quarta-feira, 3 de abril de 2019

Cinco membros do PCC vão a júri popular pela morte de agente federal

Cinco membros do PCC vão a júri popular pela morte de agente federal no RN

Dilvulgação/PF
O agente Henry Charles foi assassinado em abril de 2017, na cidade de Mossoró (RN)Imagem: Dilvulgação/PF
Flávio Costa
Do UOL, em São Paulo
02/04/2019 14h45

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Henry Charles foi assassinado em abril de 2017 em um atentado executado pelo PCC
  • Cinco membros da facção serão julgados em data ainda a ser definida
  • PCC tenta intimidar servidores do sistema penitenciário federal
Cinco membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) irão a júri popular por arquitetarem o atentado que resultou no assassinato do agente penitenciário Henry Charles Gama e Silva, lotado na penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN).
Titular da 8ª Vara Federal em Mossoró, o juiz federal Orlando Donato Rocha acolheu os argumentos da denúncia do MPF (Ministério Público Federal), que considerou que o crime foi uma "execução" relacionada diretamente com o cargo público exercido pela vítima. A data do julgamento ainda não foi definida.
Em 12 de abril de 2017, quatro homens armados saíram de um carro e começaram a efetuar disparos na direção do funcionário público, que estava em um bar no bairro de Boa Vista, em Mossoró. Ele morreu no local.
A investigação da PF (Polícia Federal), na qual se baseia a denúncia do MPF, identificou quem participou do planejamento do atentado, mas não quem o executou.

PCC matou agentes para intimidar

Além de Henry Charles, o PCC matou outros dois agentes do presídio federal de Catanduvas (PR). O objetivo da facção era o de "desestabilizar e intimidar" os servidores que atuam no sistema penitenciário federal. Segundo a PF (Polícia Federal), o grupo criminoso agiu em represália ao trabalho dos agentes que barram o acesso dos presos dessas unidades a "regalias ilícitas", como a posse de telefones celulares dentro das celas.
Para executar o plano, o PCC montou células de inteligências, dentro de um grupo conhecido como a "sintonia da sinistra". Sintonia é como se chama cada setor da facção.
Baseadas inicialmente em São Paulo, estado de origem da maior facção criminosa do país de acordo com a PF, essas células possuíam uma lista de servidores do sistema penitenciário federal com seus respectivos endereços.
Para cada assassinato, é criada uma célula específica para executar o plano, informou um membro do MPF. A atividade é respaldada e gerenciada por líderes da facção que estão detidos em presídios paulistas.
Além de levantamento de endereços de agentes, os membros responsáveis pelo planejamento das mortes tentaram se aproximar de seus alvos, em pelo menos uma ocasião. "Antes da primeira morte, eles alugaram uma casa ao lado de outro agente e chegaram a conversar com ele, tentando uma aproximação. Esse agente só não foi morto porque viajou na época em que o crime seria cometido", relata um agente da PF.
Conheça a trajetória de 25 anos do PCC
UOL Notícias

terça-feira, 2 de abril de 2019

Uniforme de policiais terá câmeras


Uniforme de policiais terá câmeras

Projeto piloto iniciado na Capital, que prevê o artefato na farda, será implantado na área do 21o Batalhão, em Vicente de Carvalho
Objetivo é reduzir casos de violência em operações em comunidades carentes, além de aumentar a qualidade das provas judiciais
Os uniformes dos policiais militares que atuam em Vicente de Carvalho, em Guarujá, podem ganhar mais um recurso no combate à violência. Além da tarjeta com a patente e o nome do oficial, a vestimenta terá uma câmera de alta definição que grava as ações de policiamento.
A iniciativa tem por objetivo reduzir casos de violência e aumentar a qualidade das provas judiciais e vem de projeto piloto realizado no batalhão que atende a região do Capão Redondo e Jardim Angela, em São Paulo.
Além de quatro batalhões na Capital e um na região de Sorocaba, na Baixada Santista o contemplado nesta primeira fase será o 21º Batalhão, que atua também em Cubatão e Bertioga.
“Para as escolhas das áreas foram levados em conta o índice de vulnerabilidade social, que faz com que possamos trazer resultados mais rápidos para esses locais”, explica o gerente responsável pelo projeto, o tenente-coronel Robson Cabanas Duque.
Ocomandantedo21ºBatalhão, o tenente-coronel Luiz Fernando Stefani,ainda não sabe quando o efetivo da 2ª Companhia, composta hoje por 112 homens, vai receber as câmeras. “Mas vejo isso com ótimos olhos, pois traz mais transparência e confere legalidade da ação do policial”.
Cabanas está finalizando o estudo que será apresentado para o Comando-Geral da Polícia Militar até o final deste mês. A intenção é que para esta fase mil equipamentos sejam distribuídos aos policiais que estão em ação nas ruas.
O oficial estima que o investimento inicial para a compra das câmeras e demais equipamentos no primeiro ano custe entre R$ 5 milhões e R$ 8 milhões.
Dois meses
Com o aval dos superiores, depois do processo burocrático de aquisição dos equipamentos, ele acredita que eles podem estar em uso em dois meses, pois toda a estrutura de utilização e regras já estarão definidas.
O sistema não permite que o policial apague, edite ou compartilhe o vídeo, que seria um arquivo sigiloso, protegido por lei, apenas apresentado a pedido da Justiça. A única ação possível para o militar seria desligar ou ligar o equipamento.
Pelas normas do estudo, a câmera seria acionada em toda ocorrência que fosse originada pelas ligações para o Centro de Operações da PM (Copom), em ações planejadas em comunidades.
“Ele não ligaria quando estivesse, por exemplo, parado, em patrulhamento, numa delegacia ou na rotina do seu serviço. Não existe polícia com câmeras ligadas 24 horas, pois isso acabaria arruinando o relacionamento com a comunidade”, avalia o oficial.

Pistola é roubada na maior feira de Segurança da América Latina

Pistola é roubada na maior feira de Segurança da América Latina

Segundo o evento, a arma foi roubada antes da feira ser aberta ao público. A feira contou com a presença do presidente em exercício, Hamilton Mourão, o ministro da Defesa, o governador Wilson Witzel, além do prefeito Marcelo Crivella

Estande onde arma foi roubada na LAAD Defence & Security, maior e mais importante feira de segurança e defesa da América Latina
Rio - Uma pistola foi roubada de um estande da maior e mais importante feira de segurança e defesa da América Latina, a LAAD Defence & Security, que começou nesta terça-feira no Riocentro, na Zona Oeste do Rio. Segundo o evento, a arma não funciona. 
O crime teria ocorrido por volta das 9h, horário que a feira ainda não estava aberta ao público. A arma roubada seria uma pistola modelo APX Compact, calibre 9mm. Uma outra do mesmo modelo foi colocada no lugar da roubada. Segundo a organização, ela era não-funcional, ou seja, sem algumas peças que são responsáveis por ela disparar. 
Militares das Forças Armadas que participam da feira foram chamados no estante logo após o roubo. Procurada, a Clarion Events, que organiza a LAAD Defence & Securit, confirmou o roubo.
"Podemos confirmar que uma pistola que não-funcional foi removida de um estande na LAAD Defence & Security 2019 pouco antes da abertura da exposição hoje. As autoridades militares responsáveis pelo licenciamento de armas de fogo na LAAD foram informadas e compareceram imediatamente ao local do incidente. Estamos ajudando as autoridades relevantes em suas investigações", diz o texto.
Estande onde arma foi roubada na LAAD Defence ENTITY_amp_ENTITYSecurity, maior e mais importante feira de segurança e defesa da América Latina
A feira contou com a presença durante a sua abertura do presidente em exercício, Hamilton Mourão, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella.
A LAAD Defence & Security tem o apoio institucional do Ministério da Defesa, das Forças Armadas, do Ministério da Justiça e da estrutura brasileira de Segurança Pública. A exposição reúne fabricantes e fornecedores de tecnologias para as Forças Armadas, Forças Especiais, além de gestores de segurança de grandes corporações, concessionárias de serviços e infraestrutura crítica.

Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, participa de feira de Segurança

Reforma da Previdência garante aposentadoria mais alta para AGENTES SOCIOEDUCATIVOS, AGENTES penitenciários e policiais


A proposta de mudança nas regras enviada ao Congresso pode dobrar a diferença de ganhos. Governo não sabe dizer o impacto
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Otávio Augusto
 
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A equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) defende que policiais federais e civis e agentes penitenciários e socioeducativos se aposentem com valor igual ao salário do último cargo. Hoje, o benefício é calculado pela média dos rendimentos e a regra é válida desde dezembro de 2003.
A alteração proposta na reforma da Previdência enviada ao Congresso pode dobrar a diferença de ganhos. Além do valor mais alto, o texto garante aos policiais reajuste igual ao dos servidores da ativa. Os privilégios foram divulgados nesta segunda-feira (1°/4) em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
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O governo defende que muitos policiais recorrem à Justiça para garantir a integralidade do benefício, mesmo para quem entrou no funcionalismo público após dezembro de 2003. A equipe econômica não sabe dizer o impacto da alteração nas contas públicas e quantos servidores seriam beneficiados.
O subsecretário de Regimes Próprios de Previdência Social, Allex Rodrigues, explica que o aumento da despesa será compensado pela idade mínima de 55 anos para a aposentadoria dos policiais. Atualmente, não há limite mínimo de idade.
Na próxima quarta-feira (3), Paulo Guedes é esperado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para explicar aos parlamentares, detalhadamente, a proposta de reforma da Previdência

Após pressão da população, governo decide continuar com o projeto GURI

João Doria recua e diz que continuará com o Projeto Guri

Afirmação do governador ocorre após notícias de que o estado fecharia unidades do projeto por falta de verba
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (1º) que não haverá nenhuma interrupção ou redução do Projeto Guri, programa sociocultural focado em jovens e adolescentes. Para isso, o governo terá que descontingenciar R$ 20,7 milhões em recursos para o programa que foram bloqueados dentro do Orçamento. Ele afirmou, também, que o projeto será ampliado em 2020, mas ponderou que os detalhes só serão apresentados ao longo do ano.

A fala de Doria ocorre após notícias, no fim de semana, de que o governo fecharia unidades do projeto por falta de verba. O secretário de Cultura do estado, Sérgio Sá Leitão, afirmou que há dificuldades financeiras no estado e, por isso, a pasta foi afetada por um contingenciamento orçamentário, que será revertido no caso do Projeto Guri.
"Começamos a conversar com as organizações sociais para diagnosticar a situação e tomar medidas para mitigar. A medida que será tomada é um descontingenciamento para que tenhamos recursos para destinar ao longo do ano", disse.

Ele afirmou que a decisão da organização social que administra o projeto de dar aviso prévio para mais de 600 empregados foi tomada como "medida preventiva" após as conversas com o governo apontarem possíveis dificuldades financeiras futuras. Doria, no entanto, garantiu que ninguém será demitido. "Não haverá demissões. Essa é uma decisão do governador e, por enquanto, quem manda é o governador", disse. 

Sá Leitão também fez um "apelo" para que o setor privado contribua para a expansão do programa em 2020.