Juliana Elias
Do UOL, em São Paulo
24/05/2019 04h00
Juliana Elias
Do UOL, em São Paulo
24/05/2019 04h00
- Fim da contribuição sindical obrigatória e pagamento por boleto tiram dinheiro e enfraquecem sindicatos
- Os sindicatos lutam por aumentos salariais e outros benefícios, e mesmo quem não é filiado usufrui as conquistas
- Especialista diz que defender os direitos dos trabalhadores é caro; "todos os dias há empregadores descumprindo alguma legislação"
O fim da contribuição sindical obrigatória e o pagamento por boleto, em vez de desconto na folha de pagamento, estão enfraquecendo os sindicatos. Fica uma discussão: é justo quem não paga o sindicato ter os mesmos benefícios dos trabalhadores filiados? Entre as conquistas, estão aumentos salariais, participação em resultados, plano de saúde e vale-refeição.
Os sindicatos perderam 90% da receita com contribuição sindical em 2018. Na prática, estão trabalhando de graça para os trabalhadores que não pagam a taxa.
- Fim da contribuição sindical obrigatória e pagamento por boleto tiram dinheiro e enfraquecem sindicatos
- Os sindicatos lutam por aumentos salariais e outros benefícios, e mesmo quem não é filiado usufrui as conquistas
- Especialista diz que defender os direitos dos trabalhadores é caro; "todos os dias há empregadores descumprindo alguma legislação"
O fim da contribuição sindical obrigatória e o pagamento por boleto, em vez de desconto na folha de pagamento, estão enfraquecendo os sindicatos. Fica uma discussão: é justo quem não paga o sindicato ter os mesmos benefícios dos trabalhadores filiados? Entre as conquistas, estão aumentos salariais, participação em resultados, plano de saúde e vale-refeição.
Os sindicatos perderam 90% da receita com contribuição sindical em 2018. Na prática, estão trabalhando de graça para os trabalhadores que não pagam a taxa.
"A tendência, com a situação que foi criada, é que caminhemos para um modelo de pluralidade sindical", disse o sócio da área trabalhista do escritório Machado Meyer Advogados, Rodrigo Takano. A opção já chegou a ser considerada pelo governo.
É o modelo pelo qual existem mais opções de entidade por categoria, e o trabalhador pode escolher a qual se filiar de acordo com os melhores benefícios para ele. Por outro lado, quem não for sindicalizado não teria direito a nada, incluindo os pisos e reajustes negociados.
Segundo Takano, com o tempo, isso tende a enxugar a estrutura atual e fazer com que apenas os sindicatos realmente atuantes sobrevivam.
"[O fim da unicidade] pode até ser uma alternativa de mudança na estrutura sindical, mas isso não pode ser enfiado goela abaixo como foi feito", disse Patah, da UGT. "Toda e qualquer mudança, com diálogo, traz benefícios para todos."
"A tendência, com a situação que foi criada, é que caminhemos para um modelo de pluralidade sindical", disse o sócio da área trabalhista do escritório Machado Meyer Advogados, Rodrigo Takano. A opção já chegou a ser considerada pelo governo.
É o modelo pelo qual existem mais opções de entidade por categoria, e o trabalhador pode escolher a qual se filiar de acordo com os melhores benefícios para ele. Por outro lado, quem não for sindicalizado não teria direito a nada, incluindo os pisos e reajustes negociados.
Segundo Takano, com o tempo, isso tende a enxugar a estrutura atual e fazer com que apenas os sindicatos realmente atuantes sobrevivam.
"[O fim da unicidade] pode até ser uma alternativa de mudança na estrutura sindical, mas isso não pode ser enfiado goela abaixo como foi feito", disse Patah, da UGT. "Toda e qualquer mudança, com diálogo, traz benefícios para todos."