 conforme o novo piso salarial para 2021. Contudo, após divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que terminou o acumulado de 2020 em 5,45% o salário mínimo deverá ter um novo reajuste passando de R$ 1.100 para R$ 1.102 em 2021.

Entenda o novo reajuste

A Constituição do Brasil determina que o piso nacional tem que ser corrigido, ao menos, pela variação do acumulado do INPC do ano anterior. Contudo, como o reajuste ocorre em 1º de janeiro, antes da divulgação do resultado oficial do INPC pelo IBGE o governo faz a correção com base em uma estimativa.

Situação similar aconteceu no ano passado, onde o salário mínimo havia sido fixado em R$ 1.039, contudo após divulgação do acumulado do INPC, fez com que o mesmo fosse corrigido para R$ 1.045 durante todo o ano de 2020.

Com relação ao reajuste do salário mínimo em R$ 1.100, o mesmo havia sido feito sobre a projetação de 5,26% do INPC, o que acabou ficando à baixo dos R$ 5,45% acumulado no ano passado.

O portal G1 questionou o Ministério da Economia sobre o reajuste do mínimo abaixo da inflação mas ainda não houve qualquer resposta até a última atualização desta reportagem.

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Benefício do INSS superior ao mínimo

Para os segurados do INSS que recebem o benefício superior ao salário mínimo, o reajuste já está projetado, tendo em vista que para estes benefícios, o reajuste, assim como o teto máximo do INSS são realizados apenas quando o IBGE divulga os dados oficiais do acumulado do INPC do ano anterior.

Teto de gatos públicos

O reajuste do piso nacional gera um grande impacto as contas públicas, isso porque a cada R$ 1 reajustado este ano, significa um custo de R$ 351 milhões aos cofres públicos.

Isso acontece pois o valor do salário mínimo é atrelado a aposentadoria bem como a outros benefícios como no caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Com isso, os gastos do governo com o reajuste do salário mínimo de R$ 1.045 para R$ 1.100 gerará um gasto de R$ 19,3 bilhões, logo, com um novo reajuste para R$ 1.102 uma alta de R$ 2 a mais representaria um incremento de despesas de cerca de R$ 680 milhões em 2021.

Nunca tão poucos tiveram poder para censurar tantos. Nem Hitler e Stalin conseguiram controlar a opinião como fazem as Big Techs

 

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Na última semana, as empresas de tecnologia que administram as redes sociais deram um duríssimo golpe na democracia. O Twitter bloqueou permanentemente o perfil do Presidente dos Estados Unidos, simplesmente por ele se opor à narrativa que essas empresas defendem. Talvez tenha sido a mais ousada manobra dos grandes oligarcas da tecnologia contra a liberdade de expressão. Além disso, o Facebook anunciou que irá impor aos usuários do WhatsApp o consentimento de novas regras de compartilhamento de dados, que podem incluir localização e contatos. Essas medidas, vindas de empresas que vigiam opiniões e bloqueiam usuários alegando supostas incompatibilidades com “políticas da comunidade” ― que, por sinal, mudam frequentemente ― ampliaram a suspeita de cidadãos em todo o mundo.
A Associação Nacional de Comunicadores Independentes (ANCI) posiciona-se em defesa das vozes dos cidadãos comuns, uma das bandeiras da comunicação independente fortalecida com a internet, e considera as medidas dessas empresas como ataques abertos a um dos direitos humanos mais básicos: o direito à livre expressão.
Facebook, Twitter e Google, além da Apple, Amazon e outras que sucumbem às ameaças de radicais da supressão de vozes, representam hoje o mesmo que representaram velhas dinastias e impérios do terror. Nunca se viu tanto poder nas mãos de tão poucos.
A narrativa de liberdade e privacidade, que enfeita os slogans dessas empresas, deve ser vista como uma gigantesca e monstruosa propaganda enganosa a serviço de interesses daqueles que precisam suprimir opiniões para se manter em pé. O debate, velha ferramenta de conhecimento em épocas democráticas, parece ter ficado no passado. Agora, basta tachar uma mensagem como “fake news” ou um simples usuário como “disseminador de ódio” para que não se precise debater com ele.
A censura promovida pelas Big Tech converte-se na mais cruel e mortal forma de discriminação e segregação. O risco que o mundo corre é o de se tornar refém dos mesmos oligarcas que impuseram seus monopólios ao longo do século XX e colaboraram com os regimes mais genocidas da história.
As grandes corporações, ao invés de investirem no fomento dos mesmos valores que os fizeram crescer e obter poder na democracia, trabalham no sentido de acorrentar e amordaçar as vozes do cidadão comum, aparentemente com o único fim de escravizá-lo como mão-de-obra barata em suas multinacionais aliadas a governos como os da China. Não é à toa que o Fórum Econômico Mundial mantém como inspiração para o seu Great Reset nada menos que o regime chinês ― a maior, mais cruel e mais longeva ditadura do planeta, além de ser um regime recordista em prisões e perseguições a jornalistas.
Este é o mundo das Big Techs.
O crescimento da participação popular na política deve muito ao advento dessas ferramentas de debate e discussão. Mas quando as empresas de tecnologia assumiram o papel de garantidoras das vozes na democracia, passaram a fornecer um serviço público, representando uma instância que não pode sucumbir à tentação da formação de cartéis e monopólios ideológicos.
Estamos vivenciando uma revolução das elites contra o povo, um ataque violento contra o patrimônio mais sagrado da humanidade que é a sua cultura e a sua liberdade de expressar-se.
A atitude dessas empresas em limitar a liberdade coincide com as iniciativas de regimes totalitários que mataram e calaram milhões de pessoas no século XX, seja por meio de prisões ou da destruição de meios de informação, como livros e publicações vistas como proibidas.
Cenas do passado, como uma fogueira de livros durante a Segunda Guerra, estão sendo revividas agora na era da Internet, com perfis e páginas sendo sumariamente calados sob acusações de disseminação de informações contrárias à narrativa oficial. Não é coincidência que a era do combate às fake news seja a mesma em que se ambiciona suprimir, até em obras da literatura, expressões vistas como inadequadas.
Nem Stálin, Mao ou Hitler tiveram nas mãos tanto poder de censura quanto as Big Techs. Se você escrever ou falar algo que contrarie as famosas “políticas”, a articulação do terror formada por radicais tem o poder de eliminar o seu sustento, levando à falência ou à fome qualquer voz que pareça dissidente. O mundo está vendo, aterrorizado, uma censura levantada a partir de elites poderosas contra o cidadão comum. Nunca a voz popular foi tão inconveniente quanto agora.
 
ANCI – Associação Nacional de Comunicadores Independentes
Assinam esta nota:
Bernardo Küster (BSM)
Flavio Morgenstern (Senso Incomum)
Silvio Grimaldo (BSM)
Paulo Briguet (BSM)
Mauro Ventura (IVIN)
Cristian Derosa (Estudos Nacionais)
Ricardo Roveran (Terça Livre)
Enrico Bianco (Coalizão Conservadora)
Lucas Campos (Coalizão Conservadora)
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Consumidores lesados por reajuste de plano de saúde podem procurar o Procon

 


Victor Rosa

   
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O começo de 2021 foi marcado pelo reajuste dos preços dos planos de saúde no Brasil, que não aumentaram os valores em 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. Em São Paulo, por exemplo, o Procon anunciou que entrará com uma ação civil pública contra os planos de saúde com intenção de suspender ou reduzir os reajustes aplicados.

De acordo com o superintendente do Procon-BA e presidente da Associação Brasileira de Procons (ProconsBrasil), Filipe Vieira, realizar o reajuste em 2021 continua inviável pois o mundo ainda vive em estado de pandemia igual a 2020.

Filipe explica que em agosto do ano passado a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que não seria aplicado o reajuste entre os meses de setembro e dezembro e ficou subentendido que este valor de 2020 seria cancelado e não adiado.

"Depois a ANS informou que não haveria o reajuste nos meses de setembro a dezembro. Ao nosso entender seria cancelada, mas pelo que vimos do resultado prático disso é que foi apenas adiado. Aquele reajuste que não foi aplicado entre setembro e dezembro, a ANS permitiu que fosse acumulado a partir deste mês de janeiro", disse o superintendente do Procon-BA durante entrevista na manhã desta segunda-feira, 18, para o 'Isso é Bahia', na rádio A TARDE FM.

Superintendente do Procon-BA, Filipe Vieira participou do 'Isso é Bahia' | Foto: Shirley Stolze | Ag. A TARDE
Superintendente do Procon-BA, Filipe Vieira participou do 'Isso é Bahia' | Foto: Shirley Stolze | Ag. A TARDE

Vulnerabilidade

O Código de Defesa considera o consumidor como alguém vulnerável e o cenário da pandemia ampliou esta situação de vulnerabilidade, principalmente com o aumento de pessoas desempregadas que passaram a não ter condições de manter ou contratar um plano de saúde.

"Com isso se tem menos vidas - que é a tecnologia que eles usam - protegidas e menos consumidores com plano de saúde. Esta conta começa a não fechar quando se aumenta o preço e com isso menos gente vai conseguir pagar", pontua Filipe.

Caso o consumidor sinta que o reajuste oferecido pelos planos de saúde foi indevido e acima do que deveria ocorrer, o especialista recomenda que se procure imediatamente o Procon para que se registre uma reclamação.

Filipe também recomenda que o consumidor não deixe de pagar os boletos do plano de saúde, mesmo com o aumento considero abusivo, para que se evite retaliações ou cancelamento.

"Incentivamos ao consumidor que mantenha o pagamento em dia. Contudo, nós alertamos para o fato que se ao se realizar um pagamento que se considere na justiça como indevido, o código de defesa do consumidor garante que o consumidor deve ser ressarcido em um valor igual ao dobro do quanto ele pagou indevidamente", comenta Filipe.

Que exemplifica: "Vamos considerar que a mensalidade do consumidor era R$ 500 e foi reajustada para R$ 600. Este valor passar a ser questionado e entende-se que deveria ter sido R$ 550, por exemplo. Neste caso, você teria pago R$ 50 a mais. Ao se reconhecer que este valor foi indevido, você receberia o dobro destes R$ 50".

Veja entrevista completa: