terça-feira, 20 de outubro de 2020

Mulher estuprada pelo ex foi obrigada a gravar vídeo sendo violentada no litoral de SP

 

Por G1 Santos

 


Avenida das Palmeiras, em Itanhaém (SP), onde o homem foi encontrado pela polícia  — Foto: Reprodução

Avenida das Palmeiras, em Itanhaém (SP), onde o homem foi encontrado pela polícia — Foto: Reprodução

A jovem de de 23 anos que foi mantida em cárcere privado durante cinco dias e estuprada pelo ex-namorado, de 39, em Itanhaém, no litoral de São Paulo, foi obrigada a gravar um vídeo afirmando que merecia tudo o que estava passando.

Segundo a Polícia Civil informou ao G1 nesta terça-feira (20), o ex-companheiro gravava todos os estupros que cometia contra a mulher. O filho da vítima, de 5 anos, também estava no cativeiro e presenciou os estupros. O suspeito está preso.

As imagens já estão sob posse da Polícia Civil, que irá anexá-las ao inquérito que investiga o caso. De acordo com o que foi apurado pelo G1, os vídeos eram todos gravados pelo suspeito no celular da mulher, já que ele não tinha aparelho telefônico.

Além dos vídeos dos estupros, a polícia achou um vídeo em que o agressor a obriga a vítima a dar depoimento justificando porque ela estava sendo mantida em cárcere. Nas imagens, a mulher foi coagida a dizer coisas ruins de sua personalidade, humilhar-se, justificar o que estava vivendo e afirmar que merecia toda a situação. Ela também era constantemente xingada pelo suspeito.

Segundo o que foi relatado pela polícia, a tática do agressor era fazer parecer que ele era a vítima, por isso fazia a ex-namorada se sentir moralmente baixa e dizer coisas negativas sobre si.

A Polícia Civil relatou que na gravação o rapaz afirmou que mandaria o vídeo para conhecidos. Os investigadores ainda acreditam que o homem seja de uma facção criminosa, por algumas referências que fazia no vídeo.

G1 não havia localizado a defesa do suspeito até por volta de 7h30 desta terça-feira.

Sequestro e cárcere

A vítima, que é de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, viajou para o litoral no dia 9 de outubro, a convite de uma amiga, para passar o fim de semana em Mongaguá. Ao chegar à cidade, foi surpreendida pelo ex-namorado, com quem tinha tido um relacionamento por seis meses.

Segundo a polícia, o homem a segurou pelo cabelo, arrastou-a para um veículo e a levou, junto com o filho, para uma casa no bairro Chácara São Fernando, em Itanhaém. Lá, os dois foram mantidos trancados, e a mulher foi obrigada a manter relações sexuais com o ex-namorado.

Cinco dias depois, a jovem conseguiu escapar e avisou a polícia, que, na sexta-feira (14), prendeu o homem e libertou a criança, que permanecia na casa.

A Polícia Civil informou ao G1 nesta terça-feira que o suspeito segue preso. Logo após o flagrante, as autoridades policiais realizaram o pedido da medida protetiva para a vítima e solicitação de assistência social psicológica a ela e o filho.

Filha de servidor tenta entrar com dinamite em presídio onde estão presos do PCC

 


Explosivo em gel seria tinha o bastante para derrubar uma parede

Jovem de 22 anos foi preso nesta segunda-feira (19) tentando entrar com dinamite em gel na Penitenciário de Tacumbú, maior presídio do Paraguaia e onde encontram-se presas lideranças da facção criminosa brasileira  (Primeiro Comando da Capital), que disputa o domínio do tráfico de armas e drogas entre os dois países.

De acordo com o site ABC Color, o explosivo estava dentro de um pacote de encomendas em meio a papel higiênico, farinha e azeite, destinado e um dos internos identificado apenas com o Carlos Duarte. A ministra da Justiça Cecília Pérez Rivas disse que Duarte teria se recusado a receber o pacote por motivos não revelados.

Ela disse ainda não haver indícios de que o preso esteja ligado a alguma organização como o . A jovem foi identificada como filha de um fiscal judicial e há suspeita de que tenha havido contribuição de servidores. A presa, por sua vez, disse ter sido contatada por um desconhecido para levar o material ao presídio.

A quantidade de explosivo apreendida seria capaz para derrubar uma parede, motivo pelo qual o flagrante pode ser considerado ato de terrorismo