terça-feira, 26 de novembro de 2019

Prisão em 2ª instância: líderes se reúnem com Moro nesta terça para discutir texto a ser votado

Por Gustavo Garcia e Sara Resende, G1 e TV Globo — Brasília
 

--:--/--:--
Maia e Alcolumbre costuram acordo para aprovar prisão em segunda instância no Congresso
Líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado se reunirão nesta terça-feira (26) com o ministro da Justiça, Sergio Moro, para debater a votação de uma proposta que permita a prisão após condenação em segunda instância.
O encontro acontecerá na residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Também são esperados o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os presidentes das comissões de Constituição e Justiça das duas Casas, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o deputado Felipe Francischini (PSL-PR).
Na semana passada, Alcolumbre disse que buscará um acordo entre Senado e Câmara para definir o texto sobre o tema a ser votado pelos parlamentares.
Nesta segunda (25), porém, Maia disse que a Câmara dará andamento a uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que já passou pela CCJ e será analisada por uma comissão especial. O texto foi apresentado pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP).
No Senado, um grupo de parlamentares defende a aprovação de um projeto de lei que altera o Código de Processo Penal (CPP). A proposta foi apresentada pelo senador Laiser Martins (Podemos-RS).
--:--/--:--
Presidente do Senado diz que tenta acordo com a Câmara sobre segunda instância

Propostas em discussão

Saiba, em perguntas e respostas, quais são as propostas em discussão no Congresso Nacional.
O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO?
Segundo o artigo 5º da Constituição, "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Isto é, a pessoa não será considerada culpada por um crime enquanto couber recursos a outras instâncias da Justiça.
O QUE O STF DECIDIU?
Por 6 votos a 5, os ministros entenderam que a prisão de uma pessoa condenada só pode ser decretada quando houver o trânsito em julgado. A decisão mudou o entendimento adotado desde 2016, segundo o qual a prisão poderia ser decretada a partir da condenação em segunda instância.
O QUE DIZ A PROPOSTA DO SENADO?
O projeto modifica o artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP), especificamente na parte da prisão sobre execução da pena.
O texto define que a prisão poderá ocorrer após "condenação criminal exarada por órgão colegiado", o que, na prática, permite que um tribunal de segunda instância autorize a prisão.
O QUE DIZ A PROPOSTA DA CÂMARA?
A PEC altera os artigos 102 e 105 da Constituição, transformando em ações independentes os recursos especiais e extraordinários apresentados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao STF.
Na prática, pela PEC, o réu só poderá recorrer até a segunda instância e, depois disso, o processo transitará em julgado. O processo até poderá seguir para o STF ou STJ, mas por meio de uma nova ação para questionar aspectos formais da sentença.
EM QUE FASE ESTÃO AS PROPOSTAS?
O texto em análise no Senado é um projeto de lei. Na semana passada, foi apresentado um relatório favorável à proposta, e o tema é o primeiro item da pauta da CCJ desta quarta-feira (27). Se aprovado pela comissão, o projeto seguirá para votação no plenário da Casa. Para ser encaminhado à Câmara, precisa do apoio da maioria simples dos senadores, ou seja, metade dos votos mais um, desde que estejam presentes à sessão pelo menos 41 dos 81 parlamentares.
A PEC em discussão na Câmara já passou na CCJ e agora será analisada por uma comissão especial. O texto a ser aprovado será enviado ao plenário da Casa. Por se tratar de emenda à Constituição, a PEC deverá ser submetida a dois turnos de votação e só será aprovada se tiver o apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares, portanto, 308 dos 513 deputados.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Precatórios: reta final de pagamentos

Publicado
  
em
 
Foto: Agência Brasil
PUBLICIDADE
Da Redação
redacao@grupojbr.com
A Coordenadoria de Precatórios (Coorpe) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) recebeu, da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), 2.701 propostas de credores do Distrito Federal (DF) aptas a realizar a assinatura do Acordo Direto de Precatórios.
Essas propostas representam o valor de R$ 90.121.737,62. O montante equivale a uma economia de R$ 64.762.948,85 e um incremento na arrecadação de mais de R$ 7 milhões para os cofres públicos. Já a previsão de redução do estoque da dívida do DF está em torno de R$ 162 milhões.
Até a 2ª rodada de conciliação, esses números devem sofrer alterações, já que dependem da finalização da análise de todos os requerimentos, além da concordância dos credores.
A procuradora-chefe da Câmara de Mediação e Conciliação (Camec), Tatiana Tamer, pontua que os acordos diretos representam, de forma concreta, os esforços do DF no sentido da redução do volume das dívidas relativas a precatórios.
“Essa ação se mostra benéfica a todos os partícipes, pois ao tempo em faculta ao credor o recebimento rápido e antecipado dos valores, o montante das dívidas relativas a precatórios é reduzido, com significativa economia de recursos públicos, que podem ser direcionados para outros segmentos no âmbito da administração pública distrital”, explica.
Tatiana acrescenta que essa segunda rodada de conciliação já é considerada um sucesso. “Tivemos um número superior de adesões comparada à rodada passada. A meta é finalizar os pagamentos até o final de 2019”, diz. As expectativas para uma nova rodada de conciliação também são altas. “Já estamos recebendo ligações de pessoas que não aderiram a essa rodada de conciliação e que, ao saber do pagamento dos acordos, estão interessadas em se candidatar à conciliação”, conta Tatiana Tamer.
O procurador-chefe do Contencioso em Precatórios e Requisições de Pequeno Valor, Idenilson Lima, considera o acordo direto como um instrumento importante que a Constituição Federal disponibilizou aos estados para a regularização do estoque da dívida com precatórios.
“Na prática, percebe-se que os acordos foram muito bem recebidos por quase 10% do total de credores de precatórios do DF e autarquias, apenas nessa segunda rodada, que puderam receber antecipadamente os seus créditos. Para o DF, é a materialização do princípio da eficiência, pois paga-se mais credores com menos recursos!”, diz.

1º Rodada de Conciliação

Na primeira rodada de Acordo Direto de Precatórios, foram pagos R$ 30,5 milhões, que representam 1.159 acordos realizados. Ao assinarem o acordo, os titulares de precatórios anuíram ao deságio de 40% no valor do crédito atualizado, o que resultou na economia de R$ 20,3 milhões aos cofres públicos distritais.

Alerta

O TJDFT alerta para tentativa de golpe relacionado ao Segundo Acordo Direto de Precatórios. Credores relatam o recebimento de telefonemas, nos quais o interlocutor identifica-se como servidor lotado na Coorpre e informa a data em que o jurisdicionado compareceu à unidade e assinou o termo do acordo direto.
Em seguida, pede à vítima que efetue um depósito em determinada conta bancária para que seja possível realizar o levantamento do respectivo alvará. Em alguns casos, o interlocutor informou inclusive o valor do precatório do credor.
O TJDFT esclarece que não solicita qualquer depósito bancário a credores de precatórios. Para realizar a assinatura do termo, os credores são intimados mediante o aplicativo de mensagens WhatsApp, nos termos previstos pela Portaria GPR/TJDFT 2266/18, observando estritamente a lista cronológica

Venham prestigiar o Terceiro SIPAT, NO COMPLEXO OSASCO, CASA 1 E 2


3°sipat do complexo Osasco ( saúde e Segurança dia 27 e 28 de novembro de 2019)
Dia 27 de novembro ( *CASA 1)*
 14 HORAS ABERTURA
Teremos massagem terapêutica durante o evento 
14:30 HS SÍLVIA  REZENDE AZEVEDO FLOH- CLÍNICA LARES ( PSICÓLOGA E PEDAGOGA )
PALESTRA COMO DESENVOLVER O EQUILÍBRIO PROFISSIONAL E PESSOAL NO TRABALHO

15:30 HORAS COFFE BREAK

16:00 horas
Palestra com o MARCELO DE ALMEIDA RODRIGUES 
TÉCNICO DE SEGURANÇA DA DRM3/ BRÁS
PALESTRA: PRIMEIROS SOCORROS, O QUE DEVO E NÃO DEVO FAZER PRA AJUDAR 
17:00  HORAS  ENCERRAMENTO.

Dia 28 de novembro (CASA 2 )
DOUTORA BERENICE LANCASTER / ADVOGADA
 14:00 horas PALESTRA : RELACIONAMENTO, AUTO-CONHECIMENTO E PROPÓSITO.

15:30 HORAS COFFE BREAK

16:00 HORAS MARCELO DE ALMEIDA RODRIGUES ( TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO DA DRM 3/ BRÁS, PALESTRA PRIMEIROS SOCORROS, O QUE DEVO E NÃO DEVO FAZER PRA AJUDAR

17 HORAS ENCERRAMENTO


Atenção SERVIDORES DA FUNDAÇÃO CASA, Comunicado sobre o quinquênios e sexta parte

    Quinquênio e sexta-parte
    Autor: SITSESP
    25/11/2019



    No inicio do ano (31/01/2019), o departamento jurídico do sindicato emitiu nota esclarecendo como estava o andamento do processo a respeito da ação coletiva movida pelo sindicato contra a Fundação Casa (1000655-35.2017.5.02.0015), reivindicando a aplicação do art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, especificamente o pagamento do Quinquênio e da Sexta-Parte a toda categoria. Leia aqui sobre essa matéria.
    A Fundação Casa perdeu o prazo e com a notificação do departamento jurídico do Sindicato, a Instituição entrou com recurso alegando, que por ser erário público a contagem de prazo deve ser diferente e não o que nós meros mortais temos.
    A juíza do processo após analise decidiu acolher o pedido da Fundação CASA, o sindicato contestou essa decisão e a juíza, que ficou mais de 6 meses avaliando, decidiu por encaminhar o processo para 2ª Instância.
    Hoje, o processo (1000655-35.2017.5.02.0015) do Quinquênio e da Sexta-Parte para toda categoria está na 2ª Instância e não foi para julgamento ainda. No entanto, há um parecer do Ministério Público do Trabalho favorável aos trabalhadores da Fundação CASA.
    Quando ocorrer o julgamento os advogados do Departamento Jurídico do Sindicato fará sustentação oral reivindicando os prazos dentro da normalidade e que o Tribunal mantenha a condenação da Fundação CASA em pagar a todos trabalhadores da Fundação CASA o qüinqüênio a cada cinco anos e a sexta-parte quando o trabalhador completar 20 ano

As 5 estatais que o governo quer privatizar em 2020


  • Brasília
  • [24/11/2019] [21:16]
Se o governo Bolsonaro vai terminar seu primeiro ano sem vender nenhuma estatal de controle direto da União, o cenário começa a mudar a partir de 2020. Está prevista a privatização de cinco estatais de controle direto no segundo semestre do ano que vem. O número pode ficar ainda maior, caso o Congresso aprove de forma rápida o projeto que autoriza a desestatização da Eletrobras.
As cinco estatais que estão na lista para possivelmente serem privatizadas no segundo semestre de 2020, segundo calendário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), são:
  • ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias) – que administra fundos garantidores e presta garantias às operações de riscos diluídos.
  • Casa da Moeda – responsável pela produção e impressão de papel-moeda e moeda, passaporte e selos postais.
  • Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) – estatal de abastecimento (armazéns e entreposto) de frutas, legumes, verduras, flores e pescados, localizada no estado de São Paulo.
  • Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) – estatal de abastecimento (armazéns e entreposto) de frutas, legumes, verduras, flores e pescados, localizada no estado de Minas Gerais.
  • EMGEA (Empresa Gestora de Ativos) – estatal gestora de ativos da União e de entidades integrantes da administração federal.
Publicidade
As cinco são independentes do Tesouro. Ou seja, não precisam receber necessariamente de aportes anuais da União para conseguir sobreviver. O governo tem 18 estatais dependentes, que devem custar cerca de R$ 21,5 bilhões aos cofres públicos neste ano.
Caso a ABGF, EMGEA, Casa da Moeda, Ceagesp e Ceasaminas sejam realmente privatizadas em 2020, serão as primeiras estatais de controle direto que o governo Bolsonaro vai se desfazer. Ao todo, a União tem 46 estatais de controle direto, ou seja, que é a dona, pois detém o controle da companhia. Das 46, menos na metade (17) está na mira da privatização do presidente Bolsonaro até o fim do mandato, sendo cinco delas estatais dependentes.
Até o fim de outubro, só foram vendidas ou fechadas cinco subsidiárias. As subsidiárias são estatais consideradas de controle indireto da União, pois a dona delas na verdade é umas das seis estatais-mães (Petrobras, Eletrobras, Caixa, Banco do Brasil, BNDES ou Correios). A venda de uma subsidiária é feita pela estatal-mãe, e não pelo governo. O processo de venda também é mais rápido do que de uma estatal de controle direto.
O calendário de privatizações é o previsto pelo PPI e pode sofrer alterações. O governo, por exemplo, quer fazer a privatização da Eletrobras até novembro de 2020. Mas, para isso, o Congresso precisa aprovar o projeto que autoriza a venda da companhia. O texto foi encaminhado no início do mês à Câmara e ainda aguarda o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), remeter a uma das comissões.

Por que as 5 estatais serão vendidas e como está o processo de privatização

As cinco estatais previstas para serem vendidas no ano que vem já passaram pela fase de estudos do PPI, o programa que gere as concessões e privatizações do governo. E já foram incluídas pelo presidente Jair Bolsonaro no Programa Nacional de Desestatização (PND), a segunda etapa obrigatória para dar início ao processo de venda de uma estatal de controle direto.
Em todos os casos, o BNDES já foi autorizado a realizar os estudos necessários para a privatização das companhias. Os trâmites estão nessa etapa e ainda não há um modelo de venda definido. Os editais ainda terão de passar por consulta pública e ter o aval do Tribunal de Contas da União (TCU). Somente há um prazo previsto para o leilão: 2º semestre de 2020.
1. ABGF
A ABGF foi incluída no Programa Nacional de Desestatização em setembro. Segundo o governo, apesar de a estatal apresentar balanços no azul (com lucro), a agência, na verdade, possui prejuízos operacionais recorrentes que são compensados com resultados financeiros provenientes da aplicação dos recursos disponíveis no seu caixa e no Fundo Garantidor de Infraestrutura.
Sua maior fonte de receita, com prestação de serviços, ocorre no Fundo de Garantia à Exportação. Mas, desde o segundo semestre de 2018, não há arrecadação de prêmios para novas operações desse fundo e em 2019 não houve operação aprovada.
2. Casa da Moeda
A Casa da Moeda foi incluída no Programa Nacional de Desestatização em outubro, e o BNDES também está realizando os estudos necessários para a privatização da empresa. Um ponto que ainda está indefinido é sobre a autorização do Congresso. O governo já editou uma medida provisória (MP) para acabar com a exclusividade da Casa da Moeda na produção de papel no Brasil (e evitar que seja necessário o envio de uma proposta de emenda constitucional, PEC), mas ainda é possível que seja preciso uma autorização do Legislativo para vendê-la. Técnicos analisam essa questão legislativa e jurídica.
O governo argumenta que a privatização da Casa da Moeda é necessária pois, em outros países, a fabricação de papel moeda é atividade exercida por empresa privada, como é o caso da britânica De La Rue e da alemã Giesecke & Devrient, que estão entre as maiores do setor.
3. EMGEA
A EMGEA passou a constar no Programa Nacional de Desestatização no início de setembro. O governo diz que a estatal tem registrado resultados financeiros positivos, mas a projeção do Ministério da Economia é de que a disponibilidade de caixa da estatal esteja esgotada em janeiro de 2020. Tal situação, diz o ministério, poderia fazer com que a EMGEA se torne uma estatal dependente, onerando os cofres públicos.
4 e 5. Caegesp e Ceasaminas
Já as estatais de armazéns e entreposto – Ceagesp e Ceasaminas – estão no Programa Nacional de Desestatização desde outubro deste ano e novembro de 2000, respectivamente. São as únicas duas estatais desse ramo que ainda pertencem ao governo federal, apesar de terem uma função estadual.
A Ceagesp acabou sendo federalizada em 1997 como parte da amortização extraordinária de uma dívida que o estado de São Paulo tinha com a União. Segundo o governo federal, desde então ela não tem conseguido receitas suficientes com suas operações e precisa compensar seus prejuízos com dinheiro arrecadado por meio da venda de ativos. Ainda assim, os prejuízos são recorrentes: cerca de R$ 15 milhões em 2016, R$ 17,5 milhões em 2017 e R$ 9 milhões em 2018.
Neste mês de novembro, o governo já começou o processo de desestatização da Ceagesp. A União autorizou a venda do terreno da empresa, que é o terceiro maior centro de comercialização atacadista de perecíveis do mundo. A ideia é que a empresa se instale em um lugar menor e mais bem localizado. Ainda não está definido se as funções da estatal serão vendidas ou concedidas à iniciativa privada – e se ela será privatizada em parte ou totalmente. Tudo está em estudo pelo BNDES.
Já a Ceasaminas está para ser privatizada desde o início dos anos 2000, o que nunca aconteceu. O governo Bolsonaro decidiu mantê-la no Programa Nacional de Desestatização e acelerar o processo. Segundo o PPI, quatro possíveis modelos de privatização foram identificados anteriormente, sendo necessário retomar o processo de privatização, com a elaboração dos estudos, para definir o mais adequado.