domingo, 25 de fevereiro de 2018

Ministério da segurança pública, será criado nessa segunda feira

Amanhã sai a criação do ministério', diz Perondi sobre pasta da Segurança Pública

Um dos vice-líderes do governo na Câmara, peemedebista participou de reunião no Jaburu neste domingo. Segundo ele, criação de novo ministério será por medida provisória.

Por Guilherme Mazui, G1, Brasília
 
'Amanhã sai a criação do ministério', diz Perondi sobre pasta da Segurança Pública
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) um dos vice-líderes do governo na Câmara disse, neste domingo (25), que o Ministério da Segurança Pública, anunciado nos últimos dias pelo presidente Michel Temer, será criado nesta segunda (26).
Perondi participou de uma reunião neste domingo no Palácio do Jaburu para tratar do assunto. Além dele, também estiveram no encontro os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Torquato Jardim (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Gustavo Rocha (interino dos Direitos Humanos.
Segundo o deputado, a nova estrutura será criada por meio de uma medida provisória, que deve ser publicada no "Diário Oficial da União" de terça-feira. Será o 29º ministério do governo Temer.
Por se tratar de uma MP, a criação do novo ministério passará a valer a partir do momento de sua publicação, mas terá de ser aprovada pelo Congresso em até 60 dias, que podem ser prorrogáveis por mais 60.
"Amanhã sai a criação do Ministério da Segurança. [Será feita] Uma MP [medida provisória], foi fechada agora, vai promover a integração e a coordenação da segurança pública entre a União com todos os estados", disse Perondi após o encontro.
Perondi afirmou ainda que o anúncio do nome do novo ministro poderá ser feito ainda nesta segunda. Ele disse, porém, que ainda não há definição sobre o nome a ser escolhido.
"Tem 10 nomes, mas não tem o nome [do novo ministro]. Poderá ser amanhã, mas nós não discutimos o nome [na reunião deste domingo]. Tem 10 nomes", disse.
O deputado também disse que a estrutura da nova pasta será "enxuta". Questionado por jornalistas sobre se a Polícia Federal ficará subordinada ao ministério, o vice-líder do governo afirmou que sim. "Está dentro [a PF]", declarou.
O presidente Michel Temer, durante reunião com ministros para tratar da criação do Ministério da Segurança Pública (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)O presidente Michel Temer, durante reunião com ministros para tratar da criação do Ministério da Segurança Pública (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)
O presidente Michel Temer, durante reunião com ministros para tratar da criação do Ministério da Segurança Pública (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

Centro socioeducativo é atacado por tiros

Essa é a realidade que os centros Socioeducativos estao vivenciando nos últimos tempos

Unidade do DEGASE no complexo de Bangu é atacada a tiros

Por volta das três da manhã deste domingo, Agentes de Segurança que trabalham no Educandário Santo Expedito, unidade de internação masculina localizada no complexo de Gericinó, em Bangu, foram alvo de um atentado a tiros. Dois indivíduos em uma motocicleta passaram em frente a unidade e efetuaram disparos em direção ao portão da instituição. Um dos tiros acertou o muro. Outro disparo perfurou o portão e atingiu um bebedouro de água da unidade. Em seguida, os criminosos fugiram em direção à Vila Kennedy, comunidade localizada próximo ao complexo.









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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Sem salários, terceirizados da Fundação Casa entram em greve

Sem salários, terceirizados da Fundação Casa entram em greve

Além de problemas com o 13º, eles também não receberam o salário de fevereiro
    • ACidadeON/Campinas
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    • ACidade ON - Campinas
Greve na Fundação Casa começou nesta quinta. Crédito: Denny Cesare/Código19 
Os trabalhadores terceirizados que fazem a segurança externa da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) entraram em greve na manhã desta quinta-feira (15). O motivo é a falta de pagamento de salários.    

De acordo com o Sindicato Dos Vigilantes De Campinas e Região, os trabalhadores das quatro unidades de Campinas tiveram problemas em dezembro, com o pagamento do 13º salário. E agora, não receberam o pagamento de fevereiro, e não tiveram nenhuma posição da empresa terceirizada. 

"O pagamento é feito todo o quinto dia útil de cada mês, porém, até agora, nenhum dinheiro caiu na conta dos trabalhadores, e a empresa também não dá nenhum posição. Realizamos uma assembleia hoje, e os trabalhadores decidiram pela greve", afirmou o diretor do sindicato, Ronaldo de Souza. 
 
A Fundação Casa afirmou que os funcionários são terceirizados e que está em dia com os repasses de pagamentos à empresa Forintec terceirizada em vigilância responsável pela contratação dos vigilantes. Em nota, a instituição esclareceu que a terceirizada é que não está repassando os valores para os funcionários. 
  
A nota afirma ainda que por não cumprimento das cláusulas de obrigações trabalhistas, a instituição já aplicou multa à empresa Forintec, que, posteriormente, poderá ter o contrato rescindido. O setor jurídico da Fundação Casa já está tomando as providências jurídicas necessárias. 

A Fundação Casa ainda informou que o trabalho de segurança patrimonial será garantido pelos agentes de apoio socioeducativo, em regime de hora extra, que assumirão os postos de serviços, não ocorrendo, portanto, nenhum comprometimento dos procedimentos de segurança dos centros socioeducativos. Ainda vale a pena esclarecer que a empresa Forintec não responde pelo cuidado direto dos adolescentes, que fica a cargo dos agentes de apoio socioeducativo e demais funcionários da instituição.

A Fundação Casa em Campinas tem quatro unidades, e cerca de 300 adolescentes internados.  
 

Quem ganhou mais de R$ 28.559,70 em 2017 tem de fazer IR 2018; veja regras

Quem ganhou mais de R$ 28.559,70 em 2017 tem de fazer IR 2018; veja regras

Luciana Amaral e Téo Takar
Do UOL, em Brasília, e colaboração para o UOL, em São Paulo

Caio Borges
Quem ganhou mais de R$ 28.559,70 em 2017 é obrigado a fazer a declaração do Imposto de Renda 2018. O prazo de entrega começa em 1º de março e vai até as 23h59, horário de Brasília, de 30 de abril. As empresas devem entregar o comprovante de rendimentos aos funcionários até 28 de fevereiro.
Quem atrasar a entrega terá de pagar multa de 1% sobre o imposto devido ao mês. O valor mínimo é de R$ 165,74 e o máximo é de 20% do imposto devido.

A Receita Federal vai liberar o download do programa de declaração e entrega na segunda-feira (26). São esperadas 28,8 milhões de declarações. No ano passado, foram recebidas 28,5 milhões, informou a Receita.
Leia também:

Veja quem é obrigado a declarar (basta estar numa situação, não em todas):

  • Recebeu mais de R$ 28.559,70 de renda tributável no ano (salário, aposentadoria ou aluguéis, por exemplo); ou
  • Ganhou mais de R$ 40 mil isentos, não tributáveis ou tributados na fonte no ano (como indenização trabalhista ou rendimento de poupança); ou
  • Teve ganho com a venda de bens (casa, por exemplo); ou
  • Comprou ou vendeu ações na Bolsa; ou
  • Recebeu mais de R$ 142.798,50 em atividade rural (agricultura, por exemplo) ou tem prejuízo rural a ser compensado no ano-calendário de 2017 ou nos próximos anos; ou
  • Era dono de bens de mais de R$ 300 mil; ou
  • Passou a morar no Brasil em qualquer mês de 2017 e ficou aqui até 31 de dezembro; ou
  • Vendeu um imóvel e comprou outro num prazo de 180 dias, usando a isenção de IR no momento da venda.

Deduções para diminuir o IR 2018

Quem tem dependentes, paga escola ou possui empregados domésticos pode reduzir o imposto a pagar. Só o limite para abater o INSS recolhido de empregado doméstico sofreu aumento. Veja os valores dos descontos:
  • Dedução por dependente: R$ 2.275,08;
  • Despesas com educação por dependente ou com educação própria: R$ 3.561,50;
  • Desconto com cada empregado doméstico: R$ 1.171,84;
  • Despesas com saúde: não há limite.

CPF para maiores de 8 anos

Outra novidade do IR 2018, que já havia sido divulgada pela Receita, é a exigência de CPF para maiores de 8 anos. Antes, só quem tinha mais de 12 anos precisava ter documento próprio. A medida vale para os dependentes que completaram 8 anos até 31 dezembro de 2017.
A partir de 2019, provavelmente a Receita exigirá CPF de todos os contribuintes e seus dependentes desde o nascimento, informou o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir.

Formas de entrega da declaração

Assim como nos anos anteriores, a declaração do IR 2018 poderá ser preenchida e entregue de três formas:
  • Em qualquer computador, baixando o programa do IR 2018;
  • Em tablets ou celulares, por meio do aplicativo "Meu Imposto de Renda", disponível no Google Play (versão Android) e na App Store (versão iOS);
  • Diretamente no site da Receita, apenas para quem possui Certificado Digital. Basta acessar o serviço "Meu Imposto de Renda", no centro virtual de atendimento (e-CAC) da Receita.
Uma novidade: será possível fazer a retificação por meio do aplicativo, desde que a declaração tenha sido feita no mesmo aparelho. 

Declaração completa ou simplificada

O contribuinte pode escolher o modelo completo ou o simplificado para enviar sua declaração. Na opção pelo simplificado, é aplicado o desconto padrão de 20% (independentemente de gastos com saúde e educação, por exemplo). O limite para esse desconto de 20% é de R$ 16.754,34.

Declaração pré-preenchida

A Receita também manteve neste ano a opção de usar a declaração pré-preenchida. Ela está disponível apenas para contribuintes com Certificado Digital, no centro virtual de atendimento (e-CAC). É preciso que o contribuinte tenha entregue declaração de IR em 2017 e que as fontes pagadoras tenham enviado as informações do contribuinte para a Receita.
O mesmo vale para médicos, planos de saúde, imobiliárias e outras empresas ou profissionais com os quais o contribuinte teve alguma relação. Eles também são obrigados a enviar dados fiscais à Receita. A declaração pré-preenchida só será aceita se todas essas informações estiverem disponíveis no sistema da Receita.

Programas de declaração e entrega unificados

Os programas de declaração e entrega (Receitanet) eram separados até o IR 2016 e foram unificados no ano passado. Isso continua valendo para o IR 2018. O Receitanet (para entrega) foi incorporado ao programa geral de declaração e não precisa mais ser baixado à parte.

Programa será atualizado automaticamente

Desde o ano passado, o software passou a se atualizar automaticamente durante o período de declaração. A Receita costuma fazer pequenas melhorias para corrigir erros, e antigamente o contribuinte precisava baixar o programa novamente antes de entregar.
Agora, assim que o usuário se conectar à internet, o programa informará que uma nova versão está disponível, como acontece nos aplicativos de celular

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Saiu a tão almejada carta Sindical pros servidores da Fundação CASA

Através de muitos esforços, muita dedicação, e um trabalho árduo, conseguimos conquistar a tão sonhada carta Sindical.
O que isso significa pros servidores da Fundação CASA, significa que agora os trabalhadores terão um sindicato próprio, sem ficar dependendo de terceiros.
Eis que surge o SITSESP, SINDICATO DA SOCIOEDUCAÇÃO DE SÃO PAULO.
Com o surgimento do SITSESP, alguns diretores que eram SITRAEMFA irão deixar a diretoria, e ALGUNS novos diretores vão entrar em seus respectivos lugares. E de acordo com o estatuto daqui algum tempo vai ter uma nova eleição, onde será votada uma nova diretoria.
Por isso é de extrema importância os servidores que futuramente irão participar da disputa das chapas eleitorais, irem se organizando, colocando todas as documentações em ordem, todas as xerox de documentos necessárias pra quando forem montar as chapas, quando esses forem exigidos em cartórios e demais orgãos que vão fiscalizar se está tudo em ordem com os documentos enviados pelos servidores.
Por instantes esse é o papel do blog AGENTES NA NET, informar o maior número de servidores possível por essa conquista da saída da carta Sindical pra categoria, e mais uma vez dar os parabéns por termos um sindicato próprio, agora o sindicato é de vocês, é pra vocês, porque juntos somos mais fortes...

Fundação CASA estreia intranet

Fundação CASA estreia intranet

Por: Assessoria de Imprensa | Publicado em: 22/02/2018 19:53:34
Ferramenta de comunicação chega para facilitar ainda mais o diálogo com os funcionários

A Fundação CASA lança nesta sexta-feira (23 de fevereiro) a Intranet Fundação CASA, uma ferramenta de comunicação e conteúdo que vem com a proposta de facilitar ainda mais o diálogo com os funcionários em todo o Estado.
Por meio de computadores ligados à rede interna da Instituição, todo servidor poderá acessar o endereço eletrônico http://intranet e ver todos os conteúdos, informações e ferramentas disponíveis. Bastará colocar o login e senha já usados no sistema ERP.
A Intranet resulta do trabalho conjunto da Assessoria de Comunicação Social (ACS) e da Divisão de Tecnologia da Informação (DTI).
Se você não souber seu login e senha do ERP, peça para o agente administrativo do seu local de lotação solicitar para a DTI por meio do ERP ou, então, entrar em contato com o Help Desk pelo telefone (11) 2927-9092.
Neste início, o funcionário acessará informações da Divisão de Recursos Humanos (DRH), como comunicados, organograma e Banco de Dados de Transferência (BDT), além de notícias, vídeos, cadernos orientadores de todas as superintendências.
O funcionário também poderá ver quem são os aniversariantes do dia do quadro de servidores da Fundação CASA e enviar mensagens para eles, além de comentar os conteúdos.
“A intranet na Fundação CASA é uma iniciativa inédita, na qual buscaremos valorizar o servidor, mostrar como seu trabalho é responsável pela concretização da política pública de execução de medidas socioeducativas”, explica o coordenador da ACS, Denilson Araújo de Oliveira. “No futuro, pretendemos ampliar os conteúdos e serviços, além de disponibilizar o acesso externo.”
Acesse, descubra essa nova ferramenta

Câmara prepara liberação de venda e porte de armas de fogo; oposição não aceita revogação do Estatuto

Otmar de Oliveira/F5
Armas apreendidas e entregues pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso para destruição à Polícia Federal
 
Com a reforma da Previdência suspensa e o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro já aprovado pelo Congresso Nacional, a Câmara abre caminho para a votação de uma agenda prioritária na área de segurança pública, prometida pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda no segundo semestre do ano passado. Entre os projetos pautados, está a controversa revisão do Estatuto do Desarmamento, que restringe o comércio e o porte de armas no Brasil desde 2003.
A ideia é flexibilizar uma série de itens para facilitar a posse de armas, que vão desde diminuir a idade mínima para a aquisição de uma arma, conceder mais licenças para pessoas sem antecedentes criminais e que atestem a sua sanidade mental, até eliminar a necessidade de comprovação de efetiva necessidade da arma, que hoje é avaliada pela Polícia Federal. A base da proposta, amparada pela chamada bancada da bala, é o projeto de lei (PL 3722/2012) de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC). Aprovada em comissão especial da Câmara, a matéria está pronta para ser apreciada no plenário, e poderá ser relatada pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública da Câmara.
Fraga disse ao Congresso em Focoque a discussão sobre o Estatuto do Desarmamento na Câmara não deverá enfrentar a oposição do presidente Rodrigo Maia. As negociações com os deputados também estão avançadas. O parlamentar espera que a matéria possa ser colocada em votação no plenário logo após a apreciação do texto que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). “Essa é uma demanda da sociedade”, disse. “Não queremos armar a sociedade, só queremos que o direito do cidadão seja garantido”.
O parlamentar lembrou que, apesar de os brasileiros terem dito não ao desarmamento no referendo de 2005, com 64% da população contrária à proibição do comércio de armas de fogo e 36% a favor, são vários os obstáculos que impedem o cidadão de ter uma arma em sua própria casa. “A Polícia Federal tem critérios muito subjetivos para decidir quem pode ter uma arma ou não. A lei deve ser clara. Para quem cumprir os requisitos, o direito de se defender tem que ser assegurado”, destacou Fraga.
O que muda
Em vigência há mais de uma década, o Estatuto do Desarmamento proíbe a posse e o porte de armas, com algumas exceções. No caso de civis, deve-se pagar uma taxa e declarar a necessidade de portar uma arma à Polícia Federal. A renovação do registro de armas de fogos também deve ser feita a cada 5 anos. Até o final de 2016, o prazo era de 3 anos. Além disso, é preciso comprovar residência e emprego fixo, não possuir antecedentes criminais, não estar sendo investigado em inquérito policial, e apresentar capacidade técnica e aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo.
O PL 3722/2012 pretende eliminar essa regra geral, garantindo o direito à aquisição e ao porte de armas a todos, desde que atendidos alguns critérios. Para comprar uma arma, por exemplo, a pessoa não vai mais precisar comprovar a necessidade para a Polícia Federal. A proposta acaba com a obrigatoriedade de renovação do registro, que passa a ser permanente. Também cai a idade mínima para a aquisição de uma arma: de 25 para 21 anos de idade. Vale destacar que o artigo 78 do projeto revoga expressamente a Lei 10.826/2003, o Estatuto do Desarmamento, substituindo-o por um Estatuto de Regulamentação das Armas de Fogo.
Em seu site pessoal, o deputado Rogério Peninha Mendonça, autor do PL, exibe um gráfico que registra os índices de apoio dos parlamentares ao seu projeto. Segundo ele, 153 deputados são a favor da proposta que revisa o Estatuto do Desarmamento, o equivalente a 29,8%. 136 parlamentares, 26,5%, são contrários ao PL 3722/2012. Os 224 restantes, que correspondem a 43,7%, aparecem como indecisos, não tendo ainda se manifestado publicamente sobre o assunto.
‘Soluções fast-food’
Contrária à revisão do Estatuto do Desarmamento, a deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou o que chamou de “soluções fast-food” encontradas pelo governo na tentativa de obter a simpatia da população brasileira, entre elas a intervenção federal no Rio de Janeiro e a flexibilização do controle de armas de fogo. Para ela, a gestão do presidente Michel Temer estabelece uma “cultura do medo” que é prejudicial para a democracia e para a garantia dos direitos.
“Estamos com um governo absolutamente desesperado, e um governo desesperado vai buscar qualquer coisa para retomar o diálogo com a população. Nesse sentido, eles constroem uma cultura do medo, espetacularizando, teatralizando a própria violência, o que faz com que haja permissividade para retirar garantias constitucionais”, considerou. “O governo constrói essa situação e depois tenta se utilizar disso para se presentear junto à própria população. Essa pauta, uma intervenção militar no Rio de Janeiro e a questão do Estatuto do Desarmamento, dão soluções fast-food, que buscam estabelecer um vínculo com a população, mas que não resolvem”, avaliou ela.
Para a deputada, a única beneficiada por uma eventual flexibilização ou revogação do Estatuto do Desarmamento seria a indústria bélica. Ela classificou o projeto como uma irresponsabilidade, que pode alavancar ainda mais os índices de violência no país.
“Isso é uma irresponsabilidade. É aumentar a insegurança e o número de mortes no Brasil, porque as pessoas vão ter uma sensação irreal de segurança, uma sensação de força que vai fazer com que elas reajam. Além disso, tem um nível de passionalidade nos homicídios. As pessoas que estão nervosas, que estão sob estresse e buscam reagir de qualquer forma, com uma arma na mão se transformam, e isso pode aumentar o número de óbitos. Nesse sentido, uma política como essa não aponta em lugar nenhum do mundo o aumento da segurança da população. É o contrário: indica o aumento das mortes e uma decretação da falência do Estado enquanto promotor da segurança da própria população”, completou Erika.
De acordo com o Atlas da Violência 2017, estudo compilado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, quase 60 mil pessoas foram assassinadas no Brasil no ano anterior. Dessas mortes, 71,9% foram decorrentes do uso de armas de fogo.
Pacotão da segurança
Além da revisão do Estatuto do Desarmamento, a Câmara pretende colocar em votação outros projetos na área de segurança pública já a partir da próxima semana. O primeiro deles será o texto que cria o Sistema Único de Segurança Pública, estabelecendo regras gerais para os procedimentos adotados pelas polícias Federal, Civil, Militar e Rodoviária, além da Força Nacional e do Corpo de Bombeiros. Nesta terça-feira (20), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), se reuniram com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell, para discutir o assunto.
A Câmara também deverá debater a reforma do Código do Processo Penal, legislação de 1941, e um projeto coordenado pelo ministro Alexandre de Moraes que visa instalar núcleos integrados das polícias nas fronteiras, como forma de fortalecer o combate ao tráfico de armas e drogas no país