quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Briga entre jovens provoca princípio de rebelião em centro socioeducativo

Por G1 Sul do Rio e Costa Verde
 

Briga entre jovens provoca princípio de rebelião no Degase em Volta Redonda — Foto: Divulgação/PMBriga entre jovens provoca princípio de rebelião no Degase em Volta Redonda — Foto: Divulgação/PM
Briga entre jovens provoca princípio de rebelião no Degase em Volta Redonda — Foto: Divulgação/PM
Os internos do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) de Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, provocaram um princípio de rebelião na tarde desta quarta-feira (21). De acordo com a Polícia Militar, eles colocaram fogo em colchões e bateram nas portas metálicas.
Ainda segundo a PM, há aproximadamente 51 internos na ala que aconteceu a rebelião e o motivo teria sido uma briga entre adolescentes de facções rivais. Funcionários do Degase conseguiram apagar o fogo e conter o tumulto. Ninguém ficou ferido.
O Grupo de Ações Rápidas (GAR) da instituição foi até o departamento para realizar uma vistoria no local. A Polícia Militar montou um cerco para evitar possíveis fugas.
Em nota, a assessoria do Degase afirmou que ninguém ficou ferido, que não houve fugas e que a situação já foi controlada.
Briga entre jovens provoca princípio de rebelião no Degase em Volta Redonda — Foto: Divulgação/PMBriga entre jovens provoca princípio de rebelião no Degase em Volta Redonda — Foto: Divulgação/PM
Briga entre jovens provoca princípio de rebelião no Degase em Volta Redonda — Foto: Divulgação/PM

França e Doria lançam decretos para acabar com as estatais em SP


Governo prevê redução de quadro de funcionários e novos concursos públicos estão em xeque no estado de SP visando a privatização dos serviços públicos
sexta-feira 4 de janeiro| Edição do dia
O governo do Estado de SP lançou dias 28/12 e 02/01 pela via do Diário Oficial um decreto e um Projeto de Lei (PL) que visa acabar com os serviços públicos no estado (veja no final deste artigo os excertos retirados do D.O).
O decreto assinado pelo milionário governador de SP João Doria visa "redução de despesas com pessoal" que "tem peso significativo no orçamento do Estado". Decreta que deve-se reduzir as despesas em base a redução de horas extras dos funcionários estatais, afirma que manterá ainda 85% dos atuais cargos comissionados (ignorando o fato de que estes geram uma receita extremamente alta ao estado com altíssimos salários), que será a partir de agora reavaliados todos os concursos públicos que estavam previstos para os próximos anos, que podem não ser abertos para retenção de custos, entre outros ataques.
Já o PL assinado pelo antigo governador Marcio França incentiva o Programa de Demissão Voluntária (PDV) dos funcionários públicos para enxugar o quadro de funcionários enquanto mantém intacto os altos salários dos alto-escalões das empresas estatais que, no caso de SP, muitos são amigos dos próprios políticos do PSDB que estão e estiveram no poder nos últimos 25 anos de governos tucanos. O objetivo é manter os amigos dos tucanos na ativa que entraram sem concurso, descontar nos trabalhadores e colocá-los para fora das empresas públicas sem os devidos direitos.
Alegam que é necessário reduzir gastos mas mantém intactos os privilégios dos "peixes grandes" na máquina estatal. O objetivo de redução do quadro de funcionários públicos, quando na realidade já é bastante insuficiente dada a demanda de serviços, sobrecarregando os que ficam e precarizando cada vez mais o atendimento a população, visa a precarizar tudo o que é público para justificar a privatização dos serviços e enriquecer os grandes empresários que prestam serviço ao estado. Como a partir desta lógica de não contratação de mais funcionários junto a redução das horas extras poderá se manter as empresas públicas? A única justificativa para eles é a privatização.
Enquanto as empreiteiras e multinacionais contratadas pelo estado obtém lucros exorbitantes com os serviços que deveriam estar sendo garantidos pelo estado, em troca do financiamento das campanhas eleitorais dos partidos e políticos envolvidos nos mais variados esquemas de corrupção, a população segue sofrendo e amargando serviços precários com privatizações.
É preciso organizar a defesa das empresas estatais e que estas estejam a serviço dos trabalhadores e não dos grandes empresários que seguem enriquecendo seus bolsos em detrimento dos serviços prestados à população

Projeto que amplia cargos de agente penitenciário é aprovado



Outras propostas de emenda à constituição foram aprovadas; uma delas estipula um prazo de 15 dias para manifestação caso o Poder Legislativo requeira informações (Fotos: Alex Paiva)
Por Paola Carvalho
Em 21/08/2019 às 00:36
Outras propostas de emenda à constituição foram aprovadas; uma delas estipula um prazo de 15 dias para manifestação caso o Poder Legislativo requeira informações (Fotos: Alex Paiva)
Durante a sessão ordinária de terça-feira, 20, o presidente da Casa, deputado Jalser  Renier (SD) pediu, excepcionalmente, pela suspensão temporária das discussões para que as comissões fizessem a avaliação e emitissem parecer do projeto de lei complementar nº 003/2019, de autoria governamental, que trata sobre a elaboração do concurso público para agente penitenciário.
Na ocasião, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Jefferson Alves (PTB), designou o deputado Nilton do Sindpol (Patri) como relator do projeto de lei. O deputado emitiu seu relatório, com parecer favorável e solicitou a aprovação.
A deputada Aurelina Medeiros (Podemos), membro da CCJ, foi uma das parlamentares que se pronunciou contrária à aprovação do projeto. “Me preocupa muito aprovar um projeto sem ler e sem conhecer. Não cabe na minha cabeça ter 700 agentes penitenciários para Roraima, ou seja, ter um para cada cinco presos, quando ouvi do Depen (Departamento Penitenciário) que tem estados com um número muito menor”, explicou.
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Presente na sessão, o titular da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), André Gonçalves, informou que parte das vagas é para regulamentar a situação jurídica dos agentes.
“Em 2012 foi criado o cargo de agente. Na lei que criou o cargo disse que seriam 300 vagas e no final do certame foram nomeados 329 agentes. De lá para cá, nós tivemos 276 agentes no quadro. Em 2016, com a criação do PCCR, houve um dispositivo que revogou todas as leis que falavam sobre o assunto. Com esse artigo revogou-se a lei que criou os cargos de 2012. Ou seja, hoje nós temos 276 servidores em uma condição jurídica inexistente. O concurso não será feito para 700 vagas, mas para 424 vagas e regularizando as 276”, afirmou.
Depois dos pronunciamentos, o projeto de lei foi aprovado na CCJ por unanimidade, com 19 votos favoráveis, sem nenhum contrário ou abstenção. No retorno das atividades na sessão ordinária, o projeto foi avaliado. 
O presidente, deputado Jalser Renier (SD) afirmou que o projeto de lei criou o Art. 2º, alínea A, da Lei Complementar nº 259/2017, que institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos agentes penitenciários. “O projeto foi votado em comissão especial e recebeu emendas. As emendas foram consensualizadas pelos pares”, completou Renier.
O relatório foi lido então pelo deputado Chico Mozart. O projeto foi aprovado por 20 votos favoráveis e nenhuma abstenção. Vale ressaltar que os deputados Jânio Xingu (PSB) e Dhiego Coelho (PTC) estavam ausentes.
PEC – Ainda durante a sessão foram avaliadas duas propostas de emenda à constituição (PEC). A nº 005/2019, do deputado Renato Silva (PRB), tratava sobre o acréscimo no artigo 33 da Constituição Estadual, de um inciso que estipula o prazo de 15 dias improrrogáveis para manifestação caso o Poder Legislativo requeira informações a instituições, além de classificar como crime de responsabilidade não só a recusa ou não atendimento, como o fornecimento de informações falsas. A proposta nº 006/2019, da deputada Catarina Guerra (SD), acrescenta no Art. 27 da Constituição de Roraima, sobre o intervalo para que as servidoras públicas pudessem amamentar. Ambas foram aprovadas. (P.C.)

Relator diminui idade para posse de armas de 25 para 21 anos


21/08/2019 - 00:24   •   Atualizado em 20/08/2019 - 23:30
O deputado Alexandre Leite (DEM-SP) terminou de apresentar seu parecer ao Projeto de Lei 3723/19, do Poder Executivo, que amplia o direito ao porte de armas, atualmente restrito a categorias listadas no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03).
Ele explicou que diminuiu a idade para a posse de arma de 25 anos para 21 anos. “Diminuímos a idade para 21 anos, para, quem sabe, em uma próxima legislatura, podermos passar para 18 anos ou até para 16 anos”, afirmou.
Alexandre Leite destacou ainda a uniformização do Sistema Nacional de Armas (Sinarm); a definição de critério sobre o que é necessidade para a posse e o porte de arma; a permissão para registro de arma a fim de regularizar aquelas sem cadastro; e um prazo para resposta sobre pedidos e porte válido para todas as armas do acervo de uma pessoa.
Guardas municipais
Quanto às categorias com porte de armas garantido, o relator retirou da lei a restrição às guardas municipais segundo o quantitativo da população, prevalecendo esse direito em qualquer situação.
Para as pessoas em geral, com mais de 25 anos, o porte de arma poderá ser requerido se o interessado comprovar necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou por existência de ameaça à sua integridade física ou de seus dependentes.
Em seguida, a sessão do Plenário foi encerrada.
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

terça-feira, 20 de agosto de 2019

TJSP trabalha para agilizar liberação dos valores dos precatórios

TJSP trabalha para agilizar liberação dos valores dos precatórios

Novo sistema reduziu tempo de etapas processuais.

        Com o objetivo de agilizar ao máximo a liberação do dinheiro para os credores de precatórios, a Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo instalou em dezembro do ano passado, na Capital, a Unidade de Processamento das Execuções contra a Fazenda Pública (Upefaz). O departamento substituiu o antigo Setor de Execuções Contra as Fazendas. Em seis meses de funcionamento, várias iniciativas foram colocadas em prática e diminuíram significativamente o tempo de etapas processuais.
        Um exemplo é a expedição de mandados de levantamento para casos de prioridades especiais (pessoas com mais de 80 anos e/ou doença grave). Antes da Upefaz, a expedição do mandado levava cerca de um ano a contar da data do depósito pela Diretoria de Execução de Precatórios (Depre). Atualmente não passa de 45 dias.
        Já no Núcleo Digital da Upefaz tramitam os novos precatórios, que correm no formato eletrônico, mesmo que extraídos de processos físicos (em papel). A migração do processamento para o formato digital permite maior rapidez e eficiência em intimações e comunicações com os entes devedores e a Diretoria de Precatórios. “Neste núcleo, nenhum ato processual é realizado em prazo superior a 30 dias. Os acordos e prioridades são despachados em prazo médio de 10 dias”, afirma Carmen Cristina Fernandez Teijeiro e Oliveira, juíza corregedora da Upefaz.
        O atendimento ao público também melhorou significativamente. Foi implantado o agendamento online de consultas de processos físicos.  O sistema deixa de penalizar partes e advogados, principalmente aqueles domiciliados em outras comarcas. Isso porque, no modelo anterior, a parte precisava se dirigir até a unidade e voltar no dia seguinte para a consulta de, no máximo, oito volumes por dia.  No novo modelo a solicitação é por e-mail (upefaz.consultaprogramada@tjsp.jus.br) e a pessoa é informada sobre a data que os volumes de seu interesse estarão disponíveis. A média de consultas por dia é de 900 volumes (dados de junho de 2019).  Além das consultas programadas, são realizados 300 atendimentos por dia.

        Relevância
        O trabalho da Upefaz é essencial para evitar fraudes e garantir que o dinheiro do precatório seja disponibilizado para a pessoa que tem direito ao crédito. As entidades devedoras levam anos para disponibilizar o dinheiro dos pagamentos e a Upefaz é a unidade responsável por fazer uma série de verificações de praxe antes de liberar os valores.
        Por exemplo, é necessário checar se a representação processual do credor pelo advogado está em ordem, se o crédito não está sujeito a qualquer tipo de bloqueio (penhora/arresto) ou se o credor não tem nenhum débito fiscal. Também é aberto prazo para as partes impugnarem, se o caso, os valores depositados. Feitas todas as checagens, o juiz determina a expedição do “alvará de levantamento”, liberando a quantia.
        Veja o passo a passo do precatório.

        Melhorias
        Para atingir o objetivo de agilizar a liberação dos pagamentos, a atual gestão da Presidência, junto com magistrados e servidores que atuam no setor, traçou um projeto ousado, iniciado no ano passado. A primeira etapa, em fase de conclusão, envolve reformas física e estrutural, como a mudança de sala no Fórum Hely Lopes Meirelles, pois o antigo espaço não era adequado.
        No entanto, uma das alterações mais importantes foi a reestruturação do próprio funcionamento da Unidade, que deixou de se estabelecer em função do devedor (antes os cartórios se subdividiam em Fazenda do Estado, Município e Autarquias), para funcionar conforme as atividades processuais praticadas (núcleos de Movimentação Processual, Atendimento ao Público, Cumprimento, Consulta Programada, Digital, e Minuta de Processos Físicos). A mudança conferiu maior celeridade em diversos atos processuais e, consequentemente, no andamento das execuções.
        “O Núcleo de Cumprimento, por exemplo, expede os mandados de levantamento em casos de prioridades especiais (+ de 80 anos e doença grave) e acordos em até 45 dias”, conta a magistrada. No antigo formato de trabalho os mandados demoravam meses para serem expedidos. Além disso, a quantidade de tem crescido a cada mês:

2019
Quantidade de mandados expedidos
Janeiro
959
Fevereiro
1.087
Março
654
Abril
1.084
Maio
1.112
Junho
1.512

        Ofícios enviados ao banco podiam levar mais de um ano e hoje são encaminhados em aproximadamente quatro meses. Muitas petições que precisavam ser juntadas aos processos físicos estavam armazenadas em caixas. A mudança permitiu regularizar a situação e, atualmente, o procedimento ocorre em no máximo dez dias. Outras etapas que ganharam agilidade foram da equipe que elabora minutas de decisões e sentenças simples (caiu de um ano para quatro meses) e do decurso de prazos, que levava meses e atualmente é certificado em, no máximo, 19 dias.

        Futuro
        A previsão é de que, ainda neste ano, tenha início a segunda etapa do projeto de modernização, que prevê a digitalização do acervo físico da Upefaz e a criação do Portal de Cessões. A digitalização englobará 55 mil processos físicos (que compreendem 127 mil volumes). “No formato digital a tramitação do feito é mais célere em razão das ferramentas e integrações disponíveis no sistema, de forma que a simples adoção da medida importará em significativo ganho de tempo às partes e servidores”, explica Carmen Teijeiro e Oliveira.
        Já o Portal de Cessões tem por finalidade conferir maior transparência, em benefício de partes e terceiros interessados, especialmente possíveis cessionários de crédito. A iniciativa disponibilizará no site do TJSP atualizações sobre habilitações de sucessores e cessões de crédito, buscando-se, assim, reduzir fraudes e duplicidades dessas cessões.
        A Presidência do TJSP, ciente da necessidade de aprimoramento do setor, investiu e investe em infraestrutura e informatização, conquistando bons resultados. “Todas as alterações têm por finalidade última e mais relevante, possibilitar a formação de um banco de dados completo, seguro e atualizado, a fim de que, em um futuro próximo, a própria Depre possa disponibilizar diretamente os valores aos credores, permanecendo a Upefaz com a tramitação do processo e seus incidentes, bem como absorvendo a confecção das requisições de pagamento, hoje elaboradas pelas varas da Fazenda”, concluiu a juíza.

        Comunicação Social TJSP – CA (texto) / RL (fotos)
        imprensatj@tjsp.jus.br

COMUNICAÇÃO SOCIAL

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Governo implanta sistema para vigiar policiais civis 24 horas


Além disso, os policiais terão ainda de entregar relatórios de suas atividades para serem submetidos a avaliação de eficiência

 |ACidadeON/Ribeirao
Governo vai monitor viaturas da Polícia Civil (Foto: Weber Sian / Arquivo ACidade)

Com um atraso de ao menos dez anos em relação à coirmã PM, a Polícia Civil de São Paulo inicia neste semestre a implantação de seu sistema de monitoramento de viaturas que deve acabar com os chamados "voos livres".  

Os "voos livres" são os deslocamentos feitos por policiais sem o controle de seus superiores, brecha para improdutividade das equipes e, também, para ações ilegais.  
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O projeto da cúpula da segurança pública paulista é colocar os equipamentos de rastreamento em todos os veículos da instituição e interligá-los em uma central de controle (Cepol). As informações estarão disponíveis em tempo real e em vários níveis de comando: do delegado do distrito que autorizou a missão ao diretor responsável pela região, incluindo ainda membros da Corregedoria.  

Além disso, os policiais terão ainda de entregar relatórios de suas atividades para serem submetidos a avaliação de eficiência. Embora possa parecer uma mudança simples em comparação às corporações modernas mundo à fora, para a Polícia Civil de São Paulo é mudar um tipo de investigação que vinha sendo adotado desde os anos 1970, como relatórios de papéis e com viaturas rodando "às cegas". 

"É uma mudança até de cultura. Vamos ter um controle total da atividade do policial no dia a dia para a gente dar uma resposta à sociedade", disse o delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.  

Serão adquiridos 1.500 equipamentos destinados às equipes da capital e da Grande São Paulo. Terão prioridade os carros do recém-criado Dope (Departamento de Operações Especiais). Até 2020 as cerca de 3.500 viaturas da região metropolitana deverão estar equipadas. Para o restante do estado, a meta é alcançar toda a frota da Polícia Civil (cerca de 9.400 carros) em 2022.  

O novo sistema será implantado em tablets, porque a partir deles, é possível fazer a localização em tempo real dos carros oficiais, pesquisar pessoas e veículos suspeitos e preencher informações relativas aos inquéritos digitais em andamento. 

Os tablets, segundo a Polícia Civil, cumprem mais uma função: a solicitação de apoio a uma equipe em apuros.  

COMBATE À CORRUPÇÃO  
O descontrole em relação à movimentação de veículos oficiais abre brecha para o uso do aparato policial na prática de crimes de extorsão contra pessoas suspeitas ou inocentes, diz o delegado-geral. "O objetivo não é fazer um controle correcional, mas fazer um controle de eficiência. O que o policial está fazendo, qual a desenvoltura dele, eficácia dele no tratamento da atividade policial. Para gente, inclusive, promover, para encaminhar a cursos de requalificação". 
Segundo Caetano Paulo Filho, diretor do Departamento de Inteligência da Policia Civil, a licitação dos novos equipamentos está estimada em cerca de R$ 3,2 milhões e a abertura do certame está sendo analisada pelo conselho gestor do Palácio dos Bandeirantes, sob a gestão do governador João Doria (PSDB). "Estamos aguardando a manifestação do conselho para iniciarmos a licitação propriamente dita. Acreditamos que até novembro está encerrado", disse.  

A compra dos tablets com sistema de GPS faz parte de um pacote de melhorias de performance da Polícia Civil estimado em R$ 50 milhões, que prevê ainda compra de equipamentos como viaturas, armamento e tecnologia de ponta para trabalhos de inteligência, como o combate à lavagem de dinheiro. 

O presidente da Associação dos Delegados de São Paulo, Gustavo Mesquita Galvão Bueno, vê outro benefício com o sistema de monitoramento: a segurança do policial -tanto física como funcional. 

"Só espero que uma medida como essa seja para proteção do policial, e não se transforme em uma caça às bruxas. Que não ocorra uma inversão de valores, como a gente viu na própria aprovação do estatuto do abuso de autoridade, que coloca os policiais em constante ameaça", disse ele. "É importante o investimento em equipamentos, mas precisa haver uma valorização daquela peça fundamental e insubstituível que realiza a segurança pública, que é o ser humano policial."  

Benedito Mariano, ouvidor da instituição, diz que viu com "bons olhos" a medida porque ela proporcionará, de um lado, mais segurança ao trabalho dos bons policiais e, de outro, ajudará nas investigações de casos de corrupção, envolvendo os maus. "Era estranho só a Polícia Militar ter isso e a polícia judiciária, não", afirma.  

Segundo levantamento da Ouvidoria da instituição, de 2018 até agora, foram registradas 18 denúncias de extorsão de comerciantes envolvendo policiais civis em quatro delas, as supostas vítimas informaram que os agentes estavam em viaturas oficiais.  

A Polícia Militar tem cerca de 15 mil carros rastreados. O sistema GPS da corporação começou a ser implantado em 2009 e, além do monitoramento de percursos para fiscalização, ajudou na distribuição de efetivo e envio de equipes mais próximas ao endereço de pessoas que buscam atendimento no 190. 

Foi com ajuda desse rastreador que a Corregedoria da PM conseguiu reunir prova contra dois policiais presos sob a suspeita de terem estuprado uma mulher dentro de uma viatura. O GPS indicou o caminho percorrido pela viatura, que coincidia com o mesmo informado pela vítima.