segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Atestados médicos com os dias contados? O que vai substituir o papel?

 


Em novembro de 2024, uma importante atualização foi divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no que se refere à emissão de atestados médicos no Brasil. Tais alterações visam fortalecer a segurança e a integridade dos documentos, tanto em formatos físicos quanto digitais. A partir de março de 2025, os atestados que não seguirem as novas normas não serão aceitos por entidades como o INSS.

A introdução da tecnologia se destaca com a implementação do sistema digital Atesta CFM, uma plataforma criada para simplificar e validar a emissão de atestados médicos. O acesso a essa plataforma poderá ser feito tanto online quanto via dispositivos móveis, oferecendo praticidade e segurança.


Operação do Sistema Atesta CFM

O Atesta CFM é uma ferramenta inovadora que atende médicos, pacientes e empregadores. Somente médicos devidamente cadastrados podem utilizar a plataforma para emitir atestados, utilizando um método de autenticação digital seguro. Assim que um atestado é emitido, tanto o paciente quanto, mediante autorização, sua empresa, são notificados.

Além disso, a plataforma permite que o médico cancele o atestado a qualquer momento, caso identifique algum problema ou uso indevido, dessa forma inibindo possíveis fraudes de maneira eficaz


Atestado Médico – Créditos: depositphotos.com / thodonal

Requisitos dos Novos Atestados Médicos

Os novos atestados devem conter informações obrigatórias para serem considerados válidos. Os principais requisitos incluem:

  • Nome completo e número de registro do médico
  • Período de afastamento recomendado
  • Número de Registro de Qualificação de Especialista (RQE)
  • Informações do paciente
  • Código da Classificação Internacional de Doenças (CID)
  • Data de emissão do atestado
  • Assinatura digital do médico
  • Informações de contato do médico
  • Endereço do local de atendimento médico

Atestados em Papel Ainda São Válidos?

Os atestados em papel continuam disponíveis para quem os preferir, mas devem ser impressos com medidas de segurança adicionais, como a inclusão de códigos únicos de verificação. Esses documentos precisam ser registrados no sistema digital para assegurar conformidade com as novas regras.



Essas regulamentações são parte da Resolução CFM nº 2.382/2024 e têm como objetivo proteger os dados dos pacientes, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Impactos e Benefícios da Nova Regulação dos Atestados Médicos

A modernização das regras para a emissão de atestados médicos é um passo significativo em direção a uma melhor gestão da saúde no Brasil. Com a adoção de tecnologias digitais, além do reforço na segurança, espera-se uma redução substancial nas fraudes. Essa iniciativa também aproxima o Brasil de práticas internacionais em termos de segurança e gestão de dados de saúde, promovendo um ambiente mais confiável e eficiente para todos os envolvidos.



domingo, 15 de dezembro de 2024

Corregedoria-Geral da Justiça Federal cria rede de inteligência dos Juizados Especiais


 


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Foto: Ascom CJF
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A Corregedoria-Geral da Justiça Federal (CG) realizou, na segunda-feira (9/12), reunião com a Comissão Permanente dos Juizados Especiais Federais (JEFs) para discutir a criação da rede de inteligência vinculada à Turma Nacional de Uniformização (TNU). O encontro ocorreu na sede do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília (DF), em formato híbrido, e reuniu magistradas e magistrados dos Tribunais Regionais Federais (TRFs).

O objetivo da iniciativa é monitorar demandas judiciais no âmbito dos JEFs, prevenir o ajuizamento de litígios repetitivos, aprimorar rotinas cartorárias, fomentar soluções alternativas de conflitos e propor padronizações para a gestão de processos suspensos em todas as instâncias da Justiça Federal.

A reunião foi conduzida pelo vice-presidente do CJF, corregedor-geral da Justiça Federal e presidente da Comissão Permanente dos Juizados Especiais Federais, ministro Luis Felipe Salomão, que enfatizou a importância da proposta diante do alto volume de processos nos JEFs: “Mais de 60% da distribuição dos processos da justiça federal está nos juizados especiais. Temos expectativas muito boas de que o trabalho da rede de inteligência possa produzir frutos. A ideia é criar um canal de comunicação bem institucionalizado, com melhorias a curto e médio prazo”, destacou o ministro.

A proposta foi apresentada pela auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça Federal juíza federal Vânila Cardoso, que sublinhou a relevância de otimizar os fluxos de trabalho e evitar retrabalhos: “A ideia é fortalecer e racionalizar a gestão nos juizados, aproveitando o sistema já existente e criando uma rede de inteligência para atuar de forma sistêmica. Será criado um segundo grupo operacional, vinculado à TNU, com atenção especial às demandas específicas e integração de novos membros ao grupo decisório”, explicou a magistrada.

Segundo o secretário-geral do CJF, juiz federal Erivaldo Ribeiro dos Santos, a iniciativa representa um momento significativo para os juizados especiais: “Trazer os juizados para o centro dessa discussão no âmbito do Centro Nacional de Inteligência é essencial. Muitas vezes, julgamos temas na TNU acreditando que estão pacificados, mas, na prática, não estão. Esse olhar mais atento e sistêmico é extremamente válido”, destacou.

Também participaram da reunião o auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça Federal, juiz federal Otávio Henrique Martins, além da secretária Viviane da Costa, representando as servidoras e os servidores da TNU.

Fonte: CJF

Policiais penais são acusados com base em relato de preso condenado a 76 anos com histórico de extorsão

 


 
 
 

Preso com 76 anos de condenação joga todas as fichas num PAD e acusa policiais penais de extorsão. Por mais de uma vez o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro opinou contrariamente ao benefício.

 “Uma organização criminosa formada por policiais penais. Muitos do alto escalão de um Hospital do Complexo de Bangu”. Assim, sem nenhuma responsabilidade com os danos morais causados à reputação de inspetores da Polícia Penal, é anunciada a matéria no telejornal RJTV2, de 06/12/2024, que antes mesmo da abertura de um processo de Sindicância para apuração dos fatos em que foram envolvidos, execrou publicamente com nome e sobrenome o então diretor, o subdiretor e o chefe de Segurança do Hospital Penal Hamilton Agostinho Vieira de Castro (UPA/SEAPHA), no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Ainda de acordo com a matéria, também veiculada no Jornal O GLOBO de 06/12/2024, o suposto esquema de extorsão dentro da Unidade Prisional foi descoberto pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), em investigação iniciada a partir de narrativas de um preso que afirmou estar sendo coagido e extorquido a pagar seiscentos mil reais para conseguir um laudo no Hospital Penal SEAPHA e ser beneficiado com a Prisão Albergue Domiciliar (PAD).

No entanto, a movimentação pelo requerimento do PAD, com determinação para atendimento médico ao apenado e laudo cuja emissão é de responsabilidade médica da Fundação Saúde e atendimento do PNAISP, teve início via determinação Judicial da Vara de Execuções Penais, através do Processo Nº. 0245457-78.2014.8.19.0001, de 24/06/2024, SEI-210001/060968/2024por reiterada insistência dos advogados do preso, enviada à Cadeia Pública José Antônio de Costa Barros (SEAPJB), cerca de cinco meses antes da denúncia que resultou no afastamento dos policiais penais da direção do Hospital Penal SEAPHA em 04/12/2024.

Ao mesmo tempo que expõe os policiais penais a tamanha acusação, nomeados (pelo condenado) como “abutres que só querem tirar proveito”, a matéria preserva a identidade do tal “homem”, que formula a carta, supostamente enviada à justiça, dizendo estar sendo “coagido a todo momento”. Trata-se de Cleiton Oliveira Meneguit, um preso de altíssima periculosidade, sentenciado a 76 (setenta e seis) anos de condenação por crimes diversos, tais como extorsão, estelionato, exploração de prestígio, homicídio (feminicídio), entre outros crimes, além de 05 (cinco) transgressões disciplinares registradas em seu prontuário penal.

Embora a investigação na Seap, da suposta ocorrência na SEAPHA, ainda esteja no início, a notícia se baseou numa narrativa do preso Cleiton de Oliveira Meneguit, e num documento sigiloso do Serviço de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária, estranhamente vazado para a imprensa. Os policiais penais citados na matéria estavam na direção da SEAPHA e não no Presídio Joaquim Ferreira de Souza para onde o preso foi, por fim alocado pela Seap, após ter sido transferido num prazo de nove dias para três unidades prisionais diferentes (da SEAPHA para a SEAPJB, SEAPJF, SEAPPO, e, finalmente, para a SEAPJF).

A insistência pelo laudo médico, com vistas ao benefício de Prisão Albergue Domiciliar (PAD), pelo período de quatro meses, foi engendrada pela defesa do preso antes mesmo da marcação da cirurgia bariátrica e seria usado para pedido do benefício na Vara de Execuções Penais (VEP). O texto publicado no Jornal O GLOBO afirma que, em razão do preso ter sido submetido a cirurgia bariátrica, mas ainda não ter conseguido o direito à prisão domiciliar, estaria pontuado no Relatório de Inteligência da Seap, como “um vislumbre dos citados policiais penais de uma possibilidade de auferir altos ganhos com um laudo que, nesta circunstância, beneficiasse o real interessado em deixar de cumprir sua pena no interior de uma unidade prisional, passando a cumpri-la extra muros dos presídios fluminenses”.

O preso teria escrito uma carta, de próprio punho, para sua advogada Natália Meneguit de Carvalho, no fim de novembro, após sua saída do Hospital Penal, relatando uma “situação complexa” que enfrentou na unidade. Ele afirma ter sido retirado de sua “acomodação” na noite anterior “para uma conversa áspera”, sendo levado algemado pelo chefe de segurança até a sala do diretor, onde, na presença do subdiretor, foi solicitado o pagamento de R$ 600 mil reais para o laudo ser emitido por médico do Hospital Hamilton Agostinho Vieira da Costa (UPA/SEAPHA).

O ex-subdiretor da Unidade Hospitalar Penal rebate tal afirmação e sugere que sejam apresentadas as imagens das câmeras de Segurança que registraram toda a movimentação na UPA/SEAPHA, desde a chegada do preso até a sua transferência, onze (11) dias depois. Inclusive, quanto à presença dos advogados Mônica Carvalho, Tarcísio Ayres, da visitante Mayara Pereira da Cunha, levada pelos advogados para visita extraordinária, na condição de companheira do preso Cleiton, apesar de ser credenciada para visita de outro apenado custodiado na SEAPJB, e da advogada Natália Meneguit de Carvalho (prima do preso) que solicitou reiteradamente o laudo. Por várias vezes o Ministério Público opinou contrariamente à concessão do benefício de PAD ao referido interno, considerando sua alta periculosidade.

As câmeras podem revelar o teor do papel portado pelo chefe de segurança, Márcio Ferreira, e não pelo Subdiretor Aleksandro dos Santos (conforme informado na reportagem), que, segundo “investigação da Seap, poderia ser o laudo médico que o grupo tentava vender” (sic). Frise-se que o laudo médico é de inteira responsabilidade do profissional médico, cuja ingerência é da Fundação Saúde, que não é administrada pelos policiais penais que se limitam à Segurança e Custódia do coletivo.

Em nota à imprensa, a Seap teria informado que abriu uma sindicância para apurar possíveis casos de extorsão para a emissão de laudos mediante cobrança de propina envolvendo servidores da UPA/SEAPHA, no Complexo Penitenciário de Gericinó. No entanto, a Sindicância em que os policiais penais da SEAPHA foram inseridos refere-se a processo de apuração iniciada em 25/07/2024, com relatório expedido em 21/10/2024, quando o preso sequer havia sido transferido para o Hospital Penal Amilton Agostinho Vieira de Castro.

O afastamento dos servidores de suas funções e encaminhamento do caso ao Ministério Público sequer foi precedido de oitiva dos policiais penais, sendo baseado tão somente na palavra do preso após ter sido frustrado em suas reiteradas solicitações de PAD através da sua advogada e prima. Além de ilações antecipadas, sem a devida apresentação de provas quanto à extorsão supostamente praticada pelos policiais penais da SEAPHA.

Irresponsavelmente, a matéria destaca o nome dos três policiais penais da direção do Hospital Penal Hamilton Agostinho Vieira de Castro (UPA/SEAPHA), e os condena antes mesmo da conclusão, tampouco da abertura de um processo de sindicância que deveria apurar a fundo a suposta extorsão na SEAPHA. O Sindicato dos Policiais Penais RJ também repudia todo e qualquer ato de corrupção. Mas, vai além, e não pode se calar diante de qualquer afronta à integridade de policiais penais sem que antes tenham sido adotadas todas as providências com vistas à produção de provas circunstanciadas sobre a culpabilidade dos servidores.

sábado, 14 de dezembro de 2024

Menor é detido e encaminhado para Fundação Casa por crimes de estelionato e furtos

 

Adolescente cometeu os 82 crimes em 2023, no primeiro semestre em 2024 furtou uma relojoaria e no segundo semestre mais 12 crimes de estelionato e 10 crimes de furtos comércios.

Por g1 Rio Preto e Araçatuba

 


Um menor de 15 anos foi detido pela Polícia Civil em São José do Rio Preto (SP) por crimes de estelionato e furtos. O adolescente foi encaminhada para a Fundação Casa na sexta-feira (13).

Segundo a Polícia Civil após investigações o menor foi detido por 82 crimes de estelionatos em 2023 envolvendo falsos comprovantes de transferência, um furto em uma relojoaria no primeiro semestre de 2024 e outros 12 crimes de estelionato e 10 de furtos em shoppings no segundo semestre também deste ano.

Após o menor ser detido uma representação pela internação do adolescente foi feita pela Polícia Civil, o Juiz da Vara da Infância e Juventude determinou que fosse realizada e ele foi encaminhado para a Fundação Casa.

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