terça-feira, 3 de janeiro de 2017

ENTENDA: o que a disputa nacional entre facções tem a ver com a barbárie no presídio do Amazonas

ENTENDA: o que a disputa nacional entre facções tem a ver com a barbárie no presídio do Amazonas

Disputa entre PCC e CV por tráfico de drogas e poder dentro das prisões é conhecida dos órgãos de segurança, afirmam especialistas; para o ministro da Justiça, é 'um erro achar, de uma forma simplista, que esse massacre e essas rebeliões são apenas guerra entre facções'.

A ruptura da parceria entre as facções que comandam o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, o Comando Vermelho (CV), e em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) - com a consequente disputa entre elas pelo controle do comércio nacional de entorpecentes - é apontada por especialistas como principal motivo que levou a facção Família do Norte (FDN) a matar 56 detentos supostamente membros do PCC no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, na capital amazonense.

Durante uma rebelião de 17 horas em Manaus, presos do FDN, braço do CV no Norte do país, invadiram uma ala em que ficavam detentos do PCC. O resultado foram corpos esquartejados, decapitados, e com olhos, corações e vísceras arrancados, jogados em carrinhos de levar comida e queimados. Mais 184 presos fugiram antes da rendição dos detentos que pôs fim à rebelião – 54 já foram recapturados.
Dois fatores desencadearam a guerra entre PCC e CV, segundo especialistas e integrantes do Ministério Público e das polícias ouvidos pelo G1. O primeiro deles foi a morte, durante uma emboscada, do traficante Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016 na cidade de Pedro Juan Caballero, fronteira com o Mato Grosso do Sul. Ele era considerado pelos Estados Unidos como um dos barões do tráfico internacional de drogas e armas na fronteira e informes obtidos pela polícia apontariam atuação do PCC no ataque. O segundo fator foi um rompimento bilateral das facções após apoio do CV a grupos rivais do PCC em vários estados (leia mais abaixo).

Em Manaus, o secretário de segurança pública, Sérgio Fontes, afirmou ter visto "pilhas de corpos" no presídio e que os mortos eram integrantes do PCC. Para ele, o sistema prisional está sob controle. Também em Manaus, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse ser "um erro achar que, de uma forma simplista, que esse massacre e essas rebeliões são apenas guerra entre facções". Ele salientou que "mais da metade [dos mortos] não tinha ligação com nenhuma facção".

Um dos responsáveis por monitorar, através de investigações, o PCC em São Paulo, o promotor Lincoln Gakiya afirma que o massacre era esperado e previsto pelos órgãos de inteligência brasileiros devido ao avanço do PCC no Norte do país. Atualmente, diz ele, o PCC tem o mesmo número de integrantes que o rival (CV junto com o FDN) no Amazonas e a recente onda de rebeliões envolvendo disputas entre as duas facções em presídios do Norte eram o prenúncio de que algo estava para acontecer.
Carros do IML chegam ao presídio em Manaus para retirar corpos de presos (Foto:  Suelen Gonçalves/G1 AM)Carros do IML chegam ao presídio em Manaus para retirar corpos de presos (Foto:  Suelen Gonçalves/G1 AM)
Carros do IML chegam ao presídio em Manaus para retirar corpos de presos (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)
Em outubro, as facções se enfrentaram em três ocasiões durante rebeliões no Norte. Os motins deixaram 10 mortos em Boa Vista (RR)8 mortos em Porto Velho (RO) e 4 feridos em Rio Branco (AC). Após os casos de Rondônia e Roraima, o ministro da Justiça avaliou que as ações se tratavam de "uma situação pontual".
Para o promotor, o incidente no presídio de Manaus é uma retaliação da FDN a mortes provocadas pelo PCC. “Foi retaliação e demonstração de força da Família do Norte. É de se esperar reação agora do PCC não só no Amazonas, como também em outros estados. Todo mundo esperava um ataque do PCC contra o FDN, e eles foram surpreendidos agora. Teremos outros capítulos”, afirma Gakiya. 

“O que ocorreu em Manaus tem um contexto mais amplo, envolve um contexto mais amplo da disputa entre o CV e o PCC no país, que começou em 2016, quando eles declararam guerra em grande parte dos estados. O PCC tem a intenção de se tornar hegemônico no país e não tem limite de esforços para isso”, diz o promotor. “Havia um prenúncio de que algo iria acontecer e de que o PCC atacaria o FDN e o CV. Eles foram surpreendidos no presídio. Este ataque vai ter consequências”, afirma. 

Segundo o Ministério Público, o PCC tem hoje no país 29 mil batizados (pessoas que praticam o crime como formais integrantes da facção), sendo 22 mil deles fora do estado de São Paulo. Já o Comando Vermelho tem 16 mil fora do Rio. Em outubro, o MP apreendeu com detentos um "salve" (espécie de ordem para os integrantes da facção) em que a liderança do PCC ordenava uma guerra contra integrantes do CV. Em seguida, em dezembro, o PCC tomou a comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, tornando-se rival direta no comércio de drogas do Comando Vermelho.

A FDN é a terceira maior facção nacional e foi foco da Operação La Muralla da Polícia Federal em 2015, quando foram cumpridos 127 mandados de prisão. A investigação teve início em 2014, com a apreensão de R$ 200 mil em uma lancha no Rio Solimões e uma carga de droga com destino à tríplice fronteira de Peru, Brasil e Colômbia. Em outubro de 2016, o secretário de segurança pública de Amazonas afirmou que o maior desafio para Manaus era deixar de ser "porta de entrada" do narcotráfico para o país

A rota do Norte pela fronteira com Peru, Colômbia e Venezuela, como porta de entrada marítima de drogas e armas, seria utilizada pela FDN para a realização de negócios com outras organizações, possuindo ainda, segundo a PF, contatos com políticos, advogados, vereadores e membros do poder público. 

Especialistas apontam que a FDN possui um número menor de integrantes que o PCC e o CV, mas não souberam apontar o número exato de batizados. O G1questionou a Polícia Federal sobre inquéritos a respeito da disputa entre as facções nos estados, mas até a publicação desta reportagem, não teve retorno.
Um dos supostos líderes da FDN foi preso pela PF em 2015 (Foto: Adneison Severiano/ G1 AM)Um dos supostos líderes da FDN foi preso pela PF em 2015 (Foto: Adneison Severiano/ G1 AM)
Um dos supostos líderes da FDN foi preso pela PF em 2015 (Foto: Adneison Severiano/ G1 AM)
O apoio do Comando Vermelho a facções rivais do PCC nos estados, como a FDN no Norte do país, o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), em Santa Catarina, e o Bonde dos 40, no Maranhão, acirrou a disputa. O CV proibiu o batismo de novos integrantes do PCC em presídios e, em seguida, nos estados em que tinha mais poder, o PCC declarou guerra à facção carioca e demais rivais.
“O Comando Vermelho tem uma grande ramificação dentre outras facções e tem combatido o expansionismo do PCC em busca de novos mercados. Onde o PCC tenta entrar, desperta interesse dos concorrentes. É uma disputa territorial e de mercado que reflete dentro dos presídios, porque lá, quando entram, os presos precisam se filiar para sobreviver”, diz o tenente-coronel da Polícia Militar de São Paulo Eduardo Fernandes, doutor e mestre em ciências policiais de segurança e ordem pública.
Familiares de presos cobrem rostos e pedem informações de policiais sobre mortes em presídio em ManausManaus ( (Foto: Isis Capistrano / G1 AM)Familiares de presos cobrem rostos e pedem informações de policiais sobre mortes em presídio em ManausManaus ( (Foto: Isis Capistrano / G1 AM)
Familiares de presos cobrem rostos e pedem informações de policiais sobre mortes em presídio em ManausManaus ( (Foto: Isis Capistrano / G1 AM)
Brutalidade = poder
Sobre as decapitações e corações arrancados na rebelião em Manaus, Fernandes diz se tratar de uma demonstração de poder. “Eles vivem numa selva e fugiu da razoabilidade de qualquer situação. A forma como as mortes ocorreram retratam códigos de respeito”, diz ele, ressaltando que o PCC restringe a violência em presídios por tratar o tema dentro de uma questão “mercantilista”. “Não interessa demonstrações de força e estes espetáculos”.
A professora Isabel Figueiredo, que integrou a Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, ressalta também a “rearrumação de território” que está ocorrendo com a briga entre as facções após a morte do barão da droga no Paraguai. “A morte dele abriu espaço para a disputa. Em última instância, é uma briga por dinheiro e mercado. O PCC entrou no RJ e se projeta para o resto do país. Isso reflete no sistema penitenciário como um todo. É uma bola já cantada, já havia vários relatórios de que a bomba estava prestes a estourar”, diz ela.
“Ao longo da faixa de fronteira está havendo uma reacomodação das facções que controlam, do Mato Grosso para cima. E o pano de fundo é a situação prisional caótica. A violência irracional tem uma intenção bem pensada”, acredita o professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília Arthur Trindade.
Penitenciária estadual de Porto Velho foi destruída durante briga de facções rivais em outubro (Foto: Copen/Divulgação)Penitenciária estadual de Porto Velho foi destruída durante briga de facções rivais em outubro (Foto: Copen/Divulgação)
Penitenciária estadual de Porto Velho foi destruída durante briga de facções rivais em outubro (Foto: Copen/Divulgação

Empregados que não podem ser demitidos sem justa causa

Existem casos em que o empregado, devido a uma condição externa ao contrato de trabalho, passa a ter estabilidade provisória e não pode ser dispensados sem justa causa até que acabe o período estável.
 Mas atenção, caso ocorra cometimento de falta grave, eles podem ser dispensados por justa causa nos termos da lei.

Ementa

CONSTITUCIONAL. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. EMPREGADO. RESCISÃO CONTRATUAL. REQUISITOS.
1. Os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista – de qualquer espécie -, conquanto não possuam a estabilidade de que trata o artigo 41 da Constituição Federal, somente podem ser demitidos, com ou sem justa causa, por meio de ato administrativo devidamente motivado.
2. A motivação exige formalidade mínima, de molde a suprir as exigências dos princípios da impessoalidade, moralidade e oficialidade, sendo despicienda a instauração do processo administrativo cogitado na regra constitucional (STF, RE-589.998/PI).
3. A ausência de motivação formal resulta na invalidade da demissão, fazendo jus o obreiro aos efeitos patrimoniais decorrentes da nulidade ex tunc do ato viciado

6 situações em que um trabalhador não pode ser demitido

Lei garante estabilidade em determinadas situações

Tanto você, trabalhador, quanto você, empresário, devem estar atentos ao que diz a legislação brasileira sobre demissões. Existem algumas situações em que a lei garante estabilidade ao colaborador e ele não pode ser demitido. Abaixo, nós elencamos alguns desses casos. É importante frisar, no entanto, que não foram consideradas situações que envolvem eleições sindicais e outras correlatas, sendo tratados apenas casos comuns do cotidiano.
Pré-aposentadoria - Quando o trabalhador está perto de aposentar, seja integral ou proporcional, desde que haja previsão nesse sentido nas normas coletivas da categoria, ele conquista “estabilidade pré-aposentadoria”, ou seja, no período fixado na norma (que costuma ser de 12 ou 24 meses anteriores à aposentadoria) ele não pode ser dispensado sem justa causa.
Pré-dissídio - Muitas categorias asseguram estabilidade de 30 dias antes da data base da convenção coletiva a seus filiados. Com base na legislação que aponta que: “O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo FGTS". Portanto 30 dias antes da data base de dissídio, se algum funcionário for dispensado sem justa causa, caberá uma multa por estabilidade de dissídio. Devido a nova Lei do Aviso Prévio, que a cada 1 ano trabalhado acrescenta-se 3 dias por ano, a data de início da estabilidade será variável dependendo do tempo de trabalho do empregado na empresa.
Acidente de trabalho - O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa. A estabilidade para esse caso começa a partir do término do auxílio-doença concedido ao empregado que sofreu acidente de trabalho. Para ter direito à estabilidade de doze meses é necessário que o afastamento por motivo de acidente seja superior a quinze dias (se for menor não há direito ao beneficio, pois nesse caso os dias que ficou sem trabalhar serão pagos pelo empregador) e o empregado acidentado tem, obrigatoriamente, que dar entrada ao pedido de auxílio-doença junto ao INSS. Se ele simplesmente deixar de trabalhar por mais de quinze dias e não dar entrada no benefício não terá direito à estabilidade. Caso o empregado contraia alguma doença profissional e for comprovado que essa doença decorreu da atividade que desempenhava também terá direito ao benefício.
Gestação – é proibida a dispensa sem justa causa da trabalhadora gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Se o empregador dispensar sem ter conhecimento da gravidez, terá de reintegrar ao trabalho ou pagar a indenização decorrente da estabilidade em caso de demissão. E a gestante só pode voltar ao trabalho se a demissão ocorrer durante o período de estabilidade. Caso entre com uma ação trabalhista e a sentença do juiz se dê após o período de estabilidade, só será possível obter a indenização (pagamento de salários e demais direitos que receberia se estivesse trabalhando). Como são cinco meses de estabilidade, então teria direito a receber o valor do salário mais direitos multiplicados por cinco. A empregada que ficar grávida durante o contrato de experiência ou durante contrato determinado também terá direito a estabilidade.
Aborto involuntário - Se a gestante sofrer aborto, se tem entendido a estabilidade fica prejudicada. Tal entendimento se fundamenta no fato da Constituição garantir a proteção da maternidade e da infância através da estabilidade, em ocorrendo o aborto espontâneo a empregada gozo apenas de duas semanas de repouso.
Documento coletivo da categoria - O direito à estabilidade pode ser garantido em cláusula no documento coletivo da categoria, como criar garantia de emprego para outros casos (estabilidade para quem está para se aposentar, por exemplo) e ainda aumentar o prazo da estabilidade

Veja 20 profissões que estarão em alta em 2017, segundo especialistas

Veja 20 profissões que estarão em alta em 2017, segundo especialistas

Empresas buscam profissionais que resolvam problemas e reduzam custos. Expectativa é que mercado melhore de acordo com a reação econômica do país.

O ano de 2016 chegou ao fim com muitos profissionais ainda em busca de uma vaga de emprego. Com a crise econômica, as empresas continuam com os orçamentos restritos, buscando equilibrar as contas ao cortar despesas e limitar os gastos com o quadro de funcionários.
Com esse cenário desafiador, qual a perspectiva para os trabalhadores em 2017? Segundo especialistas ouvidos pelo G1, as empresas continuarão exigentes, buscando profissionais que consigam entregar mais resultados com menos recursos e tragam soluções para seus problemas.
Fila de desempregados em frente ao Centro Integrado de Emprego, Trabalho e Renda no centro de Guarulhos (SP), em dezembro (Foto: Humberto França/Futura Press/Estadão Conteúdo)Fila de desempregados em frente ao Centro Integrado de Emprego, Trabalho e Renda no centro de Guarulhos (SP), em dezembro (Foto: Humberto França/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Fila de desempregados em frente ao Centro Integrado de Emprego, Trabalho e Renda no centro de Guarulhos (SP), em dezembro (Foto: Humberto França/Futura Press/Estadão Conteúdo)
As consultorias ManpowerGroup, Michael Page, Page Personnel e Robert Half também listaram as profissões que estarão em alta em 2017.
Entre os cargos com boas perspectivas para o ano que vem estão: cientista de dados, gerente de vendas, consultor comercial e desenvolvedor mobile.
“As oportunidades de emprego e a resposta do mercado de trabalho estão totalmente vinculados à reação econômica do país. Indiscutivelmente com a retomada econômica novas oportunidades de emprego devem surgir”, afirma Márcia Almströn, diretora de recursos humanos do ManpowerGroup Brasil.
Segundo Roberto Picino, diretor executivo da Michael Page, o mercado de trabalho deve melhorar de acordo com o cenário econômico brasileiro. "Em 2016, as empresas já enxugaram e fizeram os cortes em busca de uma rentabilidade. Portanto, para 2017 há chances de que elas voltem a contratar já que os ajustes foram feitos anteriormente". Profissionais eficientes, que conseguem trabalhar com escassez de recursos e que tenham engajamento estão dentro do perfil procurado pelas companhias.
Veja as 20 profissões que estarão em alta em 2017, segundo especialistas:
1) Analista de compras
Perfil: Especializado em negociações com fornecedores, prospecção de novos e gestão de insumos diretos ou indiretos. Perfil com forte organização, além de forte influência e relacionamento com outros departamentos das empresas.
Por que estará em alta: A busca por novos fornecedores gera novas oportunidades que podem trazer redução de investimentos em itens de compras.
2) Analista contábil (com conhecimentos em inglês)
Perfil: Profissional tem como principais obrigações a análise, classificação de contas, fechamento de balanço da empresa, e report final para diretoria/ investidor.
Por que estará em alta: O papel de auxiliar em tomadas de decisões importantes desse profissional cresceu, mas somente 5% deles conseguem manter um diálogo compreensível em um segundo idioma. Isso faz com que esse profissional seja raro e muito procurado.
3) Analista de desenvolvimento organizacional
Perfil: Responsável por desenvolver as avaliações de desempenho, trilha de carreira e plano de sucessão, além de estudos relacionados a clima e cultura.
Por que estará em alta: Muitas empresas de pequeno porte, principalmente startups, que chegaram no Brasil precisarão fortalecer seus times e desenvolver projetos que mantenham seus talentos motivados na estrutura.
4) Analista de planejamento financeiro
Perfil: É necessário ter embasamento técnico nas áreas financeira e contábil atuar em parceria com outras áreas da empresa. Alta capacidade analítica e relacionamento interpessoal são importantes.
Por que estará em alta: É o responsável por dar uma visão financeira dos negócios da empresa. Seu trabalho é muito importante para que a empresa tenha bons resultados, especialmente em anos de crise.
5) Analista de planejamento tributário
Perfil: Responsável por analisar e estudar todos os impostos que devem ou não ser pagos, com o objetivo de reduzir a carga tributária devida pela empresa. Pela característica consultiva, o profissional pode trabalhar em uma consultoria tributária ou escritório de advocacia.
Por que estará em alta: Impostos são uma grande fatia dos custos das empresas, quanto menor o curso, maior a margem do lucro do negócio.
6) Cientista de dados
Perfil: Formação na área de exatas, dedicada a soluções complexas que envolvem analisar e entender tendências em dados.
Por que estará em alta: Empresas estão desenvolvendo suas áreas de inteligência de mercado CRM/ DBM, análise de dados estruturados e não estruturados. Isso mostra a chegada a consolidação da área digital e tecnologia atuando diretamente no negócio das empresas.
7) Consultor comercial
Perfil: Atua na área comercial de forma mais abrangente e generalista, buscando novas oportunidades e negócios para a empresa. Não há uma formação acadêmica específica.
Por que estará em alta: Abrem as portas para novos clientes, expandem o mercado e garantem continuidade dos negócios.
8) Desenvolvedor mobile
Perfil: Responsável pelo desenvolvimento de novos aplicativos para celulares (jogos, sites, aplicativos).
Por que estará em alta: É um mercado novo que possui muita demanda. Atualmente, grande parte dos profissionais que fazem esse trabalho migraram de áreas correlatas ou aprenderam no dia a dia. Isso faz com que mais de 2 anos de experiência ou cursos especializados na área sejam grandes diferenciais.
9) Diretor financeiro (CFO)
Perfil: Líder da área financeira da empresa, com experiência em renegociação de dívidas e amplo conhecimento sobre controladoria de negócios.
Por que estará em alta: Empresas em reestruturação estarão atrás desse profissional para organizar sua operação e ir atrás do que foi perdido durante a crise.
10) Especialista em supply chain
Perfil: Formação em engenharia, logística ou administração. Função engloba as áreas de compras, cadeia logística e o planejamento de produção e de demanda.
Por que estará em alta: Empresas buscam lucro e essas áreas conseguem reduzir custos (compras) e também melhorar o atendimento aos clientes (planejamento e logística). Assim, os profissionais que atuam nesse sentido estão entre os mais procurados no mercado de trabalho.
11) Especialista em UI (interface do usuário)
Perfil: Grande parte da formação nas áreas de design, arquitetura e comunicação, com amplo conhecimento de tecnologia como ferramenta gráfica.
Por que estará em alta: É responsável pelo design virtual e físico da experiência, na ambientação, cores e formatos que vão atrair e melhor representar a experiência do usuário no ambiente virtual e físico. Tudo isso para que o cliente tenha uma boa experiência virtual com a empresa.
12) Especialista em UX (experiência do usuário)
Perfil: Profissional pode ter formação em diferentes áreas, mas é importante ter experiência diversificada em pesquisa de mercado, comunicação, tecnologia, análise de dados, além de estar atento às tendências e novidades. Ele é responsável pelo design thinking, estudos de tendências da interface virtual e física do cliente junto a empresa no ambiente virtual.
Por que estará em alta: O mundo está se digitalizando e cada vez mais pessoas utilizam a internet para se comunicar com as empresas. Dessa forma, elas devem estar preparadas e ter um bom canal de diálogo com o seu cliente.
13) Executivo de desenvolvimento de negócios/ parcerias para área de meios de pagamento
Perfil: Formação em administração de empresas e economia com conhecimento sobre o funcionamento do mercado financeiro (crédito/ bancos/ e-commerce), tecnologia e perfil do consumidor.
Por que estará em alta: Profissional se relaciona com outras empresas da mesma área par ampliar serviços e soluções. A parceria busca desenvolver campanhas para ampliar os negócios.
14) Gerente de acesso – indústria farmacêutica
Perfil: Geralmente com formação na área de saúde, mas também há profissionais com bagagem acadêmica em vendas e administração. Ele será responsável por desenvolver estratégia de acesso e penetração da empresa em mercados públicos e privados, estabelecendo forte interação com entidades regulatórias. 
Por que estará em alta: Profissional ganha importância no estabelecimento de novos produtos no mercado, garantindo a correta introdução no mercado junto a clientes e órgãos regulatórios.
15) Gerente de educação continuada – serviços clínicos
Perfil: É responsável pelo desenvolvimento do plano de educação clínica e continuada em hospitais e laboratório. Com formação em enfermagem ou área correlata, geralmente possui foco em desenvolvimento de universidade corporativa.
Por que estará em alta: Com a profissionalização do mercado clínico do Brasil, as instituições estão buscando padronização e qualidade de atendimento em toda a sua base instalada.
16) Gerente de vendas
Perfil: Formação em administração, ciências contábeis, economia ou engenharia. É responsável pelas vendas e por aumentar o faturamento, garantindo lucratividade para a empresa.
Por que estará em alta: Com um mercado mais desafiador, a empresa busca garantir a continuidade dos seus negócios por meio da área de vendas.
17) Profissional de melhoria contínua
Perfil: Tem a função de mapear e otimizar os processos visando melhoria da qualidade e redução de custos na cadeia produtiva e nas áreas administrativas. Formação em engenharia, administração ou economia com perfil analítico e com facilidade para lidar com outros departamentos. 
Por que estará em alta: É uma área relativamente nova e muito valorizada pois faz com que a empresa atue de forma mais eficiente.
18) Profissional de trade marketing
Perfil: É o responsável pelo estudo do produto nos pontos de vedas, pesquisas dos concorrentes, posicionamento da marca e de mercado e interface para distribuidores e vendedor final. Formação em propaganda, marketing, publicidade e jornalismo.
Por que estará em alta: As estratégias de trade marketing ajudam a alavancar as vendas. No atual momento, aumento das vendas e consolidação da marca são bem-vindos.
19) Profissional de vendas técnicas
Perfil: É responsável por potencializar as receitas das empresas e tem formação altamente especializada, normalmente em engenharia. Boa comunicação, habilidade para relacionamentos com outras áreas e flexibilidade são importantes.
Por que estará em alta: Empresas precisam de profissionais que entendam o produto e seu processo produtivo, ou o serviço que está sendo comercializado para entregar uma solução customizada para o cliente agregando valor.
20) Supervisor de planejamento e controle de produção
Perfil: Profissional é responsável por definir e coordenador todo processo produtivo. É necessário ter amplo conhecimento de processos produtivos e suas diferentes ferramentas de gestão, controle e melhorias.
Por que estará em alta: Empresas buscam melhorar a produção, com redução de custos. Com ajustes no processo produtivo, ela poderá produzir mais, de forma mais eficiente e com ganhos em todo processo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O maior massacre prisional do Amazonas, guerra do PCC e FDN deixam mais de 150 mortos no COMPAJ

O maior massacre prisional do Amazonas, guerra do PCC e FDN deixam mais de 150 mortos no COMPAJ (Imagens fortes)

Subindo e Descendo do Salto - 02/jan/2017 às 12:52
O secretário estadual de Segurança Pública, delegado federal Sérgio Fontes, explicou que a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado na BR-174, já é considerada a maior de todos os tempos no sistema prisional do Amazonas. Fontes falou com a imprensa a poucos minutos, na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Aleixo, zona Centro-Sul, de onde ele comanda o gabinete de crise.
Segundo o secretário, seis corpos com a cabeça decapitada foram jogados para fora do presídio pela muralha. Todos são integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa rival da Família do Norte (FDN), apontada por Sérgio Fontes como a organização criminosa que está a frente dessa rebelião.
Fontes disse que ainda não há um número exato de mortos ou feridos. O que ele garantiu é que quatro dos 12 agentes penitenciários feitos reféns já haviam sido liberados.
O Compaj e todo o perímetro próximo a unidade prisional está0 cercado pela Polícia Militar (PM). Inclusive, Fontes disse que todos os policiais que estavam de folga foram convocados para fazer a segurança das demais cadeias instaladas em Manaus, pois havia a informação de que a rebelião iniciada no Compaj se estenderia para o Centro de Detenção Provisório (CDP), Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). Até a unidade de medida sócio-educativa Dagmar Feitoza, no bairro da Alvorada, na zona Centro-Oeste, recebeu reforço policial do grupo Fera da Polícia Civil.
No Ipat, inclusive, o secretário de segurança pública disse acreditar que a fuga de presos ocorridas no início da tarde deste domingo (1º) foi apenas uma distração para a rebelião no Compaj. Sobre a fuga, Fontes disse que ainda não há um número preciso de fugitivos.
No andamento da reportagem diverso áudios dos criminosos estão sendo enviados para o whatssap da redação do Portal CM7, presos pedindo socorro e os direitos Humanos para ir até o local. Mais de 130 presos fugiram segundo informações que  vem de dentro do presídio