segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Deputados criam Polícia Penal em Mato Grosso e rejeitam emenda sobre 'ressocialização'

 Olhar Direto

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Deputados criam Polícia Penal em Mato Grosso e rejeitam emenda sobre 'ressocialização'

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Airton Marques

14 Dez 2020 - 12:52

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Deputados criam Polícia Penal em Mato Grosso e rejeitam emenda sobre 'ressocialização'
Após manifestações realizadas pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen), o Projeto de Emenda Constitucional 05, que cria a Polícia Penal em Mato Grosso, foi aprovada com derrubada da emenda nº1, apresentada pelo deputado Lúdio Cabral (PT), e mantendo a emenda nº2, de Carlos Avalone (PSDB). Foram 22 votos favoráveis 2 dois votos ausentes. Agora, o projeto vai à promulgação 


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O deputado João Batista (PROS), autor da PEC, pediu pela votação à favor do projeto, mas com rejeição à emenda de Lúdio. A emenda de Lúdio pedia pela manutenção do artigo 85 no texto, que é aquele que trata que a política penal teria como princípio a ressocialização, educação, saúde, assistência social, geração de trabalho e renda para os reeducandos. Segundo João Batista, estas diretrizes serão colocadas em lei complementar posterior.

“A última semana foi um pouco tensa para todos os policiais penais de Mato Grosso, essa PEC é um trabalho que se iniciou há duas décadas, foi uma luta em nível nacional e lá conseguiu ser aprovado, e cada estado ficou com a incumbência de resolver a nível estadual”, afirmou João Batista, que é oriundo do Sistema Penitenciário.

Lúdio Cabral e Avalone pediram ‘destaque’ às suas emendas, ou seja, que elas fossem votadas de forma separada à PEC. Na tribuna, Lúdio defendeu sua emenda: “Não há razão nenhuma para a PEC que institui a polícia penal retirar da constituição esse dispositivo, porque ele fortalece a própria instituição da polícia penal no nosso estado, ao contrário de prejudicar como é o entendimento do autor. A política penal é ressocialização, educação, saúde, assistência social, geração de trabalho e renda para os reeducandos, e é esse o princípio avançado que a constituição do Estado de Mato Grosso tem”, afirmou.

Houve, ainda, uma celeuma em relação à votação. Dilmar Dal Bosco (DEM) pediu que a PEC fosse votada nesta segunda-feira, e as emendas somente na quarta-feira (16). O presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM), concordou, mas Lúdio pediu que isso não fosse feito. Ao final, Botelho aceitou que fosse tudo votado nesta segunda.

A primeira votação foi a da “Emenda 01”, apresentada por Lúdio Cabral. Como a votação era a respeito do parecer da comissão (que é contrário à emenda), quem era favorável que a emenda fosse rejeitada, teria que votar ‘sim’, se fosse contra, deveria votar não. Ao final da votação, o parecer foi aprovado, e a emenda, rejeitada, com: 3 ausentes, 3votos “ não” e 18 votos “sim”. A segunda votação foi a da “Emenda 02”, do Carlos Avalone. Ela foi acatada, por 21 votos a favor, um voto contra e três ausentes.

PEC 05

A PEC foi aprovada em primeira votação no último dia 18 de agosto de 2020, acatando-se o ‘Substitutivo Integral nº2’. Depois disso, em 16 de setembro, Lúdio apresentou sua emenda. No mesmo dia, a proposta foi para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), onde está até hoje. O deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) também apresentou uma emenda, apenas melhorando o texto da PEC.

Na última semana, servidores do Sistema Prisional realizaram algumas manifestações pedindo a aprovação da regulamentação e estruturação da Polícia Penal em Mato Grosso. A primeira aconteceu na quarta-feira (2), quando os sindicalistas fecharam a entrada do Palácio Paiaguás e Assembleia Legislativa.

Na sexta-feira (4), o juiz da Vara em Ação Civil Pública e Popular, Bruno D’Oliveira Marques, acatou o pedido de liminar da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e proibiu novas manifestações como esta. A PGE requereu também indenização de R$ 1,2 milhão por danos materiais ao Estado de R$ 100 mil por danos morais coletivos, o que ainda será julgado.

Após as manifestações, os sindicalistas se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), que prometeu interceder com o Governo do Estado a respeito desta discussão. O Projeto foi colocado em votação em plenário no início da tarde de segunda-feira (14).

O deputado Lúdio Cabral (PT) reiterou que não é contra a criação da Polícia Penal, contanto que se mantenha o artigo 85. “Lá já tem três versões, tem a versão original, um primeiro substitutivo, e um segundo substitutivo, a última versão retirava artigos da atual Constituição do Estado, que definia o conceito de política penitenciária e de ressocialização. E essa última versão retira esse artigo. Não há razão para isso. Você pode incluir todos os dispositivos que tratam da Polícia Penal, e manter o conceito de política penitenciária. Eu apresentei uma emenda a esse último substitutivo apenas para manter o artigo 85 da atual constituição”, disse, na última quarta-feira (2), dia dos protestos.

Greve em unidades da Fundação Casa completa seis dias

 


Da Redação, com Rádio Bandeirantes14/12/2020 • 10:32
Greve em unidades da Fundação Casa completa seis dias
Greve em unidades da Fundação Casa completa seis dias
Marcos Santos/USP Imagens

Servidores de pelo menos 110 das 134 unidades da Fundação Casa entram no sexto dia de greve no estado de São Paulo. As informações são da repórter Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes

Eles reclamam da insegurança dentro do sistema socioeducativo, da precarização do trabalho e pedem maior proteção durante a pandemia.

Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho determinou que 80% do quadro de funcionários permaneçam trabalhando durante a paralisação. Em caso de descumprimento, a entidade será multada no valor de R$ 100 mil por dia.

À Rádio Bandeirantes, o presidente da Fundação Casa e secretário estadual da Justiça afirma que os grevistas também pedem aumento de salário.

Fernando José da Costa destaca que está proibido conceder reajustes para servidores até o fim de 2021 por causa da pandemia.

De acordo com o último balanço divulgado pela Fundação Casa, mil 118 servidores testaram positivo para a covid-19 e 7 morreram.

domingo, 13 de dezembro de 2020

Empregado com deficiência não será indenizado por ficar quatro anos em casa

 


A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que um empregado com deficiência que trabalhou por quatro anos sem ter que comparecer à empresa não deve receber indenização por danos morais. 

Para TST, trabalhador foi conivente com situação
 Flickr/TST

Além da reparação, o autor solicitou a rescisão indireta do contrato de trabalho. Segundo o TST, no entanto, o empregado foi conivente com a situação e não demonstrou a ocorrência de humilhação ou ofensa moral.

O homem foi contratado em 2007 em vaga reservada para pessoa com deficiência. Ele foi considerado apto para trabalhar com restrições. O trabalhador argumentou nos autos que foi impedido de desempenhar suas funções e mantido em casa, recebendo remuneração normalmente. A conduta da empresa, de acordo com o empregado, foi discriminatória e contrária às disposições contratuais. 

Segundo o desembargador convocado João Pedro Silvestrin, relator do recurso, a conduta da ré não gerou abalos de natureza moral ao empregado. Ainda segundo ele, o autor não observou o princípio da imediatidade ao solicitar a rescisão, o que afastaria a justa causa empresarial, "uma vez presumido que jamais se sentiu lesionado em seus direitos de empregado". 

A ré havia sido condenada em primeira instância. Em segunda instância, o TRT reverteu a decisão, afirmando que embora seja lamentável a contratação "com o único objetivo de atender a lei de cotas para pessoas com deficiência", deixando o trabalhador em casa, o empregado nunca se insurgiu contra essa condição em quatro anos. Com informações da assessoria de imprensa do TST

45 dias após sair da Fundação Casa, adolescente de 16 anos mata jovem

 

45 dias após sair da Fundação Casa, adolescente de 16 anos mata jovem

Polícia Civil esclareceu assassinato ocorrido no dia 16 de novembro; acusado tinha participado de outro homicídio


Polícia Civil/Divulgação

Arma utilizada no homicídio foi apreendida pela Polícia Civil

A Polícia Civil, através da 3.ª Delegacia de Investigações de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, esclareceu a autoria de um homicídio ocorrido na madrugada de 16 de novembro em uma praça do Jardim Petrópolis, em Bauru. Um adolescente de 16 anos, que estava em liberdade há cerca de 45 dias por participação em outro assassinato, foi apreendido e confessou o crime.

O nome do acusado não foi divulgado pela polícia. No dia do crime, Giovane Silvério da Silva, 23 anos, conhecido como Mega, foi morto com disparos de arma de fogo na cabeça na quadra 3 da rua Antônio Alves de Souza, local onde rotineiramente ocorrem bailes conhecidos como 'pancadão'.

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Após o crime, a Equipe de Investigação de Homicídios da Deic foi acionada juntamente com a Polícia Científica. "Lá, apuramos que o crime teria ocorrido após discussão do autor dos disparos com amigos da vítima", narra o titular da 3.ª Delegacia de Investigações de Homicídios da Deic de Bauru, Cledson Nascimento.

"Na última semana, após depoimento de testemunhas, foi obtido reconhecimento fotográfico de um adolescente recém-egresso da Fundação Casa como sendo o autor do crime e, assim, foi representada na Vara da Infância e Juventude pela decretação da internação provisória e mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao adolescente, que foram cumpridos na tarde desta segunda-feira (30), pela Deic", complementa o delegado.

SE ENTREGOU

Nesta terça-feira (1), ainda de acordo com Cledson Nascimento, o adolescente de 16 anos se apresentou na Delegacia de Homicídios acompanhado de seu advogado e confessou o crime, entregando inclusive a arma usada por ele.

Foi requisitado exame residuográfico e, após exame de corpo de delito, o jovem foi transferido para cela especial, aguardando vaga na Fundação Casa.

"Este adolescente estava em liberdade há cerca de 45 dias, onde cumpriu medida socioeducativa por participação em outro crime de homicídio, ocorrido em 2018, no Parque Jaraguá, em Bauru", finaliza o delegado.

Sistema socioeducativo está de luto


 É com muito pesar  que informamos o falecimento coordenador do CASA RIBEIRÃO, Everton, acaba de falecer em um acidente de moto retornando do plantão perto do pedágio de SERTÃOZINHO, mais um guerreiro que perde a vida em acidente de percurso de trabalho.

Nossos sentimentos a familiares e amigos...


*BOA TARDE SERVIDORES DA DRN! AGORA É OFICIAL. O VELÓRIO DO NOSSO AMIGO EVERTON COMEÇARÁ AMANHÃ 15/12 ÀS 07:30HS. O FÉRETRO SAIRÁ ENTRE ÀS 10 E 11:00HS DA MANHÃ NO CEMITÉRIO DE BARRINHA.*

Resumo do quarto dia de GREVE

 https://dhojeinterior.com.br/predio-da-fundacao-casa-e-alvo-de-tiros-em-rio-preto/

https://www.facebook.com/watch/?v=430759211433325

https://acontecebotucatu.com.br/geral/funcionarios-da-fundacao-casa-entram-em-greve-em-botucatu/