sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Governo de SP envia à Alesp projeto para extinguir CDHU, EMTU e outras autarquias e fundações estaduais

 


Com o projeto, a gestão Doria (PSDB) pretende cortar 5.600 vagas no funcionalismo público e gerar um resultado financeiro de R$ 8,8 bilhões. Documento também propõe extinção do CDHU e EMTU, sendo absorvidas por secretarias.

Por Vivian Reis e Léo Arcoverde, G1 SP e GloboNews — São Paulo

 


Governo do Estado envia à Alesp proposta que acaba com a EMTU e a CDHU

O governo de São Paulo enviou para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta quarta-feira (12) um projeto de lei de reforma administrativa que visa extinguir 10 empresas, autarquias e fundações até o início 2021, como forma de tentar minimizar os impactos financeiros da pandemia do coronavírus.

Entre as empresas incluídas na reforma de extinção estão a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) (veja lista abaixo). Com o projeto, a gestão João Doria (PSDB) pretende cortar 5.600 vagas no funcionalismo público e gerar um resultado financeiro de R$ 8,8 bilhões.

A secretaria estadual de projetos, orçamento e gestão argumenta que a pandemia trouxe queda significativa da atividade econômica em 2020, ao mesmo tempo em que as despesas aumentaram, o que leva a uma estimativa de perda de arrecadação este ano de quase R$ 27 bilhões.

O problema mais grave, no entanto, seria o ano de 2021, de acordo com a gestão estadual, pois não há perspectiva de auxílio do governo federal, a economia não deve se reerguer na mesma velocidade com que caiu, e as despesas devem seguir nos mesmos níveis deste ano. O estado prevê déficit de R$ 10,4 bilhões para este ano.

EMTU é uma das empresas que o governo quer extinguir — Foto: Arquivo/A Tribuna de Santos
EMTU é uma das empresas que o governo quer extinguir — Foto: Arquivo/A Tribuna de Santos

A solução proposta pelo governo, então, é um "programa de modernização administrativa", que inclui enxugar a máquina pública, com a extinção de 10 autarquias, empresas e fundações entre o final de 2020 e o início de 2021. Os órgãos seriam absorvidos pelas pastas já existentes.

O projeto prevê ainda um programa de demissão voluntária para os servidores celetistas, caracterizados como estáveis pela Constituição Federal. O grupo engloba aproximadamente seis mil funcionários contratados até 1983, aqueles que já se aposentaram pelo Regime Geral de Previdência Social, e aqueles que já cumpriram todos os pré-requisitos necessários às suas aposentadorias, porém continuam trabalhando.

O governo quer oferecer um incentivo financeiro para que esses profissionais se desliguem da administração pública, acabando com uma despesa anual de seria de R$ 600 milhões.

O texto do projeto de lei prevê ainda um ajuste fiscal e tributário que inclui o corte de 20% de todos os benefícios fiscais concedidos a todos setores da economia. Atualmente, o governo deixa de arrecadar R$ 40 bilhões ao ano com a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

"Todas essas medidas propiciarão um resultado financeiro para o estado da ordem de R$ 8 bilhões e 800 milhões, que nos ajudarão ao equilíbrio fiscal nas nossas contas em 2021", afirma o secretário de Projetos, Orçamento e Gestão do Estado de São Paulo, Mauro Ricardo.

Empresas incluídas no projeto de reforma:

  1. Fundação Parque Zoológico de São Paulo;
  2. Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (FURP);
  3. Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP);
  4. Instituto Florestal;
  5. Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU);
  6. Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU/SP);
  7. Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN);
  8. Instituto de Medicina Social e de Criminologia (IMESC);
  9. Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP);
  10. Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo "José Gomes da Silva" (ITESP);

O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE) deve passar por uma reestruturação.

Área de Proteção Ambiental Sistema Cantareira, uma das unidades cuidadas pela Fundação Florestal — Foto: Divulgação/Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente
Área de Proteção Ambiental Sistema Cantareira, uma das unidades cuidadas pela Fundação Florestal — Foto: Divulgação/Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente

Defesa da Fundação Florestal

Antes mesmo de chegar à Alesp, o projeto do governo sofreu críticas, que começaram ainda no início desta semana nas redes sociais, após uma entrevista do secretário Mauro Ricardo em que ele citou a Fundação Florestal como um dos órgãos que devem ser extintos.

Em um manifesto assinado por 84 pesquisadores consta não apenas o repúdio à proposta, como o pedido para que a Fundação Florestal seja fortalecida.

"Os recursos financeiros no primeiro semestre de 2020 foram pouco mais de R$ 174 milhões, dos quais apenas 30% vieram do Tesouro do Estado de São Paulo e o restante composto por projetos, compensação ambiental e receita própria", argumentam os pesquisadores.

"Estes valores permitem ganhos para a sociedade paulista superiores a 15 vezes o investimento e garantem a manutenção de milhares de postos de trabalho bem distribuídos. A economia de sua extinção é praticamente nula frente às projeções de necessidade de redução de déficit do governo do estado", continuam no manifesto.

Entre outros pontos, o grupo lembra que:

  • o planeta vive uma crise do clima e da biodiversidade, com um milhão de espécies ameaçadas e cerca de dois terços dos habitats naturais comprometidos no mundo;
  • o governo do estado assumiu o compromisso, em fevereiro, durante a conferência BIO 2020, de se engajar em um acordo global pela natureza e pelas pessoas;
  • os impactos sociais e econômicos da pandemia da Covid-19 têm origem justamente na degradação da natureza e na falta de cuidados com a vida silvestre;
  • além de proteger um patrimônio público, o investimento em áreas de proteção gera movimento da economia, com postos de trabalho e milhões de reais em carbono estocado;
  • as unidades de conservação são fundamentais para pesquisa científica de institutos e universidades;
  • as unidades de conservação são obrigações constitucionais, visto que são ferramentas para a proteção da natureza e dos valores culturais, conforme o artigo 225 da Constituição Federal;
  • das 130 unidades de conservação sob responsabilidade do estado de São Paulo, 102 estão sob gestão da Fundação Florestal, que correspondem a cerca de 4,6 milhões de hectares, além de 56 reservas privadas (RPPNs), com mais de 17 mil hectares;
  • os números mostram que o órgão conseguiu reduzir os desmatamentos no estado, investir no ecoturismo, aumentar o número de visitantes e gerar renda para comunidades locais.

"Concluímos que o estado de São Paulo, enquanto guardião dos maiores remanescentes da Mata Atlântica (segundo maior bioma florestal do Brasil e o mais devastado bioma do país), de trechos de Cerrado ameaçados em alto grau, e da importante biodiversidade costeira e marinha em suas costas, tem uma responsabilidade intransferível de zelar pela boa gestão de suas unidades de conservação – principal razão de ser da Fundação Florestal de São Paulo", afirmam os pesquisadores.

Também reivindicando a manutenção da instituição, as associações de moradores do Vale da Bocaina e do Vale do Ariró lançaram um abaixo-assinado, e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) enviou um ofício à secretaria de meio ambiente solicitando maiores informações sobre a intenção do governo.

Extintas em 2019

No dia 1 de janeiro de 2019, assim que assumiu o mandato como governador do estado de São Paulo, João Doria enviou para avaliação dos deputados na Assembleia Legislativa a proposta de extinguir, vender ou fundir a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) e outras cinco empresas públicas:

  • a Companhia de Obras e Serviços (CPOS);
  • a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa);
  • a Companhia de Desenvolvimento Agrícola (Codasp);
  • a Companhia de Processamento de Dados (Prodesp);
  • a Imprensa Oficial do Estado.

De acordo com o governo, essas seis empresas foram responsáveis por um déficit de R$ 195 milhões em 2017, e a proposta era de que CPOS, Emplasa e Codasp passassem por uma fusão e se tornassem uma única empresa, assim como a Imprensa Oficial e a Prodesp, sendo que esta última ação traria economia de R$ 30 milhões por ano.

Em maio de 2019, a Alesp aprovou o projeto de lei, mas retirou a Dersa do pacote, e extinguiu a Codasp, a CPOS e a Emplasa.

O governo enviou nova proposta à Alesp sobre a Dersa, insistindo por sua extinção. Em setembro de 2019, o projeto foi aprovado pelos deputados.

Doria fará pacote de ajuste fiscal para diminuir rombo em 2021

Concursos Guarda Municipal em 2020 abrem 4 editais para nível médio! Até R$ 1.749,35

 

As vagas foram divulgadas para diversos estados. Todas as oportunidades são para candidatos com o ensino médio completo.

De acordo com o levantamento feito pelo Notícias Concursos, há vários editais de concursos públicos abertos para preenchimento de vagas na Guarda Civil Municipal. As vagas foram divulgadas para diversos estados. Todas as oportunidades são para candidatos com o ensino médio completo.

O Guarda Municipal deverá zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município; prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais; atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais; colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social; colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos direitos fundamentais das pessoas; entre outras tarefas.

Confira a lista completa, que conta com editais abertos. Juntos, oferecem 39 vagas.

1- Guarda de Ferraz Vasconcelos (SP)

Na Prefeitura de Ferraz Vasconcelos, Estado de São Paulo, estão abertas 20 vagas imeditas para Guarda Civil Municipal. Desse total, 15 são para o sexo masculino e 05 para o feminino.

Além de nível médio completo, é necessário ter CNH na categoria ‘AB’, ‘B’, ou superior, altura mínima de 1,60 para mulheres e 1,65 para homens. A jornada de trabalho será de 40 horas semanais.

O salário será de R$ 1.594,94. Os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever entre 17 de agosto e 17 de setembro de 2020 no site oficial da Vunesp, banca organizadora. A taxa de inscrição custa R$60.

2- Guarda de Itinga (MA)

Em Itinga, Maranhão, foram abertas 10 vagas para carreira de Guarda Municipal. Além disso, serão oferecidas vagas em cadastro reserva, para contratação conforme necessidade. A jornada de trabalho será de 44 horas semanais.

A remuneração será de R$ 1.200,00. Os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever entre 19 de agosto e 03 de setembro de 2020 no site da banca organizadora. A taxa de inscrição custa R$85,00.

3- Guarda Municipal das Prefeituras do Agreste Potiguar (RN)

No Estado do Rio Grande do Norte, a Prefeitura Municipal de Agreste Potiguar abriu concurso público que visa preencher 57 vagas em cargos de Guarda Civil Municipal, função que exige o ensino médio completo e tem salários de até R$ 1.045,00.

Conforme o documento de retificação (retificação II), o concurso teve suas inscrições prorrogadas novamente e agora os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever até às 23h59min do dia 08 de outubro de 2020, no site oficial da Funcern. A taxa de inscrição está fixada em R$ 100,00.

As lotações serão nas cidades de Monte Alegre (8 vagas), São José do Mipibu (10 vagas), Vera Cruz (15 vagas), Brejinho (12 vagas) e Lagoa Salgada (12 vagas). Saiba mais sobre o concurso.

4- Prefeitura de Rio Claro (SP)

São Paulo, a Prefeitura Municipal de Rio Claro faz saber aos interessados a abertura de um novo edital (nº 01/2020) de processo seletivo simplificado para preenchimento de 50 vagas no cargo de Guarda Civil Municipal classe inicial – nível I.

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Conforme o documento publicado, a função exige nível médio completo; altura mínima de 1,70m para candidatos do sexo masculino e de 1,60m para candidatas do sexo feminino; carteira nacional de habilitação (CNH) na categoria “A/B”; e idade igual ou superior a 18 anos e no máximo 30 anos. O salário oferecido será de R$ 1.749,35, por 40 horas semanais.

De acordo com o edital, serão preenchidas 50 vagas. Para concorrer, é necessário o ensino médio completo; carteira nacional de habilitação (CNH), no mínimo, categoria “A/B”, válida; possuir altura mínima de 1,70m (um metro e setenta centímetros) para candidatos do sexo masculino e de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) para candidatas do sexo feminino; ter idade igual ou superior a 18 anos e no máximo 30 anos, na data de encerramento das inscrições.

Os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever até às 17h do dia 10 de setembro de 2020, no endereço eletrônico oficial da banca organizadora Instituto Mais. O valor da inscrição está fixado em R$ 55,00. Saiba mais sobre o concurso.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Sistema socieducativo está de luto

O Sistema socioeducativo está de luto, pelo falecimento do nosso companheiro, José Ricardo,  devido a um acidente de carro...

São Paulo lança RG digital; veja como baixar e usar


Renato Mota 
Identidade documento digital aplicativo
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O aplicativo RG Digital SP está disponível para iOS e Android, e pode ser utilizado por qualquer pessoa que tenha emitido seu documento de identidade no estado a partir de fevereiro de 2014

A versão digital da nova célula de identidade dos paulistas já pode ser baixada a partir desta quarta-feira (12), por meio do aplicativo RG Digital SP. A iniciativa da Polícia Civil de São Paulo permite que o documento seja armazenado no smartphone, mas não substitui a necessidade de emissão do RG físico.


Podem ter acesso ao documento virtual aqueles que tiverem RG emitido a partir de 4 de fevereiro de 2014, que possuam numeração vermelha, QR Code impresso no verso e estejam cadastrados no Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (Abis) da Polícia Civil. O aplicativo está disponível para Android 5.0 e iOS 10 (e versões superiores).

Segundo a Polícia Civil, 95% da população de São Paulo já tem o RG com QR Code - quem ainda possui o documento antigo deve providenciar sua atualização para poder usar o app. Com o documento em mãos, basta abrir o aplicativo e selecionar a opção "Adicionar RG", para escanear o código QR do verso do RG original, seguindo os passos da tela do celular.

O aplicativo vai então direcionar o cidadão para a "prova de vida", feita via biometria facial. Por isso, o processo só pode ser concluído se o aparelho tiver uma câmera com pelo menos 5 MP e conexão ativa com a internet.

O RG digital armazenado no celular, certificado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), é aceito em todo o território nacional - conforme Lei Federal 7.116/83 e Decreto Federal 9.7278/18, bem como a Portaria DIPOL 109/20. Em uma abordagem policial, a apresentação do documento deve ser aceita como se fosse o original. O agente de segurança poderá, inclusive, verificar sua autenticidade via smartphone.

Em caso de troca do aparelho ou desinstalação do aplicativo, basta baixar novamente o RG Digital SP e seguir os passos novamente. Porém, o documento virtual só estará disponível em um aparelho celular por vez, e pode ser bloqueado caso haja tentativa de obtenção em outros celulares. No caso de roubo ou furto, a Polícia Civil pede que o cidadão registre o fato na Delegacia Eletrônica ou pessoalmente nas delegacias de polícia.

APLICATIVOS IDENTIDADE DIGITAL GOVERNO DE SÃO PAULO SÃO PAULO IDENTIFICAÇÃO
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