segunda-feira, 28 de maio de 2018

Mais de 80 concursos públicos com inscrições abertas reúnem mais de 15 mil vagas

Mais de 80 concursos públicos com inscrições abertas reúnem mais de 15 mil vagas

Salários chegam a R$ 26 mil no TJMG e há 5 mil vagas nos Correios.

Por G1
28/05/2018 07h00  Atualizado há 9 horas
Mais de 80 órgãos públicos estão com inscrições abertas para concursos que reúnem mais de 15 mil vagas para profissionais de todos os níveis de escolaridade. Os postos são para trabalhar em vários estados mais o Distrito Federal.
Somente nos Correios, há quase 5 mil vagas no Programa Jovem Aprendiz, com remuneração de R$ 448,46. As inscrições terminam no dia 29 de maio.
Os salários chegam a R$ 26,1 mil no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que seleciona para 120 vagas de nível superior. As inscrições terminam no dia 26 de junho.
Já na Assembleia Legislativa de Rondônia, que está com 110 vagas abertas para profissionais de nível médio e superior, os salários chegam a R$ 18,7 mil. As inscrições terminam em julho.
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Os prazos de inscrições para os concursos e seleções terminam entre maio e junho (Foto: Divulgação)
Os prazos de inscrições para os concursos e seleções terminam entre maio e junho (Foto: Divulgação)

Veja os detalhes dos concusos que abrem inscrição nesta segunda:

Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa - BA)
Inscrições até04/06/2018
Vagas18
SalárioR$ 1.183,10
Escolaridadesuperior
Prefeitura de Bom Despacho (MG)
Inscrições até26/06/2018
Vagas229
SalárioR$ 2.138,73
Escolaridademédio e superior
Prefeitura de Camaçari (BA)
Inscrições até01/06/2018
Vagas65
SalárioR$ 9.558,34
Escolaridadesuperior
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)
Inscrições até26/06/2018
Vagas120
SalárioR$ 26.125,17
Escolaridadesuperior
Universidade do Estado de Santa Catarina
Inscrições até28/06/2018
Vagas14
SalárioR$ 3.264,53
Escolaridademédio
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Inscrições até26/06/2018
Vagas9
SalárioR$ 10.043,67
Escolaridadesuperior
Prefeitura de Piraí (RJ)
Inscrições até17/06/2018
Vagas45
SalárioR$ 1.310,64
Escolaridademédio, magistério
Prefeitura de Guaxupé (MG)
Incrições até16/06/2018
Vagas44
SalárioR$ 1.212,05
Escolaridademédio

Internos de centro socioeducativo e fogem após princípio de rebelião

Internos de centro socioeducativo e fogem após princípio de rebelião


Durante o final de semana, dez adolescentes fugiram da unidade. (Imagem: Reprodução)
Dez internos fugiram da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Caruaru neste fim de semana. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, destes, quatro já foram encontrados e seis seguem foragidos. Por meio de nota, a instituição apontou que vai apurar as responsabilidades pelo ocorrido por meio da Corregedoria.
“No momento, todas as áreas do Case Caruaru estão em segurança e sob controle das equipes que atuam no local. As Coordenações de Segurança e de Inteligência da Funase foram mobilizadas até a unidade”, aponta o texto.
Um princípio de rebelião foi registrado na noite da sexta-feira (25). Na ocasião, os socioeducandos atearam fogo em colchões, depredaram celas e serraram as grades. Além disso, os internos fizeram uma abertura no muro que dá acesso à área externa da unidade. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar.
Durante o ocorrido, três pessoas ficaram feridas. O estado de saúde delas não foi informado

Criação de sistema único da Segurança Pública deixa dúvidas sobre execução





Criação de sistema único da Segurança Pública deixa dúvidas sobre execução

brasília Com o objetivo de unificar as polícias e os sistemas de segurança do país, o projeto que cria o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) é considerado um avanço por especialistas, mas deve apresentar dificuldades de execução.
O Congresso Nacional aprovou em abril a proposta que tem como objetivo criar sistemas de compartilhamento de informação entre as forças policiais e entre os estados, e a criação de um banco de dados nacional sobre o crime, nos mesmos moldes do Datasus (do Sistema Único de Saúde).
A coordenação fica a cargo do Ministério da Segurança Pública, criado por Michel Temer neste ano e hoje comandado por Raul Jungmann.
De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, a integração dos sistemas é um avanço para as políticas de segurança no país. Eles apontam, porém, que há incerteza sobre a eficácia do texto aprovado no Congresso e sobre a sua implementação.
“Eu sou muito a favor de termos um sistema único porque nós precisamos de coordenação entre os estados, nenhum vai conseguir resolver sozinho”, afirma a professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Alba Zaluar. A antropóloga diz, porém, que em segurança pública “não tem milagre” e que é preciso assegurar que haja continuidade e fiscalização para que o sistema funcione.
Já o coronel Ibis Pereira, excomandante interino da Polícia Militar do Rio de Janeiro, afirma que, se o projeto é positivo porque “dá a oportunidade de se criar um sistema”, a qualidade da proposta criada fica aquém da desejada. Ele diz que seria preciso um debate mais amplo com a so- ciedade e as entidades policiais para que o modelo funcione de maneira eficaz.
“Eu não tenho dúvida de que se conseguirmos criar esse sistema, vai melhorar”, afirmou. “Mas parece que perdemos a oportunidade de fazer um texto mais avançado, com diálogo com a sociedade.”
Ele criticou o fato de o texto ter sido aprovado em um ano eleitoral e disse que é preciso ouvir as entidades policiais para superar as dificuldades de relacionamento entre as diferentes polícias e órgãos da segurança. “O que a gente espera de um sistema é que ele tenha mecanismos para que as medidas não estejam subordinadas à vontade dos gestores”, afirmou.
O texto espera sanção do presidente Michel Temer. Pelo projeto, serão criados conselhos de segurança nas três esferas de poder (municipal, estadual e federal) que englobarão as polícias, os bombeiros, os guardas municipais e os agentes de trânsito. De acordo com o relator do projeto na Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), eles funcionarão como “braço estendido” da Segurança Pública, de caráter consultivo, e serão formados também por membros do Ministério Público e do Judiciário.
De acordo com a proposta, também será parte das atribuições da pasta cuidar do Sinesp, sistema que reunisse dados de crimes de todo o país, e do Plano Nacional de Segurança Pública (com validade de dez anos). Os órgãos estaduais serão responsáveis pelo envio de dados de ocorrências policiais, tráfico de drogas, perfis genéticos e digitais, rastreamento de armas e execução penal, entre outros.
Os órgãos estaduais que não fornecerem as informações de ocorrências policiais serão punidos, tendo dificultado o acesso a recursos federais.
O texto tramita no Congresso desde 2012, quando foi apresentado pelo Executivo durante o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT).
O projeto circulou por anos em comissões da Casa, sem particular urgência, e chegou a ficar quase um ano parado após passar pela Comissão de Finanças e Tributação.
Ressuscitou apenas no início de 2018, após ter sido decretada a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro.
A criação de uma proposta que integrasse os 27 estados foi discutida pelos presidentes das duas Casas Legislativas, Rodrigo Maia (DEMRJ) e Eunício Oliveira (MDBCE), com a presença dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, em reunião em fevereiro.
O encontro não contou com integrantes do Executivo. Ele aconteceu no mesmo dia em que o governo do presidente Michel Temer criava a pasta da Segurança Pública.
O ressurgimento do Sistema Único de Segurança Pública se deu em meio a uma disputa política pelo protagonismo da pauta da segurança — eixo principal da pré-campanha presidencial de Maia, que havia ficado irritado com o decreto de intervenção.
A própria intervenção federal no Rio é um exemplo da dificuldade de integração.
A gestão federal havia solicitado que o governo do Rio compartilhasse os dados sobre violência no Estado.
A União ficou descontente com a atualização e ameaçou cortar verbas para o Rio.
Outro ponto polêmico é a própria coordenação do projeto pelo Ministério da Segurança Pública.
Isso porque a pasta foi criada em caráter excepcional, e a medida provisória que a instituiu sequer foi votada pelo Congresso.
O deputado Alberto Fraga (DEM), relator do texto, afirma que a bancada trabalhará para tornar permanente o ministério, que, segundo ele, é “mais importante do que muitos outros”. Ele também afirma que o financiamento para a implementação dos conselhos e a criação do sistema de dados sairá do orçamento ministerial.
A escolha de Fraga como relator é uma das polêmicas do projeto e recebeu críticas da oposição. Para o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), a decisão de nomear o presidente da “bancada da bala” mostra “que tipo de projeto é”.
Segundo ele, a proposta aprovada às pressas é “inócua” e ignora medidas de Justiça restaurativa.
A cassação de Fraga foi pedida pelo PSOL, após o deputado atacar, com informações falsas, a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março no Rio.
Um panorama da segurança pública no Brasil Crescimento da taxa de homicídio no Brasil ajuda a puxar curva das Américas
Por 100 mil habitantes
Projeção
Entenda como deverá funcionar o SUS da segurança
O que é o SUSP Éo equivalente ao SUS (Sistema Único de Saúde), só que na área da segurança. Ou seja, é a integração das ações e dados de todos os órgãos do país, em âmbito federal, estadual e municipal. Sua estrutura se dará por meio de conselhos de segurança, a serem criados nas três esferas
Quem fará parte
Órgãos federais:
• Polícia Federal
• Polícia Rodoviária Federal
• Polícia Ferroviária Federal
• Guarda portuária
• Secretarias nacionais de Segurança Pública, de Proteção e Defesa Civil e de Política sobre Drogas
Órgãos estaduais:
• Polícias civis
• Polícias militares
• Corpos de bombeiros
• Institutos de criminalística, medicina legal e identificação
• Órgãos dos sistemas penitenciário e socioeducativo
• Secretarias estaduais de Segurança Pública
Órgãos municipais:
• Guardas municipais
• Agentes de trânsito
Quem será responsável
ministério extraordinário da Segurança Pública, comandado por Raul Jungmann, deverá gerir o sistema, orientando os órgãos integrados
Resolução de crimes
O
O que é o Sinesp Éo equivalente ao Datasus, que reúne todos os dados da saúde pública no Brasil.
Dados que ele deverá ter:
• Ocorrências policiais
• Sistema prisional e execução penal
• Rastreamento de armas e munições
• Banco de dados de perfil genético e digitais
• Dados sobre o tráfico de drogas ilícitas
Quem será responsável O ministério da Segurança Pública terá que implementar e manter o sistema, enquanto os órgãos deverão fornecer os dados, sob pena de não receberem recursos federais
Tramitação da lei
A proposta de fazer um sistema único de segurança foi pensada por especialistas ainda em 2003, sob Lula
(PT), mas deixada de lado Em 2012, o projeto de lei
3.734 foi apresentado pelo governo de Dilma Rousseff (PT) à Câmara. Avançou lentamente até o segundo semestre de 2017.
Com a criação do ministério da Segurança Pública e a intervenção federal no RJ, projeto foi aprovado com urgência na Câmara e no Senado. A proposta aguarda agora sanção do presidente Michel Temer (MDB)