quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Policial penal atuava como “pombo-correio” de traficantes

 

Entre as práticas, Barretto entregava cartas, realizava videochamadas e enviava mensagens de voz para criminosos fora da prisão

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Denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), o policial penal Rafael da Conceição Barretto (foto em destaque) facilitava a comunicação de presos do Complexo Penitenciário da Papuda com familiares e comparsas, atuando como um “pombo-correio” para traficantes. Entre as práticas, Barretto entregava cartas, realizava videochamadas e enviava mensagens de voz para criminosos fora da prisão.Durante as investigações conduzidas pela Polícia Federal, Barretto foi flagrado enviando uma carta escrita pelo detento Macksuel Cavalcante Camelo para Philip Rodrigues Rosa, detalhando instruções para a gestão de bens obtidos com atividades criminosas.

Além das cartas, Barretto permitia que presos enviassem mensagens de áudio. Em um caso registrado em março de 2024, um advogado intermediou a gravação de mensagens de voz de presos para seus familiares, incluindo Macksuel.

O policial também usava seu próprio celular para realizar videochamadas. Em uma ocasião, ele conectou um detento a seu advogado. Em outro caso, Barretto organizou uma chamada entre uma mulher e seu marido preso

Barretto frequentemente fotografava presos e enviava as imagens para familiares ou comparsas. Ele também permitia que detentos utilizassem seu celular para realizar contatos.

Barretto, que estava na polícia penal desde 2010 e recebia R$ 13 mil por mês, foi preso pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) sob acusações de prevaricação especial, corrupção passiva e comércio ilegal de artefatos bélicos. De acordo com a Polícia Federal, ele recebia vantagens indevidas em troca de regalias oferecidas aos presos.As investigações apontam que Barretto não apenas aceitava subornos, mas ativamente facilitava as comunicações ilícitas dos detentos, violando normas penitenciárias e ajudando a organização criminosa a manter suas operações fora da prisão. Caso seja condenado, o Ministério Público solicita a perda do cargo público de Rafael da Conceição Barretto, além de outras penas previstas.Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do Metrópoles.

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Notícias Gerais

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STF libera terceirização para qualquer atividade

 

  • 6 de janeiro de 2025

Até para as chamadas atividades-fim das empresas modalidade é permitida, conforme decisões recentes, contrariando TRTs

O ministro Gilmar Mendes assinou duas decisões recentemente, que reforçam que a terceirização é legal |  Foto: Antonio Augusto/STF

Decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) liberam terceirização para qualquer atividade.

No Brasil, a terceirização é regulamentada pela Reforma Trabalhista, que incluiu dispositivos sobre o assunto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Segundo essas normas, é permitida a terceirização de atividades-meio e atividades-fim, desde que observados alguns requisitos, como a especialização da empresa contratada e a inexistência de subordinação direta entre os trabalhadores terceirizados e o contratante dos serviços.

O STF tem reforçado a licitude da terceirização de qualquer atividade econômica, ao anular decisões de Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) que desconsideraram o entendimento da Corte sobre o tema.

Em três decisões, assinadas pelos ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques, foi reafirmada a tese fixada no Tema 725 da repercussão geral.

Em um dos casos envolvendo um banco, Gilmar Mendes anulou decisão do TRT da 2ª região, que havia reconhecido vínculo empregatício entre uma funcionária terceirizada e o banco.

Desde o advento da Reforma Trabalhista de 2017, foi autorizada a terceirização de atividade-fim, o que não se confunde com os requisitos para configuração de vínculo empregatício, segundo a advogada especialista em Direito Trabalhista Luíza Simões.

“Desde então, quando o STF é questionado quanto à constitucionalidade desta norma, o Supremo afirma serem lícitas a terceirizações em todas as etapas do processo produtivo, independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantendo a responsabilidade subsidiária da empresa contratante”.

A advogada vê o entendimento como consolidado pelo STF e destacou que as decisões levaram a criação de um Tema, o 725.

Segundo o advogado especialista em Direito do Trabalho Guilherme Machado, o assunto está longe de pacificação.

“Os TRTs não estão obrigados a seguir esse entendimento, salvo através de decisão específica do STF em cada processo, determinando novo julgamento em conformidade com o que foi decidido pelo Supremo na ADPF 324, ou seja, a empresa precisa conseguir uma decisão favorável no STF para se valer desse entendimento”. 

Terceirização

O STF tem reforçado a licitude da terceirização de qualquer atividade econômica, ao anular decisões de TRTs que desconsideraram o entendimento da Corte sobre o tema.

Em três decisões recentes, assinadas pelos ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques, foi reafirmada a tese fixada no Tema 725.

O Tema 725 estabelece que a terceirização ou outras formas de divisão de trabalho entre empresas distintas são lícitas, desde que a empresa contratante mantenha a responsabilidade subsidiária.

O tema foi discutido no Recurso Extraordinário (RE) 958252, que abordou a licitude da contratação de mão de obra terceirizada para prestação de serviços relacionados com a atividade-fim da empresa.

A contratação de profissionais por meio de pessoa jurídica não é proibida, mas deve obedecer à autonomia que a permeia.

A diferença entre um verdadeiro “profissional PJ” e um empregado é a forma como a subordinação jurídica se dá na relação e a autonomia.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem acompanhado as mudanças da sociedade e aplicado o Tema 725 em casos semelhantes.

No entanto, há decisões do TST que não observam a tese do Tema 725, sendo objeto de reclamação constitucional.

A questão é que houve uma grande mudança de paradigma a partir da Reforma Trabalhista e o Tema 725, portanto é normal que alguns julgadores insistam na aplicação de seus próprios entendimentos, e em determinado grau de recurso, o este recurso já não chega mais em discussão nas mãos dos ministros do STF, sendo um obstáculo no juízo de admissibilidade (autorização ou não de processos chegarem à última instância de recurso: o STF).

Tamanha a dimensão alcançada por esta questão que a Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), lançou um estudo este ano, onde foram analisadas 1.039 decisões da Suprema Corte sobre esse prisma.

Caso

Em um dos casos, envolvendo um banco, o ministro Gilmar Mendes anulou decisão do TRT da 2ª região, que havia reconhecido vínculo empregatício entre uma funcionária terceirizada e o banco.

O ministro destacou que a decisão do TRT-2 violou a jurisprudência consolidada ao ignorar que a terceirização da atividade-fim é permitida, desde que respeitados os direitos trabalhistas e previdenciários dos terceirizados.

Empresa

Em reclamação envolvendo uma empresa, o ministro Gilmar Mendes também anulou decisão trabalhista que reconhecia vínculo empregatício entre um diretor estatutário e a empresa contratante.

O relator apontou que o TRT-4 extrapolou os limites da relação de subordinação ao desconsiderar que a organização do trabalho em cargos de diretoria, com funções estatutárias, não se enquadra no regime celetista tradicional.

O ministro fundamentou que a liberdade contratual, garantida constitucionalmente, inclui a possibilidade de utilização de estruturas flexíveis de trabalho, como terceirização ou modelos estatutários, sem que isso implique automaticamente fraude.

Redação CNPL sobre artigo de Gustavo Andrade

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

PerifaCon prevê instalação de mais 20 ludotecas em unidades da Fundação Casa em São Paulo

 

PublishNews, Redação, 07/01/2025
      
Projeto impacta mais de 11 mil jovens e crianças em diversas regiões

PerifaCon está prevendo a construção de ludotecas em 20 unidades da Fundação Casa no estado de São Paulo em 2025, com apoio de editoras e produtoras de jogos. Reconhecido nacionalmente por seu trabalho de engajamento e promoção da cultura nerd e geek nas periferias, o evento tem entre suas iniciativas o Projeto Ludotecas, implementado em espaços socioeducativos e culturais nas comunidades. Por meio de jogos e atividades recreativas, o projeto tem como objetivo oferecer momentos de aprendizado e diversão, estimulando o desenvolvimento pessoal e a socialização, além de ampliar os horizontes de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Até o momento, o projeto já impactou mais de 11 mil jovens e estabeleceu cerca de 40 espaços lúdicos. Em 2024, mais de 30 escolas públicas receberam jogos por meio da ação PerifaCon Visita. “A construção dessas Ludotecas é viabilizada por parcerias essenciais, como com a Galápagos, Devir e outros grandes nomes do mercado de jogos, que já doaram milhares de unidades à PerifaCon. Esses jogos, cuidadosamente adaptados, são distribuídos em espaços que promovem a socialização, como escolas públicas, CCAs, CAPS, SAICAs e coletivos culturais, ampliando seu alcance para além do que o ensino tradicional pode oferecer”, explica Amanda Joazeiro, uma das organizadoras do projeto.

“Cada jogo, tabuleiro, peça e interação são adaptados e redistribuídos estrategicamente para se tornarem ferramentas de ensino e conexão, sendo usados tanto em atividades pedagógicas quanto em projetos voltados à socialização e ao aprendizado dinâmico e inclusivo. Isso permite que o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional aconteça de maneira natural”, comenta Amanda.

Esses ambientes não apenas ampliam o acesso ao lazer, mas também oferecem aos jovens uma "válvula de escape" para os desafios cotidianos, ao mesmo tempo em que fortalecem laços comunitários e promovem alternativas criativas de interação e aprendizado.

“Na última edição da PerifaCon, entregamos mais de 1.700 jogos ao público geral e arrecadamos cerca de 90 gibis e livros para futuras ações. Já no Dia das Crianças, distribuímos mais de 500 jogos em parceria com projetos locais. Sempre realizamos uma curadoria cuidadosa para garantir que os jogos sejam adequados para cada iniciativa. Inclusive, estamos apoiando ações de apadrinhamento em projetos sociais neste final de ano”, explica Andreza Delgado, fundadora da PerifaCon.

[07/01/2025 10:00:00]