Polícia Civil investiga relação entre estupro e assassinato no bosque de Batatais, SP
Delegado disse que estuprador ameaçou a vítima de morte, caso reagisse. Estudante, de 20 anos, foi encaminhada para exame no IML. Criminosos ainda não foram identificados ou presos.
Por EPTV 2
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Jovem de 20 anos é estuprada ao descer de ônibus escolar em Batatais, SP
A Polícia Civil investiga a relação entre o estupro de uma estudante de 20 anos no Jardim Simara, em Batatais (SP), e o assassinato de uma mulher no Bosque Municipal Doutor Alberto Gaspar Gomes, em fevereiro desse ano. Nenhum dos criminosos foi identificado ou preso.
Segundo o delegado Eduardo Lopes Bonfim, a jovem foi estuprada na madrugada de sexta-feira (5), quando descia do ônibus escolar na Rua Tercília Fiori de Figueiredo. O criminoso disse que estava armado com uma faca e ameaçou matar a vítima, caso ela gritasse.
“Ele falou que, se ela fizesse alguma coisa, tivesse algum tipo de reação, ia fazer a mesma coisa que ele fez com a garota que morreu no bosque. A gente não sabe até que ponto ele usou esse tipo de atitude para realmente ter o domínio total da situação”, disse.
Jovem foi estuprada em terreno na Rua Fernão Dias em Batatais, SP — Foto: José Augusto Junior/EPTV
A estudante foi arrastada até um terreno na Rua Fernão Dias, onde acabou sendo estuprada. Após o crime, o homem fugiu correndo em direção ao bosque. A jovem caminhou até a casa onde mora e foi socorrida por familiares.
“Existe um estabelecimento comercial que tem câmera, mas nada foi visto. As diligências vão continuar, já que a vítima foi se tratar, que é o principal, para que não tenha nenhum tipo de doença, tomar todas as medidas necessárias quanto à saúde dela”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Bonfim, a estudante foi encaminhada para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) em Franca. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Batatais.
Em fevereiro de 2019, mulher foi assassinada no Bosque Municipal de Batatais — Foto: José Augusto Junior/EPTV
Agente penitenciário alcoolizado atira para o alto próximo ao Nilson Nelson
Registro foi feito no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson na manhã de hoje
Por Juliana Andrade - Especial para o Correio
06/04/2019 14:25 - Atualizado em 06/04/2019 14:40
Um agente penitenciário, de 35 anos, foi flagrado na manhã deste sábado (6/4), por volta das 8h, manuseando de forma inadequada uma arma de fogo, nas proximidades do Ginásio Nilson Nelson. A ação do agente, que estava visilvemente embriagado, foi registrada por uma câmera de celular. As imagens mostram o indivíduo segurando uma garrafa de cerveja em uma mão e na outra o revólver. Além de cair e ter dificuldade para ficar em pé, o homem ainda dá um tiro para o alto.
A pessoa que registrou a ação do agente diz no vídeo se tratar de um policial civil, mas a Divisão de Comunicação da Polícia Civil do DF (Divicom) informa que o homem é um agente penitenciário. O caso foi denunciado à Polícia Militar que ao chegar no local encontrou um automóvel estacionado, com a porta aberta e o motorista alcoolizado. O homem negou os disparos, mas devido a informações de testemunhas, foi dado voz de prisão e a arma apreendida. O agente foi encaminhado para a 5° DP.
Traficantes impõem medo a servidores e têm influência no Degase
Unidade do departamento destinado a jovens infratores, vinculado à Secretaria Estadual de Educação, em Belford Roxo (CAI-Baixada), fica numa área dominada pelo tráfico
POR CÁSSIO BRUNO
PUBLICADO ÀS 07/04/2019 04:20:00ATUALIZADO ÀS 06/04/2019 20:10:15
Quem trabalha na unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), em Belford Roxo, está apavorado. O Centro de Atendimento Intensivo (CAI-Baixada), que deveria servir de recuperação de jovens infratores, tem influência de traficantes de Bom Pastor.
O Desage é vinculado à Secretaria Estadual de Educação. Em 28 de março, um tiro atingiu o carro de um agente no pátio. Na última sexta-feira, foi a vez de um veículo da PM ser atacado por criminosos.
Servidores querem que o departamento vá para outro lugar. "Não existe um colega que não tenha sofrido ameaças. Entramos com bandidos sentados na esquina, apontando fuzis. Ameaçam nossas famílias e amigos", diz um deles
Bandido sem perna que roubou carro na Baixada é baleado na Zona Norte
Bombeiros foram acionados e levaram o ladrão para hospital na Zona Oeste
POR *NATASHA AMARAL
PUBLICADO ÀS 05/04/2019 21:14:00ATUALIZADO ÀS 05/04/2019 22:47:34
Rio - O criminoso sem uma das pernas que assaltou um motorista em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, numa ação que viralizou nas redes sociais, foi baleado na noite desta segunda-feira, em Anchieta, na Zona Norte do Rio. Ele está hospitalizado no Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste carioca.
Segundo policiais do 41º BPM (Irajá), o ladrão, que não foi identificado, estava em um carro roubado quando foi baleado. Naquele momento, ele e comparsas faziam um arrastão. O resto do bando conseguiu fugir. Eles interceptaram um veículo onde estavam três policiais, que reagiram. Bombeiros foram acionados e, até o fim da noite desta sexta-feira, não havia informação sobre o estado de saúde.
O assalto que viralizou nas redes sociais aconteceu no sábado, na Rua João XXIII, no bairro Jardim Tropical, em Nova Iguaçu. As imagens de câmeras de segurança da via mostram bandidos em dois carros abordando o motorista de um Toyota Corolla prata. A vítima ainda tenta escapar do roubo voltando com o carro na contramão, mas é alcançada pelos bandidos. O flagrante do roubo em si já seria o suficiente para que as imagens ganhassem as redes. No entanto, o que chamou mais atenção foi o fato de um dos assaltante correr pulando com uma perna só em direção da vítima, segurando uma arma, durante o roubo. Confira!
PCC vive primeiro racha interno desde a ascensão de Marcola à liderança
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Mortes de Gegê do Mangue e Paca, líderes assassinados em fevereiro de 2018, geraram insatisfação e questionamentos entre os integrantes, comandados desde 2002 pelo novo líder, segundo o MP
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) investiga em marcha lenta, devagar quase parando, três assassinatos e o sumiço de um homem ocorridos em 2018 no Tatuapé, zona leste da cidade de São Paulo. Os crimes abalaram o bairro, palco de terror e de cenas dignas de ações da máfia, capazes de inspirar até cineastas como Francis Ford Coppola, diretor do premiado filme “Poderoso Chefão”.
Afinal, os mortos eram ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), apontado pelo MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo como a maior facção criminosa do país. As ações mafiosas tiveram início em fevereiro do ano passado e contribuíram para desencadear um dos maiores rachas internos da história do PCC.
A divisão é tão grave quanto a de outubro de 2002, quando os fundadores José Márcio Felício, o Geleião, preso há quase 40 anos e o único dos criadores do Partido do Crime ainda vivo; e César Augusto Roriz Silva, o Cesinha, foram excluídos da facção e Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, assumiu a liderança do grupo.
O estopim da crise aconteceu em 15 de fevereiro de 2018, data dos assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, dois cabeças do grupo que foram mortos a tiros em uma emboscada no Ceará. Segundo o Ministério Público Estadual, ambos foram acusados de desviar dinheiro da organização e acabaram decretados à morte por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, maior traficante de drogas do país e braço direito de Marcola.
Uma semana depois das mortes de Gegê e Paca, o até então tranquilo bairro do Tatuapé viveu momentos de pânico e a população ficou muito assustada. Na noite de 22 de fevereiro de 2018, o traficante de drogas Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, subordinado a Fuminho e denunciado à Justiça cearense pelas mortes de Gegê e de Paca, foi executado com tiros de fuzil na rua Eleonora Cintra, uma das mais movimentadas do Tatuapé.
O MP apurou que Cabelo Duro foi atraído ao local por dois homens que o conheciam bem e eram seus amigos: Cláudio Roberto Ferreira, o Galo Cego, e José Adnaldo Moura, o Nado. Ambos eram ladrões de bancos e foram presos juntos pela Polícia Federal, na Operação Facção Toupeira, em setembro de 2006, quando planejavam roubar R$ 1,2 milhão de duas agências bancárias em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela imprensa mostraram dois homens atirando com fuzis em Cabelo Duro, ação ocorrida na porta de um hotel de luxo no Tatuapé. Mas o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), apontou apenas um homem como o autor do assassinato de Cabelo Duro: Galo Cego.
Galo Cego, no entanto, foi morto com 70 tiros de fuzis na noite de 23 de julho de 2018 na rua Coelho Lisboa, no coração do Tatuapé. Nado, que morava na cobertura de um prédio também de luxo e no mesmo bairro, está sumido desde o assassinato de Cabelo Duro. Familiares de Nado acreditam que ele também foi morto. Porém, para o DHPP, não há registro do desaparecimento dele.
A 1ª Promotoria do Júri da Capital, designada para acompanhar as investigações sobre a morte de Cabelo Duro, não ficou nada satisfeita com o trabalho do DHPP e pediu novas diligências. O inquérito policial está em segredo de Justiça.
Além dos assassinatos de Cabelo Duro e de Galo Cego, o DHPP também não esclareceu o homicídio de Eduardo Ferreira da Silva, morto com ao menos 26 tiros em 10 de fevereiro de 2018. O crime aconteceu na rua Serra do Japi. Eduardo Silva ocupava uma Mercedes Benz. Os rumores são de que ele também era ligado ao Primeiro Comando da Capital.
O Ministério Público Estadual acredita que Cabelo Duro foi morto por integrantes do PCC em vingança pelos assassinatos de Gegê do Mangue e de Paca. E também que Galo Cego e Nado, cujo corpo ainda não foi encontrado, foram mortos a mando de um preso da cúpula do PCC, como queima de arquivo, pois ele também estaria envolvido no desvio de dinheiro da facção junto com Gegê e Paca.
Promotores de Justiça disseram à Ponte Jornalismo que esse preso não é Marcola, mas outro detento, cujo nome está no topo da hierarquia da organização e que corre sério risco de sofrer represália, o que pode causar um racha sem precedentes no PCC. Em 12 de julho de 2018, a Ponterevelou que as mortes de Gegê do Mangue e Paca geraram insatisfação das ruas com Marcola.
A exemplo do DHPP, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Segurança Pública, também em marcha lenta, quase parando, demorou três dias para dar uma resposta de cinco linhas aos questionamentos da Ponte sobre as investigações policiais dos crimes de 2018 no Tatuapé.
A nota diz na íntegra: “A Polícia Civil esclarece que o inquérito policial que investigava o caso de Wagner Ferreira da Silva foi concluído e encaminhado à Justiça, com autoria esclarecida. Até o momento, não foi encontrado registro do desaparecimento de José Adnaldo Moura. Os demais casos continuam com investigações e diligências em andamento