quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Bolsonaro cria a primeira estatal de seu governo, a NAV Brasil


  • É a primeira empresa pública criada desde 2013, quando a ex-presidente Dilma criou a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias
Em uma vitória da ala militar do governo frente a uma equipe econômica de viés privatizante, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a criação da primeira estatal federal desde 2013: a NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea, responsável pelo controle do espaço aéreo do País. O texto sancionado está publicado no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.
É a primeira empresa pública criada pela União desde 2013, quando a ex-presidente Dilma Rousseff criou a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF).
A NAV resulta da cisão da Infraero, que administra aeroportos públicos como Congonhas (SP) e Santos Dumont (SP), e ficará com as receitas das tarifas de navegação aérea.
Ela será vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica, e herdará cerca de 2 mil empregados da Infraero que já atuam na área de controle de tráfego aéreo.
Mas as transferências de empregados podem superar esse número. Apesar da recomendação do Ministério da Economia, Bolsonaro manteve o artigo 23 da lei, que permite a transferência de todos os empregados da Infraero em caso de “extinção, privatização, redução de quadro ou insuficiência financeira”.
Para isso, bastará a solicitação de “qualquer órgão da administração pública direta, indireta ou autárquica, mantido o regime jurídico”.
Os empregados da Infraero entram por concurso público, mas no regime de CLT. Apesar disso, um acordo coletivo firmado em 2011, quando o governo começou a privatizar aeroportos, concedeu estabilidade aos empregados até o fim de 2020.
Com a intensificação das concessões de aeroportos à iniciativa privada nos últimos anos, os funcionários temiam ficar sem emprego e atuaram para emplacar uma emenda que protegesse a categoria, durante tramitação da proposta no Congresso.
Hoje, já são 22 aeroportos privados, entre eles Guarulhos, Campinas, Brasília, Galeão, Confins, Natal, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. O governo Bolsonaro também leiloou 12 aeroportos neste ano, divididos em blocos regionais no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Os empreendimentos privados têm liberdade para contratar empregados que não sejam da Infraero, e o governo já havia sinalizado que esses funcionários poderiam ser dispensados ao fim do prazo do acordo coletivo.
A Medida Provisória que criava a NAV foi enviada ao Congresso pelo ex-presidente Michel Temer em 20 de dezembro. Em 22 de maio o governo Bolsonaro revogou a proposta que criava a NAV, por meio do envio de outra Medida Provisória, pois a matéria estava trancando a pauta de votações da Câmara.
Depois que o problema foi resolvido, a MP foi “ressuscitada” e aprovada numa tramitação relâmpago: como ela perdia validade em 27 de setembro, a Câmara aprovou a proposta no dia 25 de setembro, e o Senado, no dia 26. A MP da NAV foi relatada pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o filho 01.

Privatizações

Antes da sanção presidencial, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, que trabalha para reduzir o número de estatais, criticou a criação da NAV.
Disse que a empresa era “coisa do governo passado” e disse que sua criação não estava garantida. Deputados do Partido Novo ligaram para Mattar para se orientar. Eles tentaram obstruir a proposta, mas não tiveram sucesso.
De janeiro a setembro, o governo vendeu ativos estimados em US$ 23,5 bilhões, ou R$ 96,2 bilhões. A conta considera desinvestimentos – venda de subsidiárias vinculadas a empresas-mãe, como a TAG e a BR Distribuidora, da Petrobras -, concessões de aeroportos, terminais portuários e de um trecho ferroviário, além de campos de petróleo.
Até agora, nenhuma estatal federal de controle direto da União foi privatizada durante o governo Bolsonaro

Dia nacional da consciência negra

Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro em todo o país. A data homenageia Zumbi, um pernambucano que nasceu livre, mas foi escravizado aos seis anos de idade.
Mais tarde ele voltaria para sua terra natal e seria líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi morreu em 20 de novembro de 1695.
O objetivo do Dia da Consciência Negra é fazer uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil. Também serve para analisarmos o impacto que tiveram no desenvolvimento da identidade cultural brasileira.
A música, a política, a religião e a gastronomia entre várias outras áreas foram profundamente influenciadas pela cultura negra. Este é um dia de comemorar e valorizar a cultura afro-brasileira.

Feriado do Dia Nacional da Consciência Negra

Confira os estados e cidades que consideram o Dia Nacional da Consciência Negra como feriado:
  • Alagoas - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 5.724/95
  • Amazonas - Todos os municípios, Lei nº 84/2010
  • Amapá - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 1169/2007
  • Bahia - 3 municípios
  • Espírito Santo - 2 municípios
  • Goiás - 4 municípios
  • Maranhão - 1 município (Pedreiras)
  • Minas Gerais - 11 municípios
  • Mato Grosso do Sul - 1 município (Corumbá)
  • Mato Grosso - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 7879/2002
  • Paraná - 3 municípios
  • Rio de Janeiro - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 4007/2002
  • Rio Grande do Sul - Todos os municípios - facultativo, Lei Estadual nº 8.352
  • São Paulo - 102 municípios
  • Tocantins - 1 município (Porto Nacional).
Para saber sobre todos os feriados do mês, leia: Feriados de Novembro.

Origem do Dia Nacional da Consciência Negra

Zumbi
O Dia da Consciência Negra foi estabelecido pelo projeto Lei nº 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, apenas em 2011 a presidente Dilma Roussef sancionou a Lei 12.519/2011 que cria a data, sem obrigatoriedade de feriado.
No entanto, atualmente, o Dia Nacional da Consciência Negra é considerado feriado em mais de mil municípios.

História de Zumbi

No período do Brasil colonial, Zumbi simbolizou a luta do negro contra a escravidão que sofriam os africanos. Zumbi morreu enquanto defendia a sua comunidade e lutava pelos direitos do seu povo.
O Quilombo dos Palmares, localizado no atual estado de Alagoas, liderado por Zumbi, formavam a resistência ao sistema escravocrata que vigorava. Ali os negros escravizados recuperavam sua liberdade, preservavam a cultura africana na colônia e viviam do plantio e do comércio realizado com cidades próximas.
O assassinato de Zumbi o transformou num mito entre os africanos escravizados e sua história foi passando de geração em geração.
Zumbi lutou até a morte contra a escravidão, que só terminaria em 13 de maio de 1888, com a abolição oficial da escravatura no Brasil, cerca de 193 anos após sua morte.
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terça-feira, 19 de novembro de 2019

CCJ da Câmara aprova a redação final do PL dos militares


Brasília
19/11/2019 15h36

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Texto agora vai diretamente para o Senado
  • Projeto foi aprovado na comissão especial em outubro
  • Regras para os militares serão mais brandas do que para os demais trabalhadores
  • PL inclui também uma reestruturação das carreiras militares, com aumento de salário
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a redação final da reforma da Previdência dos militares. O texto, que vai à apreciação do Senado, também trata da reestruturação das carreiras militares.
A análise do texto na CCJ manteve o relatório final da comissão especial aprovado no mês passado sob gritos contra o presidente Jair Bolsonaro, chamado de traidor. A oposição tentou levar o texto a plenário, mas foi derrotada no último dia 6.

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Comissão aprova oferta de assistência psicossocial a agentes públicos de segurança


18/11/2019 - 15:04  
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Projeto de Lei 275/19, que assegura assistência psicossocial a todos os agentes públicos de segurança do País, a ser prestada por órgão próprio ou conveniado com a administração pública.
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
A relatora, Carmen Zanotto, ampliou o objetivo do projeto
A proposta foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pela relatora, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), ao texto original do deputado Rubens Otoni (PT-GO) e dois outros que tramitam em conjunto. “Agentes de segurança convivem com o estresse ocupacional, e isso já justifica que tenham acesso a apoio emocional rotineiro”, disse a relatora.
O projeto, originalmente, apenas torna obrigatória a realização de exames psicológicos para ingresso e permanência de policiais e bombeiros militares. O substitutivo determina ainda a oferta de assistência psicossocial a agentes de segurança de instruções operacionais e treinamentos para controle do estresse.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Wilson Silveira