sábado, 23 de agosto de 2025

5ª Conferência Nacional busca consagrar Saúde no Trabalho como um Direito Humano

 


"Não dá pra pensar a STT como direito humano sem a participação da Enfermagem, a maior força de trabalho do SUS", avalia Diego Souza, enfermeiro e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 

21.08.2025

Ministro Alexandra Padilha participou da abertura da 5ª CNTSS

Por meio do trabalho, o ser humano constrói o mundo e a si mesmo. A 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNTSS), que se encerra hoje, 21/8, em Brasília, buscou consolidar o entendimento de que Saúde no Trabalho é um Direito Humano. No centro das discussões, as novas relações de trabalho e a necessidade de fortalecer a  participação social da Saúde.

“A saúde como Direito Humano é uma construção política, um local de luta por direitos tantas vezes violentados”, afirmou a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernanda Magano. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a habilitação novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), que passam a somar 243 em todo o Brasil. 

“A 5ª CNSTT tem muita importância para a Enfermagem, pois busca elevar a STT ao patamar de direito humano, algo que abre um caminho para processos mais amplos de cuidado, para além dos riscos ocupacionais e doenças relacionadas ao trabalho. A Enfermagem é fundamental para essa proposta. Não dá pra pensar a STT como direito humano sem a participação da Enfermagem, a maior força de trabalho do SUS”, avalia Diego Souza, enfermeiro e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 

Enfermagem na linha de frente

Os profissionais de Enfermagem são os primeiros a receberem a população e absorvem grande parte das insatisfações. Levantamento do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), realizado em 2023, indica que 80% dos profissionais de Enfermagem no estado já haviam sido vítimas de agressões verbais ou físicas no ambiente de trabalho.

Para a técnica de Enfermagem Geiciane de Jesus, delegada na 5ª CNTSS, a falta de estrutura é o principal fator de estresse no trabalho. “Nosso município é muito pequeno. Eu trabalho em uma base hospitalar e a maior aflição quando não conseguimos ajudar a pessoa. Temos que enviar o paciente para o munícipio mais próximo, que é Imperatriz, mas depende da regulação. Quando não tem vaga, ficamos como um paciente, mesmo sem ter condições mínimas”, relata.

Técnica de Enfermagem Geiciane de Jesus, de Montes Altos/MA, é delegada na 5ª CNTSS 

Geiciane transformou a aflição em ação e entrou para o Conselho Municipal de Saúde. Por uma amiga, ficou sabendo de uma conferência livre, organizada pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). “Logo, eu estava em grupo de estudo sobre Saúde do Trabalhador, coordenado por Fadel, e sai da conferência livre eleita delegada”, conta a maranhense, que viajou mais de 1300 quilômetros de Montes Altos/MA para Brasília, levando as propostas debatidas por mais de 300 pessoas.

“Uma das propostas que trazemos é de que as mudanças aprovadas na 5ª CNTSS se desenvolvam ao longo dos territórios, dos estados, por dias, meses e anos. Que conferência nacional seja apenas o evento catalizador”, afirma o médico do trabalho Luiz Carlos Fadel, que proferiu palestra magna.

Os participantes apontaram os efeitos da precarização — com aumento da informalidade, a chamada “überização” — na Saúde do trabalhador. Para Fadel, o uso do termo CLT como ofensa pelos jovens reflete uma ideologia que mascara a exploração. “A Consolidação das Leis do Trabalho é uma conquista do povo brasileiro, fruto de muitas lutas. CLT representa  proteção: férias, aposentadoria, auxílio-doença. Ela precisa avançar e não retroceder”, afirma.

Trabalho Cura, mas também adoce: Transtornos depressivos ansiosos lideram afastamentos laborais

A Organização Internacional do Trabalho (OIT/ONU) estima que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos por quadros depressivos-ansiosos. Entrou em vigor, em maio, mudança na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que coloca no centro das relações trabalhistas a Saúde Mental. A mudança amplia a responsabilidade dos empregadores na proteção do ambiente de trabalho. Aspectos psicossociais que afetam a Saúde Mental do Trabalhador devem ser obrigatoriamente incluídos no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Para a enfermeira Dorisdaia Humerez, ex-conselheira federal e doutora em Saúde Mental, “independente da resiliência individual, os processos de trabalho têm consequências sobre a saúde mental dos empregados”. “A ideologia gerencialista, que busca canalizar todo o capital mental do indivíduo para o trabalho, pode desencadear quadros agudos de estresse, ansiedade e depressão. A vigilância panóptica também mina a motivação intrínseca do indivíduo, o sentimento de coletividade”, afirma.

O trabalho é um potencial fator de promoção da Saúde Mental, por proporcionar estrutura temporal, contato social, senso de esforço e proposito coletivos, identidade social e atividade regular, fundamental na organização da rotina. Mas pode contribuir também para o adoecimento psíquico, com condições como “sobrecarga de trabalho, falta de instruções claras, prazos irrealistas, não-participação nas tomadas de decisão, insegurança no emprego, condições de trabalho em isolamento, vigilância e arranjos inadequados de cuidado com filhos pequenos”.

 

Acompanhe a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

Solenidade Mesa de Abertura 

Palestra Magna

Mesa Eixo I – Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora 

Mesa Eixo II – As novas relações de trabalho e a saúde do trabalhador e da trabalhadora

Mesa Eixo III – Participação popular na saúde dos trabalhadores e trabalhadoras para o controle social

Plenária Deliberativa

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Agência Nacional de Saúde Suplementar


Sobre a ANS

627ª Reunião da Diretoria Colegiada

Encontro acontece no dia 25/8, segunda-feira, com transmissão ao vivo a partir das 10h

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realiza na segunda-feira, 25/8, a partir das 10h, a 627ª Reunião da Diretoria Colegiada (DICOL). 

O encontro será realizado de forma remota, com transmissão ao vivo pelo canal da ANS no YouTube.     

Clique aqui para conferir a pauta.    

Após a transmissão, o vídeo da gravação permanecerá disponível no YouTube.

 

Saúde e Vigilância Sanitária
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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Menos de 30 dias que saiu da Fundação CASA, Menor do crime é pego com armas de fogo


 



Um "menor do crime" que há anos dá trabalho para a Polícia em Ribeirão Preto voltou a ser detido na noite desta quarta-feira (20), menos de 30 dias após deixar a Fundação Casa. A ocorrência foi apresentada pelos Policiais da Força Tática do 3º Batalhão de Caçadores, e o menor detido na Favela da Rua Itápolis.

Durante patrulhamento, os Policiais avistaram o indivíduo em atitude suspeita. Ao perceber a aproximação da viatura, ele tentou se esconder entrando em uma residência de portão aberto, mas foi colocado para fora pelo próprio morador, levantando ainda mais suspeitas.

Na abordagem inicial, nada de ilícito foi encontrado. Porém, diante das contradições e do histórico de furtos em diversos bairros da cidade, os Militares decidiram realizar uma diligência em sua residência.

Com autorização de familiares, a equipe fez buscas e encontrou um revólver calibre .38 com duas munições donmesmo calibre escondido embaixo do colchão, além de peças de motocicleta suspeitas na área externa do imóvel.

O indivíduo foi encaminhado para a CPJ (Central de Polícia Judiciária), e ganhou mais uma passagem para Fundação Casa.

menos




Presidente da Fundação CASA visita centros socioeducativos do interior paulista na Jornada do Conhecimento

 

Claudia Carletto acompanhou rotina dos CASAs Franca, Araraquara e São Carlos, reforçando diálogo com servidores e adolescentes

ASSESSORIA DE COMUNICAçãO DA FUNDAçãO CASA
21/08/2025 12h35 - Atualizado Agora

FCASA/Marcelo Machado

Claudia Carletto acompanhou rotina dos CASAs Franca, Araraquara e São Carlos, reforçando diálogo com servidores e adolescentes
A “Jornada do Conhecimento”, iniciativa que busca aproximar a gestão da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, da realidade dos centros, teve mais uma etapa no interior do Estado de São Paulo. Entre os dias 19 e 20 de agosto, a presidente da instituição, Claudia Carletto, realizou visitas aos CASAs Franca, Araraquara e São Carlos.
Na terça-feira (19), a presidente visitou o CASA Franca e o CASA Araraquara às 15h. Já na quarta-feira (20), a visita foi no CASA São Carlos.
Durante as visitas, Claudia Carletto acompanhou o funcionamento das rotinas escolares, dos cursos de formação profissional e das atividades esportivas oferecidas aos adolescentes, além de dialogar com servidores sobre as práticas socioeducativas.
Desde maio de 2024, quando assumiu a presidência da Fundação CASA, Carletto já conheceu pessoalmente 68 dos 93 centros socioeducativos do Estado de São Paulo. A proposta da “Jornada do Conhecimento” é justamente fortalecer o vínculo entre gestão, servidores e adolescentes atendidos, valorizando o trabalho realizado nas unidades.
“As visitas são um espaço fundamental para ouvir quem está na linha de frente do atendimento socioeducativo. É a partir dessas conversas que conseguimos aprimorar as ações e políticas da Fundação, com foco em melhores resultados para os jovens e para a sociedade”, destacou a presidente.
A “Jornada do Conhecimento” seguirá nos próximos meses com a meta de contemplar todos os centros socioeducativos do Estado, reafirmando o compromisso da Fundação CASA com a qualidade do atendimento e a valorização de seus profissionais.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação CASA aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social. Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/.  

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a): LAUREEN MELLO NOTTOLINI RUIZ
imprensa@fundacaocasa.sp.gov.br

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Adolescente da Fundação Casa tem aula de skate em Franca

 


Por Giovanna Attili | da Redação
 Tempo de leitura: 1 min
Divulgação/Fundação Casa
Adolescente durante sua prática de skate em praça pública em Franca
Adolescente durante sua prática de skate em praça pública em Franca

Um adolescente que cumpre medida na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) de Franca participou de uma aula de skate em uma praça pública da cidade. A iniciativa busca incentivar a prática esportiva, além de promover convivência social e noção de pertencimento.

O treinador e educador social Kleber Silva acompanhou o jovem, promovendo atividades para exercitar a coordenação motora, a disciplina e a concentração, enquanto explorava o espaço urbano dedicado à prática do skateboarding.

Segundo o coordenador pedagógico da Fundação Casa, Daniel Brandão, as práticas foram conduzidas de forma dinâmica e acolhedora, utilizando o esporte como ferramenta de transformação.

"O skate estimula valores como persistência, superação e respeito. Ele oferece a esses jovens a chance de descobrir novas paixões e perceber que existem caminhos diferentes a seguir", ressaltou.

Já a presidente da Fundação, Claudia Carletto, aponta a ação como uma missão institucional, reforçando o compromisso com a oferta de oportunidades concretas para que esses adolescentes possam desenvolver competências e fortalecer vínculos.

O resultado, para o adolescente, foi positivo. "Ir na pista propiciou para mim lembranças e um sentimento de felicidade que há muito tempo não sentia", concluiu o adolescente