segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

1 em cada 5 internos da Fundação Casa é reincidente; nº é recorde


1 em cada 5 internos da Fundação Casa é reincidente; nº é recorde

Proporção de jovens que voltaram a praticar infrações se aproxima do que era registrado na Febem, extinta em 2006; falta de oportunidades fora da internação e falhas de acompanhamento pelo poder público agravam cenário, afirmam especialistas


A adolescência de Bruno (nome fictício), de 14 anos, começou atrás das grades. Ele não tem ídolos, não assiste à TV e, das poucas vezes que foi à escola, na periferia de Atibaia, a 64 quilômetros da capital paulista, havia professor de menos e drogas demais, pelo que relata. Em fevereiro de 2016, foi internado na Fundação Casa pela primeira vez, por roubo com arma de brinquedo. Ficou 45 dias internado e saiu. Na rua, viu os colegas em ascensão no tráfico e foi apreendido novamente. Na segunda e na terceira vez, foi pego por tráfico de drogas, infração cometida por 40% dos internos. 
“Achava que teria uma vida boa. Mas até agora só o que eu consegui foi chegar a lugar nenhum”, conta o jovem, que neste ano cumpre a terceira internação. Os pais de Bruno também têm envolvimento com o tráfico e já foram presos. 
Um em cada 5 internos da Fundação Casa é reincidente; nº é recorde no órgão
Número. Taxa de adolescentes que retornam à Fundação Casa dobrou em relação a 2010 Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Casos semelhantes têm preocupado as autoridades. A proporção de reinternações no sistema socioeducativo paulista bateu recorde este ano e já atingiu o maior patamar desde 2007, primeiro ano que funcionou a Fundação Casa. A taxa se aproxima, ano a ano, ao que era o índice da antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem). 
Para especialistas, falhas no diálogo entre órgãos responsáveis por políticas socioeducativas e no acompanhamento dos jovens liberados explicam o quadro. A atribuição não é só do governo estadual. Desde 2010, cabe aos municípios coordenar as medidas socioeducativas sem privação de liberdade, como advertência e prestação de serviços comunitários. A crise econômica no País, que reduz as oportunidades de emprego aos jovens mais pobres, também contribui. 
Em 2017, segundo levantamento obtido com exclusividade pelo Estado, 21,93% dos internos já haviam passado pela Fundação Casa outra vez. É praticamente o dobro da taxa de 2010, quando 12,80% reincidiram - mínimo registrado desde o início da Fundação Casa. Em 2006, último ano da Febem, o índice de jovens que voltaram a cometer infrações foi de 29%. Já o tempo médio de internações tem caído. Em 2013, foram 261 dias, ante 244 neste ano.
A Fundação Casa foi criada justamente para ampliar o atendimento socioeducativo e evitar o encarceramento. Assim, a ideia era de oferecer chance real de reinserção, impedindo que os jovens, quando adultos, migrem para o sistema prisional. A redução da maioridade penal teve discussão retomada no Senado. 
“A reinternação se deve à ineficácia das medidas socioeducativas. Não recuperam e não reintegram de modo saudável”, critica Tiago de Toledo, promotor da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual. “Em seis ou sete meses é possível recuperar um adolescente?”
Os adolescentes, na maioria pobres, enfrentam falta de opções efetivas - de estudos e de emprego - na vida após a internação. “Do jeito que está, muitos preferem até continuar na unidade, porque ao menos lá têm comida, podem praticar esporte e ter um lugar decente para dormir”, diz Ricardo Cabezón, presidente da Comissão de Direitos Infantojuvenis da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Muitas vezes o adolescente entra na fundação e está devendo ao traficante. Quando volta para a favela, tem de acertar a dívida ou vai morrer.”
Vício. A facilidade de conseguir dinheiro com delitos e a ausência da família são citadas pelos internos como motivos para repetirem infrações. Felipe (nome também fictício), de 18 anos, outro interno em Atibaia, se viciou em maconha e lança-perfume após perder o pai, aos 13 anos. A mãe, empregada doméstica, ficava o dia inteiro fora de casa. E o irmão mais velho já era viciado em drogas. “Eu usava para não ficar solitário, para poder enturmar. E o uso me fez vender também. Quando vi que podia ganhar R$ 600 em uma noite, subiu à cabeça”. Na escola, perdeu o foco. “Quando saí, já estava viciado. Só via droga na mente”, diz o rapaz, que sonha em ser músico. 
“A maioria dos que recebemos estão evadidos da escola. Alguns não sabem nem ler e escrever. Para recuperá-los, é preciso recuperar primeiro esse vínculo, com a escola e a família”, afirma a diretora da unidade de Atibaia, Marili Angelo. 

Total de jovens acusados por homicídio diminui 93%

O número de adolescentes acusados de homicídio internados no Estado caiu de 476, em 2006, quando ainda havia a Febem, para 32, neste ano, já na Fundação Casa. A redução é de 93%. Considerando que o número de internos cresceu no período, a proporção caiu de 8,02% do total de atos infracionais cometidos em 2006 para 0,35% neste ano. 
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado adiou, no dia 27, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos. O projeto só poderá voltar à pauta no fim de outubro. A mudança seria para crimes como latrocínio, extorsão, estupro, favorecimento à prostituição e exploração sexual de crianças, adolescentes e vulneráveis e ainda homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e reincidência em roubo qualificado.
Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) já se declarou defensor do aumento do tempo máximo de internação no sistema socioeducativo, de três para oito anos no caso de infrações graves. 
Perfil. Em São Paulo, atos infracionais considerados graves, exceto roubo qualificado, segundo dados da Fundação Casa, atingem 2% do total de internos. Tráfico e roubo são os delitos mais comuns. A quantidade de jovens que respondem por roubo qualificado (com uso de arma de fogo, por exemplo) atingiu 41,65% neste ano. E, por tráfico de drogas, são 41,53%. 
Outro levantamento foi concluído pelo Ministério Público paulista em setembro e considera atos infracionais entre agosto de 2014 e agosto deste ano na capital. O estudo revela maior incidência entre jovens com 16 e 17 anos, em comparação com os mais novos. Dentre 7,6 mil casos de tráfico na cidade, 5,3 mil (70,3%) foram cometidos por jovens na faixa etária mais velha ante 2,2 mil (29,7%) entre menores de 16 anos. 
“O número de crimes graves, como o roubo qualificado, tem crescido muito”, diz Tiago Toledo, promotor da área da Infância. O furto qualificado aparece com 862 casos, sendo 62,5% cometidos por jovens de 16 anos ou mais.

Senado quer preso no semiaberto em caso de superlotação

O plenário do Senado aprovou nesta um projeto de lei que promove uma reforma ampla na Lei de Execução Penal, proposta por uma comissão de juristas formada em 2012. As mudanças vão desde o direito à progressão antecipada de regime para presos em cadeias superlotadas ao estabelecimento de parâmetros quantitativos para definir se drogas apreendidas eram para consumo pessoal ou não. O texto foi enviado para apreciação da Câmara dos Deputados. 
Os objetivos são reduzir a superlotação, o excesso de presos provisórios no sistema penitenciário e facilitar a ressocialização de internos, de acordo com os parlamentares.
O Projeto de Lei do Senado 513/2013 prevê, por exemplo, que os presos passem a ser remunerados pelo trabalho no cárcere com base no salário mínimo (e não mais em três quartos do valor) e adota oficialmente as audiências de custódia, reguladas hoje por resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 
O projeto também sugere que sejam criados incentivos fiscais para empresas que contratarem presos e egressos de presídios. /COLABOROU FELIPE FRAZÃO

domingo, 11 de fevereiro de 2018

TST autoriza a nomeação de 583 concursados para os TRT’s de todo o país no ano de 2018

TST autoriza a nomeação de 583 concursados para os TRT’s de todo o país no ano de 2018

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, autorizou nesta semana a nomeação de concursados para 583 cargos vagos distribuídos em todos os Tribunais Regionais do Trabalho.
Conforme foi divulgado pelo órgão, o número de nomeações no primeiro semestre chega a 235 vagas. E no segundo semestre o número chegará a 348 nomeações.
Além destas, há ainda um total de 132 vagas para magistrados. Estas oportunidades serão preenchidas através do 1º Concurso Público Nacional Unificado para Ingresso na Magistratura Trabalhista.
As vagas, segundo o presidente do TST, foram distribuídas entre os tribunais segundo a força de trabalho, o percentualde cargos vagos e o quantitativo de cargos providos em 2017.
No entanto, segundo o que alegou ainda o TST, as nomeações autorizadas ainda não alcançam o número de cargos vagos.
Atualmente, em toda a Justiça do Trabalho, o número de cargos vagos somam 1.637. Esta, portanto, é informação é de interesse de muitos concurseiros que se preparam para esta área.
concursos trt

Concursos TRT’s 2018 – Abertos!

Concurso TRT PE (6ª Região): SAIU EDITAL. O certame tem a FCC como organizadora. São vagas para Analista e Técnico. Para Analista, a remuneração inicial é de R$ 9 mil, podendo ultrapassar R$ 11 mil. Já para Técnico inicia em R$ 5 mil e pode chegar a R$ 6 mil. Cursos TRT 6 – Clique aqui!

Concursos TRT’s 2018 – Previsões!

Concurso TRT SP (15ª região): SAIU A BANCA! FCC será a banca organizadora. O último concurso para a 15ª região do Tribunal Regional do Trabalho foi em 2013, e vence no início de 2018. Cursos TRT 15- Clique aqui!
Concurso TRT RJ (1ª Região): Banca AOCP definida e aguardando publicação do edital. Cursos TRT RJ- Clique aqui!
Concurso TRT GO (18ª Região):  BANCA DEFINIDA!! A banca FCC, Fundação Carlos Chagas foi contratada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, para organizar o novo certame do órgão. Vagas para Analista e Técnico.  Cursos TRT 18 – Clique aqui!
Concurso TRT BA (5ª Região): COMISSÃO FORMADA. O Tribunal já designou uma comissão para realizar concurso para o órgão. São 18 cargos vagos no quadro. Atualmente, a comissão trabalha para a escolha da banca.  Cursos TRT BA – Clique Aqui!
Concurso TRT ES ( 17ª Região): Foi criado um processo administrativo para incluir no orçamento de 2018 a contratação da banca. A abertura do concurso foi incluída na pauta do Pleno para debate. O último certame realizado foi no ano de 2013 e terá sua validade expirada em fevereiro de 2018.  Cursos TRT 17 – Clique aqui! 
Concurso TRT SP (2ª região): AUTORIZADO!! O TRT SP ainda realizará um estudo no quadro pessoal do órgão para definir o quantitativo de vagas que serão ofertadas. Previsão para: Técnico Judiciário área Administrativa, Analista Judiciário área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador. Cursos TRT 2 –Clique aqui!

sábado, 10 de fevereiro de 2018

AGENTES DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO DECIDEM ENTRAR EM GREVE


AGENTES DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO DECIDEM ENTRAR EM GREVE!

ESTADO DE MINAS GERAIS

Durante a assembleia com os servidores nesta quarta-feira (7) ficou decidido e acordado com  unanimidade de votos em manter o estado de greve até o dia 15 de fevereiro, em que efetivamente inicia a GREVE, até que o governo atenda as demandas da categoria como;

• Revisão Geral Anual

• concurso público para acabar com déficit

• encaminhamento da lei orgânica para assembleia legislativa

•implantação de carga horário para acabar com excesso de convocação

• falta de capacitação para os servidores

• Identidade funcional e falta de equipamentos de segurança como rádio de comunicação, veículos e outras demandas pendentes.

Foi criado uma comissão para negociação e também ficou definido acampamento para derrubada do  veto ao porte de arma, o acampamento iniciará a partir do dia 19 de fevereiro na assembleia legislativa até que o veto seja derrubado.

Diretoria de comunicação de minaa gerais

Em seis anos, número de jovens cumprindo medida privativa de liberdade aumenta em 58,6%

Em seis anos, número de jovens cumprindo medida privativa de liberdade aumenta em 58,6%

Com 49%, roubo e furto são as principais causas de cumprimento de medidas socioeducativas | Foto: Arquivo/EBC
Luciano Velleda
Da RBA
Em apenas seis anos, o número de adolescentes em privação e restrição de liberdade aumentou 58,6% no Brasil. De 16.940 jovens cumprindo alguma medida socioeducativa desse tipo em 2009, o índice passou para 26.868 em 2015. Desse total, 18.381 jovens estão em medida de internação (68%), 2.348 em regime de semiliberdade (9%) e 5.480 em internação provisória (20%). Outros 659 adolescentes estão em atendimento inicial, internação sanção ou medida protetiva (medida socioeducativa suspensa para tratamento em clínica de saúde).
Dos 26.868 jovens, 9.918 estão no estado de São Paulo, que também possui o maior número de unidades – 150 de um total de 484, sendo 418 exclusivamente masculinas, 37 femininas e 29 mistas.Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 2.235 pessoas, e Minas Gerais, com 1.963. Na situação oposta, Roraima tem a menor quantidade, somente 57 jovens, e possui apenas uma unidade.
Os dados integram o Levantamento Anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), divulgado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos (SNDCA/MDH). Embora a Lei Federal 12.594/2012 determine a publicação anual das informações, o governo Temer divulgou, no último dia 16 de janeiro, os dados referentes ainda ao ano de 2015.
“Esse atraso já é um problema grave, mostra a falta de prioridade deste governo com as políticas para crianças e adolescentes, a incompetência em tratar do tema”, afirma Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos de São Paulo (Condepe). Além do atraso, ele também critica a ausência dos índices de reincidência, o que impede a avaliação do trabalho e da eficácia das medidas socioeducativas aplicadas no Brasil.
Para o coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Condepe, o aumento do números de jovens cumprindo medidas de privação ou restrição de liberdade revela a precariedade nos atendimentos e das políticas públicas para crianças e adolescentes, o que inclui a falta de oferecimento de cursos profissionalizantes, estágios e bolsas de estudo. Por outro lado, Castro Alves avalia que o aumento pode também ser consequência do recrudescimento do clamor popular por punição. “Tudo isso acaba gerando pressão no judiciário e colaborando para o aumento dos jovens internados.”
O representante do Condepe defende que a medida de semiliberdade deveria ser mais utilizada em relação aos outros dois tipos restritivos. “A internação deveria ser a excepcionalidade e não é isso que acontece”, lamenta.

Atos infracionais

Com 49%, os atos análogos a roubo e furto são a principal causa que leva os adolescentes a cumprirem medidas socioeducativas em unidades de internação. A segunda causa são infrações análogas ao tráfico de drogas, com 24%. Já o homicídio é responsável por 10% dos crimes praticados (em 2010 era 14,9%), e o latrocínio por apenas 2% (chegou a 5,5% em 2010) – ao contrário do senso comum que acredita ser elevado o número de atentados contra a vida praticados por adolescentes.
“Os crimes patrimoniais têm relação com consumismo, com a propaganda, a valorização do ‘ter’ ao invés do ‘ser’ da sociedade capitalista”, analisa o coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Condepe.

Perfil

Em relação ao perfil dos adolescentes e jovens em restrição e privação de liberdade, o último Sinase revela que 96% do total são do sexo masculino e 61% foram considerados negros ou pardos, enquanto o índice de brancos é de 23%, e 14% não tiveram registradas sua cor ou raça.
“Isso por um lado mostra a seletividade, o racismo dos policiais e do sistema judicial, mas também indica que negros e pardos estão mais expostos à violência e a criminalidade”, avalia Ariel de Castro Alves.
Do total de jovens cumprindo pena, 57% tem entre 16 e 17 anos, e 17% entre 14 e 15 anos. Neste recorte, chama a atenção que 23% dos internos tem entre 18 e 21 anos. “Isso demonstra que o adolescente é punido”, afirma o representante do Condepe, questionando o “mito” da impunidade que parcela significativa da sociedade tem com relação ao tema.

Mortes

O Sinase de 2018 revela que 53 adolescentes morreram, em 2015, dentro das unidades de atendimento socioeducativo. Foram 18 mortes (43%) registradas como “conflito interpessoal” e 11 por “conflito generalizado”. Os números são superiores ao ano de 2014, quando faleceram 48 jovens.
Para o advogado, o alto número de mortes demonstra a incapacidade do Estado brasileiro em garantir a vida dos adolescentes. “Se não garante a vida, será que garante a ressocialização e a educação?”, questiona.

Jovem fugitivo é capturado em Piracicaba e enviado à Fundação Casa

Jovem fugitivo é capturado em Piracicaba e enviado à Fundação Casa


Jovem fugitivo é capturado em Piracicaba e enviado à Fundação Casa

Publicado no dia 09/02/2018 às 10:12Por:
Um adolescente de 16 anos foi capturado pela ROMU (Ronda Ostensiva Municipal) na madrugada desta sexta-feira (9), em Piracicaba. O jovem foi detido na Rua Antonia Vecchine Bruzantin, bairro Monte Líbano, ao sul do município.
O adolescente L.S.C.S, de 16 anos, já era um velho fugitivo da polícia.
Assim que uma viatura da polícia, durante patrulhamento pelo Monte Líbano, flagrou um adolescente fugindo do carro para se esconder, imediatamente trataram de segui-lo.
O jovem foi detido na escadaria que conecta a Rua Antônia Vecchine Bruzantin à Avenida Thales Castanho de Andrade, nas proximidades da Escola Municipal Getúlio Dornelles Vargas.
Assim que ele saiu da escadaria, autoridades da Guarda Civil Municipal já estavam ali posicionadas e frustraram a fuga do jovem.
Ainda no local, os dados cadastrais do adolescente foram checados e a polícia descobriu a existência de um mandado de busca e apreensão em seu desfavor.
Ainda nesta madrugada de sexta, o adolescente foi apresentado ao Plantão Policial. Em seguida, foi enviado à Fundação Casa.

Fotos:

Foto: ROMU (Ronda Ostensiva Municipal)
Foto: ROMU (Ronda Ostensiva Municipal)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

CONASSE vai a DPF em busca de apoio ao porte de arma

CONASSE vai a DPF em busca de apoio ao porte de arma.

Na tarde de hoje, 9, o Vice-presidente do CONASSE, Cristiano Torres, esteve no Departamento de Polícia Federal para uma reunião com o Diretor Executivo da Polícia Federal Sandro Avelar.
Na reunião foi exposta as dificuldades que os Agentes de Segurança Socioeducativos enfrentam quando dão início no processo de aquisição do porte de arma particular.
Segundo Cristiano vários Agentes relatam que mesmo preenchendo todos os requisitos legais seus pedidos são negados. “Temos inúmeros casos de Agentes de Segurança Socioeducativos que mesmo sofrendo atentados contra suas vidas, em função do exercício de sua profissão, tem seus pedidos de porte de arma negados. Trabalhamos com um público que possui uma total certeza da impunidade e o Estado não pode deixar desamparado quem zela por ele”
Flavio Werneck, Vice-presidente da Federação dos Policiais Federais - FENAPEF e Presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal - SINDIPOL/DF, que foi o articulador do encontro, considera um absurdo a falta de reconhecimento da importância da nossa categoria como uma categoria de Segurança Pública. “Os Agentes de Segurança Socioeducativos exercem uma atividade essencial e devem ser considerados por todos como uma categoria de Segurança Pública, o porte de armas deles deve ser institucional.”
Sandro Avelar ouviu atentamente todos os argumentos e buscará formas de encontrar uma solução para o problema. “Tomando por base tudo que me trouxeram reconheço que a realidade de vocês tem que ser avaliada de maneira peculiar quando houver os pedidos de porte de armas aqui na Polícia Federal.”
O porte de armas para os Agentes de Segurança Socioeducativos de todo o país é prioridade para o CONASSE e vamos continuar buscando nas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário este pleito que nada mais é que o direito a vida tanto do Agente quanto de suas famílias.

Agentes socioeducativos de MT lutam por porte de arma

Agentes socioeducativos de MT lutam por porte de arma
Da Redação
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O deputado estadual Mauro Savi (PSB) recebeu na quarta-feira (7), representantes do Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado de Mato Grosso (Sindpss-MT), para tratar da elaboração de um Projeto de Lei que permitirá aos agentes das unidades socioeducativas que atendem adolescentes infratores a ter direito ao porte de arma fora do local do ambiente de trabalho.
O presidente do Sindpss-MT, Paulo Cesar de Souza, expôs ao parlamentar a necessidade de um agente socieducativo  usar arma por causa do risco sofrido fora do ambiente de trabalho. “Somos ameaçados diariamente por exercer nosso trabalho e somos a única categoria que não tem permissão de portar arma para nossa própria segurança e de nossos familiares”, lamentou o representante da classe.
O deputado Mauro Savi, concorda com a posição da categoria e irá analisar juntamente com sua assessoria jurídica os meios legais para a criação da lei. “É notório que esta categoria está exposta a riscos, porque fazem escolta, custódia, segurança e atuam diretamente na ressocialização de adolescentes em conflito com a lei, e estão sujeitos a riscos fora do horário de expediente. É importante que a Assembleia Legislativa aprove esta lei e que seja sancionada”, pontuou o deputado.  
Na Câmara Federal tramita a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) - 365/2017 sobre o mesmo tema e está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania. Também está sendo apreciado na Assembleia Legislativa de  Minas Gerais, um projeto similar ao que será  apresentado em Mato Grosso.
Morte de agente - Em 2016, o agente do sistema socioeducativo, Sidney Carlos da Silva Alves, 40 anos, foi morto na região do Sucuri, em Cuiabá. Conforme o presidente do Sindpss-MT, Paulo Cesar de Souza, o agente foi reconhecido por trabalhar no sistema socieducativo. Também participou da reunião, o vice-presidente do Sindpss-MT, Paulo Cesar de Souza  e o Secretário Geral, Edinei Pereira e Sidnei Oliveira

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Uma unidade da Fundação CASA poderá ser fechada


Unidade de atendimentos a jovens pode fechar em Santos

07/02/2018 | 15:31 - Atualizado em 07/02/2018 - 15:31
SANDRO THADEU

Fim das atividades do Núcleo de Atendimento Integrado é estudada pela Fundação Casa

Manter o NAI em funcionamento custa R$ 62,9 mil mensais ao governo (Foto: Irandy Ribas/AT)
O Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) de Santos é considerado uma referência por especialistas da área da infância e juventude para o atendimento psicossocial de adolescentes em medida socioeducativa. Apesar disso, existe um sério risco desse trabalho ser descontinuado.
O sinal de alerta foi dado na última quinta-feira, durante a assembleia geral ordinária do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Na ocasião, um representante da Fundação Casa – entidade que gerencia o NAI, com a Prefeitura – relatou que está sendo estudado o fechamento da unidade de custódia local, e o direcionamento dos garotos detidos em Santos ao Centro de Atendimento Inicial (CAI) de Guarujá.
Uma das justificativas oficiais para essa medida seria a queda no número de adolescentes custodiados e o fato de a unidade de Guarujá ser maior e ter uma melhor infraestrutura para abrigá-los.
O presidente do CMDCA, Edmir Nascimento, recebeu a informação com surpresa e se mostrou contrário à proposta do Estado. Ele relembrou que o NAI – instalado no bairro do Jabaquara – é fruto de uma conquista da sociedade civil.
Em 2004, o Estado cedeu as dependências do edifício. O CMDCA, por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, destinou R$ 300 mil para viabilizar o NAI, enquanto a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos aplicou R$ 520 mil.
Opiniões
Integrante da Promotoria de Justiça da Vara da Infância e da Juventude de Santos, Carlos Alberto Carmello Júnior afirmou que o Ministério Público Estadual é contra o fechamento do NAI. Se isso ocorrer, haverá um retrocesso na política de atendimento do adolescente em medida socioeducativa por conta de uma pequena economia de recursos públicos.
“Esse equipamento representa uma grande conquista na qualidade do atendimento desse público. Levar esse jovem de Santos para Guarujá parece ser uma das coisas mais ilógicas que já ouvi por uma questão de logística”, frisou.
Presente na reunião do CMDCA, o defensor público Thiago Santos de Souza ficou surpreso com a proposta da Fundação Casa. Assim como o MPE, ele não vê sentido ao transferir os adolescentes de Santos a Guarujá.
O juiz da Vara da Infância e da Juventude e do Idoso da Comarca de Santos, Evandro Renato Pereira, prefere aguardar o avanço das discussões para definir a melhor alternativa. “Vejo que o NAI é muito importante à Cidade e surgiu de uma luta da sociedade civil. Ainda precisamos ver os detalhes do que será proposto”, afirmou.
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) avalia que a saída da Fundação Casa do NAI descaracteriza a proposta do serviço, que foi implementado na Cidade em 30 de janeiro de 2008.
Tranquilidade
O presidente interino da Fundação Casa e secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Marcio Fernando Elias Rosa, disse que solicitou um estudo de viabilidade para fechar o NAI e direcionar esse atendimento inicial do adolescente em Guarujá.
“Fiz essa solicitação por conta da baixa ocupação do NAI (média de 48% de ocupação). Ao mesmo tempo, temos uma outra unidade em Guarujá, mais ampla, com uma taxa de ocupação de 20%”, justificou.
Rosa confirmou que um dos objetivos, além de oferecer um melhor atendimento aos adolescentes, é cortar gastos. Para manter o NAI em funcionamento, o Estado gasta mensalmente R$ 62,9 mil para o pagamento de funcionários e de outras despesas

Fundação CASA, informa o porquê ainda não pagou as evoluções dos servidores a

A Fundação CASA/SP (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) zelando pelo seu dever de transparência e, sobretudo, pelo compromisso assumido com os funcionários na reunião realizada com os representantes do Sindicato em 18/12/2017 de que as progressões de carreira de 2014 seriam implantadas até janeiro deste ano esclarece os motivos que levam à impossibilidade da efetivação do acordado até a presente data:

A implantação da progressão salarial depende do encaminhamento do pedido ao Conselho de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC para realização de análise técnica pelo Departamento de Entidades Descentralizadas da Secretaria da Fazenda;

O pedido recebe manifestação da Secretaria de Planejamento e Gestão que analisa a questão sob a ótica orçamentária;

Por fim, com a manifestação das duas Secretarias, o pedido é apreciado pelo Conselho de Política Salarial – CPS que se pronuncia definitivamente sobre a questão.

O procedimento acima descrito faz-se necessário diante das inúmeras necessidades governamentais que impõem ao Estado parâmetros orçamentários fundamentais para garantias de direitos e otimização dos recursos públicos disponíveis.

No dia posterior à reunião com o Sindicato, 19/12/2017, a Fundação CASA encaminhou o pedido de autorização da evolução salarial dos resultados obtidos no exercício de 2014 aos órgãos competentes e, em 24/01/2018, complementou com outras informações necessárias para análise do CODEC.

Informamos que ainda aguardamos o pronunciamento definitivo de nosso pedido, seguindo os ritos burocráticos necessários para realização dos pagamentos.

A Fundação CASA acompanha o pedido e aguarda a resposta conclusiva e, tão logo venha a resposta, comunicaremos a todos.