quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Governo será obrigado a fornecer curso de prevenção contra incêndios a servidores do Degase

 

Lei tem o objetivo de treinar ao menos 20% do efetivo do órgão em cursos de prevenção contra incêndios

POR O DIA
Alerj
Rio - Agora é lei! Foi publicado no Diário Oficial do Executivo desta quarta-feira a criação do programa de aprimoramento de técnicas e ações preventivas contra incêndios para servidores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) do Rio. A lei, de autoria do deputado Alexandre Knoploch (PSL), tem o objetivo de treinar ao menos 20% do efetivo do órgão em cursos de prevenção contra incêndios.
O curso será oferecido para voluntários e, caso não sejam em número suficiente, a administração do Degase poderá indicar os participantes. O edital para o curso deverá ser regulamentado pelo Governo do Estado. "O departamento não possui em suas unidades aparato para evitar incêndios, o que pode causar tragédia já que também não há preparo entre os agentes na prevenção de sinistros", Alexandre

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Agentes pedem providências contra surto de tuberculose em unidade socioeducativa


Manifestação aconteceu em frente à sede da UIM, no bairro do Tabuleiro dos Martins

Cortesia
Atualizada às 14h20
Servidores do Sistema Socioeducativo que trabalham na Unidade de Internamento Masculino (UIM) realizaram – na manhã desta terça-feira (14) – um protesto para cobrar do Governo de Alagoas, através Secretaria de Prevenção à Saúde (Seprev), a resolução de um surto de tuberculose iniciado no local na última sexta-feira (10). A categoria afirmou que teme pela saúde dos trabalhadores e dos internos do local.
A manifestação foi realizada em frente à sede da UIM, na Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro do Tabuleiro dos Martins, na parte alta de Maceió.
De acordo com Jardel Oliveira, secretário de Administração e Finanças do Sindicato dos Agentes de Segurança Socioeducativo e Prestadores de Serviços do Sistema Penitenciário do Estado de Alagoas (Sindassepspal), na sexta-feira quatro internos foram examinados com a suspeita de tuberculose. Após a realização de exames, foi constatado que um deles havia contraído a doença.
Nessa segunda-feira (13), um segundo interno também foi diagnosticado do com a doença, deixando servidores e infratores amedrontados com a rápida disseminação da tuberculose no local. Além dos dois casos já confirmados, há ainda mais dois menores em observação com suspeitas do quadro.
“Nós do Sindassepspal recebemos a notificação de um de nossos colegas e, imediatamente, notificamos a diretoria da unidade, a superintendência do sistema socioeducativo e também a Seprev [Secretaria de Prevenção à Violência] para que uma providência seja tomada”, informou Jardel Oliveira.
Antes da manifestação, representantes do sindicato se reuniram com representantes dos órgão competentes para tratar sobre o assunto.
A Seprev, por meio de sua assessoria de comunicação, emitiu nota sobre o caso, descartando a possibilidade de surto de tuberculose no Sistema Socioeducativo. Confira na íntegra:
NOTA
A Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) vem por meio desta nota descartar qualquer possibilidade de surto de tuberculose no Sistema Socioeducativo. Os dois casos em questão são fatores isolados e estão recebendo as devidas atenções.
A Seprev informa ainda, no final da manhã desta terça-feira (14), foi realizada uma reunião técnica com representantes da Secretaria de Saúde do Estado e do Município, onde foi reforçado, por meio da equipe de Vigilância Epidemiológica, que todos os protocolos e normas foram seguidos pela gestão da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese) no atendimento e tratamento dos adolescentes diagnosticados com a doença.
Os protocolos padrões seguidos vão desde a consulta médica, exames e utilização de medicamentos prescritos pelos médicos do Hospital Escola Hélvio Alto, onde os adolescentes receberam atendimento.
Vale lembrar que no último mês de novembro, também em parceria com a Secretaria da Saúde, foram realizados eventos preventivos, onde foram atualizadas todas as vacinas dos adolescentes e dos servidores.
A Seprev aproveita para reiterar o seu compromisso com a saúde de todos os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas bem como de seus servidores.

INSS vai contratar 7 mil militares da reserva para reduzir fila de processos, diz governo


Ministério da Economia também quer restringir cessão de servidores do INSS a outros órgãos. Hoje, há quase 2 milhões de processos parados; meta é resolver acúmulo até setembro.

Por Laís Lis, Elisa Clavery e Yvna Sousa, G1 e TV Globo — Brasília
 

Governo vai contratar 7 mil militares da reserva para ajudar no INSS
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou nesta terça-feira (14) que 7 mil militares da reserva vão reforçar o atendimento no INSS. A ideia é que o pacote seja implementado até abril e, com isso, a fila de quase 2 milhões de pedidos represados seja resolvida até setembro.
O governo também quer restringir a cessão de servidores do INSS a outros órgãos, e instalar uma força-tarefa para a perícia dos 1.514 servidores que estão afastados do instituto. O anúncio foi feito após reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com Marinho e a equipe econômica nesta segunda (13).
"A ideia é que esses militares possam ingressar no atendimento, nos postos de atendimento, para permitir que os profissionais, que os funcionários do INSS nos ajudem na análise dos documentos, dos processos, e agilizem essa análise", declarou Marinho.
As mudanças serão publicadas em um decreto. Segundo o governo, o texto também vai incluir medidas de desburocratização do atendimento do INSS, como o fim da obrigação em autenticar documentos e atualizar certidões ao longo da tramitação.
Hoje, 7.820 servidores do INSS fazem a análise de documentos para a concessão de benefícios. Com a chegada dos militares, funcionários do INSS devem sair do atendimento e reforçar a análise. A expectativa é que o número de analistas chegue a 10 mil.
Mesmo após setembro, segundo o secretário, não há expectativa de que o estoque de processos pendentes seja zerado por completo. A meta, diz Marinho, é que os casos não fiquem acumulados – ou seja, que o número de novos pedidos seja similar ao número de processos concluídos.
"O estoque não será zerado. Você tem 988 mil pedidos que entram todos os meses, não dá para zerar estoque. O que a gente está dizendo é que pretende que todo mês, até setembro, outubro, a gente tenha aí esse número de requerimentos da mesma quantidade que temos capacidade de processar. É isso que a gente quer", explicou.
O secretário informou, ainda, que o pacote de ações custará R$ 14,5 milhões por mês. O valor inclui a gratificação dos militares – que, por lei, equivale a 30% adicionais sobre a aposentadoria na reserva.
Parte do custo, segundo Marinho, será compensada pela economia do governo com o fim da correção monetária gerada, justamente, por esses atrasos sucessivos. "Consideramos que esse custo será compensado com a correção monetária que o governo deve deixar de pagar com os empoçamentos."

Atrasos nas análises

Segundo o presidente do INSS, Renato Vieira, o acúmulo de processos vem de 2018, quando o estoque de processos atrasados aumentou. Vieira diz que em todos os meses de 2019, o número de decisões do INSS foi maior que o de novos requerimentos.
Hoje, quase 2 milhões de pedidos de brasileiros aguardam uma resposta do INSS para aposentadorias e outros benefícios, como salário-maternidade e auxílio-doença. Desses, 500 mil estão a espera de documentos que dependem do segurado, mas quase 1,5 milhão estão parados por falha no sistema.
Segundo o secretário de Previdência, sem a contratação temporária dos militares, a demora para regularizar o fluxo de processos seria ainda maior. Ele diz que a população pedia uma resposta mais rápida, paralela às ações de modernização e enxugamento da máquina – que, segundo ele, estão funcionando.
“Se tivéssemos feito um concurso, estaríamos dando uma solução definitiva em cima de um problema que é específico. Estamos resolvendo o problema com as armas que a legislação permite”, afirmou Marinho.

Espera longa

Filas de pedidos de benefícios continuam paradas nos postos do INSS
Na última semana, o próprio presidente do instituto, Renato Vieira, admitiu que a situação só deveria ser regularizada nos próximos seis meses.
O problema teve início no fim de 2019 e se mantém até então, dois meses após a promulgação da reforma da Previdência. Até agora, o sistema não foi adaptado às mudanças – uma das razões para a fila nos pedidos de aposentadoria. Oficialmente, o presidente do INSS nega que os atrasos tenham relação com essa atualização das regras.

Sem fila única

Até o ano passado, todos os pedidos feitos ao INSS eram processados em uma fila única, por ordem cronológica e sem prioridade – o governo dizia que isso evitava o uso político dos benefícios. Segundo Renato Vieira, esse cenário mudou em julho, quando centrais especializadas foram criadas para processar cada categoria.
Com a mudança, as aposentadorias passaram a ser processadas por uma equipe específica, e os pedidos de pensão por invalidez, por exemplo, vão para outra fila. Após essa triagem, o critério de antiguidade do processo se mantém.
Vieira diz que o servidor do INSS era um "clínico geral", e que isso mudou. Segundo ele, o prazo médio de análise das licenças-maternidade é bem menor do que das aposentadorias, por exemplo.
“Dona Maria grávida entra na fila apenas das outras donas Maria grávidas. O seu José que pediu aposentadoria por idade entra na fila de aposentadoria por idade, porque existem centrais especializadas. Cada esteira de requerimento deságua em uma central especializada”, afirmou o presidente do INSS.

Outras medidas

Em 2019, o Ministério da Economia autorizou o remanejamento de 319 servidores da Infraero e de 62 da Valec para reforçar o quadro de funcionários do INSS. Por meio de nota nesta segunda-feira (13), a pasta informou que apenas 80 servidores da Infraero foram remanejados, além dos 62 da Valec. “O restante dos 319 estão sendo remanejados aos poucos”, disse o ministério.
Na mesma nota, a pasta informou que o governo estuda medidas para acelerar a análise de benefícios do INSS “sem a realização de concurso público”.