terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Policiais civis entram em confronto com a PM legislativa na Alba; veja







31.01.2020, 20:55:00
Atualizado: 31.01.2020, 23:50:39
(Foto: Hilza Cordeiro/CORREIO)
Após a fala do deputado Hilton Coelho (Psol), o clima ficou tenso na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) durante a Sessão Extraordinária para a votação da PEC 159/2020, que propõe a reforma da Previdência dos servidores públicos estaduais. Manifestantes membros da Polícia Civil invadiram o plenário e entraram em embate com a Polícia Militar legislativa. Antes, ainda durante a fala de Hilton, os manifestantes presentes na galeria jogaram ovos em direção aos parlamentares. O presidente da casa, Nelson Leal, foi atingido. Isso aconteceu por volta das 20h30. Às 23h01, a PEC da Previdência Social dos servidores estudais foi aprovada.
Por conta da confusão, a sessão ficou suspensa das 20h30 até 22h22, quando a votação foi retornada. Por volta das 21h, o Batalhão de Polícia de Choque chegou ao local. Durante o confronto, a tribuna de imprensa também foi invadida pelos servidores que estão protestando. A categoria é contra PEC e pede ainda que seja garantido 100% da pensão por morte. De acordo com o Sinspeb, o policial civil e o penal que estão no fim da carreira recebem um salário em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Se for aplicada a média que contém na PEC, o salário será reduzido para cerca de R$ 4,5 mil do servidor que está no fim da carreira.
Na Alba, os servidores gritam para os deputados: “Vendidos! R$ 50 mil reais, R$ 50 mil reais”. O governador Rui Costa repassou essa quantia em emenda parlamentar para que os deputados comparecessem à Alba a fim de votar a proposta. Dos 63 parlamentares baianos, 55 registraram presença para discutir a pauta.
(Hilza Cordeiro/CORREIO)
Após a chegada do Choque, a maior parte dos deputados saíram do plenário. Só permaneceram no local os servidores em protesto, que ocuparam os assentos dos deputados, e os deputados Hilton, Capitao Alden (PSL) e Prisco (PSC). 
O confronto não terminou por aí. A PM ainda jogou gás lacrimogênio quando os policiais civis tentaram enfrentar a PM para entrar em uma sala onde os deputados se enconseram. Por volta das 22h22, os deputados votaram o primeiro turno. Por volta das 22h24, os deputados começaram a votar o segundo turno. Às 23h01, a PEC da Previdência Social dos servidores estudais foi aprovada.
Servidores tentam impedir votação
Concentradas em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), diversas categorias de servidores públicos protestaram contra a PEC 159/2020, nesta sexta-feira (31).
Ao CORREIO, o presidente da APLB Sindicato, Rui Oliveira, informou que os trabalhadores foram surpreendidos com a queda da liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que havia suspendido a tramitação da PEC. 
“O governador foi pessoalmente ao TJ e derrubou a liminar. E de forma inédita, porque nunca na história da Assembleia houve votação em dia de sexta. Os deputados se submeteram a isso”, disse. 
O governo tem até a meia-noite desta sexta para votar, em dois turnos, a aprovação ou rejeição da PEC. Esse é o prazo que justifica a Convocação Extraordinária feita por Rui, que antecipou a volta ao trabalho dos parlamentares.
“A nossa expectativa é de que não seja aprovada hoje, porque entendemos que o projeto tem condições de ser melhorado. Isso não precisa ser aprovado agora porque o governo tem até junho/julho para enviar a proposta para o governo federal”, afirmou Ivanilda Brito, presidente do Sindsaúde. 
Entre os grupos contrários à proposta da forma que foi discutida, e que estão presentes no local, constam representantes do Sindpoc (policiais civis), Sindmed (médicos), Sintaj (judiciário), Andes (docentes), Fenaspen (servidores penitenciários), SindSefaz (fazendários), SindSaúde, Aduneb, Sintest, entre outros.
De acordo com o representante do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, com a reforma, a categoria deve perder os direitos à integralidade e paridade, que é a aposentadoria com o último salário e a validade dos ajustes salariais tanto para ativos quantos inativos, respectivamente. 
“Esses foram pontos garantidos à Polícia Militar. A gente quer para a polícia civil as mesmas garantias que foram dadas à PM. Não tem justificativa isso em cima da gente. O governo ficou com medo de uma nova greve da PM e fez uma escolha política de salvar a PM”, disse Lopes.
Para Ivanilda Brito, do SindSaúde, as mudanças no Abono de Permanência são uma ‘economia de palito’. O abono é dado ao servidor que permanece trabalhando mesmo já tendo os requisitos para a aposentadoria. 
A sindicalista diz que muitos servidores continuam trabalhando por causa desse incentivo, que atualmente é de 100%. Na nova proposta, o abono cai para 70%. “Quem é que vai querer ficar com esse incentivo baixo? Todo mundo vai querer se aposentar. Isso era o incentivo e, se acabar, não faz sentido continuar”, aponta ela.
Cerca de 300 manifestantes estão em frente à Alba com carro de som e bandeiras dos respectivos sindicatos. 
Independentemente do resultado, os sindicatos trabalhistas prometem protestar na Festa de Yemanjá, no Rio Vermelho, onde o governador Rui Costa deve apresentar a Major Denice Santiago, que comanda a Ronda Maria da Penha, como pré-candidata à prefeitura de Salvador pelo PT

Concurso PM SP 2020: Seis editais autorizados com salário de até R$ 6.726,10



Foram autorizados seis novos editais para concurso da Polícia Militar de São Paulo (PM SP), o primeiro destes documentos, que será para o cargo de soldado, deve ser publicado até junho, segundo a assessoria de imprensa da corporação.
No total, os editais vão trazer 5.605 vagas distribuídas por diferentes cargos, confira a seguir:
  •  2º tenente médico PM (41 vagas)
  • aluno oficial PM (130 vagas)
  • soldado PM 2ª classe (5.400 vagas )
  • 2º tenente dentista PM (26 vagas)
  • 2º tenente veterinário PM (2 vagas)
  • 2º tenente farmacêutico PM (6 vagas)
Para a carreira de soldado serão publicados dois editais, sendo que cada um terá 2.700 vagas. No momento, o processo de escolha da banca organizadora que ficará responsável pelas etapas da seleção está em andamento.
A convocação dos aprovados no primeiro concurso está prevista para maio de 2021. Já o segundo edital também com 2.700 vagas deve ficar para o fim deste ano, sendo que os aprovados na seleção serão chamados em novembro de 2021.

Requisitos

Quem tem interesse em se candidatar para as vagas de soldado deve ter ensino médio completo, Carteira Nacional de Habilitação entre as categorias B e E, idade entre 17 e 30 anos e altura mínima de 1,55m para mulheres e 1,60m para homens.
Já para a carreira de oficial os interessados devem ter o nível médio para provimento, idade entre 17 e 30 anos, altura mínima de 1,55M para mulheres e 1,60m para homens. A remuneração para a carreira é de R$ 3.164,58 e após o curso de formação passa a ser de R$ 3.497,00.
Por fim, para tenente é necessário ter nível superior na área de interesse. O ganho inicial é de R$ 3.116,76 para aluno-oficial, depois do curso de formação, no posto de 2º tenente, a remuneração passa para R$ 6.726,10.

Como podem ser as provas?

A Fundação Vunesp foi responsável pelo último concurso PM SP que aconteceu em 2019. Na época foram publicados três editais, sendo dois com 2.700 vagas para soldado e outro com 190 vagas para a carreira de oficial.
A prova objetiva objetiva para soldado contou com 60 questões, já as avaliações de oficiais foram compostas por 80 questões. Confira qual foi o conteúdo de cada exame:

Soldado

  • Língua Portuguesa e Interpretação (20)
  • Matemática (14)
  • Conhecimentos Gerais (14)
  • Noções Básicas de Informática (06)
  • Noções de Administração Pública (06)

Oficiais

  • História
  • Filosofia
  • Sociologia
  • Geografia
  • Língua Portuguesa e interpretação de texto
  • Língua Inglesa ou Espanhola
  •  Matemática
  • Noções de Administração Pública
  • Noções Básicas de Informática
Os candidatos ainda tiveram que realizar uma redação, passaram por exame de aptidão física, psicológico e de saúde, avaliação de conduta social e análise de documentos. A validade do concurso PM SP será de três meses para oficiais e seis meses para soldados, podendo ser prorrogado em ambos os casos.

João Doria prometeu 21 mil vagas para PM e PC

Ao ser eleito em 2018, o governador do estado de São Paulo, João Doria prometeu aumentar o efetivo das Polícias Militar e Civil como forma de fortalecer a Segurança Pública. Para isso foi proposta a abertura de 21 mil vagas para as corporações.
Do total de oportunidades, 13 mil são para a PM e 8 mil garantidas para a PC. A melhora na condição salarial dos policiais também esteve na pauta do governador.