quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sistema socioeducativo no Ceará pede mudanças, órgãos externos cobram soluções. Há superlotação de 400%, entenda o problema

Violência no sistema socioeducativo no Ceará; CIDH (órgão do exterior) cobra mudanças

Sistema socioeducativo no Ceará pede mudanças, órgãos externos cobram soluções. Há superlotação de 400%, entenda o problema.

Incêndio causado por presos em uma rebelião
Incêndio causado por presos em uma rebelião
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O sistema socioeducativo do estado do Ceará não vai bem, constantes problemas ocorrem com os adolescentes que estão detidos. Diante desse fato, a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), que integra a OEA (Organização dos Estados Americanos), solicitou ao governo do Brasil soluções para a situação.
Nos centros onde estão os menores delinquentes (Fortaleza) rebeliões sempre acontecerão e o MP (Ministério Público) notificou que estavam sendo cometidas torturas pelos funcionários dos locais contra os adolescentes.
Acássio Pereira, advogado no Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente), disse que o agravante para que ocorram as constantes rebeliões é a superlotação, índice de 400% e a inatividade dos menores.
Para o advogado, o lugar não oferece um ambiente adequado para os prisioneiros, pois eles passam o tempo todo trancafiados nas celas, não participam de atividades socioeducativas, nem de práticas esportivas ou de lazer.
Em 2015, no mês de novembro, um menor perdeu a vida em uma rebelião, levou um tiro e morreu. Segundo a polícia, a origem do disparo que atingiu o jovem é desconhecida. A STDS (Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social) informou que mais seis adolescentes foram machucados, mas tiveram atendimento no local. Ainda em 2015, ocorreu um fato grave, dez monitores dos centros socioeducativos no Ceará foram presos acusados de torturarem os internos do Centro Socioeducativo São Miguel, que estavam temporariamente na prisão Militar em Aquiraz.
Melhorias estão sendo previstas pelo estado, de acordo com a STDS, das quais irão ajudar num melhor atendimento aos jovens infratores, no estado do Ceará. Dentre os objetivos está à construção de unidades, total de três, uma está sendo feita na cidade de Fortaleza (bairro de Cenindezinho) e já se encontra com 99% de construção. Outra em Juazeiro do Norte, com 50% de obras feitas.
Os centros educacionais estão sendo reformados: Patativa do Assaré (CEPA), Cardeal Dom Aluísio Lorscheider (Cecal) e Dom Bosco.
Na última segunda-feira (18) notificaram que um novo método pedagógico e medidas socioeducativas irão ser implantados, para tentar melhorar os atendimentos aos jovens nos centros de recuperação. #Crime#Violência

Súmula do TRT-ES proíbe demissão sem justificativa comprovada por empresa

Súmula do TRT-ES proíbe demissão sem justificativa comprovada por empresa

Por Adriana Aguiar
Anna Carolina Negri/Valor
Luiz Alberto de Azevedo: se empresa quer abrir filial vai escolher um Estado em que possa demitir sem justificativa
Trabalhadores do Espírito Santo só poderão ser demitidos, pelo menos em tese, apenas com justificativa comprovada. Entendimento nesse sentido foi recentemente normatizado por uma súmula do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES). Com a medida, o enunciado passa a orientar a primeira instância trabalhista do Estado. O tema aguarda há quase 20 anos decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Advogados de empresas receberam a súmula com receio, pois temem que o entendimento possa gerar um efeito cascata sobre outros TRTs do país.
A Súmula nº 42, editada pelo Pleno do TRT-ES em 14 de dezembro, não é clara quanto aos requisitos para demissão dos empregados, apesar desse ser o assunto abordado. O texto considerou inconstitucional o Decreto nº 2.100, de 1996, pelo qual o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, denunciou a validade da Convenção nº 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O tratado foi assinado em 1982 por diversos países e aprovado pelo Congresso Nacional dez anos mais tarde. Em 1996, Fernando Henrique o ratificou pelo Decreto nº 1.855. Oito meses depois, porém, o revogou.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) entraram em 1997 com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin 1.625) no Supremo para questionar a validade do decreto. Segundo as entidades, o presidente não poderia denunciar tratado internacional sem a manifestação do Congresso, que detém competência constitucional exclusiva.
O relator da súmula do TRT do Espírito Santo, desembargador Carlos Henrique Bezerra Leite, afirma que mesmo tendo a convenção sido formalmente denunciada é possível decretar inconstitucional o decreto que revogou a participação do Brasil na Convenção 158. Segundo ele, houve afronta ao inciso I do artigo 49 da Constituição. De acordo com esse dispositivo "é da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional".
O desembargador ainda ressalta que no julgamento em trâmite no Supremo já se contabilizam quatro votos dos ministros pela inconstitucionalidade da medida. Com a decisão do Pleno e a edição da súmula, o processo voltará para a 3ª Turma do tribunal para ser julgado o caso concreto.
No Supremo, o julgamento foi iniciado em 2003, com o voto do relator, ministro Maurício Corrêa, já falecido. O ministro votou na época pela procedência parcial da ação. Ele avaliou que o Decreto nº 2.100 só produziria efeitos a partir da ratificação do ato pelo Congresso Nacional. Ele foi seguido pelo ministro Ayres Brito, já aposentado. Em 2006, o ministro Nelson Jobim, também já aposentado, votou pela improcedência do pedido. Em 2009, o ministro Joaquim Barbosa (aposentado) e a ministra Rosa Weber votaram pela procedência total da ação.
Em 2016, o entendimento foi seguido pelo ministro Teori Zavaski, que votou pela improcedência da ação com a condição de que os futuros tratados denunciados sejam submetidos ao Congresso. Então, o ministro Dias Toffoli pediu vista.
O advogado Luiz Alberto Macedo Meirelles de Azevedo, do De Vivo, Whitaker e Castro Advogados, afirma que essas súmulas, normalmente, geram impacto não só no TRT que passará a aplicá-las mas em outros tribunais regionais que podem editar orientações semelhantes. "Isso gera uma insegurança jurídica enorme, pois cada Estado vai definir o tema de acordo com o seu TRT. Se uma empresa quer abrir uma filial, por exemplo, vai escolher Estados em que ela possa demitir sem justificativa", diz. Para ele, um assunto tão importante tem que ser definido pelo Supremo.
O gerente-executivo jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Cassio Borges, afirma que a súmula do TRT do Espírito Santo "é um balde de água gelada no empresariado, principalmente neste momento de crise". Segundo ele, o Brasil convive há 20 anos sem aplicar a Convenção nº 158, que durou apenas oito meses em 1996. "Esse ponto deveria ter sido ponderado, porque é uma grande mudança, até porque o processo encontra-se em julgamento no Supremo e não foi finalizado", diz.
De acordo com Borges, que tem acompanhado as sessões de julgamento do tema, o ministro Teori Zavascki foi enfático ao reconhecer que há uma tradição constitucional no Brasil de que essas mudanças só podem ocorrer pelo Congresso, mas propôs que isso seja colocado em prática em atos a partir do julgamento. Nesse sentido, não haveria a aplicação da Convenção nº 158. "Com a Súmula do TRT o tribunal dá efetividade imediata e na contramão do que pode ser o resultado no Supremo", diz.
Ainda ressalta o gerente da CNI que o Supremo, ao julgar a Adin 1.480, reconheceu a impossibilidade de a Convenção nº 158 entrar em vigor no Brasil.
De acordo com o secretário nacional de assuntos jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle, a súmula do tribunal capixaba está exatamente no mesmo sentido que a entidade defende no Supremo. "É muito importante que os demais TRTs se posicionem, já que o Supremo tem demorado tanto para julgar". Segundo ele, o Brasil tem uma rotatividade fora do comum.
"Na área do comércio, por exemplo, é de 70% a 80%. O brasileiro vive em uma situação muito ruim. Como pode demitir sem justificativa, o patrão chega um dia de mau humor e demite um", diz. O secretário da CUT afirma que deve pedir uma audiência, junto com outras entidades dos trabalhadores, com a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, para solicitar que o tema seja incluído na pauta de julgamentos novamente

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

DETENTOS FOGEM APÓS REBELIÃO EM PENITENCIÁRIA DE BAURU

DETENTOS FOGEM APÓS REBELIÃO EM PENITENCIÁRIA DE BAURU

Segundo informações preliminares da Polícia Militar, os presos colocaram fogo no prédio de dois pavilhões e conseguiram fugir.
Um vídeo registrado por um morador mostra o momento em que policiais abordam um carro com detentos que tinham fugido. O Corpo de Bombeiros está no local para controlar as chamas e o helicóptero Águia sobrevoa a cidade para localizar os fugitivos.
Segundo o presidente do Sindicado dos Agentes Penitenciários, Gilson Pimentel Barreto, a rebelião começou por causa de uma apreensão de celular dentro da penitenciária. “Durante uma ação dos funcionários no alojamento e pegaram um preso com um celular e a revolta começou devido a isso. Os funcionários estavam retirando o preso e o resto da população não aceitou.”
Barreto informou que não há uma estimativa de quantos presos fugiram. “Foi colocado fogo em papelões, tem alguns feridos, funcionários não ficou ninguém refém, mas não foram muitas fugas”, afirma.
Ainda segundo Barreto, os detentos do CPP 3 não estavam sendo monitorados com tornozeleira eletrônica depois que o convênio entre o estado e a empresa não foi renovado.
A Secretaria de Administração Penitenciária informou que a situação já está controlada e que está realizando a contagem dos presos, pois alguns deles aproveitaram-se da confusão para fugir do presídio. A SAP afirma que não houve reféns. Parte dos evadidos já foi recapturada e será levada ao Centro de Detenção Provisória de Bauru.
O CPP 3 “Prof. Noé Azevedo”, antigo IPA (Instituto Penal Agrícola), funciona em regime semiaberto e tem capacidade para 1124 pessoas, mas abriga atualmente 1427 presos.
Pelo menos dois pavilhões do CPP 3 ficaram danificados (Foto: Arquivo Pessoal)
Fogo foi ateado em penitenciária (Foto: Reprodução/TV TEM)
Rebelião no Centro de Progressão Penitenciária de Bauru (Foto: Arquivo Pessoal)
Polícia Militar trabalha na recaptura dos homens (Foto: Carolina Abelin/TV TEM)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Concursos públicos abertos reúnem 6 mil vagas em todo o país

Concursos públicos abertos reúnem 6 mil vagas em todo o país

Salários chegam a R$ 27.500,17 no TRF do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Pelo menos 7 órgãos abrem prazo para mais de 300 vagas nesta segunda.

Pelo menos 109 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (23) e reúnem 6.050 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 27.500,17 no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Veja abaixo a lista de concursos abertos:
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, Neos candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Entre os órgãos com inscrições abertas estão a Polícia Militar do Distrito Federal, com 200 vagas e salário de até R$ 11,8 mil, a Prefeitura do Rio de Janeiro, com 363 vagas e salário de até R$ 2.744,79, e a Aeronáutica com concurso para 358 vagas de nível médio e outro para 173 vagas e salário de até R$ 3.325.
Pelo menos 7 órgãos abrem inscrições mais de 300 vagas nesta segunda. Veja os concursos abaixo:
Câmara Municipal de Currais Novos (RN)
A Câmara Municipal de Currais Novos (RN) vai abrir concurso público para 17 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. Os salários variam de R$ 880 a R$ 1.800. As inscrições podem ser feitas pelo site www.comperve.ufrn.br entre os dias 23 de janeiro e 20 de fevereiro. As provas objetivas estão previstas para o dia 26 de março (veja o edital no site da organizadora).
Conselho Regional de Medicina do Maranhão
O Conselho Regional de Medicina do Maranhão (CRM-MA) divulgou edital de concurso público para 38 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. Os salários vão de R$ 1.050 a R$ 1.900. As inscrições podem ser feitas entre os dias 23 de janeiro a 13 de fevereiro pelos sites www.fsadu.org.br e www.sousandrade.org.br. As provas estão previstas para o dia 12 de março (veja o edital no site da organizadora).
Prefeitura de Juiz de Fora (MG)
A Prefeitura de Juiz de Fora (MG) fará concurso público para 3 vagas em cargos de nível superior. O salário é de R$ 2.769,57 para jornada de 40h semanais. As inscrições podem ser feitas entre os dias 23 de janeiro a 6 de março pelo site www.aocp.com.br. A prova objetiva será aplicada em 26 de março. Ainda haverá avaliação de títulos para todos os cargos (veja o edital no site da organizadora).
Prefeitura de Pinheiros (ES)
O Prefeitura de Pinheiros (ES) divulgou edital de processo seletivo para 60 vagas de professores por tempo determinado. Os candidatos devem ter nível superior. O salário é de R$ 1.648,88. As inscrições podem ser feitas nos dias 23 e 24 de janeiro na secretaria municipal de educação, localizada na Avenida Setembrino Pelissari, 321, das 8h às 11h e das 13h às 16h. A seleção será feita por meio de análise de títulos (veja o edital no site da prefeitura).
Prefeitura de Piracicaba (SP)
A Prefeitura de Piracicaba (SP) vai abrir concurso público para 3 vagas em cargos de nível fundamental (orientador de alunos). O salário é de R$ 1.905,70. As inscrições podem ser feitas de 23 de janeiro a 5 de fevereiro pelo site www.rboconcursos.com.br. As provas objetivas serão aplicadas em 5 de março (veja o edital no site da organizadora).
Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR)
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) divulgou edital de concurso público para 100 vagas de nível médio para o cargo de técnico judiciário. O salário oferecido é de R$ 5.516,51, mais auxílio alimentação e auxílio saúde. Os interessados poderão se inscrever a partir do dia 23 de janeiro o dia 21 de fevereiro pelo site www.tjpr.jus.br. Não há data prevista para a realização das provas (veja a matéria completa).
Universidade Federal Fluminense (UFF)
A Universidade Federal Fluminense (UFF) abriu concurso público para 113 vagas em cargos técnico-administrativos de todos os níveis de escolaridade. Os aprovados serão lotados nos municípios de Angra dos Reis, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis e Volta Redonda. Os salários variam de R$ 1.834,69 a R$ 3.868,21. As inscrições devem ser feitas de 23 de janeiro a 20 de fevereiro no site www.coseac.uff.br. As provas serão realizadas nos dias 2 e 9 de abril (veja a matéria completa).
Candidatos durante prova de concurso público (Foto: Camila Lima/O Liberal)Candidatos durante prova de concurso público (Foto: Camila Lima/O Liberal)
Candidatos durante prova de concurso público (Foto: Camila Lima/O Liberal)

Menor infrator foge pela porta da frente da Unidade de Internação

Menor infrator foge pela porta da frente da Unidade de Internação do Recanto das Emas

    
Foto: Rafaela Felicciano/Cedoc
Um jovem interno da Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire) fugiu da instituição pela porta da frente no último sábado (21). De acordo com a Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude (Secriança), ele trocou de roupa com um visitante e escapou.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 16h30. O Ministério Público e Vara da Infância também já foram informados sobre o caso. A Secriança comunicou que analisa, via corregedoria, as causas da fuga.
A Unire é uma das três Unidades de internação de adolescentes e jovens do Distrito Federal