domingo, 24 de junho de 2018

Você passaria no difícil teste físico da Polícia Federal? São 4 provas

Você passaria no difícil teste físico da Polícia Federal? São 4 provas

Correr, pular, nadar, fazer barra. Veja se você consegue fazer o mínimo para não ser eliminado logo de cara no concurso da Polícia Federal

São Paulo – Estão abertas as inscrições para o concurso público mais esperado do ano. A Polícia Federal está recrutando 500 novos servidores para os cargos de agente, papiloscopista, escrivão, perito e delegado. Os salários variam entre 11.983,26 reais para agente, escrivão e papiloscopista e de 22.672,48 reais para perito criminal e delegado.
Com vagas, preferencialmente, para os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e em unidades de fronteira, o concurso tem uma das provas físicas mais exigentes das carreiras policiais.
A aptidão física verificada por meio de prova de capacidade é uma determinação exposta no Decreto-lei 2.230 de janeiro de 1987, que trata do ingresso nas carreiras policiais.
No caso da Polícia Federal, o exame de aptidão física tem quatro testes obrigatórios e eliminatórios.  É aplicado por uma banca examinadora composta por profissionais registrados no Conselho Regional de Educação Física (CREF), com habilitação plena em Educação Física e pode ser acompanhada por um representante do Serviço de Educação Física da Coordenação de Ensino da Academia Nacional de Polícia.
Confira quais são as quatro provas e veja se você tem fôlego para garantir pontuação e não ser eliminado:

Teste em barra física para os homens:

O candidato precisa se dependurar na barra fixa com duas polegadas de diâmetro. O jeito que ele pega na barra é livre (pronação ou supinação). Primeiro ele fica de cotovelo estendido, e pode ter ajuda para ficar nessa posição, mantendo o corpo na vertical sem encostar nem no chão nem na barra de sustentação lateral.
Quando ouve o comando iniciar, o candidato precisa flexionar os dois cotovelos ao mesmo tempo até que o seu queixo ultrapasse a parte superior da barra. Em seguida volta à posição inicial. No edital há os requisitos para que a execução do movimento seja considerada correta.
O candidato tem duas tentativas, com intervalo mínimo de cinco minutos entre uma e outra. A melhor tentativa é a que será considerada para a prova. Confira a tabela de pontuação:
Número de flexõesPontos
Abaixo de 30- eliminado
32
42,33
52,67
63
73,33
83,67
94
104,33
114,67
125
135,33
145,67
156

Teste em barra física para as mulheres:

A candidata precisa de dependurar na barra na barra fixa com duas polegadas de diâmetro, também com pegada livre em pronação ou supinação, mantendo os braços flexionados e o queixo acima da parte superior da barra, sem que nela se apoie. É possível usar um suporte ou uma plataforma para atingir essa posição.
Ao escutar o comando iniciar, a candidata, pendurada apenas pelas mãos terá que permanecer na posição com braços flexionados e queixo acima da parte superior da barra. O tempo que ela conseguir permanecer será cronometrado. Assim que ela descontinuar a posição, o tempo cessa.
Ela também terá duas tentativas, com intervalo mínimo de cinco minutos entre elas. A melhor marca será considerada. Confira a tabela de pontuação:
Tempo de permanência em sustentaçãoPontos
Abaixo de 15 segundos0- eliminada
Igual ou superior a 15 segundos e abaixo de 20 segundos2
Igual ou superior a 20 segundos e abaixo de 25 segundos3
Igual ou superior a 25 segundos e abaixo de 30 segundos4
Igual ou superior a 30 segundos e abaixo de 35 segundos5
Igual ou superiora 35 segundos6

Teste Impulsão horizontal

Quando ouvir o comando “em posição”, o candidato (a) fica atrás da linha de medição, pé, parado com os pés paralelos sem tocar a linha. Quando ouvir o comando iniciar, vai saltar à frente com movimento simultâneo dos pés.
A distância é contada a partir da linha de medição inicial até a marca no solo, de qualquer parte do corpo do candidato (a) que esteja mais próxima da linha de medição inicial. Na aterrissagem com os pés, o calcanhar do pé que estiver mais próximo da linha de saída será a referência, segundo o edital. Veja a tabela de pontuação:
Distância (prova masculina)Distância (prova feminina)Pontuação
Abaixo de 2,07 mAbaixo de 1,59 m0- eliminado (a)
De 2,07 a menos de 2,15Se 1,59 a menos de 1,672
De 2,15 a menos de 2,23De 1,67 a menos de 1,753
De 2,23 a menos de 2,31De 1,75 a menos de 1,834
De 2,31 a 2,38De 1,83 a 1,905
Acima de 2,28Acima de 1,906

Teste de Natação

A prova de natação é de 50 metros feita em uma piscina de 25 metros. Ao ouvir o comando “em posição”, o candidato (a) fica em pé na borda da piscina. Quando ouvir o sinal sonoro, salta na piscina e nada 50 metros em nado livre. Na virada da piscina pode tocar a borda da piscina para pegar impulso na parede. A chegada é marcada pelo toque de qualquer parte do corpo na borda da piscina. Os candidatos (as) tem direito a duas tentativas. Com intervalo de cinco minutos. Veja a tabela de pontuação:
Tempo para prova masculinaTempo para prova femininaPontos
Acima de 44 segundosAcima de 54 segundoso- eliminado (a)
De 40 a 44 segundoDe 49 a 54 segundos2
De37 a menos de 40 segundosDe 45 a menos de 49 segundos3
De34 a menos de 37 segundosDe 41 a menos de 45 segundos4
De31 a menos de 34 segundosDe 37 a menos de 41 segundos5
Abaixo de 31 segundosAbaixo de 37 segundos6

Teste de corrida

Os candidatos (as) precisam correr durante 12 minutos e tentar percorrer a maior distância possível, em pista com condições apropriadas para corrida e marcação escalonada a cada 10 metros.
O deslocamento pode ser feito em qualquer ritmo. É possível, por exemplo, parar, andar, prosseguir correndo. A banca examinadora que vai indicar por meio sinal sonoro o início e o término da prova. Cada candidato (a) tem apenas uma tentativa. O edital traz todas as regras do regulamento da prova. Confira a tabela de pontuação:
Distância da prova masculinaDistância da prova femininaPontos
Abaixo de 2.350 metrosAbaixo de 2.020 metros0- eliminado
De 2.350 a 2.440 metrosDe 2.020 a 2.100 metros2
Acima de 2.440 a 2.530 metrosAcima de 2.100 a 2.180 metros3
Acima de 2.530 a 2.620 metrosAcima de 2.180 a 2.260 metros4
Acima de 2.620 a 2.710 metrosAcima de 2.260 a 2.340 metros5
Acima de 2.710 metrosAcima de 2.340 metros

Mais de quatro detentos morrem por dia em prisões do país

Mais de quatro detentos morrem por dia em prisões do país

No Brasil, possibilidade de um preso ser assassinado é 42% maior

POR 
 
Presídios brasileiros têm quatro mortes por dia - Luiz Silveira/Divulgação CNJ
RIO — A Constituição veda a pena de morte no país, mas a distância entre as garantias da lei e a vida real é grande o suficiente para esconder uma rotina: entre 2014 e 2017 pelo menos 6.368 homens e mulheres morreram sob a custódia do Estado, seja por doenças que infestam as penitenciárias, homicídios ou suicídios. Esse quadro repercute diretamente no dia a dia de violência que atinge todas as regiões do país.
Nesse período, houve uma média superior a quatro mortes por dia nas prisões brasileiras. As informações são resultado de um levantamento do GLOBO feito via Lei de Acesso à Informação, com solicitações remetidas aos 26 estados e ao Distrito Federal. Desses, 21 enviaram os dados, de forma completa ou parcial

PCC se expande em “franquias” e leva guerra para outros


PCC se expande em “franquias” e leva guerra para outros .

  • Investigação revela estratégia de disseminação territorial do grupo e como as lutas entre facções fizeram o número de homicídios explodir em alguns estados
“Eu tenho mais de trinta cadáveres dentro do meu telefone”, disse Rafael Silvestri, no dia 8 de setembro do ano passado, em conversa telefônica com um comparsa do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior e mais perigosa organização criminosa em atividade no Brasil. Ele se jactava das imagens de inimigos mortos que havia recebido em seu celular de comparsas baseados em vários estados brasileiros. Silvestri é a principal “autoridade” do PCC no Nordeste e, nos últimos seis meses, teve seu sigilo telefônico quebrado pela Polícia Civil de Presidente Prudente (SP) juntamente com o de outros 200 membros da facção. O material, colhido no âmbito de um inquérito sigiloso ao qual VEJA teve acesso, ajudou os policiais a deflagrar, no dia 14, a Operação Echelon, que desvendou o modus operandi usado pelos bandidos do PCC para expandir seu domínio sobre o tráfico de drogas nos estados.
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As investigações levaram a constatações preocupantes. Uma delas: os territórios onde a facção trava disputa com outros grupos criminosos pela hegemonia no tráfico são justamente os que sofreram uma explosão de homicídios em dez anos. Nesse período, o aumento do número de assassinatos por 100 000 habitantes, segundo o Atlas da Violência de 2018, é uma matemática de horrores: 256% no Rio Grande do Norte, 121% em Sergipe, 93% no Acre, 86% no Ceará, 74% no Pará e 72% no Amazonas. Tais áreas são as que mais aparecem nas conversas gravadas pela polícia. Identificadas como zonas conflagradas, são rotas estratégicas para a entrada da cocaína no Brasil e seu escoamento para a Europa. Em São Paulo, onde o PCC surgiu e é hegemônico no tráfico, o vetor é inverso: os homicídios caíram 46% na última década. Por isso, dissemina-se a certeza de que o controle da violência em São Paulo não está nas mãos do governo e suas políticas de segurança. Está nas mãos do PCC.